Deduções

A aproximação dos exames deixava as suas marcas.

 Warrington preparava-se para os seus OWL’s, confiante em relação a Encantamentos e muito preocupado com Herbologia e Poções. Flint, Derrick e Bole iriam ter os seus N.E.W.T’s e estavam enterrados em livros.

Mas nada diminuía a intensidade dos treinos de Quidditch.

Os Gryffindor apresentaram um novo seeker no jogo contra os Ravenclaw: Ginny Weasley, que conseguiu vencer Cho Chang.

- O Weasley perdeu o lugar para a irmã. – Riu-se Blas.

Os Slytherin não podiam arriscar perder contra os Ravenclaw.

Derrick era visto tornar voos cortantes muito depois de os treinos terem acabado, e apesar dos exames se aproximarem.

Malfoy praticava boxe com Harry para fortalecer os músculos dos braços, e karate para melhorar a sua flexibilidade.

No último treino, Harry mergulhou cerca de vinte metros, inclinou a vassoura de lado e sentiu o seu joelho deslizar pela relva do campo, sentiu as ervas contra os dedos e fechou-os em torno da snitch, e deixou-se parar pelo atrito.

- Amanhã a vitória é definitivamente nossa. – Comentou Montague com um sorriso, quanto Harry cheio de lama e terra exibiu a snitch.

- Foste mesmo espectacular. – Malfoy sorriu.

E continuou a sê-lo no dia seguinte, quando fintou Chang com uma perícia extraordinária e capturou a snitch mesmo junto aos Aros de Ravenclaw.

No final do jogo, Daphne e Warrington deram o seu primeiro beijo. E Draco terminou, finalmente, com Pansy, o que não pareceu incomodar muito nenhum dos dois.

- É impressionante como quase chegaram à Páscoa. – Comentou Harry.

Malfoy só falhara uma defesa, e os Slytherin venceram os Ravenclaw por uma margem de duzentos pontos, o que fez com que os Ravenclaw ficassem completamente fora da corrida.

Nessa noite, Sirius Black voltou a atacar o Castelo.

Um boato que explicava como Neville Longbottom deixara as senhas da Torre de Gryffindor escritas num papel, e como Sir Cadigon, o substituto da Dama Gorda, o deixara passara. Ronald Weasley acordara e vira Black com uma faca na mão e as cortinas da sua cama rasgadas.

Hermione Granger passava a maior parte do seu tempo na Biblioteca.

- Não podes mesmo fazer isso na Torre de Gryffindor, Granger? – Harry perguntou, observando a pilha de pergaminho que a rodeava, juntamente com livros de todas as disciplinas que era possível um estudante de terceiro ano ter.

- O Ron está chateado comigo. Acha que o Crookshank comeu o Scabbers. – Respondeu sem desviar os olhos do livro.

- Porque não desistes de Adivinhação, Granger? – Sugeriu Harry, pegando no livro Aclarando o Futuro, que estava aberto num capitulo de Quiromancia – Parece tão inútil.

Ela continuou a escrever sem lhe responder, estava cansada.

Harry encolheu os ombros e saiu. Desceu para a Câmara dos Segredos. E Mata Kemantian contou-lhe como vira Sirius Black a desaparecer nos Terrenos da Escola sobre a forma de cão. Harry contou a Draco tudo sobre a Câmara dos Segredos, e como ele era, de facto, o seu Herdeiro.

- Ele é um Animagus. – Contou Harry.

- Faz sentido. – Comentou Daphne – Nós lemos que as emoções dos animais são diferentes das dos humanos, e mais difíceis para os Dementors de detectar.

- Não há um registo, ou assim? – Draco perguntou.

- Provavelmente está ilegal. – Daphne encolheu os ombros. - Ah! K, achas que foi ele o cão que tu viste quando saiste de casa dos teus tios? Secalhar, só não te atacou, porque sabia que o Autocarro

- Talvez. - Harry encolheu os ombros.

- Então…e porquê agora? O que aconteceu para sair de Azkaban agora? – Draco franziu as sobrancelhas – Se ele é um Animagus poderia ter conseguido escapar mais cedo…ou não?

Seguiu-se um momento de silêncio. Draco tinha razão, algo acontecera que fizera Black fugir da prisão.

- E se não for algo, mas alguém? – Harry sugeriu – Oiçam, nós sabemos que o meu pai era o melhor amigo do Black, e o Lupin disse-me que conheceu o meu pai, o que significa que, também, conheceu o Black, certo? Ele pode ter sabido que o Lupin vinha dar aulas em Hogwarts e que o ajudaria a entrar.

- O Snape, também, suspeita dele. – Comentou Daphne.

- Bem...O Lupin é um Lobisomem e o Black aparentemente é um cão. Não deixa de haver alguma coincidência. - Harry sorriu, sarcástico.

- O quê?! - Exclamou Draco - O Lupin é um lobisomem.

E Harry teve de explicar as suas suspeitas.

- Mas...se o Lupin estive realmente a ajudar o Black, porque é que ele havia de atacar a Torre de Gryffindor? Não deveria saber que tu és um Slytherin? - Daphne questionou.

- Talvez o Lupin o consiga ajudar a entrar, mas não lhe consiga transmitir informações. Ele provavelmente acha que Harry Potter é um Gryffindor, como toda a gente esperava que fosse. - Draco encolheu os ombros. - Não deveríamos contar a alguém as nossas descobertas?

- E explicar que o Basilisk do K nos deu esta preciosa informação? - Daphne retorquiu - Não me parece o teu melhor plano.

Harry concordou com Daphne, não tinham maneira de explicar o seu conhecimento da informação. Harry passou a estudar o Mapa do Salteador, escrito por Prongs, Padfoot, Moony e Wormtail com atenção em cada noite, mas Black não estava aparentemente nos terrenos da escola.

- Este mapa deve estar estragado, de qualquer maneira. - Comentou Draco - O Pettigrew foi morto pelo Black.

O nome Peter Pettigrew aparecia na cabana de Hagrid e todos sabiam que Pettigrew estava morto.

Harry, Draco, Theo e Blas continuavam a esgueirar-se durante a noite para visitar a Arena, e divertiram-se a interrogar Curtis, quando Lupin pediu um trabalho de vampiros. Daphne reclamava que estava no dormitório feminino e os rapazes não a conseguiam avisar sem acordar meio castelo.

Millie dizia que eles eram um bando de idiotas irresponsáveis. E foi Millie quem mais reclamou com Harry, quando ele decidiu ir a Hogsmeade no fim-de-semana.

Weasley e Finningan estavam a comentar como Malfoy tinha feito fita para que decapitassem Buckbeak, e Harry, debaixo do seu manto de invisibilidade, decidiu mandar-lhes bolas de lama e fazê-los tropeçar. Finningan já estava a correr pela colina abaixo, quando o manto descaiu ligeiramente.

- Ele vai delatatar-te, de certeza. - Suspirou Pansy.

Harry correu para o castelo. Sabia que Weasley deveria ir contar a McGonagall como a sua cabeça aparecera em Hogsmeade. Snape ainda não o deixava participar nas aulas, mas foram as palavras que Flint dissera na primeira noite em que Harry chegara a Hogwarts que ecoaram na sua mente: quando estiverem em sarilhos dos quais não se consigam safar, confessem ao Snape.

Harry bateu à porta do gabinete. Contou a Snape da passagem secreta, sem referir o mapa, e o incidente com Weasley.

- Potter...- Snape suspirou - Porque é que não podes simplesmente obedecer às regras como toda a gente? Ainda para mais quando sabes que a tua vida pode depender disso.

- O Black nem parece saber que eu sou um Slytherin, como é que ele me encontraria debaixo do meu manto de invisibilidade? - Harry respondeu.- Eu só queria estar em Hogsmeade, como toda a gente, senhor.

Snape abanou ligeiramente a cabeça.

- Não voltes a Hogsmeade, Potter. Acredita, Hogsmeade não vale a tua vida e a tua mãe deu a dela por ti, por isso vê lá se lhe dás o devido valor. - Snape respondeu.

Harry percebeu que Snape tinha razão. Se Black queria realmente matá-lo, Hogsmeade era um risco desnecessário. Snape obrigou-o a confessar como é que tinha sabido da passagem secreta, e Harry entregou-lhe o Mapa do Salteador. Snape confiscou-lhe o mapa.

- Podes sair, Potter. - Snape ordenou - Eu digo à McGonagall que já lidei contigo.

- Certo, senhor...- Harry ficou espantado por não ganhar um castigo

Granger pareceu seguir o conselho de Harry e desistiu de Adivinhação pouco antes da Páscoa, contou-lhe, também, que Weasley recuperara o seu rato e que Buckbeak iria ser executado, Hagrid perdera o julgamento, apesar de toda a informação que Granger lhe tinha arranjado. 

N/A: Que tal, gente?

Guilherme: Boa sorte para os exames :) :) E é bom saber ;)

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