Época de Exames

- Ah. Aquele Hagrid é tão ridiculo. - Comentou Draco - A chorar por causa de um hipogrifo, mas quem?

Um murro veio directo ao nariz de Draco. Weasley puxou Granger para trás. Longbottom abriu a boca de espanto. Daphne soltou uma gargalhada.

- Mas que...- Draco murmurou.

No momento seguinte, Hermione Granger tinha a varinha apontada a Drak.

- Não chamas ao Hagrid ridiculo. - Ela disse - Tu não passas de um...

- Granger, chega. - Harry baixou-lhe o pulso - Isto não resolve nada.

Ela olhou para ele por meio segundo, depois virou costas sem mais uma palavra. Granger estava disposta a investir no recurso de Hagrid. Daphne apoiava-a, secretamente.

- Tu mereceste, Drak. - Daphne sorriu, maliciosa.

As tensões entre Gryffindor e Slytherin aumentavam com a aproximação da final de Quidditch. Flint e Wood eram vistos a gritar dicas para cima dos jogadores. O facto de ser o último ano de ambos parecera aumentar ainda mais a rivalidade.

As férias da páscoa foram cansativas, recheadas de trabalhos de casa, com os quais Blaise Zabini muito reclamou.

Os Hufflepuff conseguiram vencer os Gryffindor e os Ravenclaw. Os Slytherin ganhariam se vencessem os Gryffindor, mas os Gryffindor poderiam receber a Taça se os vencessem por uma margem de duzentos pontos.

- Quando mais rápido acabarmos com isto melhor. - Flint sussurrou ao ouvido de Harry.

Harry limitou-se a acenar, antes de entrar no estádio.

Flint e Wood trocaram um duro aperto de mão.

- Flint conseguiu mais uma vez escolher os jogadores pelo tamanho do que pela perícia. - Comentava Lee Jordan - Aqui estão as serpentes: Malfoy, Warrington, Montague, Flint, Derrick, Bole e Potter.

Os Slytherin elevaram-se nos céus. Os olhos de Harry começaram imediatamente a procurar a snitch

- E aqui vem a equipa preferida da escola, os que todos concordam que deveriam ser campeões...os Gryffindor! Wood, a liderar, seguido por Bell, Spinnet e Johnson, os beater Weasley e Weasley, e a mais nova da família, Ginny Weasley.

Os Gryffindor gritaram ovações e aplaudiram, enquanto os jogadores de vestes escarlates se juntavam aos Slytherin no ar.

Weasley voava bem, mas Harry sabia que a superava.

- Johnson com a Quaffle. Abre para Spinnet. Bell. Novamente Johnson. Flint faz uma falta nojenta e Slytherin detém agora a Quaffle.

Harry sabia que Flint não fizera falta nenhuma, mas Jordan era incapaz de reconhecer uma boa jogada vinda dos Slytherin.

Bole mandou uma bludger cortada contra Johnson, quando estava ainda estava com a Quaffle, o que era uma jogada completamente válida. Johnson passou no último segundo para Bell, e foi atingida com a bludger. Weasley julgou que Bole cometera uma falta, e mandou uma bludger contra Malfoy. Derrick defendeu, e vingou-se quase derrubando George Weasley da vassoura.

- Concentra-te, Derrick. - Ouviu Flint gritar. - Não nos interessa desarmar os beater.

Uma penalidade a favor dos Slytherin, uma penalidade a favor dos Gryffindor. O jogo tornava-se cada vez mais sujo. Warrington marcou, mas Malfoy defendeu.

Ao fim de algum tempo, Harry mergulhou e apanhou a snitch com Weasley mesmo atrás de si.

Os Slytherin venceram a Taça. Bole tinha lágrimas nos olhos. Flint gritava vitória em plenos pulmões.

Foi a Derrick que Flint passou a Taça. Peregrine Seth Derrick fora, sem dúvida, o herói do jogo, mandando uma bludger directa a Wood, quando a quaffle entrara na área, permitindo dois golos. E defendendo incansável todos os jogadores.

Derrick, por sua vez, passou-a a Malfoy. Fora ele quem sacrificara os seus braços para garantir a vitória de Slytherin sobre Hufflepuff.

Daphne abraçou Harry e Draco, e beijou Warrington, profundamente apaixonada.

- Grandes defesas, Malfoy. - Felicitou Evelyn, destacando-se na multidão que o rodeava.

Draco sorriu, depois olhou para ela, como se subitamente se lembrasse de alguma coisa.

- Hey, Eve, queres ir comigo a Hogsmeade, quando houver uma oportunidade? - Draco perguntou.

- Adorava. - Ela gritou de volta, com um sorriso, enquanto a multidão os separava.

A festa na sala comum prolongou-se pela noite. A Taça de Quidditch foi colocada no Gabinete de Snape.

Harry observou Daphne a dançar com Warrington a noite inteira. No dia seguinte, quando Ginny Weasley passou por si, Harry não sentiu, pela primeira vez, em muito tempo uma insaciável vontade de a beijar.

Harry dava por si a pensar se seria por serem demasiado diferentes.

Mas a vitória da Taça dissipou-se no ar com a chegada dos exames. Todos tinham muito que estudar. Daphne Greengrass recusava-se a suportar o ambiente tenso e silencioso da sala comum e lia livros que nada tinham a ver com a escola à beira do lago, aproveitando os raios de sol do verão.

Lynn Rose e Derrick eram vistos na biblioteca durante horas, enquanto ela ajudava Derrick a rever páginas de Transfiguração Avançada, um N.E.W.T essencial já que ele tinha a ambição de entrar para o Departamento de Transporte Mágico.

Draco e Evelyn tinham começado um namoro por entre páginas de Encantamentos - uma das piores disciplinas de ambos e passavam horas a rir, enquanto falhavam feitiços simples.

Harry deu por si a pensar muito em Sirius Black.

O Quidditch distraira-o por uns tempos, mas agora podia focar-se de novo na sua vingança. Havia peças que não encaixavam. Harry dava por si a olhar constantemente para o mapa, e apesar de só ter visto um pedaço de pergaminho, porque Harry ordenara ao Mapa que se fechasse, Lupin confiscou-o, quando apanhou Harry a consultá-lo numa das suas aulas.

E o castelo estava cheio de medidas de segurança que dificultavam a entrada de Black, e a saída de Harry.

Os exames de McGonagall eram sempre dificeis, os alunos de Terceiro Ano sairam da sala pálidos e inseguros dos resultados.

Encantamentos foi bastante mais fácil. A parte principal do Exame foi sobre os Encantamentos de Alegria, e todos sairam bastante sorridentes da sala.  

Daphne praticava os feitiços de DCAT a um canto, enquanto ao mesmo tempo relia Runas Antigas e obrigava-se a traduzir. Draco fazia comentários sobre como seria o exame de Hagrid, e Blas ria-se perdidamente, ao mesmo tempo que ambos tentavam concentrar-se nas suas revisões de Poções. O exame de Poções aproximava-se lentamente, e nenhum deles queria lidar com a raiva de Snape e foi o estudo da disciplina que ocupou a todos a maior parte da noite.

Os Flobevermes gostavam que os deixassem em paz e o exame era basicamente deixá-los sobreviver.

Desceram para as masmorras e iniciaram o seu exame de poções após o almoço. Sem instruções, a maioria confundia-se e trocava procedimentos, e a poção era cheia de pequenos detalhes.

Mas Harry estava mais preocupado em demonstrar o perfeccionismo que Snape lhe impingira ao longo do ano, queria mostrar que melhorara.

 Snape circulava por entre as mesas, tomando notas. A última nota tomada era  a avaliação de cada um. Draco conseguiu ver que Crabble e Goyle chumbaram, e Blas não chumbara por pouco, mas Daphne safara-se e ele próprio tivera 18.

Snape aproximou-se do caldeirão de Harry, e verteu ligeiramente o conteúdo, o liquído em tons de caramelo parecia esverdeado quando vertido e soltava um ligeiro vapor esbranquiçado. Daphne levantou-se propositadamente e conseguiu ver que Snape escrevinhar nota máxima, e piscou o olho a Harry, e voltou a sentar-se antes de Snape se virar. 

- Como é que ele te dá uma nota máxima e não reage de maneira nenhuma? - Zabini comentava - Podia pelo menos dar pontos aos Slytherin... 

À noite, tiveram exame de Astronomia.

No dia seguinte, foram para a Estufa ser avaliados em Herbologia.

O exame de DCAT foi um dos mais invulgares e divertidos exames que Harry alguma vez fizera. Tiveram de passar por vários obstáculos fora do castelo, cheios de criaturas mágicas que eles tinham estudado e deveriam saber defrontar. Harry foi o primeiro a acabar e obteve a sua segunda e última nota máxima.

O exame de Aritmancia foi de longe mais fácil do que o Harry esperava, mas Granger conseguiu superá-lo.

- Eu sei o teu segredo, Granger. - Harry piscou-lhe o olho - Tu tens um Vira-Tempo.

Suspeitava disso já há algum tempo, e depois do exame pareceu-lhe o momento ideal para o comentar.  

- O quê? Claro que não. - Ela replicou, ao fim de algum tempo de silêncio, mas o rubor que atingira o seu rosto denunciava-a - Tu sabes que são muito raros e...

- Granger, tu tens um Vira-Tempo. - Harry voltou a sorrir.

Ela parou no corredor, e olhou-o com uma expressão meio de súplica, meio de ameaça que o fez sorrir. Era um confissão certa, e Harry quase que conseguiu adivinhar as palavras seguintes:  

- Não contes a ninguém, Potter. Por favor. - Hermione pediu.

- Hey...tu guardaste os meus segredos o ano passado, claro que não conto. - Harry relaxou-a.

O exame de Runas Antigas foi fácil, e foi o último exame de Harry.

A Draco, Pansy, Tracey, Blaise e Evelyn ainda faltava Adivinhação. Eram avaliados individualmente, e Draco sobreviveu a um estranho momento com a Professora Trelawney. Ela fez-lhe uma profecia, que parecia mais real do que a fantochada que ela habitualmente dizia.

- O servo preso durante doze anos vai regressar para o seu senhor, e o senhor das trevas erguer-se-à ainda mais terrível do que antes. Qualquer coisa do estilo. Esta noite o servo vai regressar. - Draco sibilou - É óbvio que o servo preso durante doze anos é o Black, não é?

- Provavelmente. - Daphne acenou. - Venham daí.

Daphne obrigou-os a ir para os campos, depois de jantar, cobertos pelo manto de invisibilidade, aparentemente desinteressada na profecia.

- O que estamos aqui a fazer, Daph? - Harry perguntou.

- Vamos libertar o hipogrifo. - Esclareceu ela, quando já estavam bastante próximo da Cabana de Hagrid. 

- O Hipogrifo que fez com que eu andasse de braços ligados durante semanas? - Perguntou Draco.

- Esse mesmo. Nenhuma criatura merece morrer por te arranhar os braços por seres idiota. Eu até nem me teria importado se tivessem despedido o Hagrid, mas acho ridiculo o hipogrifo morrer.

- Só porque tu achas ridiculo, não quer dizer que eu tenha que...- Draco começou.

- Draco, anda lá. - Daphne sorriu - Pela aventura. Ambos sabemos que isto é obra do teu pai. Tu tens tanto interesse que o Hipogrifo morra como eu.

Aproximaram-se do local. O Ministro e uma data de gente do Ministério já tinha tinha chegado e testemunhado a presença do hipogrifo. Harry cortou as cordas com o Encantamento Diffindo, e Daphne lançou um pequeno feitiço para o assustar. Ninguém os conseguia ver debaixo do manto. Buckbeak ergueu as asas e fugiu. Daphne assobiou feliz.

- Simples. - Draco suspirou- Mas tinhas razão, Greengrass, eu fico feliz que ele não tenha morrido.

- Eu sei, Malfoy. - Daphne sorriu-lhe.

McNair lançou o machado contra as abóboras, enquanto o trio de Slytherin se afastava. 

- Ron! - Ouviram alguém gritar, de repente. 

Olharam em redor para ver que Granger e Longbottom estavam perto do Salgueiro Zuzidor que bramia os seus braços, enquanto um enorme cão preto arrastava Weasley na direcção do trono.

- Sirius Black! - Sibilou Harry. E começou a correr, Daphne e Draco tentaram agarrá-lo, mas libertou-se dos seus braços com facilidade. 

Desviou-se dos troncos e das raízes que o tentavam agarrar com uma perícia ganha em muitos treinos de artes marciais. O cão arrastara Weasley por um buraco que se abrira no tronco, e Harry conseguiu mergulhar no último segundo.

 

N/A: O confronto final fica para o próximo capitulo :p

 

Guilherme: Aahhaha. Provavelmente, vai matá-lo no fim da noite que se segue :)

Kaos: Boa sorte para os exames :) Comente quando der jeito.

Xandevf: Eu admito que eu pensei em escrever o cap anterior, juntamente com este agora, mas era mais um capitulo de ligação, lamento que tenha sido muito arrastado. Gostou mais deste? 

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