Reuniões



Capítulo 2 – Reuniões







Quando finalmente chegaram ao prédio intitulado pelo próprio Draco por “Malfoy´s Center”, o próprio deu um suspiro aliviado.

“Ai, graças a Merlin! Pensei que teria que ficar ouvindo o Zabini falar até amanhã... Mas até lá eu já teria o matado, eu acho... Ou melhor, tenho certeza”.

Ele desceu da limusine e foi logo para a entrada do prédio, tentando livrar-se de uma vez por todas do falatório de Zabini.

- E então, Draco... Nossa você não sabe o que aconteceu! O Potter mergulhou de uma forma que... – Ah, agora ele havia chegado ao limite certinho. Falar de Harry Potter justo quando o humor de Draco estava às alturas? Tsc, tsc, tsc... Burrice, sem dúvida alguma.

- BLAISE ZABINI! CALE ESSA COISA IMUNDA QUE VOCÊ CHAMA DE BOCA! SEU ESTÚPIDO! – A essa hora, todos do salão principal já estavam olhando para Draco, que, realmente, não estava nem aí para aqueles “trouxas irritantes, sem escrúpulos e inteligência nenhuma” como ele costumava dizer, também, para designa-los.

“O que esses estúpidos tanto olham pra mim? Nunca viram um bruxo não, é? Não... Acho que não. Imbecis!”

É. O humor de Draco Malfoy não poderia estar pior, não mesmo.

“Eu vou conseguir essa conta... Ah se vou... E vou ficar mais milionário ainda. Assim, posso voltar para o mundo bruxo tranqüilamente. Mesmo sob o comando daquela família pobretona... Hahahaha, os Weasleys... Ah, que bando de panacas!”.

Depois de mais uns segundos no elevador (sim, pois o escritório particular de Draco ficava no último, sendo que são 55 andares, no total), ele entrou em seu escritório, seguido rapidamente de seu “fiel companheiro e conselheiro” Johnny.

O escritório, como todos os recantos de um Malfoy, era extremamente luxuoso. Carpete vermelho-rubro (escuro), com detalhes em preto. As paredes, todas divinamente recobertas por uma grossa camada de madeira maciça. O lado esquerdo do escritório era completo de estantes, também em madeira escura, lotadas de livros, de todos os títulos possíveis (inclusive de magia, obviamente, os seus preferidos). No canto direito, uma mesa basicamente média, com tampo de vidro, sobre a mesa de madeira escura, também. A cadeira onde Draco se sentava era extremamente confortável (importada, num preço nem um pouco razoável), e ficava em frente a maior janela do aposento, que estava coberta por uma grossa cortina de feltro e seda por cima. O feltro era azul escuro, combinando muito bem com a outra camada de feltro, um pouco menor, vermelha-escura. A camada de seda, vinha por cima de todas as outras, em uma cor mais neutra, um cinza, quase branco, transparente, logicamente.

Do lado direito à cadeira, se encontravam cinco gavetas enfileiradas, uma embaixo da outra, em madeira, novamente. A 1ª era trancada a chave e a um feitiço “anti-alorromora”, que previne que alguns bruxos (principalmente Johnny e Zabini), mexam aonde não são chamados. Draco guardava ali o seu diário. Na verdade, uma cópia. O verdadeiro ficava em sua casa, guardado a sete chaves. Tudo o que ele escrevesse no original, seria transcrito magicamente para a cópia. Ele guardava a cópia para que quando encontrasse alguém de INTEIRA confiança, ele pudesse dar o diário à essa pessoa. Não, não pense que ele irá dar essa cópia a Johnny, pois para Draco, ele nem é assim, de inteira confiança.

Em frente à porta de entrada do escritório, do outro lado, melhor dizendo, um sofá muitíssimo confortável de aparência, dava mais luxo ao lugar ainda. Era azul escuro, com uma mezinha entre eles (eram dois sofás, um na diagonal do outro, praticamente), de madeira escura, com um abajur preto em cima. Uma Televisão, 48 polegadas se encontrava encostado à parede, do outro lado dos sofás, sendo que um ficava de frente para a TV e o outro, de lado para ela.

“Eu fiz bem em não ter economizado para decorar esse escritório... Está a minha cara”

Se tinha uma coisa que colaborava para que o orgulho de Draco aumentasse ainda mais, era a decoração desse escritório. Ele acompanhara passo-a-passo, cada móvel a ser comprado, o carpete, cores... E não deixara nem a sua mãe interferir nisso.

“Embora ela seja a única pessoa a quem amei na vida”.

É o que ele pensa, até hoje, quando se fala desse seu orgulho.

Realmente Draco Malfoy não é uma das pessoas de se apaixonar, não. Algumas mulheres desesperadas podem até acha-lo lindo, maravilhoso. Mas nunca se apaixonariam por ele. E nem ele por elas.

“Por que eu me apaixonaria por alguém que só quer o meu dinheiro? Afinal de contas... Por que eu me apaixonaria? Que besteira...”.

É, Draco definitivamente não é de se apaixonar.

- Então, Draco... Você vai ou não vai nessa reunião do Wattz? – perguntou Johnny, tirando Draco de seus devaneios.

- Eu já disse que vou. Não me faça perguntas tolas.

- Ih, ta com a macaca hoje, hein? Credo... O que te fez ficar assim, de uma hora pra outra? Além do falatório sem fim do Zabini...

- Nada que lhe diz respeito, Depp. Agora me deixe sozinho. – Disse Draco, se virando em sua cadeira para a janela, ficando a contemplar o céu, agora acinzentado.

“Vai chover hoje”.

Perdido novamente em pensamentos, nem se deu conta da saída de Johnny. Era sempre assim, quando Draco acordava de mal-humor. Desconta tudo em quem não tem nada a ver com isso. Mas, afinal, nunca se deu conta disso, e se desse, não ligaria. Começou a admirar agora a fina garoa que caía, formando um som gostoso, relaxante.

“Relaxar. É tudo o que eu preciso agora”.

O que fizera Draco ficar assim, de uma hora pra outra? A pergunta de Johnny o fizera pensar sobre o assunto. Talvez... Talvez porque não estivesse muito a fim de tratar as pessoas bem hoje. Ou então... Medo de perder a conta de diamantes para as gêmeas Charlotte.

“Arre... Aquelas gêmeas me pagam! Elas já me roubaram a conta da Whisks... Não vão me fazer perder essa. Não mesmo.”

Entediado, se levantou de sua cadeira (ou seria mais uma poltrona?) e se colocou a andar de um lado a outro, enquanto começava a se xingar internamente, por ser sempre tão deprimido e chato.

“Eu tenho que aprender a mudar. Eu tenho que aprender a sorrir para idiotas como Zabini”.

Afinal, se Zabini era tão idiota e imbecil assim, por que Draco fazia QUESTÃO de falar com ele, e empregá-lo até hoje em sua famosa empresa?

“Porque preciso dele para alcançar bons lucros, infelizmente”.

Sim, sim. Zabini era responsável por 45% dos lucros mensais da empresa de Draco, pois ele também era responsável pela propaganda e marketing da tal.

“Preciso arrumar outro gerente de Marketing para cá”.

E com esse pensamento, ele pegara o casaco no sofá e saíra do escritório, trancando-o, se preparando para ir, finalmente, para casa.



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“Eu odeio, odeio, odeio, chegar atrasada nessas reuniões semanais idiotas!”.

Gina foi entrando na sala exageradamente iluminada, e procurando automaticamente o seu lugar de sempre: a poltrona isolada, em frente à janela. Ao longe, podia ouvir Hermione dando uma de suas desculpas para Nayara, que não gostava, geralmente de ouvi-las.

- Ok, ok... Mas essa é a última vez que deixo vocês entrarem atrasadas assim, entendido?

“Ainda bem que ela está falando a mesma coisa há 2 reuniões seguidas... Se não, não sei o que seria de mim, Mione e Luna.”

- Agora, que suas colegas FINALMENTE resolveram prestar presença, podemos começar. Retirem os sapatos, por favor. – Gina olhou pelo canto do olho para Mione e Luna, que sentavam uma ao lado da outra, no sofá à esquerda de Gina, juntas à Bianca, a trouxa, com quem não falavam muito.

- Sentem-se confortavelmente, por favor... Assim... – dizia Nayara, demonstrando como se sentar: com um pé por baixo das “nádegas” e o outro solto, até o chão. Gina, particularmente, não gostava dessa posição. Achava-a desconfortável e estranha, assim como suas amigas.

- Ok, então, vamos começar a apresentar os seus projetos de trabalho. TODAS COM PROJETO EM MÃOS! – automaticamente, como se fosse robôs, todas as mulheres presentes na sala tamparam os ouvidos, como quem diz “dá pra você calar a boca?”.

Gina pegou o próprio projeto e sorriu internamente. Fizera uma reportagem sobra a fome no Iraque, em como deveríamos pensar muito bem antes de reclamar sobre a nossa vida, que é muuuuuuito melhor que a da população iraquiana e blá, blá, blá...

- Hum, vamos ver... Kate, fale para nós, primeiramente, o que está planejando como reportagem para a Style... Lembrando-lhes que essa é a nossa edição de aniversário, portanto, deve estar com reportagens extraordinárias! – Nayara deu um sorrisinho, como se dissesse “eu sei que vocês são capazes, queridas”. Gina olhou pelo canto de olho novamente para as amigas, que faziam o mesmo no momento, deram um sorrisinho irônico e voltaram a sua atenção para a “colega de trabalho” que no momento, começava a falar sobre a sua reportagem.

- Bem, estou fazendo uma reportagem extraordinária sobre Botox para iniciantes e novatas, ensinando aonde ir, a certeza que tem que ter, custo... E coisas assim. Ah! Estou fazendo também um guia de “pós-aplicação-de-Botox”, como não movimentar muito a cuja parte e etc... Ah, sim... Montei também umas imagens de mulheres com aplicações no rosto e outras de mulheres com dúvida, na qual fiz uma entrevista. – Ela ainda continuou a falar, mas Gina nem ouvia, basicamente.

- Ok, muito bom... Gina, querida, conte-nos o seu projeto.

Gina quase deu um pulo no sofá, quando ouviu o seu nome. Estava tão desligada que se esquecera que ELA MESMA tinha de apresentar o seu próprio projeto de trabalho, assim como todas as outras mulheres, que estavam ali presentes.

- Ahn... Bem, Nayara, fiz uma reportagem sobre o Iraque, em como as pessoas de lá passam fome durante a gu...

- Não, não, querida. Já conversamos sobre isso. Você sabe muito bem que a Style não publica esse tipo de matéria.

- Mas, Nayara...

- Nada de “MAS”, Weasley. A Style não irá publicar nada desse tipo. Sugiro que repasse o seu projeto... Ou melhor, refaça, pois esse está muito ruim, mas muito ruim mesmo... Se esforce mais, querida!- Ah, Gina ficava com tanta raiva quando Nayara falava assim com ela. Ou pior, a chamava de Weasley, e ela odiava isso, sem dúvidas.

“Isso é um absurdo! O que estou fazendo aqui afinal? Poderia, talvez estar em um jornal importante, escrevendo sobre política, economia, pobreza, fo...”

- Hermione, querida, conte para nós o seu projeto. – Gina se endireitou no sofá, pensando em como a amiga sairia dessa.

- Bem, eu...

- Ah, Nayara... Você não sabe o que aconteceu! Hermione levou um fora. – disse Luna, como sempre, falando pelos cotovelos e se explicando demais, dando um tom bem falso à própria fala. Imediatamente a sala se encheu de “Oh!”, “Ah!”, “Que coisa!” e “ainda bem que isso não está acontecendo comigo” e comentários de todos os tipos sobre o fato.

- Ah, nossa! Que coisa horrível! Mas nós sabemos que Hermione está uma doçura hoje, não é pessoal?- Se a fala de Luna havia sido falsa, não posso nem comentar a de Nayara. O pior é que ela sempre fora assim: falsa, mandona, meio infantil e metida a “tenho 50, mas finjo ter 15”, o que nunca dera sucesso, realmente.

“Ai, Merlin, o que estou fazendo aqui? O QUE ESTOU FAZENDO AQUI?”

A respostas para essas perguntas freqüentes na cabeça de Gina sempre tiveram respostas imediatas, nessas reuniões: trabalhando. Já que ela não gostava de pedir emprestado o dinheiro dos pais, tinha de ter o próprio, não? Gina sabia disso.

- Bem, mas acho que alguém aqui poderia usar a história de Hermione como assunto para a própria reportagem. Quem poderia fazer isso?- Hermione se apavorou. Iriam usar a vida pessoal dela para publicá-la em uma revista.

- Não... Não, Nayara. Não prec...- Hermione tentou começar a explicar, mas pelo jeito, Nayara não queria ouvi-la.

E para desespero geral de Hermione, Kate, a fofoqueira de mão cheia do grupo, levantara a mão.

- Eu! Eu poderia! – e ela ainda parecia empolgada com a idéia

- Ah, não, não... Nayara, com todo o respeito – Hermione deu um sorrisinho, agradecida pela sub-gerente ter lhe dado atenção -, mas eu acho que Kate não tem nada a ver com a minha vida pessoal... E além do mais, ela já fez o próprio projeto.

Uma idéia mirabolante estava surgindo em sua cabeça, para “salvar Hermione”.

- Bem, então...

- Eu! – gritou Gina. Imediatamente Nayara olhou para ela.

- O que tem você, Gina?

- Eu posso fazer uma reportagem... Usando como base o... O caso de Hermione – Gina ainda estava insegura do que iria falar. Na verdade, nem tinha bolado nada concreto, para falar com Nayara.

- Sim, continue...

- Bom. Olhem Hermione – ela olhou para a amiga, que estava abismada com a atitude de Gina – ela sempre faz as... Coisas... Ahn, erradas... Em seus relacionamentos, o que faz com que eles... Não sejam... Ahn... Duradouros.

- Claro, claro... – disse Nayara, começando a dar um sorriso, indicando que ela estava gostando da idéia.

- Então... Bem, estava pensando em... Fazer uma reportagem, como... Como se fosse Hermione... Cometendo todos os erros dela... Para... Err, perder um homem, ou namorado.... Então, bem, eu ensinaria como... Namorar... Ao contrário.. – olhou pelo canto do olho para Hermione, como se dissesse “estou me demonstrando burra demais?”, pois ela realmente estava se sentindo burra naquela situação, por estar gaguejando tanto. Em seguida, olhou para Nayara, que tinha um olhar sonhador (se é que isso era possível), que logo disse:

- Isso seria: Como perder um homem em 10 dias! Ótimo, simplesmente ótimo. Vamos ver... Lisa, conte-nos o seu projeto...

Gina ficara confusa. Por quê seriam 10 dias? E esse não era exatamente o plano dela. Nayara simplesmente colocara tudo abaixo, em seu plano de salvar Hermione.

- Me desculpe, Nayara... Mas... Por que 10 dias?

- Bem, a edição sai em 11 dias, é o tempo certinho para essa reportagem. Vá fazendo um diário, contando o que você fez a cada dia para perder o homem. Ah! Não se esqueça: você tem que sair MESMO com um homem... Real.

“Ai, que coisa... Por que sempre as piores reportagens ficam pra mim? Que injustiça!”

Ela olhou para Hermione que murmurava um “Obrigado!” Mimicamente. Gina só pôde dar um sorrisinho, embora sua insatisfação com a própria reportagem fosse grande.

Gina saiu da reunião pisando forte. Em que ela fora se meter? Que encrenca!

“Eu tenho um talento horrível para ‘atrair’ encrencas. Eu realmente tenho que aprender a ficar quieta e calada!”.

- Gin, você está bem? – perguntou Luna, reocupada com o andar de Gina.

- Oh, sim estou bem. EU TENHO QUE DAR UM FORA EM UM HOMEM EM 10 DIAS! ISSO FAZ ALGUÉM ESTAR BEM?! – Gina mal se dera conta que estava muito furiosa.

- Escute, Gin, você não precisa fazer essa reportagem se não quiser! Afinal, isso é por minha culpa... – disse Hermione.

- Não, Mione... Eu vou fazer essa reportagem... É só que... Eu não sou dessas de sair por ai, pegar um homem e dali a alguns dias dispensa-lo, simplesmente! E... Vocês sabem disso!

-Então, Gin! Desista dessa reportagem, diga a Nayara que você não quer faze-la mais!

-Não é assim tão simples, Mione... Ela já está furiosa com a gente por sempre chegarmos atrasadas às reuniões! E... Ela já está contando comigo para essa reportagem. Eu... Não quero desistir. Eu consigo.

“É, eu consigo... Eu vou conseguir. Eu vou conseguir. Eu nunca vou conseguir!”

-Ah, Gina... Vamos, é bom usar um homem qualquer de vez em quando... – disse Luna, mas foram interrompidas por Nayara, que apresentava Gina à duas mulheres, muito bem colocadas na sociedade, pelo jeito, e respeitadas em excesso por Nayara.

-Oh, essa é Gina Weasley, que faz parte da seção “Como” da nossa revista. Gina, essas são as gêmeas Charlotte – Ah, sim, Gina já tinha ouvido falar delas. Atualmente estavam concorrendo a uma conta, dos diamantes De Lauer, os mais vendidos do mundo... E mais caros também.

-Prazer... – Gina estendeu a mão, para cumprimentar Gabrielle, uma das gêmeas. Em seguida, cumprimentou Christy, a outra. Realmente, não havia nenhuma diferença entre elas, afinal, eram gêmeas idênticas. Só se diferenciavam pela roupa.

-Eu leio a sua coluna, sabe? E adoro, realmente, as suas matérias.

-Oh, sim, ela é a minha melhor jornalista aqui no prédio.

“Mesmo? Achei que há um segundo atrás você me odiasse... Mentirosa! Provavelmente está fazendo uma matéria especial ou propaganda pra elas...”

Realmente, era esse o propósito. Ganhar pontos com as futuras responsáveis pelos diamantes De Lauer, ricas, simplesmente.

-Em que está trabalhando agora, Weasley?

-Ah, bem... Estou começando uma matéria, sobre...

-Ah! É uma matéria nova... Exemplar! Será “Como perder um homem em 10 dias”. Perfeito, não? Ela irá sair com um homem qualquer e afugenta-lo, em até 10 dias. Não é o máximo?

“Arre! Se eu pudesse matava essa idiota agora mesmo!”

Gina estava fuzilando Nayara com o olhar. Realmente, se olhares matassem, a sub-gerente já estaria morta, a essa hora.

- Uau! Interessante... Vou ler. Bem, agora... Nayara vamos?

“Isso mesmo. Salve a sua amiguinha de um fim terrível! Bosta, bosta, bosta... Esse definitivamente não é o meu dia!”.

Gina foi andando para a saída do prédio, ainda a passos pesados, seguida por perto por Luna e Hermione, que ainda estavam preocupadas com ela.

Gina não conseguiria arranjar nenhum homem com esse humor palpável. E ela tinha consciência disso, infelizmente, deixando-a mais desesperada ainda.

“Eu preciso melhorar meu humor... Não vou conseguir homem algum assim! Bosta... Mas hoje é o último dia para eu conhecer um e... ter os 10 dias! Ai, meu Merlin...”.

Decidida Gina saiu do prédio, precisava comprar um vestido, sapatos, jóias, para essa noite. Mas não podia comprar uma coisa, o que mais precisava naquela hora...

“Um sorriso”.



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Ainda na segunda-feira, às 20:15



“Eu vou conseguir essa conta. Sorrindo ou não”.

Draco havia comprado um blazer novo, nem um pouquinho barato. Estava simplesmente perfeito. Já bastava o corpo malhado, o rosto impecável, ainda tinha de estar com uma roupa mais que bonita.

“Eu tenho que impressionar aquele imbecil do Wattz”.

Colocara um sapato preto também, para combinar com o blazer. Estava brilhando, devido ao tanto que os empregados (ele não queria arriscar colocar elfos domésticos em sua casa. Vai que um trouxa idiota vê aquilo?) lustraram o cujo sapato.

Mas Draco não estava tão bonito quanto deveria estar. Ele não tinha um sorriso na face. Ele teria que ser simpático, alegre e bom de papo com Wattz. Como ele conseguiria isso em um dia tão ruim?

“Por que eu tinha de acordar com o pé esquerdo hoje? Por que essa merda dessa reunião não é amanhã? Por que isso só acontece em ocasiões importantes? Bosta, bosta, bosta... Tenho que ser simpático com aquele velho.”

A festa começava às 20:30, e o restaurante Mullan, onde aconteceria a festa e a reunião era à 2 quarteirões da casa de Draco.

“Para começar, eu tenho que ser pontual... E ter uma postura... Arre, se eu não ganhar essa conta eu juro que mato essas gêmeas idiotas!”.

Com uma cara nada amigável, Draco saiu do seu apartamento, em direção à garagem, onde estava estacionada a sua moto. Não era por questão financeira, pois Draco sempre teve muito dinheiro. Mas sempre quando ele está afim, ele vai sozinho, com sua moto, aonde ele quer ir. Realmente, Draco é cheio de “próprias vontades”. Ou melhor, sempre faz o que quer.

Ele destrancou o cadeado da moto, subiu, ligou o motor e saiu.

“Ah, isso vai melhorar o meu humor... Ah, sim, vai...”

E realmente melhorou. Draco anda de moto desde que veio para o mundo trouxa, e não há sensação melhor, na opinião dele, do que sentir o vento batendo no rosto. Na verdade, dá uma sensação de liberdade, quase. Draco chegou ao restaurante às, exatamente, 20:30. Correu para a mesa reservada para o Sr. Wattz e ficou aliviado ao descobrir que ele não havia chegado ainda, nem tampouco as gêmeas.

Draco se acomodou em uma cadeira e ficou a observar as pessoas naquele restaurante. Avistou uma gorda de mini-blusa com estampa de leopardo e se pôs a rir histericamente, só que discretamente, também. Viu que três mulheres entravam pela porta: uma ruiva, muito bonita, com um vestido preto cintilante, que deixava as costas à mostra, uma morena, meio feia, com um vestido verde e...

“Ah, não é possível! Aquela ali... Aquela ali não é a sangue-ruim da Granger?”.

Draco se levantou um pouquinho para observar melhor, mas ela já havia se misturado no meio da multidão há muito tempo. Ficou pensando em o quê ela estaria fazendo ali, no meio dos trouxas...

“Se bem que ela é do meio dos trouxas... Hahahaha”.

Ele deu um sorrisinho irônico e se levantou logo em seguida, ao perceber que Wattz já havia chegado... Juntamente às gêmeas.

- Senhor Wattz, espero não estar incomodando.

- O que você está fazendo aqui?

- Enxerido! – disse uma das gêmeas.

- Eu estou aqui para participar da reunião de vocês, no qual eu deveria ter sido convidado. – disse Draco, se sentando novamente

- Ah, como você é patético! A conta já é nossa, não sabia disso, não? – disse Gabrielle Charlotte, se sentando também, com um vestido muito espalhafatoso, rosa choque.

- Não. Eu não disse nada disso, meninas – disse Philip Wattz, o responsável atual da conta de diamantes De Lauer, que estava passando esta, para outro – Ainda estou a resolver essa questão do destino da conta dos diamantes. Bem, Malfoy, ainda não sei o que faz aqui.

- O que eu faço aqui? É meio lógico. Eu quero essa conta dos diamantes De Lauer.

- Hahahahaha... Quer, é? Passe por cima da gente primeiro – disse Christy Charlotte, debochando.

- Christy, querida... Você sabe que eu passo por cima de tudo e de todos para conseguir o que eu quero. Não duvide de mim. – disse Draco, levantando uma sobrancelha, sério.

- Bem, Malfoy, eu admiro isso em algumas pessoas. Mas com você o negócio está passando dos limites. – disse Philip, com um ar de preocupação e olhando para Draco.

- Mas é claro! Claro que está, sempre passou! – exclamou Christy.

- Não se lembra, Philip? Quando ganhamos a conta da Whisks, que ele quase me matou, aquele dia, no balcão? – disse Gabrielle, rindo da desgraça de Draco.

- Claro vocês trapacearam. – disse Draco, com simplicidade e não demonstrando o nervosismo.

“Essas gêmeas vão morrer depois dessa!”.

- Philip, esse sujeito não pode ser encarregado de uma conta de diamantes! – disse Gabrielle.

- Quem decide se essa conta vai ou não para alguém sou eu, e não gostaria mesmo, srta. Charlotte, que se intrometesse no que é encarregado a mim. – disse Philip, com um ar de importância.

“Aprenda a ficar calada, idiota... Hahaha, essa conta já é minha!”

- Diamantes não é para qualquer um, não mesmo. Diamantes são para todos. – disse Draco.

- Oh, sim, eu gostei, poderia ser o slogan... – disse Philip.

- Ah, nós não! – disse Gabrielle, dando um olhar significativo para Christy.

- Diamantes são para todos? Isso dá a impressão de que diamantes não são únicos, que podem ser jogados fora, a qualquer momento. E isso acaba por desprezar, de uma certa forma, o valor dos diamantes, como se fossem algo como o amor.

- Oh, sim... É, é... Realmente. – disse Philip, pensativo.

- Mas o amor é para qualquer um… - disse Draco.

- Ah, é? – disse Gabrielle.

- Claro que sim. Consigo fazer uma mulher se apaixonar por mim em segundos. É só uma questão mínima de dias. Pois eu consigo, eu sei o que elas querem, elas querem diamantes, sexo, presentes e qualquer demonstração de amor. – disse Draco, se dando por simples.

“O que eu estou falando? Eu não consigo fazer uma mulher se apaixonar por mim! Nunca consegui, eu acho... Ai, por Merlin, como fui estúpido!”

- Mas a mulher irá se apaixonar por você ou pelos diamantes? – Ah, Draco estava farto daquelas perguntas idiotas de Gabrielle… Se pudesse, mandava um Avada Kedavra agora mesmo nela...

- Pelo dois, obviamente – Draco a fuzilava com o olhar.

- Convencido você, hein, Malfoy? – debochou Philip.

- Nem tanto – disse Draco, tentando ser modesto – Sou confiante.

- Vamos fazer uma aposta, então. – desafiou Christy, olhando para Draco como se ele já tivesse perdido. Ele, por sua vez, deu um sorriso de deboche.

- Qualquer coisa – exclamou Draco.

- Você irá fazer uma garota se apaixonar por você, e a apresentará, no dia da festa da entrega da conta dos diamantes De Lauer....

- Apaixonada. – completou Gabrielle

- O que eu ganho com isso? – perguntou Draco, desesperado.

- Se você leva-la APAIXONADA, a conta é sua. – se intrometeu Philip, dando um sorriso para Draco.

- O quê? Mas, Philip... – tentou Christy

- Mas nada. Se ela estiver apaixonada, a conta é dele.

Draco sorriu internamente, mas logo esse sorriso se desfez.

“O quê? Apaixonada? Eu nunca vou conseguir, eu nunca vou conseguir... Eu não posso aceitar, não posso aceitar, não posso aceitar, não posso aceitar...”

- Feito – disse Draco, tentando esconder o desespero.

“Eu tenho o meu charme irresistível. Nenhuma mulher irá resistir.”

- Bem, então escolheremos a mulher aqui, agora. – propôs Gabrielle, rezando para que Draco desistisse.

- Ok. Vamos ver quem é a felizarda... – Draco se virou, olhando todos as pessoas presentes na festa.

- Hahaha, aquela gordinha ali, com mini blusa com estampa de leopardo não é nada mal... Hahaha – debochou Christy.

- Ah, pega leve, Christy – disse Draco, contendo o desespero de se ver tentando fazer uma “baleia assassina” se apaixonar por ele.

- Não. Ela. – disse Gabrielle.

- Quem? – perguntou Draco, ansioso.

- Ela. De vestido preto cintilante, cabelo ruivo, sorriso bonito... – ela apontou com a cabeça.

Draco olhou para a direção onde Gabrielle estava olhando. Suspirou quando notou que era a ruiva que ele vira mais cedo, quando estava esperando Philip. Bem, ela era bonita, tinha um sorriso realmente bonito... Mas tinha sardas, coisa que ele não reparara mais cedo.

“Isso não é problema... Ela já tem um corpo perfeito... Linda. Perfeita pra mim... E são só 10 dias. É ela.”

- Ok

- Então está feito – confirmou Philip.

- Bem, meu tempo acabou. Boa sorte com a aposta, Malfoy. –em seguida, Wattz piscou para Draco e se levantou, despediu das gêmeas e saiu do lugar.

- Ah, não se preocupem, eu posso doar uns... 0,5% do meu lucro pra vocês, não se preocupem... – Draco estava se matando de rir, mas, como sempre, discretamente.

- Não sei por quê você já está comemorando, Draco. – disse Christy.

- Você não é exatamente uma pessoa amável, e você mesmo sabe disso – Draco ficou sério. Isso era verdade…

- Vai ser difícil ela se apaixonar por você… - Ele já estava quase pulando no pescoço dela, e partindo-a em pedacinhos...

- Eu consigo fazer qualquer mulher se apaixonar por mim. – disse ele, confiante.

- Bem, já que está tão confiante assim... Não precisará de sorte... Hahaha – disse Gabrielle.

- Bem, com licença, senhoritas - disse Draco, se levantando – tenho uma aposta pra ganhar. Até mais ver.

“Como elas são idiotas... Eu sei que eu vou ganhar, porque eu TENHO que ganhar!”

Ele procurou pela ruiva com os olhos e percebeu que ela estava ao lado de um homem, conversando.

“Ah lindo... E se ela já for comprometida?”

Draco ficou observando, discretamente e de longe. Depois de um tempo, percebeu que o homem era casado. Ela saiu de lá, fez um gesto qualquer para a Granger e saiu andando. Ele foi atrás dela.

Como que ele começaria uma conversa com ela? Draco malfoy nunca foi de relacionamentos duradouros (nem ao menos três dias ele já ficou com a mesma pessoa), portanto, não era experiente nessa área.

“Não posso ser frio com ela. E tenho que torcer para que ela não seja fresca, tampouco...”



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N/A: Oi gentemmmm! Belezinha? Olha só, me desculpem, mas eu não agüentei e coloquei mais coisas ainda do filme na história. Mas sabe o que acontece? Eu me empolgo com facilidade… E essa é a minha 1ª fanfic, ainda por cima...

Mas eu juro que vou tentar melhorar, e diminuir a influência do filme mesmo aqui, ta? Bem, quanto a songfic (que eu disse que talvez iria fazer, na nota do primeiro capítulo) eu resolvi que vou fazer, sim... Mas só mais tarde, quando eu estiver desocupada ^__^. Ah, vão no meu bloguinhu, please? Vou colocar o site aqui, mas vai estar entre parênteses, pois o ff.net non aceita links, nem nada do tipo... (www).(ceci_blog).(zip).(net)

Bem, enquanto isso... EU QUERO COMENTS >___
Ah, é... me desculpem por não ter colocado tanta coisa assim do Draco aqui, ta? De qualquer forma, foi mais do que no 1º cap. E eu ainda nem sei se ele ficou bom, pois ainda não o revisei (eu reviso as minhas próprias fanfics... tenho preguiça de mandar pra uma beta... tipo q eu mesma sou beta )…

(Para Rafinha M. Potter: ow, valewwww.... Eu vou fazer a songfic com Anywhere, sim... Mas to pensando tb em fazer com Going Under *-*~~... Continue lendo!!! Beijinhoxxx...)

Vou parar por aqui, se não eu empolgo e continuo fazendo essa nota te acabar a página...

Beijinhox carinhosos...

>> >> Emma Roseveltt << << (ou simplesmente Cecília)



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