Considero O Réu...
Capítulo 5: Considero O Réu...
Gina e Hermione almoçavam tranqüilamente em um restaurante próximo ao Ministério da Magia. A ruiva pergunta-se como a cunhada podia comer tanto e então pensou.
“Ela está grávida, tem que comer por dois.”
Quando Hermione viu quem acabara de entrar no estabelecimento, ela falou:
-Não olhe agora.
Mas isso só serviu para a Weasley fazer exatamente o oposto. Ao ver Draco e Blás entrando, ela reclamou:
-Esses idiotas não podiam ter escolhido outro lugar, não?
-Calma, Gina. –Mione aconselhou.
-Como calma? –ela perguntou frustrada e então baixou a voz –Sabe de uma coisa Mione? Eu estou preocupada com o resultado do julgamento.
-Mas por quê? Você é uma advobruxa ótima, Gina.
-A Chang morreu e eu tenho certeza que isso tem o dedo do Malfoy. Eu tenho certeza de que ele é culpado de todas as acusações.
-Você confiou mesmo na Chang, não é?
-Sim e se antes não confiava 100%, agora eu confio. Ela morreu porque sabia demais. Aquela lista de nomes que eu apresentei no tribunal. Você não tem noção de como foi difícil conseguí-la... Muito difícil... –a ruiva falou, voltando a comer e pensando em como conseguira a lista.
A seguir começou a contar a história.
*Flashback*
Era 5ª feira e faltava apenas 4 dias para o julgamento. Gina estava em sua sala no Ministério da magia e aguardava ansiosamente por Rony.
Sua inquietação era tamanha, que nem conseguia ficar parada (andava de um lado a outro sem parar). De repente ouviu baterem à porta:
-Posso entrar? –era a voz de Rony.
-É claro! –Gina exclamou e o ruivo adentrou a sala com u envelope pardo em mãos.
-Investigou o que eu te pedi? –ela perguntou pegando o envelope.
-Sim, seu nome é Samantha Parker. Tem 21 anos e trabalha para o Malfoy há 3 meses. Se quiser saber mais, é só ler o relatório que fiz sobre ela.
-Tem certeza que ela é mesmo a secretária do Malfoy?
-Absoluta.
-Ótimo. E trouxe o fio de cabelo?
-Essa foi a parte mais difícil. Eu tive que a seguir na rua e quando fingi trombar com ela, arranquei o cabelo.
-Muito, muito obrigada. –ela falou, abraçando o irmão.
-Não foi nada, agora tenho que ir trabalhar. –disse se desvencilhando –Boa sorte. A gente se vê. –e foi embora.
A ruiva leu e releu várias vezes o relatório. Naquele dia mal conseguiu se concentrar. Estava eufórica para se passar por Samantha Parker (tanto que usou o fio de cabelo para se transformar e treinar o comportamento dela em frente ao espelho de acordo com as informações do relatório) e conseguir provas concretas.
No dia seguinte Gina acordou muito cedo e foi até a casa de Samantha Parker. Esperou que ela saísse e então fingiu torcer o pé:
-A srta. está bem? –a secretária perguntou parecendo genuinamente preocupada.
-Não. –disse fazendo uma careta de dor –Torci meu pé e não consigo andar sozinha até o meu apartamento. Não poderia me ajudar a ir mancando até lá? Fica aqui por perto.
-Por que a srta não aparata?
-O que é aparatar? –a ruiva perguntou, se fazendo de trouxa.
-Nada. Eu vou te ajudar.
Gina sabia (graças ao relatório) que Samantha Parker não a deixaria na mão, pois gostava de ajudar as pessoas. Demorou uns 15 minutos para chegarem ao apartamento da Weasley. Gina então sacou a varinha, estuporou Samantha e a deitou em sua própria cama.
A Poção Polissuco estava pronta [N/a: Aurores tem o direito de usarem poção Polissuco e por isso Gina tinha alguns frascos da poção na geladeira], só faltava adicionar o cabelo e ela o fez. Em seguida tomou a poção de um gole só.
Tinha gosto de couve-de-bruxelas passada do ponto de cozimento. O estômago de Gina começou a revirar e ela pensou que ia vomitar, mas isso não aconteceu. Depois veio uma sensação de queimação que começou no estômago e se espalhou por todo corpo. A seguir pensou que estivesse derretendo, ao sentir a pele do corpo borbulhar como cera quente.
O corpo dela inteiro afinou. A altura diminuiu um pouco, os cabelos encurtaram e tornaram-se negros, assim como os olhos.
A transformação havia acabado e Gina correu para ver o resultado no espelho de seu guarda-roupas. A imagem que encarou a Weasley era exatamente a que o havia feito ontem quando ela usara a Polissuco, seu irmão não errara, ela era mesmo Samantha Parker.
Gina olhou para a verdadeira Samantha e transfigurou suas roupas e calçados nos mesmos que a secretária usava.
A Weasley pegou a bolsa de Samantha e encheu-a de frascos com Poção Polissuco e em outro tipo de frasco colocou os cabelos que acabara de arrancar da secretária.
“O Malfoy nunca vai notar a diferença.” Pensou e aparatou nas dependências da M Corporation.
Subiu o elevador até a cobertura e procurou o local de trabalho da secretária. Não foi difícil achar. Em uma porta estava escrito em letras douradas.
Escritório do Presidente Draco Malfoy
Sala da Srta. Samantha Parker
Gina então entrou e gostou do ambiente de trabalho de Samantha. Era uma sala decorada com bom gosto e havia uma grande escrivaninha com uma confortável cadeira e um computador de última geração. As cortinas da janela estavam fechadas. Gina sacou a varinha e com um gesto as cortinas se abriram e revelaram um belo dia.
A seguir a Weasley sentou-se em sua cadeira e havia um IB (Intercomunicador Bruxo) com uma luz vermelha ligada. Então tirou o fone do gancho e apertou um botão para ouvir a mensagem.
Era a voz do Malfoy que falava:
-Samantha, quando chegar, venha até a minha sala. Quantas vezes disse que não tolero atrasos?
Ela recolocou o fone no gancho.
“Droga! Só faltava a Parker ser despedida por minha culpa, eu a atrasei.” Gina pensou se sentindo mal por isso e se levantando para ir até a sala do chefe.
A Weasley bateu à porta e o Malfoy autorizou sua entrada:
-Desculpe-me pelo atraso, Sr. Malfoy. Houve um contratempo, eu tive que ajudar uma moça que se machucou e não conseguia andar sozinha.
O Malfoy suspirou:
-Feche a porta. –disse e fez um sinal, a chamando.
Gina andou hesitante até a mesa de Draco:
-Você é boa demais, Samantha.
Ela sorriu, pois achava que a secretária agiria assim:
-Faço o possível para que as pessoas a minha volta estejam felizes.
Draco levantou-se e avançou predatoriamente pra cima dela:
-Então deixe o seu chefe feliz, você sabe como. Faça igual a ontem, você é uma secretária muito eficiente. –ele disse insinuante, enquanto enlaçava sua cintura.
A respiração de Gina acelerou.
“Mal cheguei e já passo por uma dessas? Droga! Vou ter que agir como a tal Samantha, mas eu queria tanto bater nele...” pensou inconformada.
-O que fizemos ontem então, chefe? –ela perguntou fazendo uma cara inocente.
-Se não se lembra... –o loiro disse com um sorriso presunçosos –Eu te mostro.
Draco encostou seus lábios no de Samantha (Gina). A Weasley piscou por várias vezes em incredulidade para constatar não estar sonhando.
“Eu não acredito que estou fazendo isso...” pensou fechando os olhos de uma vez e correspondendo o beijo “E eu que pensava que houvessem secretárias decentes, que não se envolvam com os chefes [N/A: É a opinião dela, nada contra secretárias. E eu acredito que existam sim as muito certinhas, apesar de que a Samantha faz isso pela chantagem dele...] Por que é que ela se submete a isso... E que isso! Devo estar ficando louca pra gostar desse beijo.”
Draco baixou uma mão e erguia lentamente o vestido dela.
“Epa! Homem é tudo igual mesmo! Só pensam em sexo! Eu posso estar com a aparência de outra pessoa, mais ainda assim o corpo é meu. Eu não vou transar com o malfoy! Se a secretária dele faz isso, o problema é dela. Eu não sou Samantha Parker. Eu sou Virgínia Weasley e não vou deixar que isso prossiga.” Ela pensou e tirou a mao dele de sua perna.
O passo seguinte foi parar o beijo:
-O que aconteceu? –Draco perguntou um tanto aborrecido.
“Não enrola Sam. Ontem foi bom, vamos fazer de novo. Eu estou com vontade de me divertir e nesse momento você é a diversão.” Ele pensou.
-Estou com dor-de-cabeça.
-Não é desculpa, isso passa. Te faço esquecer disso rapidinho. –falou colando seus lábios nos dela novamente.
Gina colocou as frágeis mãos de Samantha contra o peito de Draco e empregou toda a força que conseguiu para se afastar dele:
-Por que está se fazendo de difícil, Samantha? Eu sei muito bem que você também gostou...
A mente de Gina funcionava a mil, procurando uma saída e então teve uma idéia. Colocou uma expressão envergonhada no rosto de Samantha e baixou os olhos negros para o chão:
-Me desculpe, Sr. Malfoy. –sussurrou num fiapo de voz –Eu disse que estava com dor-de-cabeça, mas a verdade é que estou menstruada... Eu estava com vergonha de dizer. –ala mentiu.
Draco levantou o rosto dela e sorriu presunçoso:
-Ok. Te deixarei em paz por alguns dias. Mas depois não quero ouvir desculpas, entendeu?
-Sim, senhor.
-Bom mesmo ou te ponho no meio da rua. A propósito... Como vai a quimioterapia do seu pai?
Gina engoliu em seco antes de responder:
-Aos poucos ele está se recuperando.
-Fico feliz em saber que o dinheiro que ganha aqui lhe é útil.
“Safado! Fica feliz em saber que a secretária é totalmente dependente do emprego, assim pode usá-la do jeito que quiser. Como quero botá-lo atrás das grades!!!” Gina pensou, mas sem exteriorizar a sua fúria.
-Mais alguma coisa?
-Não, pode ir.
“Ufa! Pelo menos ele não pediu que eu fizesse outras coisas pra ele...” pensou se virando pra sair, mas ouviu a voz do Malfoy.
-Espere um pouco, Samantha. Há algo que pode fazer por mim.
Gina virou-se de volta e engoliu em seco:
-O-o quê?
-Quero que me traga a lista que te pedi ontem sobre os clientes da M Corporation.
-Sim, senhor. Volto já. –Gina disse e foi saindo da sala dele.
Já na sala de Samantha, Gina pôde respirar aliviada.
“Como eu odeio o Malfoy! É um mulherengo, assassino e corrupto. Como não odiá-lo?” ela viu-se pensando.
Gina procurou nas gavetas e achou na última, alista que Draco queria. Ela usou mágica para fazer uma cópia da lista e depois levou a original para o Malfoy.
-Aqui estão, Sr. Malfoy. –ela falou colocando-a na mesa de Draco.
-Ótimo. –ele falou –Pode me trazer um pouco de chá?
-Posso. Alguma preferência?
-Não, o que você trouxer estará bom.
-Com licença. –Gina respondeu, saindo novamente da sala do Malfoy.
“Além de tudo, é folgado!” a Weasley pensou inconformada e só então notou uma mesinha num dos cantos da sala da secretária.
Ela foi até lá e havia duas garrafas térmicas e uma bandeja, umas xícaras e pires.
Provou do conteúdo das duas garrafas e descobriu que uma tinha café e a outra chá de erva-doce.
Então colocou a garrafa térmica de chá, uma xícara e um pires sobre a bandeja e levou-a para o presidente.
Ao entrar novamente na sala dela, ela percebeu a diferença. Agora havia um divã preto e uma mesinha sobre um tapete verde.
-Coloque na mesinha. –Draco falou e se levantou da cadeira onde estivera sentado.
-Mais alguma coisa? –Gina perguntou, forçando um sorriso no rosto de Samantha.
-Sim. Me acompanhe no chá.
“Esse cara não trabalha não, é?” foi o que ela se perguntou, mas o que disse foi:
-Não vou atrapalhar o seu trabalho?
-De modo algum. Sente-se. –e apontou para o divã.
Ela sentou-se em um canto do divã e cruzou as pernas. Draco conjurou outra xícara e serviu as duas, entregando uma para Samantha (Gina). Depois ele sentou-se ao lado dela e só começou a tomar o chá depois de Gina. Quando ele terminou, ela perguntou:
-Quer mais chá, Sr. Malfoy?
-Só se você quiser.
-Eu não quero, obrigada.
Ele então pousou as duas xícaras de volta na mesinha. Gina fez menção de levantar, mas Draco não deixou.
-Fique. –disse simplesmente.
-Mas... –Gina começou,mas foi interrompida.
-Você ouviu falar sobre as acusações que a Weasley fez contra mim?
Gina engoliu em seco antes de dizer:
-Sim. Quem não ouviu?
-E o que acha disso? Você acha que eu realmente que eu fiz tudo aquilo?
“Eu não acho... Eu tneho certeza! Você é desprezível, Malfoy!” Gina pensou, mas não podia exteriorizar esse pensamento.
Tudo o que Gina fez foi dar de ombros e dizer:
-Não me importa se o senhor é culpado ou inocente. São seus negócios e não meus, por isso não me dizem respeito.
Porém Draco leu nas entrelinhas.
-Então você acha que sou culpado...
-Na verdade acho, mas não cabe a mim julgar. –Gina respondeu –A Weasley não o acusaria sem mais ou menos.
-Eu acho que a Weasley é muito boa... –Draco comentou –Advobruxa. –acrescentou ao olhar a expressão matadora no rosto de Samantha –Está com ciúmes?
-Não. Eu deveria?
-Não realmente...Sabia que ela me odeia, Samantha? –Draco perguntou calmamente.
“è claro que eu te odeio, Malfoy! E tenho motivos de sobra pra isso.”
-Eu meio que sei. Tem a ver com a rixa entre Malfoys e Weasleys, não?
-Creio que sim, mas também porque eu me divertia às custas dela e dos amigos dela na escola. É uma pena a Weasley ser tão rancorosa... Ainda se importar com essas histórias ridículas do passado e me acusar. Eu assumo que ela é muito competente, mas dessa vez ela pisou na bola legal.
Gina cerrou os dentes com raiva e então disse:
-Acho que é melhor eu ir.
-Estou um pouco tenso, Samantha. Gostaria que me fizesse massagem.
-Vire-se de costas então. –Gina pediu e ele obedeceu –Acho que fará melhor efeito se o Sr. tirar o terno. –ela sugeriu e o Malfoy obedeceu também.
“Wow! O cheiro do Malfoy é delicioso.” Ela pensava enquanto massageava próximo ao pescoço dele.
Como se para varrer esse pensamentos indesejáveis, Gina puxou papo:
-Está tenso por causa do julgamento, Sr. Malfoy? –Gina perguntou e o sentiu endurecer um pouco –Bem, acho que já respondeu a minha pergunta. Relaxe, Sr. Malfoy.
-Me chame de Draco. Desde quando aprendeu a fazer uma massagem tão relaxante?
Gina engoliu em seco e respondeu:
-Não sei, acho que varia de acordo com meu humor.
-Então está com um ótimo humor hoje, Sam?
Talvez...
A Weasley distraiu-se pensando em como Harry também dizia achar sua massagem relaxante, então não percebeu que o Malfoy tinha se virado e se debruçado sobre o corpo dela.
Ao perceber que o Malfoy estava em cima de si, ela perguntou:
-Já se cansou da minha massagem?
-Não, sua massagem é ótima... –ele respondeu a minha e Gina viu-se mergulhada nos orbes azuis acinzentados do loiro. –E se eu dissesse que sou inocente? Você acreditaria?
Primeiro a Weasley quis dizer poucas e boas, mas depois pensou no que lera no relatório de Samantha e então mentiu:
-É-é claro que sim. –a ruiva respondeu entredentes.
-Boa garota. –Draco sussurrou r passou a ponta de sua língua nos lábios de Samantha antes de começar a beijar pra valer.
Gina tentava fugir, mas tinha o peso do Malfoy contra si.
“Cafajeste! Desgraçado! Abusado! Safado! Sem-vergonha! Cachorro! Ordinário! Você me paga, Malfoy.” Ela pensou sentindo a língua dele contra a de Samantha.
“Hoje o beijo da Samantha está diferente, mais selvagem... Excitante...” ele pensou, massageando e apertando sensualmente as coxas dela.
Gina ofegou ao sentir os toques dele.
“Não, Malfoy... Ah! Não é justo...Ah! Eu tô tão carente...” pensou começando a se derreter diante das carícias de Draco.
Nesse instante Blás entrou na sala:
-Bom dia, Draco. Eu... –e então parou abruptamente ao ver o que o Malfoy e Samantha estavam fazendo no divã.
Draco saiu de cima do corpo da secretária e olhou desaprovadoramente para o vice-presidente:
-Zabini...Quantas vezes eu disse pra bater à porta antes de entrar?
-Muitas, Draco. Foi mal. –ele se desculpou.
-Não, Blás. Foi péssimo. –corrigiu o vice e se sentou direito no divã.
-Tudo bem. Já que você está ocupado, eu volto outra hora.
-Não, agora você já atrapalhou. Pode ir, Samantha.
Gina ficou com vergonha da situação e isso resultou na ruborização do rosto da secretária:
-Com licença, Sr. Malfoy e Sr. Zabini. –disse saindo o mais rápido possível dali.
*Fim do Flashback*
Quando Gina terminou de contar para Hermione, a morena ficou surpresa:
-Nossa, Gina! Não acredito que teve que se passar pela secretária do Malfoy... E ele beija bem?
-Hermione! –Gina não pôde deixar de exclamar –De tudo o que você podia perguntar... Você me pergunta uma coisa insignificante como essa?
-Então ele beija mal?
Gina respirou fundo, olhou pro Malfoy, que estava do outro lado do restaurante, e então de volta para Mione:
-É, ele beija bem... –Gina disse sem encará-la.
-Não senti firmeza.
A ruiva bufou:
-Tá bom! Ele beija muito bem. Satisfeita?
Hermione deu um sorrisinho malicioso:
-Quase satisfeita. –e fez cara de inocente –Eu queria saber se ele beija melhor que o Harry e se você o desejou.
A Weasley arregalou os olhos:
-Cadê a Mione que eu conhecia? Foi abduzida? Ou será que foi a gravidez que mudou a sua personalidade?
-Ai, Gina! Não precisa fazer drama. Eu ainda sou a mesma, apenas fiquei curiosa pra saber. Ora, você sempre confidenciou tudo pra mim. Você é a minha melhor amiga, sua bobinha. Eu juro que não vou te crucificar, qualquer que seja a sua resposta.
Gina fez uma expressão desconfiada:
-Pois está aparecendo que você se interessou pelo Malfoy. Como sua cunhada, eu reprovo totalmente esse...
Hermione a interrompeu:
-Alô! Eu sou casada com o seu irmão e nem passa pela minha cabeça traí-lo –“Aí sim falou a Mione que eu conheço.” Gina pensou, mas o que a cunhada disse a seguir fez esse pensamento evaporar –Mas você não pode negar que aquela doninha que conhecemos em Hogwarts se transformou num homem... hum, muito atraente.
-Até tu Brutus? –Gina perguntou inconformada e Hermione sorriu.
-Essa você aprendeu comigo! Mas até que quando vai me enrolar? Responda de uma vez!
-Hunf! –ela bufou –Não é que é melhor ou pior. É apenas diferente. O beijo do Harry é doce e carinhoso e o do Malfoy é voraz e exigente. E a outra resposta é... Bem, você sabe o quanto estou me sentindo sozinha e carente sem o Harry... Ahn... Pode ser que... Na hora da fraqueza. Bem, eu posso ter desejado um pouquinho. Agora será que a Sra pode fazer o favor de se lembrar de como o Malfoy realmente é, ou seja, o porque de eu estar o acusando e fazer perguntar realmente importante? Eu agradeceria muito.
-Tudo bem. Agora que a minha curiosidade foi satisfeita... Pelo menos a curiosidade sobre assuntos que você diz serem insignificantes. Você não conseguiu mais nenhum relatório ou coisa do tipo que comprometesse o Malfoy?
-Provavelmente estavam no computador, mas eu não sabia a senha. Então não consegui...
-e o que aconteceu coma Samantha? Eu quero dizer, com a verdadeira.
-Eu alterei a memória dela, disse que ela tinha desmaiado e eu a tinha ajudado. Bem, tive que implantar as minhas memórias daquele dia nela ou então o Malfoy iria desconfiar se ela não tivesse idéia do que ele falava do que ele falava se comentasse sobre o dia em que fui Samantha Parker.
-Bem pensado. –ela falou e olhou no relógio –Já está na hora de irmos, não acha, Gina?
-Tem razão, Mione. Faltam apenas 15 minutos para às 2h. –Gina concordou.
As duas racharam a conta e se levantaram para sair. Gina viu que Malfoy e Zabini também se levantaram. Blás parecia conversar com Draco e o loiro relanceou um olhar ilegível para a Weasley.
Seus olhos se encontraram por breves instantes. Azuis tentavam decifrar os castanhos e vice-versa. Então Gina desviou o olhar.
“Arrogante nojento. Botá-lo atrás das grades será um imenso prazer.” Pensou veemente.
Pouco tempo depois todos estavam no tribunal (exceto o juiz e os jurados) sentados e em silêncio. Então os jurados entraram e sentaram-se em seus lugares. Depois foi a vez do juiz chegar e todos levantaram-se. Gina quase ruía as unhas de tão nervosa. Blás não conseguia esconder também a ansiedade, assim como grande parte das pessoas que ali estavam. Apenas Draco parecia estar calmo. Toddy Ridgeway respirou fundo e então deu o veredicto:
-Por maioria de votos do júri, eu considero o réu Draco Malfoy, julgado por este tribunal... Inocente até que seja provado o contrário.
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