Encontro Casual?
Encontro Casual?
-Hey, Virginia! –era Emelina Vance a chacoalhando –Acorde, já passa das 10h da manhã.
Gina abriu os olhos preguiçosamente. Havia pensado por horas seguidas sobre a proposta de Draco e só conseguia dormir após chegar a uma conclusão. Trabalhar para o Malfoy seria lucrativo pra ela, não apenas em termos financeiros. Se aproximar do loiro era a chave para que ela conseguisse as informações necessárias para recorrer ao caso. Então decidiu que aceitaria a proposta dele.
-Ah, bom dia, Emelina. –a ruiva cumprimentou, sentando-se –O que temos de café da manhã?
-Cookies, torradas com geléia de morango e chocolate quente. –a empregada respondeu.
-Ok. Se quiser já ir tomando café, fique à vontade. –Gina autorizou levantando-se da cama e calçando os chinelos –Só vou ao banheiro por um instante.
Quando saiu do banheiro e sentou-se à mesa, Emelina perguntou:
-Como foi ontem? Quem era o misterioso remetente?
-Você não vai acreditar... Era o Malfoy... –Gina respondeu fazendo cara feia.
-Qual? Draco ou Lúcio Malfoy?
-Draco Malfoy. Acredita que o que ele queria era me contratar como advobruxa da M Corporation?
-Sério? –ela perguntou, fazendo-se de surpresa –E você aceitou?
-Eu disse que ia pensar. Não conte à ninguém, mas acho que vou aceitar.
-Faz bem...
-Por quê? –Gina perguntou curiosa.
Nesse instante a campainha soou:
-Quer que eu atenda? –Emelina perguntou, prestativa.
-Faça esse favor. E se for um entregador da Essence, diga que eu morri, que me mudei, qualquer coisa.
Gina terminava de comer um cookie, quando ouviu uma voz animada:
-Tia Gina! –era Eve vindo correndo na direção dela.
Virginia pegou a garota no colo e abraçou-a:
-O que faz aqui coisa fofa da titia? Quem te trouxe aqui?
Mas antes que a garotinha pudesse responder, Gina viu Gui e Fleur se adiantarem:
-Olá Gininha querida. –a cunhada disse beijando-lhe uma face –Como vai?
-Vou bem. E vocês? –perguntou enquanto Gui a abraçava.
-Podemos dar uma palavrinha com você, Gi? –Gui perguntou meio inseguro.
-Mas é claro. Fica um pouco com a Tia Emelina, Eve. Seja boazinha, meu amor. –e deixou a sobrinha sobre os cuidados de Vance.
-Tá. –a ruivinha disse.
Os três foram até o quarto de Gina e ela fechou a porta, já havia percebido que era algo particular:
-Vocês estão com algum problema?
Fleur ruborizou e deu uma leve cotovelada no marido:
-Fala você, Gui. Nós tínhamos combinado que você falava, não é, querido?
Ele tomou fôlego:
-Você sabe como a Eve é peralta, Gina... –e a ruiva concordou –Eu e a Fleur queríamos dar pra ela um irmãozinho ou irmãzinha... Mas desde que ela assistiu um filme de terror na tevelisão...
-Televisão. –Gina corrigiu-º
-Que seja... Ela dorme toda a noite no nosso quarto... E aí você sabe, num dá...
Gina sorriu:
-Tô começando a entender. Vocês querem privacidade.
-Exatamente. –Fleur respondeu.
-No que eu posso ajudar? –Gina perguntou.
-Você sabe o quanto a Eve te adora...
-Eu também a adoro, Gui. É uma criança completamente adorável, apesar de às vezes aprontar das suas.
-Então, Gina. A Fleur me disse que o período fértil dela é por esses dias... Será que dá pra você ficar com a Eve por algum tempo?
-Claro! –Gina respondeu sem hesitar –Vai ser um prazer. Pedi licença, estou temporariamente afastada do Ministério, não será problema nenhum.
-Obrigada. –Fleur disse a abraçando e depois pegando suas duas mãos –Você será a madrinha da criança.
-Muito obrigado mesmo, Gina. –Gui agradeceu –Agora temos que ir, mais tarde eu venho trazer as coisas da eve.
-Não querem ficar mais um pouco? Tomar café da manhã comigo?
-Já tomamos café. –Fleur respondeu, enquanto voltavam para a cozinha.
-Sei... –a ruiva respondeu, sabia que eles queriam começar a aproveitar os momentos à sós o mais rápido possível.
“Quando será que a Eve assistiu o tal filme?” Gina perguntou-se com curiosidade, enquanto os pais se despediam da garota.
-Você vai ficar alguns dias com a Tia Gina, queridinha. –Fleur disse abraçando e beijando a filha –Mamãe vai sentir a sua falta.
-Calma, mamãe! –ela reclamou –Tá me sufocando.
-Desculpa. –e a soltou.
-O papai também vai ter saudades. –Gui disse fazendo um cafuné nela.
-Tchau papai. Tchau mamãe.
-Seja uma boa menina e obedeça direitinho a Tia Gina. –Fleur recomendou e Gina levou-os até a porta.
Não havia se passado nem um minuto e a campainha tocou novamente.
“O que será que eles esqueceram de falar?” ela pensou antes de abrir a porta.
-Ah, de novo não! –a ruiva exclamou ao ver o entregador da Essence.
-Não fique brava comigo. –ele pediu –Eu só sigo...
-Eu sei que você só segue ordens. –ela retrucou revirando os olhos –De qualquer jeito, eu já sei quem é o remetente. –ela revelou enquanto apanhava o buquê de rosas vermelhas.
-e quem é? –o entregador indagou.
Gina pensou em não responder, mas acabou não fazendo isso. Disse cheia de pompa:
-O próprio dono da Essence.
-O Mr. M? E quem é ele?
-Mr. M? –Gina perguntou.
-Sim, é assim que chamamos o dono da essence. Mas quem é ele?
-Draco Malfoy. –ela respondeu suavemente.
-O milionário mafioso?
-Você sabe que ele é da Máfia?
-Todos sabem, mas ninguém consegue pegá-lo “com as mãos na botija”. Ele é esperto. Até mais, Srta.
“Nossa! Até os trouxas sabem que o Malfoy não presta...” ela não pôde deixar de pensar e entrou no apartamento.
-Emelina! –Gina chamou e ela aparatou na sua frente –Onde está a Eve?
-Comendo... estava. –completou ao ver que a garota entrava na sala.
-A flor é sua Tia Gina? –e ela confirmou –Quem mandou?
-Guarde pra mim, Emelina. –Gina disse passando as flores, mas não antes de tirar o bilhete –Ainda não terminei de comer, eve. Venha terminar também. –disse a puxando até a cozinha pela mãozinha.
-Quem mandou? Quem mandou? –a ruivinha insistiu em saber.
-Draco Malfoy. –ela respondeu sem animação e torcendo pra eve não lembrar de nada sobre ele.
-O homem mau! Ele é seu namorado?
-Claro que não! –Gina respondeu indignada e tomou um gole de chocolate quente –Ele é casado, Evelyn.
-Com você?
-Claro que não, Evelyn! Eu ia casar com o Harry.
-Mas por que ele mandou flor vermelha pra você? A mamãe disse que o papai mandava pra ela.
-eve, meu amor, eu não sei porque ele tá fazendo isso.
-O que é isso? –a garota perguntou, pegando o bilhete que Gina havia deixado descuidadamente em cima da mesa.
-Eve, seja boazinha e devolva pra mim esse pedaço de papel.
-Não! Não! Lê pra mim!
-Mas minha lindinha, é assunto de adultos... –Gina tentou convencê-la, sem sucesso.
-Lê! Lê! Lê!
-Por Merlin, Evelyn! Como você é teimosa! Realmente não negua o sangue weasley que tem nas veias. Tudo bem, eu leio.
-Promete?
-sim, eu prometo. –e finalmente pôs as mãos no papel e abriu-º
então leu o que a carta dizia:
Querida Virginia,
Saiba que a noite de ontem foi ótima. Adorei jantar com você.
Espero que a minha companhia tenha sido agradável pra você também.
Gostaria que pudéssemos sair novamente, se quiser ou precisar de alguma coisa... Qualquer coisa mesmo, pode me ligar.
Pense com carinho na minha proposta
Ass: Draco
P.S.: Você ficou espetacular naquele vestido vermelho...
Gina ficou pasma e Eve gritava:
-TÁ NAMORANDO! TÁ NAMORANDO!
-NÃO TÔ NÃO! –Gina gritou de volta.
-O QUE ESTÁ ACONTECENDO POR AQUI? –Emelina Vance chegou perguntando.
-Nada. –eve respondeu dando de ombros –Só a Tia Gina escondendo que TÁ NAMORANDO Draco Malfoy.
-Evelyn! Não acredite nela, Emelina... é só uma criança que não sabe do que fala.
-sei sim! Você saiu com ele Tia Gina! TÁ NAMORANDO...
-Evelyn! Não me faça ter que te dar caramelo incha-língua para parar de falar besteiras. Eu não tenho nada com... Aquele imbecil! Tire essa idéia maluca da cabeça!!!
-Tá. E por que papai e mamãe me deixaram aqui?
-Eles não te contaram? –Gina perguntou, coçando a cabeça.
-Só falaram que iam fazer um bebê. Como é que se faz? Por que eu não posso tá lá pra vê?
Gina engoliu em seco:
-Eu não sei, eve. Eu não tenho filhos.
A garota se voltou para Emelina:
-Também tenho filhos. –a morena respondeu.
-Que chato... O que a gente vai faze, Tia Gina?
-“O que a gente vai fazer”, Eve. –Gina corrigiu –Primeiro vamos escovar os dentes. Depois vamos ao parque e talvez ao cinema.
-Oba! Oba! Te adoro, Tia Gina!
-Aprendeu a dizer “adoro” direitinho, é um avanço. –Gina comentou a carregando.
Quando saíram do banheiro, despediram-se de emelina e foram ao passeio. Gina segurava a mão de eve enquanto andava, principalmente na hora de atravessar:
-Olha lá, eve. Tem uma sorveteria do outro lado. Vamos atravessar.
O sinal do semáforo estava verde e carros passavam. Por isso elas esperaram pra atravessar. Após alguns segundos, o sinal ficou vermelho e então Gina viu uma limusine preta que parou bem antes da faixa.
“Estou ficando paranóica. Não deve ser o Malfoy, ele não é o único que possui uma limusine.”
Foi pensar isso, que ouviu:
-Olá, Weasley. –ele disse pelo vidro –Não sabia que tinha uma filha. Quem é o pai?
-Ela é minha sobrinha, Malfoy. –Gina explicou.
-Você é o homem mau! Não vai dá um beijo no seu namorado, Tia Gina?
-Fique quieta, evelyn! Viu só, Malfoy? A culpa é toda sua, ela viu as flores que me mandou e agora pensa que...
-TÁ NAMORANDO! TÁ NAMORANDO! –a garotinha cantarolou alegremente.
-Evelyn! Não me faça passar vergonha. Adeus, Malfoy.
-Entra no carro, Weasley. –Draco disse, abrindo a porta –Você e essa criança adorável.
-Não, Malfoy. Eu e a evelyn estávamos indo até o parque. Ela vai ficar muito brava se não formos.
-Eu levo vocês. Entrem logo, o sinal acabou de abrir.
-Vamos, Tia Gina. –eve disse entrando e puxando Gina pela mão.
“Ela realmente não tem noção do perigo.” Gina pensou, sentando-se no banco e fechando aporta.
-Posso te chamar de Tio Draco? –perguntou esperançosa.
-Pode. –o loiro respondeu –Ela levou mesmo a sério essa história de estarmos namorando, não? –acrescentou pra Gina.
-ela chama todo mundo de tio e tia. Você não tinha que estar trabalhando?
-É meu horário de almoço. Mas de qualquer forma, os funcionários sabem agir quando não estou presente.
-Tio Draco. Os seus olhos e os cabelos parecem com os da minha mãe. –Evelyn comentou e Draco arqueou as sobrancelhas.
-Fleur Delacour é a mãe dela. O pai é meu irmão Gui. –ela esclareceu.
“Aquele Weasley se deu bem ao se casar com aquela veela” Draco pensou.
-Tio Draco, você vai com a gente no parque?
-depende. Se a sua tia permitir.
-Diz que sim! Diz que sim!
Gina rolou os olhos e respondeu:
-Tá bom, evelyn. Não sabia que gostava de crianças, Malfoy.
-Gosto de crianças divertidas e me diverte ver que ela consegue te aborrecer.
Ela cerrou os dentes:
-A Eve apenas uma criança, Malfoy. Você não é e ainda assim me aborrece. Apesar dessa tampinha ser, eu a amo como se fosse minha própria filha.
-Hum... –ele respondeu e o carro parou –Chegamos. Fique esperando aqui, Ewan.
Evelyn saiu correndo para ir brincar na balança:
-Toma cuidado! –Gina alertou-ª
Draco e Gina sentaram-se em um banco e ficaram observando Eve:
-Eu precisava falar com você. –Draco murmurou.
-E não precisa mais? –ela perguntou.
-Incrível como você faz gracinhas quando eu estou falando. Não gosto disso, Weasley. Quero saber quando começa a trabalhar pra mim.
-Isso foi uma ameaça? –Gina perguntou o encarando –Sei que você está acostumado a fazer ameaças, mas comigo isso não funciona.
-Isso não foi uma ameaça. –o loiro se defendeu –Apenas uma simples constatação.
-Você nunca ouviu um não na vida, Malfoy?
-Ouvi sim... Mas não como resposta de uma proposta. Eu sei que tudo é movido por interesses. Eu preciso de você na minha empresa e eu sei que você adoraria ganhar o tanto que eu disse que pagaria. O Ministério não dá muito valor aos seus funcionários. Com toda a sua fama e talento... e você só ganha 4000 galeões por mês. Um verdadeiro desperdício. Trabalhe pra mim e eu a recompensarei como merece...
-Sim. –Gina murmurou –Eu vou aceitar.
-Sabia que era uma mulher inteligente, Weasley. –disse beijando as mãos dela e em seguida a encarando profundamente. Não vai se arrepender.
Gina ficou vermelha e puxou suas mãos das dele:
-Estritamente profissional, Malfoy. –ela cobrou –Ou nada feito.
-Claro, Weasley. Estritamente profissional... –ele concordou.
-Ouviu dizer? Nott fugiu de Azkaban... –ela comentou –É amiguinho seu?
-Não, não é. Mas você parece preocupada.
-E eu tenho razão para estar assim. Fui eu quem mandou Nott pra Azkaban e ele jurou vingança.
-Quer que eu coloque alguns seguranças à sua disposição? –Draco perguntou.
-Não, obrigada. Não é necessário. –Gina negou, não queria ficar em dívida com ele.
-Agora você será minha funcionária. Por que não posso oferecer segurança pra você?
“Ai do Nott se fizer alguma coisa com ela. Ele não é louco de se meter com os meus protegidos... Mas se for, vai pagar muito caro.” O loiro pensou.
-Porque não. Não vai acontecer nada. Ele deve ter fugido para longe e não pra vir atrás de mim. Além do mais, eu posso me cuidar sozinha. Não sou uma criança indefesa, Malfoy.
-Como quiser.
-Ficaram um tempo em silêncio, até que Gina perguntou:
-Como é que você ficou sabendo qual é o meu salário?
-Tenho alguns contatos úteis no Ministério. –disse dando de ombros.
-Até onde vai a sua influência, Malfoy?
-Além da sua imaginação, Weasley. Mas não tem com o que se preocupar se não sair da linha. Agora você é uma das minhas protegidas... Ninguém vai se meter a besta contigo. Mas me avise se surgir qualquer problema.
-O que você quis dizer com “uma das minhas protegidas”, Malfoy? Nem pense que eu serei uma de suas amantes! Que parte do “estritamente profissional” você não entendeu?
-Sabia que você pensa coisas demais? Por acaso eu te pedi para ser minha amante? A sua função não é essa. Trabalhar pra mim não significa ser obrigada a dormir comigo. Mas que droga, Weasley! Eu estou aqui tentando te mostrar que sou um cavalheiro e que admiro o seu talento. Mas não, você tem a pior idéia que alguém possa ter de mim e se recusa a mudar esse ponto de vista. Me dá uma chance, eu não gosto de me desentender com meus funcionários.
Por um tempo Gina ficou em silêncio, pensando.
“Vou ter que tentar me dar bem com o Malfoy, preciso da confiança dele... Isso vai ser muito difícil. Preciso ser forte se quiser conseguir provas para acusá-lo.”
-Você tem razão, Malfoy. Eu vou me esforçar para nos darmos bem. –ela disse.
-Soube que você e o Potter estão separados. –ele jogou no ar.
-É verdade. –a ruiva disse calmamente –Indiretamente a culpa é sua. Se eu não estivesse trabalhando no seu caso quando o Harry foi eleito Ministro da Magia dos EUA, eu teria ido com ele.
-Hum... É de fato lamentável, todos pensavam que se casariam. Espero que não me culpe seriamente por isso. Há males que vem para o bem.
Gina engoliu a resposta atravessada que queria dar e murmurou:
-Armadilha do Destino.
Draco arqueou as sobrancelhas:
-E o que quer dizer com isso, Weasley? –perguntou com interesse.
-A vida nos prega peças, não acha? –questionou o encarando –Há uma semana atrás, nem no meu mais longínquo pensamento, imaginaria estar aqui com você... Num parque, com a minha sobrinha e conversando civilizadamente.
-Realmente, Weasley... Armadilha do destino.
Os dois se encaravam, os rostos há apenas a alguns palmos de distância, quando Eve chegou gritando:
-Tia Gina! Tio Draco!
-Fala meu amorzinho. –Gina virou-se para Evelyn.
-Por que tá vermelha, Tia Gina? Eu é que tava correndo.
-Eu não estou vermelha, Evelyn. –disse sorrindo, apesar de sentir a quentura de seu rosto –O que veio nos dizer?
-Já cansei de brincá. Agora vâmo no cinema!
-Não vai dar pra fazer isso hoje... –Gina começou, mas Eve a interrompeu.
-Por que não? Eu quero! Você disse que a gente ia, Tia Gina. –falou fazendo uma cara triste.
-Eu não dei certeza. Outro dia a gente vai.
A ruivinha mordeu o lábio inferior, cruzou os braços e começou a chorar silenciosamente, como se fizesse força para se chatear menos.
-Não faz assim, Evelyn. Você acha bonito chorar na frente do Malfoy?
-Tia Gina é uma bruxa má!
-Sobe aqui ruivinha. –Draco disse e sentou a garota no seu colo –Você gosta de cinema? –ele perguntou alisando os cabelos dela.
-Amo, Tio Draco! –ela exclamou-Quero muito! Muito!
-Está ouvindo, Weasley? Não seja malvada, leve a menina ao cinema.
-Tudo bem. Mas teremos uma séria conversa quando chegarmos em casa. Você tem que me obedecer, Eve.
-O Tio Draco pode ir junto?
Gina rolou os olhos e respirou fundo:
-Não, Eve. O Malfoy tem mais o que fazer.
-É verdade que é muito ocupado, Tio Draco? –evelyn perguntou, fazendo uma carinha de anjo.
-É, mas com um telefonema tudo se resolve.
-Então vai com a gente? –perguntou animada.
-Não sei. Pergunte o que a sua tia acha disso.
-Você-faz-isso-de-propósito-Malfoy. –Gina disse entre dentes.
-Isso foi um sim? –ele perguntou fazendo cara de inocente.
-Foi. Você pode ir. Mas saiba que essa cara não engana ninguém, só te faz parecer mais...
-Mais o que, Weasley? –perguntou com um sorriso enigmático.
-Cafajeste. –Gina respondeu maldosamente.
-Agradeço o elogio. –o loiro falou ironicamente.
-Rápido! –Eve cobrou.
Draco a colocou no chão e se levantou do banco. Em seguida esticou a mão para Gina:
-Eu não preciso da sua ajuda, Malfoy. –ela disse, mas mesmo assim Draco pegou a mão dela e puxou-a.
Ao ficar em pé, Gina largou a mão de Draco. Eve segurou uma mão da tia e a outra do “tio”:
-Que legal! Que legal! –a ruivinha cantarolava alegremente, nem parecia estar chorando há pouquíssimo tempo atrás.
Foram andando até a limusine, de mãos dadas, parecendo uma família. Ao ter esse pensamento, Gina chegou a se sentir mal com tamanho absurdo:
-Sua vez de entrar, Weasley. –Draco falou e só então Gina percebeu que a sobrinha já se encontrava dentro do carro.
-Ah...sim. –respondeu vagamente e entrou.
O motorista Ewan fechou a porta após Gina entrar e foi para o seu assento de motorista:
-Para o cinema mais próximo? –a voz de Ewan saiu no auto falante.
Draco tirou do fone o que parecia ser um radinho, apertou um botão e disse:
-Exato. –e colocou o aparelho de volta no lugar.
-Tio Draco, quando é que vai casar com a Tia Gina?
Gina ficou vermelhíssima e não sabia o que falar ou onde enfiar a cara.
“Ela resolve falar certo justo o verbo casar. Eu não mereço isso!!!”
-Essa ruivinha tem uma imaginação muito fértil, não é, Weasley? –Draco perguntou pra Gina.
-Concordo. Isso é coisa que se pergunte, Evelyn? Ponha de uma vez nessa sua cabecinha: Eu e o Malfoy NÃO somos namorados!
-Então o que é?
-Me escuta, ruivinha. – loiro disse calmamente –A sua tia vai trabalhar pra mim e seremos tipo amigos, entendeu?
-Hum-hum. É que é legal ver vocês juntos.
-Você acha? –Draco perguntou simplesmente.
-Pára com isso, Evelyn! E você também, Malfoy.
Como Evelyn odiava silêncio, ela mesma iniciou um monólogo, no qual falava de si mesma para o “Tio Draco”. Só calou-se quando saíram da limusine.
-Que filme vamos assistir? –Draco perguntou.
-Um filme de classificação livre, Malfoy. A Eve é apenas uma criança.
-Aquele. –Eve apontou.
-Penetras Bons de Bico. Você não pode. –Draco falou.
-E aquele?
-Vôo Noturno. Você não tem idade pra isso. –Gina informou a garota.
-Então o quê? –Evelyn perguntou, cruzando os braços.
-Podemos assistir aquele. –Gina apontou para o último cartaz –A Fantástica Fábrica de Chocolate. O que acha, Malfoy?
-Adoro chocolate. –o loiro respondeu, dando de ombros.
-Parece gostoso. –Eve disse –Chocolate é muito bom.
Apesar de Gina insistir que pagava pra ela e a sobrinha, Draco fez questão de pagar tudo. Comprou os ingressos e em seguida foram onde vendiam guloseimas pra se comer no cinema:
-O que vão querer? –Draco perguntou para as duas ruivas.
-Chocolate, coca-cola e pipoca. –Evelyn respondeu prontamente.
-Evelyn Delacour Weasley! – Gina a repreendeu –Não abuse tanto do Malfoy. Ele não vai me deixa pagar.
-Claro que não, Weasley. Seria extremamente deselegante te deixar pagar.
-Você é tão antiquado, Malfoy. Estamos no século XXI! O que custa você deixar que eu pague a minha parte e da Eve?
-Em 1º lugar eu fui educado asssim. Em 2º lugar, não dá pra entender vocês! Nunca estão contentes. Do que as mulheres gostam?
Gina deu um suspiro de cansaço:
-Pague então.
Eve pediu tudo o que queria:
-Sua vez. –Draco falou para Gina.
-Isso é realmente necessário? –perguntou e o olhar do Malfoy lhe respondeu –Um suco de uva pequeno. –a ruiva pediu ao atendente então.
-Só? –Draco perguntou à ela.
-Sim, Malfoy.
Draco pediu para si mesmo uma barra de chocolate, uma pipoca grande e uma garrafa de coca-cola de 600ml.
A seguir os três rumaram para a sala de cinema nº9. Eve sentou-se numa fileira em que restavam exatamente três lugares, um ao lado do outro:
-Não quer sentar do meu lado? –Gina perguntou pra sobrinha.
-Sim. Senta aí, Tia Gina. –a garota respondeu, puxando a tia contra a poltrona.
Draco sentou-se ao lado de Gina.
“Parece até que a evelyn faz de propósito! Eu não queria ter que ficar do lado do Malfoy...” ela pensou.
Após os trailers, o filme começou. Draco inclinou-se para o lado e sussurrou no ouvido da ruiva:
-Pega. –e estendeu o saco de pipoca –Eu comprei grande pra dividirmos, já que não almoçamos. Vamos, eu faço questão.
Gina então encheu uma mão de pipoca:
-Pode pegar o quanto quiser. –ele incentivou.
Além da pipoca, também dividiram o chocolate. [N/A: Ver tanto chocolate no filme dá vontade de comer].
“Vou testar a Weasley...” o loiro pensou.
Gina terminava de tomar o suco e o filme se encontrava quase no final, quando sentiu algo passar por sua perna.
Imediatamente a ruiva desviou o olhar da tela e graças a claridade da cena, conseguiu ver que Draco passava uma mão por cima da sua calça jeans. Olhou para o loiro e ele parecia compenetrado no filme.
Ela se sentiu quente e tirou a mão dele de cima de sua perna:
-Se você pensar em fazer isso de novo, Malfoy... Eu te darei um tapa! –cochichou.
-Isso o quê? –perguntou parecendo confuso.
-Se cínico! Nunca mais tente passar a mão em mim.
-Do que você está falando, Weasley?
Gina se esforçava para se manter falando baixo:
-Você estava alisando a minha perna, Malfoy! Seu cachorro, não tente...
-Ah... Isso. Me desculpe, eu pensei que estava alisando o assento da minha poltrona. –disse parecendo sinceramente arrependido e sem jeito.
Gina não respondeu, apenas bufou e voltou sua atenção para o filme, mas não conseguindo se concentrar muito e se sentindo envergonhada.
Quando o filme acabou, saíram em silêncio (exceto Eve):
-Tava na cara que quem ia ganhar era o Charlie, ele merecia ganhar. O Sr. Wonka era um tio muito louco! Quero uma fábrica de chocolates daquela, Tia Gina. Eu posso ganhar uma de natal?
A ruiva nem prestou atenção a sobrinha:
-Tia Gina!!!
Finalmente Virginia olhou para ela:
-O que foi Eve?
-Nada. É que você tava desligada. Por quê?
Gina olhou para Draco e ao ver que ele a encarava, desviou o olhar e corou:
-Não é nada. Despeça-se do Malfoy.
-Eu levo vocês. –Draco ofereceu.
-Não precisa. Eu vou para a casa do meu irmão, o Rony.
-Mas eu quero fazer isso como forma de me redimir... Desculpa por aquela hora no cinema...
-Aquela hora? Que hora?!? –Eve perguntou curiosa.
-Quietinha, Eve. –Gina disse –Está desculpado, Malfoy. Mas não se incomode, é muito mais prático eu aparatar com a Eve.
-Então nos vemos amanhã. Vá até a minha sala na M Corporation pela manhã. Precisa assinar uns documentos, comprovando a sua contratação.
-Certo. Ata amanhã, Malfoy.
Eve pulou no colo do loiro e beijou-lhe uma face:
-Tchau, Tio Draco. ‘Brigada, hoje foi muito legal.
Draco olhou surpreso pelo afeto que a menina demonstrava por ele. Então sorriu:
-Qualquer dia a gente repete, ruivinha. Adorei ter te conhecido. –e colocou-a no chão.
Evelyn deu um último aceno para o Malfoy antes de Gina a puxar para um lugar vazio, em que pudessem apartar longe dos olhares trouxas.
***
Quando Draco entrou na limusine, o seu celular tocou. Olhou quem era antes de atender:
-Diga Samantha.
-O Sr. está disponível? –a voz da secretária perguntou do outro lado.
-Sim. Por quê?
-O Sr. Zabini o espera e parece estar nervoso. Ele está na sua sala.
-Estou a caminho. –Draco avisou e desligou –Para a M Corporation, Ewan acrescentou para o motorista.
Recostou-se confortavelmente contra o couro negro do banco e se pôs a pensar. Ele constatara que Virginia Weasley não era o tipo de mulher com que estava habituado a lidar. Para Draco, Gina era uma mistura de independência, audácia e algo mais que ele não sabia definir. A Weasley se constituía num desafio e o loiro percebeu que gostava disso.
“Não importa o quão arisca ela seja. No fim, todas caem na minha rede. Eu só preciso me aproveitar de uma situação apropriada. Minha mãe sempre disse ‘Paciência é uma virtude’ e eu respondia ‘Que eu nunca vou ter’...Parece que está na hora de eu aprender a ser paciente. Espero que valha a pena... Como a Weasley deve ser na cama?”
Draco passou a língua pelos lábios e imaginou... Se ela fosse tão impetuosa na cama como era no trabalho... Traria a ele momentos intensos de prazer.
“Droga! Preciso de um banho frio.”
Como não havia jeito de ele tomar banho estando na limusine, mastigou gelo e fez um feitiço congelante em si mesmo, assim conseguindo baixar o seu “ânimo”.
***
Ao abrir a porta, Hermione sorriu:
-A que devo a visita repentina de vocês?
-Tia Mione! –Evelyn cumprimentou e Hermione a pegou no colo.
-Como vai a minha sobrinha querida? –a morena perguntou, enchendo-a de beijos.
-Bem! Eu tô com a Tia Gina.
-Isso eu já percebi, eve.
-Não, Mione. Ela quer dizer que está passando uns dias comigo.
-Ah... Entrem logo. Como eu sou uma má anfitriã. –Hermione disse, batendo uma mão na testa –Agora desce, Eve. Não posso carregá-la por muito tempo.
-O Rony está? –Gina perguntou cautelosamente.
-Não. Ele volta daqui umas 2h. Por quê?
-eu vou ligar a televisão para você, Eve. –Gina disse e o fez –Fica sentada no sofá, assistindo, bonitinha.
-Assunto de adultos de novo? –perguntou emburrada –O que tanto os adultos falam?
-Sobre coisas que são chatíssimas para crianças. –Hermione disse.
As duas aparataram no escritório:
-No que andou se metendo dessa vez, Gi? –perguntou, fazendo cara de cúmplice.
-Não sei nem por onde começar, Mi.
-Ai, ai. Isso não está me cheirando bem... Diga d euma vez.
-O Malfoy... –Gina soltou.
Os olhos de Hermione brilahram de curiosidade:
-O quê? Você dormiu com ele?
-Não! –a ruiva respondeu indignada.
-Ele te ameaçou de morte?
-Não.
-Então o quê? Você saiu com ele?
-É... –respondeu desviando o olhar.
-Oh, Gina! Sua safada! Você disse que o odiava!
-Ainda odeio.
-Então se explique. E ainda por cima um homem casado, já esqueceu, Gina?
-Não precisa me dizer, eu sei disso e também sei que ele é mulherengo.
-E o Malfoy é também... –ela começou e Gina interrompeu.
-é claro que eu sei de tudo isso, Hermione1 É melhor eu explicar direito, antes que você pense outras coisas.
-estou esperando uma BOA explicação.
-era o Malfoy quem estava me mandando aquelas rosas e aqueles bilhetes anônimos. Aí ele marcou um encontro num restaurante e eu fui, mas sem saber que era ele. Quando eu cheguei, Percy estava lá.
-O Percy?
-é. Ele é um dos capangas do Malfoy. No princípio eu pensei que fosse ele que tivesse marcado o encontro, mas aí o Malfoy chegou e disse que tinha sido ele. Também disse que tinha uma proposta pra me fazer.
-Qual proposta? Ele queria que você fosse amante dele?
-Não, Hermione. –Gina respondeu com os lábios contraídos –Ele queria que eu trabalhasse na M Corporation como advobruxa e me pagaria o dobro do que ganho no Ministério, fora a comissão.
-E o que você disse?
-Que ia pensar. Aí ele me fez dançar tango com ele.
-Wow. Uma desculpa pra ficar com o corpo colado no seu.
-E ainda me levou pra casa na sua limusine preta. Eu disse que não precisava, mas ele é insistente demais. E ainda fez questão de entrar no meu prédio. Eu não queria, pois pensei que o que ele queria era sexo.
-e não queria? –a morena perguntou surpresa.
-Aparentemente não. Ele me desejou boa noite e me beijou uma mão. Depois desaparatou.
-Estranho... Não condiz com a fama dele.
-Melhor assim. No dia seguinte, ou seja, hoje. O Gui e a Fleur deixaram a Eve lá em casa. Eles querem ter outro filho, mas a Eve tem tido medo de dormir sozinha no próprio quarto...
-entendo.
-Aí novamente chegou um buquê de rosas vermelhas e um bilhete, dessa vez assinado com o próprio nome dele. A Eve pegou o bilhete e só me devolveu porque eu prometi ler em voz alta. Daí ela começou a dizer que eu e o Malfoy estávamos namorando. Um absurdo! Hoje eu e a Eve estávamos indo para o parque e encontramos o Malfoy pelo caminho. Não me pergunte como ele nos achou. Ele nos levou de limusine até o parque e ficou conversando comigo enquanto a Eve brincava. Aí eu disse pra ele que aceitava a proposta.
-Você é louca, Gina?!? Ele é perigoso!
-Se eu quiser recorrer ao caso, preciso de provas substanciais. Trabalhando pra ele, eu posso as conseguir.
-É perigoso, Gina. Se ele descobrir. Você estará morta.
-Você não vai contar, vai?
-Claro que não! E recomendo que você não fale dos seus motivos para mais ninguém.
-Tá. Mas vai me deixar contar o resto ou não?
-Fala.
-A Eve fez birra pra ir pro cinema. Sim. Eu e o Malfoy e a Eve fomos ao cinema e assistimos “A Fantástica Fábrica de Chocolate” e ele não me deixou gastar nada.
-Pelo menos ele é cavalheiro.
-Está se fazendo... Ele passou a mão na minha perna no cinema.
-Como? Que desgraçado! E você? O que fez?
-Disse que se ele tentasse de novo, eu lhe daria um tapa. Aí ele se fez de desentendido e então eu explicitei o que ele tinha feito. Aí ele pediu desculpas e disse que pensou estar alisando o assento da poltrona.
-Cínico!
-Concordo. Apesar de parecer arrependido... Tem que ter sido de propósito! Não se preocupe, ficarei de olhos abertos com ele.
***
Samantha usava o computador, quando Draco entrou na sala dela.
-Olá, Sam. –o loiro sussurrou ao ouvido dela.
A secretária, que estivera compenetrada no computador, levou um susto e ficou em pé de um salto:
-Não poderia deixar de entrar como um gato?
-Mas eu sou um gato. –ele respondeu.
-Silencioso como um gato, foi o que eu quis dizer.
Draco enlaçou a cintura dela.
“Dá até desânimo fazer isso depois de ter saído com a Weasley. Mas a Samantha é uma mulher, deve servir...” Draco pensou.
-O Sr. Zabini o espera, Sr. Malfoy.
-Que espere, Samantha. –Draco disse, abrindo a blusa dela.
Ela não queria ter que dizer isso, queria poder ser mais uma vez do Malfoy, mas sua obrigação falou mais alto:
-Mas é importante... –disse segurando as mãos dele.
-Samantha, o Draco já...? –Blás apareceu perguntando na porta e então viu o loiro –Onde você se meteu?
-Não é da sua conta, Blás. Vamos pra minha sala. –Draco disse soltando a secretária e os dois entraram na sala do presidente.
-Como assim não é da minha conta? Eu sou seu conselheiro.
-Consigliere ou não, eu decido o que te contar... Eu estive com a Weasley... Não do jeito que você está pensando. –acrescentou ao ver a expressão maliciosa no rosto dele –Ela vai trabalhar aqui na M Corporation como advobruxa.
-O quê? Draco, você só pode ter ficado louco! A Weasley tentou te mandar pra Azkaban.
-Eu sei, mas não muda o fato de ser uma advobruxa muito talentosa.
-É perigoso. Se ela ficar sabendo de como a organização atua, nós iremos apodrecer na cadeia.
-Calma, Blás. Eu sei o que estou fazendo. Tenho gente de olho nela por mim e eu pessoalmente também estou observando-a... Muito bem... –o loiro disse, confiante.
-Mudando de assunto. Os holandeses estiveram aqui essa tarde e ficaram bem insatisfeitos ao ver que você não estava.
-Droga! Como pude me esquecer da reunião com os holandeses? –Draco disse, esmurrando a mesa.
-Culpa da Weasley! –Blás reclamou –Como é que ela te fez esquecer de um compromisso tão importante se nem foi pra cama com ela? Você está dando crédito demais pra ela...
-Ao talento dela, Blás. –Draco corrigiu-o –Ela vai ser muito útil para a M Corporation.
-Para a M Corporation ou para o seu apetite sexual?
Draco ficou sério:
-A M Corporation faz parte do meu patrimônio e eu trabalhei duro pra chegar onde estou. Eu quero o melhor para os meus investimentos e por isso preciso dos melhores trabalhando pra mim. Deveria saber disso, Zabini.
-Calma, não era pra ofender...
-Tudo bem. Além do mais, há um bom tempo que eu não tenho uma transa realmente boa. Mas antes de pensar em mim mesmo, eu penso nos meus negócios. A Weasley não é do tipo que cede fácil e eu não quero arriscar perder uma mente brilhante por assédio. Não vou fazer o mínimo esforço pra tentar seduzí-la.
-Então...
-Não. –Draco cortou, prevendo o que o vice diria –Ela não é pro seu bico também. Deixe a Weasley em paz, fui claro?
Blás deu de ombros:
-Você manda, Capo, e eu obedeço. Apenas lembre-se que antes de seu Consigliere, eu sou também seu amigo. [N/A: Capo é como se fosse chefe. Eu tirei essas palavras em italiano do livro A Ira dos Anjos]
-Obrigado pela lealdade. –Draco agradeceu, dando alguns tapinhas amigáveis nas costas do outro.
-Seu pai ligou hoje, mas não disse do que se tratava. Falou apenas que ligaria amanhã de novo.
Draco passou uma mão por seus cabelos:
-O que será que o meu velho quer dessa vez?
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