Sedento por Você
Capítulo 4 – Sedento por você
“Ele com certeza deve estar zoando com a minha cara... Só pode... Ai, se é assim, eu agradeço... Mas eu quero mais beijos como aqueles... Mérlin, ele beija bem demais! Exageradamente... Mas ele continua sendo Draco Malfoy”.
Gina estava simplesmente encantada com aquele beijo, perdidamente imersa em pensamentos sobre o dito cujo. E ela havia percebido os “gemidos” e lamúrias de Draco (além dos de si própria) durante o beijo... Bem, ela ao menos poderia tirar uma conclusão boa disso tudo... ELA BEIJAVA BEM.
“E ele mais ainda”.
Ela ainda sentia o gosto fresco do beijo, bem guardado na boca.
Quando Draco estacionou a moto, na garagem, Gina ficou espantada. Draco Malfoy não morava na mansão Malfoy? O que o fez se mudar para um apartamento no meio da cidade grande, trouxa, completamente diferente e... Com certeza, pra ele, pobre?
- Malfoy... – ela começou.
- Sim? – disse ele, tirando o capacete dela.
- Você... Você não morava na Mansão Malfoy? – Gina disse, com medo da reação dele.
- Hum... Sim. Mas após a morte de Lúcio – Gina estranhou que ele não tivesse chamado de “pai” – aquela casa ficou estranha... Somente minha mãe continua lá, com os empregados de sempre.
- Lúcio? Por que não o chama de pai?
- Ele nunca foi meu pai, realmente. E nem liguei muito pra isso... Nunca. – Gina sentia que ele fora infeliz, no passado. Mas não ligava muito. Os pensamentos voaram para o seu primeiro ano, em que “um incidente” a aterrorizou para sempre. Arre, o ódio que ela sente até hoje por aquele mero momento em que Lúcio Malfoy colocara aquele diário em suas coisas... E aquela voz ressoando ainda na sua cabeça “Bom dia, menina Gina” ele sempre falava isso, quando se encontravam, tanto na vida real, quanto nos sonhos... Ou seriam pesadelos?
- Hei... Weasley? Está bem? – Gina voltou seus olhos para Draco, que a olhava estranhamente, como se fosse louca.
- Claro que estou bem! Por que não estaria? – ela perguntou. Mas Draco continuou fitando-a como se fosse doida – EI! O QUE FOI??? TENHO CARA DE TRASGO, OU ALGO ASSIM?
- Bem... – ela teve impressão que ele logo diria que sim, mas estava errada – Não, não... Claro que não... Mas, do nada...
- O que?
- Ahn... Você parou e ficou pálida... – ele havia começado a andar novamente, para o elevador.
- Ah... Bem, estava pensando no meu primeiro ano... – ela queria ter dito “Na merda que o seu pai e você fez comigo no meu primeiro ano”.
- Ahn... – ele parecia querer mudar de assunto, e foi o que fez logo em seguida - Hum... Você ainda está morando com a sua hiper-família? – Gina não gostou do modo como ele falou de sua família. Poderia ser até grande, mas era mais feliz que a de Draco, ela tinha certeza.
- Escuta aqui, Malfoy... – o elevador tinha chegado, fazendo um barulho meio estranho – minha família pode ser estranha, mas é feliz, ao contrário da sua, pelo que vejo, e... – Gina foi interrompida mais uma vez pelos barulhos do elevador, mais fortes e , também, pelas risadinhas de Draco, que na verdade estava se matando de rir da cara de Gina, que já estava começando a ficar vermelha, igualmente ao cabelo. Gina observou Malfoy entrar no elevador, tranqüilamente, enquanto ela ainda estava fora – Malfoy... Esse... Esse elevador esta estranho... É melhor irmos de escada – Gina observou ele rir, enquanto ainda estava do lado de fora do elevador.
- Hahahaha, essa é boa... Weasley, eu moro no 18ºandar, e... – Draco voou pra fora do elevador quando as luzes dele se apagaram, formando um curto circuito.
- Eu adoro quando eu tenho razão, sabe, Malfoy... Vamos de escada. – disse Gina, com um sorriso irônico na face.
Draco não disse nada, apenas a guiou até a porta, que dava para as escadas. Mas estava muito, realmente muito escuro.
- Ah, ótimo... Acabou a luz no prédio todo!
- Deu pra perceber... Bem, é só pegar a varinha e... – Gina estava procurando calmamente a varinha e, no outro instante, estava histericamente procurando a bendita varinha – Onde está a minha varinha?
- Eu... Eu não trouxe a minha... Ah, sim, trouxe. – disse Draco, com a varinha em mãos e logo depois murmurando um “lumus”, irradiando uma forte luz branca da ponta da varinha.
- Eu não acredito que estou sem varinha, no escuro, com... VOCÊ! – Gina já estava ficando desesperada. Ficou mais ainda quando ouviu as risadas maléficas de Draco.
- O que pensa que vou fazer com você?
“Provavelmente... Me torturar até a morte. Ou então, quem sabe, me lançar um crucio a cada 3 segundos, me cortar ao meio e, ai, me engolir viva, nos últimos suspiros da vida”.
Sem querer, foram essas as palavras que saíram da boca de Gina.
- Ah, então é isso que pensa de mim? Por acaso... – ele murmurou um “Nox” rapidamente e andou até Gina, vagarosamente ainda, na penumbra total que estava o lugar – Fui eu quem rejeitou a admirável proposta de ser um comensal... E você ainda pensa isso de mim? – Draco foi se estreitando cada vez mais perto de Gina, até encurralá-la contra a parede, coisa que irritou Gina profundamente.
“Por que ele sempre faz isso nesses momentos? Isso é... Isso é... Vicioso!” .
Gina já estava com a respiração descompassada novamente, como no “incidente” de mais cedo. Infelizmente, Gina tinha de admitir, estava ansiosa por um momento igual àquele, por um beijo igual ao que recebera mais cedo. Ela queria respirar antes. Ele a encurralou de uma forma tão... Fechada, que ela até sentia falta de ar, ali.
- Me diga, Weasley... – Ele disse, sussurrando bem perto do ouvido de Gina – Você ainda pensa isso de mim?
Gina estava arrepiada dos pés à cabeça.
“Não sinto o chão... Ai, eu estou mole... Controle-se, controle-se... Ah”.
Gina, de repente, ficou completamente mole e Draco teve que segura-la mais fortemente, pela cintura. Ele riu, insanamente, ao perceber que estavam praticamente colados um no outro.
- Me responda, Weasley... – ele disse, novamente, ao pé do ouvido dela.
- Sim... Quero dizer, n-não... Não. – disse ela, fechando os olhos em seguida, para tentar ver se seu cérebro ainda estava ali.
- Ótimo... – disse Draco, enlaçando o outro braço em torno dela, sempre na cintura.
Draco praticamente a carregava, enquanto “tirava uma lasquinha” passando a mão pelo corpo de Gina. Ele foi se aproximando perigosamente, e, dali, deu pra perceber que ela estava de olhos fechados.
“Ele vai me beijar... Não, não posso aceitar... Oh, sim eu posso... Eu preciso de um beijo dele... Estou ficando louca... Ele deve ter mandado um Imperius em mim!”.
Logo, ele encostou delicadamente os lábios nos de Gina, que sentia como se o coração fosse saltar pela boca. Como se “pedindo permissão”, Draco abriu a boca, ela fez o mesmo, e penetrou a língua, procurando, sedento, pela língua dela. Logo estavam cada um explorando a boca do outro... Novamente.
Gina tinha uma mão envolta nos cabelos dourados dele e a outra, no rosto dele, que ora ficava ali, ora ia para nuca dele, o que o arrepiava por completo.
Ela não sabia o que fazer: Se parava aquele beijo, ou se simplesmente deixava acontecer. Ela optou pela segunda opção, por ser mais... Tentadora. Ela sorria, internamente, quando ouvia os gemidos de Draco... Ele gostava. Ele também era sedento por ela, assim como ela por ele, mas apenas fisicamente.
“Ótimo. Assim é mais fácil de dar o fora nele...”.
Novamente, depois de alguns lindos minutos se beijando, Gina deixou a bolsa cair, que estava segura em seu braço direito, que estava com a mão na nunca de Draco. Nenhum dos dois estava ligando muito para isso, sinceramente. Mas de qualquer forma, Draco abriu os olhos, um pouquinho, só para se deparar com dois olhos castanhos o olhando, não abertos totalmente, como ele esperava estar, mas em uma fina abertura, como se estivesse o observando atentamente, antes. Ele foi parando o beijo aos poucos, sem tirar os olhos dela. Gina fechou os olhos novamente, e sentiu com sincero desgosto, ele parar de beijá-la, totalmente.
Para surpresa geral de Gina, ele começou a beijar seu pescoço, causando cócegas moderadas sobre ela.
- Não... Não... Pare... Malfoy... Hahaha... – Gina não sabia se ria ou se chorava naquela situação incômoda. O pior era que ela havia enlaçado as pernas em Draco, e nem havia se dado conta disso. Não ligou. Não naquele momento, nem naquela situação.
Gina jogou o pescoço pra trás quando sentiu Draco “subir” novamente, a procura incessante pela boca dela. Ela respirou fundo, e se entregou ao beijo que veio logo depois.
Draco havia se esquecido completamente que eles estavam no meio de um conjunto de escadas, e que ela era uma Weasley. Ele sentia uma urgência impiedosa de tê-la ali, de qualquer maneira. Também não tinha consciência alguma de estar começando a se descontrolar, com o seu grande ego masculino gritando “tire a roupa dela e faça-a sua”.
“Se controle... SE CONTROLE! Ela é só mais uma...”.
Draco repentinamente se lembrou da aposta. Ele teria que tê-la ainda, dali a 10 dias. Dando o máximo de si, parou o beijo subitamente, logo depois se arrependendo ao ver a cara espantada que ela fez, com a interrupção. Soltando-a vagarosamente (sua mão já estava dentro do vestido dela) e dolorosamente no chão, Draco disse:
- Nós... Estamos indo... Rápido demais – estava ofegante, e segurando as próprias mãos, dispostas a desobedecer a razão de seu cérebro e pegar Gina ali mesmo, naquele exato momento.
As luzes se reacenderam, e Gina olhou para o chão, ou melhor, para os próprios sapatos, como se eles fossem mais interessantes ainda. Ela pareceu perceber a gravidade da situação, também, por que logo ela já estava pegando a bolsa no chão e começando a abrir a porta que dava em direção a garagem.
- Aonde vai?
- Embora, oras... A situação já está começando a sair dos limites, se não percebeu... – Ela ficara vermelha de novo. Era estranho o quão Gina ficava bonita, ainda que vermelha.
- Claro que percebi... E percebi também que estava gostando – disse Draco, rindo em seguida, internamente, da cara de horror que ela fez.
- O-o que disse???
- Weasley, você não engana ninguém... Você, na verdade, é uma péssima mentirosa.
- E por acaso alguém te perguntou alguma coisa, Malfoy?
- Por acaso, você perguntou o que eu havia dito. – disse Draco, calando-a de uma vez – Vamos para o meu apartamento, lá nós...
- Não!
- Como não? Você disse que queria ir!- disse Draco, subindo as escadas.
- Espera... Você vai me deixar aqui? – ele notou um fiasco de medo na voz dela, se divertiu com aquilo.
- Sim, já que você não quer ir... Ah, e cuidado com os táxis, pode acabar a luz de novo... – disse Draco, tentando amedrontá-la mais ainda.
- Eu... Eu vou subir com você... – depois disso, ela quase voou para a escada, onde Draco estava, segurando forte o braço dele.
- Hei, o que foi? Está com medo de que a luz acabe de novo? – ele estava se segurando para não rolar de rir da cara de espanto dela.
- Ahn? O que? Medo, eu? Não... Claro que não...
Draco pegou a varinha que havia caído no chão novamente, colocou-a no bolso e voltou a olhar pra ela.
- O que foi? – perguntou ela, encarando ele.
- Vamos aparatar lá pra cima... É mais rápido e simples.
- Eu já disse que estou sem minha varinha! – Ela estava impaciente, visivelmente.
- Você é tão antiquada... – disse Draco, fazendo uma cara de “só-eu-sou-lindo-e-moderno-aqui?”.
- Não sou antiquada!
- Podemos aparatar juntos, sem varinha. – sem esperar resposta, ele pegou Gina no colo e aparatou.
Por um milagre, não caiu e nem se desequilibrou, quando sentiu o pé firme no chão. Ela estava em seus braços, e, por mais que fosse leve, agora pesava, e muito, nos braços dele. Colocou-a no chão, calmamente, não a largando, assim mesmo.
- O que foi? – perguntou ela, olhando nos olhos dele. Aqueles olhos cor de chocolate eram incrivelmente luminosos, e variava a cor, chegando até um verde meio escuro, ao centro. – Malfoy? – Draco acordou, ao ouvir o próprio sobrenome sair dos lábios perfeitos dela.
- Me chame de Draco.
- Por que? – achou-a extremamente burra, naquele momento. Como iriam se aproximar mais, sendo que se chamavam pelo nome de família?
- Oras... Odeio sempre lembrar, a cada vez que te chamar, que você é uma Weasley, uma família... – ele pensou duas vezes-... Grande.
Gina riu. Ele ficou observando-a rir, gargalhar, calmamente, esperando a louca a sua frente voltar a ser normal. Não, normal ela nunca seria, na opinião de Draco.
“Aceitável para um Malfoy, é a opção correta. Ahn? Não, não... Ela é uma Weasley, e só estou com ela por causa da maldita aposta...”.
- Você falando assim parece realmente que a minha família é bem maior do que já é! – ele teve que rir junto a ela, nesse momento. Pararam de rir subitamente, ao ‘notarem’ o que estavam fazendo – Você mudou bastante, Malfoy...
- Draco.
- Ah, é... Desculpe-me, Draco. Chame-me de Gina. Ou Gin, como preferir. – Gin era muito delicado para ela... Sim, ela poderia até ser delicada, mas nem tanto! Afinal, ela era impaciente, irritante, histérica e um monte de coisas mais. Gina também não parecia nada com ela.
- O seu nome é somente Gina?
- Sim, por quê?
- Não combina com você... – Ela fitou-o. Ele tentou desviar aquele olhar, olhando pro chão, para não ter que enfrentar aqueles olhos perfeitos de novo. – Mas, voltando ao que você havia falado... Eu não mudei.
- Não? – ela disse, com um toque de dúvida constante na pergunta.
- Não. Você apenas não me conheceu o suficiente em Hogwarts pra notar.
- Sabe que você tem razão? Ainda não nos conhecemos... – ela pareceu se lembrar de algo – Só fiz uma pergunta, aliás.
- O quê que tem? – ele ainda não havia percebido aonde ela queria chegar.
- Como assim o quê que tem? Você me deixou fazer cinco perguntas, lembra-se?
- Ah, sim... Sim, me lembro.
“Essa Gina sempre tem que lembrar das coisas? Memória boa demais... Só eu posso ter memória boa!”.
- Pois é, não vou precisar das cinco. – ele olhou pra ela, surpreso – Apenas uma.
- Melhor pra mim. Fala.
Em seguida, Draco a soltou (ele ainda segurava pela cintura, sem perceber), e se direcionou ao sofá de couro preto, antigo mas bem conservado, que veio da Mansão Malfoy. Pensar isso naquele momento não lhe fez muito bem...
- Verdadeiro ou falso... – ela se sentou ao lado dele, com um sorriso tipo: “ele nunca vai acertar”, do qual Draco debochou para si mesmo. Estava confiante demais – Vale tudo no amor e na guerra.
Draco pensou um pouco. Por que ela fez aquela pergunta tão... Estranha?
“Sensata, sem dúvida”.
Bem, no amor, como no caso da aposta em que ela teria que se apaixonar por ele, valia tudo, e Draco era a prova viva disso. Na guerra... Na guerra também se valia tudo, oras! Guerras sempre são causadas pela disputa de alguma coisa, não era? E todos não querem, em meio à guerra, ganhar o que for?
Sem querer, Draco chegara à resposta certa.
- Verdadeiro. – ela sorriu. Aquilo era um sinal bom. Ele havia acertado?
- Ótima resposta...
- Ótima pergunta...
“O quê? Claro que não foi ótimo! E de onde eu tirei esse tom todo meloso? O que essa Weasley idiota fez comigo? Só pode ter me jogado uma maldição: A Imperius! Só pode... Tenho que retirar o que disse, retirar o que disse, retirar o que disse.”.
- Quer um vinho?
“Arre... Eu estou mesmo sobre uma maldição!”
- Claro... – ela se levantou – Posso usar o seu banheiro?
- Segunda à direita.
Em seguida, Draco entrou na cozinha.
“Mione e Luna devem estar preocupadas...”.
Pegou rapidamente, para que Draco não percebesse, o telefone sem-fio preto, supermoderno, que encontrara. Afinal, não tinha mais celular. Entrou no banheiro. Ficou estática. Como Draco Malfoy poderia ter um gosto tão parecido com o dela?
As paredes, com pedras azuis claras deixavam o local bem claro, ao incidir com a luz branca da lâmpada que se encontrava ao centro do teto. No chão, azulejos brancos com uma emenda azul escuro, davam mais charme ainda. O espelho, grande, estava fascinantementelimpo, e refletia, muito bem, uma Gina com os olhos arregalados. O Box com vidro preto, mais límpido ainda... Enfim, tudo organizado, tudo no seu devido lugar. As toalhas também azuis, estavam impecavelmente dobradas, penduradas em um arranjo perfeito... Prateado. Um armário de madeira polida em branco, com 8 gavetas no total, incluindo uma com chave, que estava trancada.
“Eu preciso da minha varinha...”.
Abobalhada ainda, Gina conseguiu ligar o aparelho e discar o número da casa de Hermione, supondo, logicamente, que Luna também estava lá.
- GINA WEASLEY! TRATA DE CONTAR TUDO!- Gina teve de afastar o telefone do ouvido, ou sentiria, em breve, os próprios tímpanos estourarem, ali mesmo.
- Queremos detalhes! – ouviu Luna dizer, ao longe.
- Hey... Acalmem-se! Estou no apartamento dele...
- AHHHHHH... SAFADA! JÁ VAI DORMIR COM ELE, É? – Gina ficou chocada com a pergunta. Ela, dormir com Draco Malfoy? NUNCA!
- Luna! Claro que eu não vou dormir com ele! Eu, ao contrário de certas pessoas – e ela estava se referindo à Hermione, certamente – tenho um auto controle, sabe...
- Ah, é? Puxa, Gin... Essa doeu, tá? – disse Hermione, em tom zombeteiro e irônico.
- E qual é o nome dele, Gin? – Gina ficou em silêncio.
“E agora, o que digo á elas? Ah, o gostosão é Draco Malfoy, aquele sonserino estúpido que nos enchia o saco em Hogwarts. CLARO QUE NÃO. Não posso contar o nome dele á elas! Mas... mas... Ok, eu digo”.
- Gina?
- Sim?
- Responde...
- Ah... Draco Malfoy.
- O que tem o estúpido do Malfoy com isso, Gin? – perguntou Hermione, aparentemente confusa.
- Ai, Mione... Ele é Draco Malfoy! – Gina ouviu elas prenderem a respiração. Ela sabia que viria bomba ali...
- GINA WEASLEY! SAIA DAÍ AGORA! ONDE É? VOU AI TE BUSCAR... 5 MINUTOS!
- HERMIONE! – Gina baixou o tom de voz, com medo que Draco ouvisse – não se atreva! Ele ainda não fez nada comigo... E está se mostrando bem diferente do que pensava.
- Gina! Você está fazendo uma loucura! Desista disso agora mesmo...
- Não, Mione! Não dá mais pra conhecer outro cara, e...
- Ok, ok... Hermione, ela tem razão – Gina queria beijar Luna no momento por ter dito tais palavras – Mas, Gin... Prometa-nos uma coisa...
- O que? – Gina ouvia os passos dele do lado de fora do banheiro. Baixou ainda mais a voz.
- Prometa-nos que nunca vai se envolver seriamente com ele...
“Do que ela está falando? É claro que eu nunca vou fazer isso! Imagina. Eu com Draco Malfoy. RIDÍCULO!”
- Claro que não, Luna! – os passos cessaram, ela ficou preocupada, talvez ele estivesse ouvindo – Agora eu tenho que ir...
- Toma cuidado, Gin... – disse Hermione, preocupada.
- Tá, tá... Beijos, tchau.
Desligou o telefone e o deixou na pia mesmo. Já ia trancar a porta quando se esqueceu do seu disfarce... Deu uma descarga bem longa, e olhou para o telefone em cima da pia. Não era uma boa idéia, realmente. Mas não poderia sair dali com um telefone na mão... Gina tinha certeza que ele estava atrás da porta.
Abriu um sorriso e a porta, rapidamente. A surpresa foi que ela estava enganada. Ele não estava ouvindo atrás da porta. Estava apagando uma vela.
Ele se virou e sorriu. A sala estava com um clima romântico, que o carpete vermelho-rubro reforçou ainda mais. Ela não gostou muito daquilo, e com razão.
“Romantismos são para relacionamentos sérios... A última coisa que eu quero é ser séria com Draco Malfoy!”.
O cabelo dele reluzia à luz das poucas velas que estavam acesas ainda. O cabelo tão perfeitamente platinado, parecia quase ouro puro, aos olhos de Gina. E aquilo combinava com os olhos azuis acinzentados dele. Adiantou-se um pouco, deixando a bolsa pequena e preta em cima da cômoda que havia ali. Ela não tirou os olhos dele, ao perceber que agora era ele quem se adiantava, com os dois copos de vinho nas mãos.
Ela pegou o copo, e silenciosamente se virou, em direção ao quarto, que, aparentemente, era dele. Uma suíte, para ser mais exata. Ela sentia os olhos dele na sua nuca, mas nem se importou. Continuou seu trajeto até se deparar com a cama, com um cobertor grosso e de uma aparência extremamente aconchegante, azul escuro.
“Nada como apressar as coisas para se chegar logo no final”.
Ela deitou na cama, de lado, com a taça de vinho segura na mão direita. Apreciou Draco olhando-a de uma forma bem estranha, e apontou para o espaço que havia na cama, ao seu lado, chamando-o. Ele deu um passo á frente, indeciso, mas depois deu meia volta (para confusão total de Gina) e se sentou no sofá preto que havia ali, em frente a um espelho bem grande, que ocupava aquela parte da parede toda.
Ela insistiu, rindo da situação com grande desgosto, e apontou mais uma vez para a cama, fazendo movimentos circulares. Ele negou mais uma vez, e fez os mesmos movimentos que ela, só que sobre o sofá.
“Ok, Malfoy, você é mais esperto do que eu pensava. Merda... isso só vai dificultar as coisas”.
- Ok, ok... – e rendida, Gina caminhou vagarosamente até onde Draco estava e se sentou ao lado dele. Não ousou fazer gestos mais... Sensuais, pois a timidez falou mais alto. Afinal, ela continuava sendo a mesma Gina Weasley de Hogwarts, que era mais tímida do que aparentava ser, e corava ao menos umas três vezes a cada minuto.
Ela continuava a mesma, sem dúvida.
“Talvez com um corpo melhorzinho. Uma voz mais fina. Coisa de hormônio”.
O silêncio já começava a incomodar, quando Draco, finalmente, resolveu encará-la e fazer algo útil.
- Você também está achando esse silêncio horrível?
- Sim. Poderíamos estar fazendo algo bem... Excitante, se você tivesse ido pra cama. – Gina ruborizou. Mal acreditava no que tinha acabado de dizer. Seria ela mesma aquela Gin inocente de Hogwarts?
- E por que a pressa?
- Pressa? Pelo que eu saiba os homens, naturalmente, saem com as mulheres uma noite, dormem com elas e no dia seguinte: Adeus! Nunca mais se vêem. – Gina olhou pra ele – Você provavelmente não deve ser diferente.
- E se eu for?
- Hum... Se você fosse, seria bom. Mas não é. – Ele ficou olhando pra ela por uns instantes. Não, uns instantes, não! Foi realmente um longo momento, que incomodou Gina seriamente.
“O que ele pensa que está fazendo? Olhando a minha alma? Estúpido...”.
Do nada, quando Gina já estava por se virar novamente, Draco se adiantou e a beijou, subitamente.
“Meu Mérlin... O que ele está fazendo? Não! Tire as mãos de cima de mim!”.
Draco estava se deitando em cima dela, com as mãos já dentro do vestido dela. O beijo nem passava de um “encosto de lábios”. Nada muito profundo, realmente. Não porque Gina não queria se derreter novamente por aqueles beijos perfeitos dele. Nada disso. Mas é porque naquele momento, a razão já estava gritando.
“Eu nunca vou pra cama com Draco Malfoy... Nunca irei me envolver com ele. Só preciso jogá-lo fora... Em menos de 10 dias”.
Gina se separou de Draco, rapidamente.
- Estamos... Estamos indo rápido demais – ela disse, em um fôlego só.
- Concordo... – ele estava ofegante.
- Eu... Quero que você me respeite.
- Eu te respeito!
- Eu... Ahn... Respeito isso! – Gina não se lembrou, na hora, de nenhuma outra situação em que sentisse a cara mais quente (ou seja, ruborizada). A posição em que estava não era uma das mais simples, realmente.
“Saia de cima de mim! Saia! Vamos, chispa daqui!”.
Draco ficou com uma cara estranha durante uns segundos. Enfim, se levantou e saiu de cima de Gina, para o alívio total da própria. Não era ela mesma que estava querendo apressar as coisas?
Saiu da cama meio que correndo, com medo de que ele voltasse para lá e tentasse outra coisa com ela. A situação havia atingido o ponto mais alto, agora. Embaraçada, Gina saiu do quarto atrás dele e se dirigiu à porta de entrada da sala.
“Não posso mais ficar aqui... Ai, meu Mérlin, que vergonha!”.
- Aonde vai? – perguntou Draco. Ele estava com uma cara estranha, milhões de faces passavam como se fosse uma tela de cinema, pelo rosto dele. As roupas estavam amassadas, devido ao... Bem, era melhor nem lembrar disso.
- Pra casa.
- Hã? Weasley, você é muito estranha...
- Gina.
- Ah, é... Mas você é estranha. Em um momento, você quer ir pra minha casa, no outro está me agarrando e no outro já quer sair correndo! – Ela abriu a porta. Tinha certeza de que nunca, nunca mesmo se sentira mais vermelha na vida.
- Eu tenho que ir...
- Hum... Ok. – ele foi até a porta e ficou encarando ela.
- Então... Tchau. – quanto mais rápido saísse dali, melhor. Adiantou-se para fora do corredor e foi andando (ela queria correr, claro) até o elevador, afinal, a luz já havia voltado e ela estava sem condições para aparatar. Afinal de contas, não queria ter seu corpo partido ao meio! Ouviu a porta bater, e tinha certeza de que ele estava mais embaraçado do que ela. Que situação!
Voou pra dentro do elevador e apertou histericamente o botão “T”. Só suspirou de novo quando já estava na rua, em direção a um táxi.
- Tchau, Weasley – se virou rápido pra ver quem era. Era Draco, na varanda do apartamento dele. Parecia uma formiguinha amarela. Esse pensamento divertiu Gina em excesso.
- Tchau, Draco.
“Hummm... Você já está na minha. Vou fazer com que você queira morrer”.
Em seguida, Gina se dirigiu para o táxi, aliviada. Mas não podia negar, de jeito algum, que estava sedenta por outros beijos e encontros dele... Completamente sedenta por ele. Mas haveria outros beijos, claro. Pena que aquele fora apenas um, dos 10, prováveis torturantes dias.
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N/A: Oieee!!! Genteee... Milhões de desculpas pela demora com a atualização isso não vale para o portal, claro. Mas, entendam... Meu pc é horrororível e, em dezembro, ele pifou e ficou um tempo no concerto. Depois, ficou lerdo em exagero, depois bom demais que nem dava pra acreditar e, depois... A preguiça e ocupação me pegaram de mão cheia UU. Me dexculpemmmm.... Sorryyy.
Mas eu estou atualizando todas de uma só vez... Isso é uma super atualização, não é não? Bem, a continuação de Minha Obscuridade ( Minha Obscuridade II – O retorno ), não ficou felizérrima como alguns acreditavam... Me desculpem, mais explicações é só ler a própria continuação n.n
Ah, uma coisa importantíssima... Eu não consegui me segurar e acabei acrescentando essa parte do elevador, da escada e da luz. Eu sei muito bem que isso não está no filme... Mas... Mas... Não me agüentei! Espero não ter acabado com o espírito da fanfic... Esse capítulo ficou muuuito horrível!
EU QUERO REVIEWS E EMAILS!!!!! Eu quero, eu querooo!!!
Dessa vez eu realmente prometo que não vai demorar muito para atualizar. Afinal, as férias estão quase acabando, e eu tenho que aproveitar esse divertido momento pra atualizar tudo de uma vez, se não, aí sim que eu vou demorar MILÊNIOS pra atualizar... Mas não se desesperem, ok?
Beijõeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeex...
>>Emma é oficial, agora
N/B: Capt Ótimo, como sempre, fofa XD
Amei.
Bjins
Nath Mansur
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