Patronus



Harry voltou para Hogwarts, silencioso. Draco não o seguiu sabendo que ele precisava de ficar sozinho. E juntou-se a Theo, Blas, Vince e Greg que não tinham ido beber cervejas de manteiga, porque queriam ir à Zonko. Não contou a nenhum deles o que ele e Harry tinham descoberto sobre Sirius Black


Harry pegou num saco de boxe e levou-o para a Câmara dos Segredos e praticou os seus socos. A raiva deslizava-lhe pelas veias, misturava socos com karate conforme lhe apetecia. Mas lentamente o seu cérebro começou a acalmar, e o treino tornou-se mais sério.


Mais calmo, praticou feitiços para esvaziar a sua mente. E acabou por adormecer de livro aberto, sobre o chão de mármore e só voltou às Masmorras dos Slytherin no dia seguinte.


Era o primeiro dia de férias e só Daphne restava na Sala Comum, debruçada sobre um livro.


Harry sabia que os seus amigos bem tinham querido ficar em Hogwarts durante o Natal, como tinham feito no ano anterior, mas os pais tinham insistido que passassem este ano em casa. As famílias, principalmente os Malfoy, tinham convidado Harry e Daphne para irem para suas casas. Harry porque sabia que Daphne nunca aceitaria, e não a queria deixar sozinha.


- O Draco contou-me o que aconteceu no Três Vassouras. – Daphne afirmou sem desviar os olhos do livro. – Ele não queria, mas eu obriguei-o. Ele, também, achou que eu te conseguiria impedir de ir atrás do Black durante as férias.


- Eu vou atrás do Black. – Harry murmurou, friamente.


- Eu sei. – Daphne fechou o livro, e encarou Harry, finalmente – Sei que é inútil tentar impedir-te, mesmo que o Black seja vinte vezes mais poderoso do que tu e seja praticamente suicídio achar que o podes matar.


Harry suspirou. Ela tinha razão. Era inútil e insensato ir atrás do Black, mas Harry descera por um alçapão com onze anos para garantir que o feiticeiro que matara os seus pais não recuperava o seu poder. Harry faria qualquer coisa para vingar os seus pais: incluindo perseguir um infame assassino, mesmo que morresse a tentar fazê-lo.


- Era o mesmo que tu farias no meu lugar. – Harry respondeu, ao fim de algum tempo de silêncio.


Estava de costas para Daphne, olhando fixamente para a lareira com uma expressão pensativa, de uma incrível frieza calculista, mas os olhos cintilavam cheios de fogo, paixão e raiva.


- Somos os dois uns idiotas. – Daphne suspirou. – Eu ajudo-te.


Harry estendeu-se num dos sofás, meditando sobre como poderia encontrar Black. Daphne reabriu o livro e continuou a sua leitura, deixando-o com os seus pensamentos. Até que fechou o livro.


- E se ele tiver usado a mesma poção que tu preparaste para enganarmos os Dementors? Poção da Alma? – Daphne sugeriu.


- Não lhe dariam os ingredientes em Azkaban, nem os conseguiria comprar se anda fugido. Não, ele tem outra maneira. Algo a que ele pode recorrer, sem varinha, sem necessitar de nada.


Daphne reabriu o livro. Harry só conhecia uma pessoa que alegava ser imune aos Dementors: Ash Carter. Harry sabia que devia estar relacionado com a maldição que Curtis mencionara, mas tanto quanto sabia Sirius Black não era um Anjo Negro.


- Ele está a rondar a escola de qualquer maneira…para te matar. – Daphne constatou. – Não deve estar longe.


- O Weasley sabe. – Harry sibilou, irritado. Tinha contado a Daphne dos eventos da aula de poções.


- Quem é que se interessa? – Bocejou, sarcástica.


Granger estava na biblioteca, no dia seguinte, quando Harry e Daphne resolveram pesquisar sobre Dementors, para ver se percebiam como Sirius Black poderia ter enganado os Dementors.


- Bom dia, Granger. – Harry cumprimentou, educadamente.


- Eu quase acreditei quando me disseste que não estavam a tentar prejudicar o Hagrid. Vocês são um bando de idiotas. – Ela replicou, bufando irritada.


- Ele foi despedido? – Daphne franziu as sobrancelhas.


- Não. Mas o Lucius Malfoy levou o ataque do vosso amigo à Comissão Para Destruição Das Criaturas Perigosas. E eles resolveram matar o Buckbeak. – Granger disse, entredentes. – Eu garanto-te que vou fazer de tudo para salvar o hipogrifo.


 Ela bateu com um livro pesado na mesa.


- Sabem o quanto magoa ao Hagrid toda a situação? – Acrescentou.


- Acalma-te, Granger. – Harry limitou-se a dizer - Nós não dissemos Lucius Malfoy para iniciar um processo. E não acho que o Draco o tenha feito.


Ela não respondeu.


Harry e Daphne pesquisaram sobre Dementors, mas nenhum deles estava realmente concentrado.


- O Lucius Malfoy está a defender o poderio da sua família. Ninguém ataca os Malfoy e sai impune, na cabeça dele, mesmo que seja um hipogrifo. – Daphne comentou, num sussurro.


- É um bocado horrível. – Harry disse.


- Se queres ajudar os pobres e inocentes, podes sempre escrever para o Lucius Malfoy. – Daphne encolheu os ombros.


Harry ponderou sobre o assunto. Tinha a certeza de que Snape e Draco tinham deixado Lucius a par do evento. Mesmo que Draco tivesse tentado não assumir a sua dose de culpa, o Chefe de Slytherin – que fora o primeiro a informar Lucius Malfoy – não deixaria escapar os pormenores. Não havia nada que Harry pudesse fazer.


- Mais vale ajudar o hipogrifo a fugir. – Replicou com um encolher de ombros. – É inútil argumentar contra Mr. Malfoy.


A pesquisa de Granger não parecia estar a avançar com muito sucesso, mesmo com a ajuda de Longbottom. Longbottom fora ordenado pela sua avó para ficar a estudar em Hogwarts durante o Natal e Granger ficara a fazer-lhe companhia, e ambos aproveitavam para ajudar Hagrid.


Harry e Daphne passavam horas nas Torres do castelo, a observar o céu estrelado e observando os terrenos de Hogwarts, e tentando perceber como conseguia passar Black pelos Dementors, com Daphne mais concentrada em fazer planos para ajudar Buckbeak.


Daphne Greengrass adorava animais e não queria que um morresse, porque os seus melhores amigos eram uns idiotas, como ela explicava no seu tom despreocupado e divertido, mas Harry sabia que ela estava a falar mais a sério do que parecia.


O dia de Natal rapidamente chegou. E juntamente com os presentes de Harry vinha uma Flecha de Fogo, uma substituta para a sua Nimbus 2001 que superava a sua Nimbus 2000 com a qual ele tinha andado a praticar. Não vinha qualquer bilhete.


Ao almoço, Dumbledore juntara todos os alunos que tinham ficado na escola à mesa dos professores. Para além de Harry e Daphne, Granger e Longbottom, ficara um miúdo do primeiro ano e um Hufflepuff do Sexto Ano que nenhum deles conhecia.


A professora Trelawney juntou-se-lhes com algum receio por serem treze à mesa, e fez umas previsões que ninguém levou a sério e a Professora McGonagall deixou clara a sua impaciência.


O Professor Lupin estava adoentado, aparentemente. Mas Harry estava cada vez mais convencido que o Professor era, na verdade, um Lobisomem.


As férias acabaram tão rapidamente quanto começaram.


Snape continuava a não deixar Harry participar nas suas aulas e ganhar pontos para os Slytherin, de tal modo que Harry desistiu de tentar, mas não deixou de exigir perfeição das suas poções e trabalhos e Harry deu por si a esforçar-se mais do que nunca.


Numa das aulas de DCAT deixou-se ficar para trás.


- Professor Lupin, sabe onde posso arranjar outro Sem Forma? - Harry perguntou, cauteloso.


- Queres voltar a enfrentar um Dementor, Potter? - Lupin franziu as sobrancelhas.


- Er...Mais ou menos, senhor. Acho que quero apenas praticar. - Harry respondeu.


- Estás a tentar defender-te dos Dementors? - Lupin perguntou com um sorriso.


Harry acenou. Ash Carter conseguia capturar Dementors, o problema era que deixar um Dementor na Arena era demasiado horrível e não tinham qualquer local onde Harry pudesse praticar. Com a ajuda de Ash e Curtis conseguia reproduzir um Patronus decente, mas nunca experimentara com um Dementor por perto.


Draco ganhou um castigo de Filch por colocar bombinhas de mau cheiro na Casa de Banho do Quarto Andar e acabou por descobrir um Sem Forma num dos armários do Gabinete. Durante a noite, Harry esgueirou-se da sua cama e deixou-se enfrentar o Sem Forma.


Ouvia os gritos dos seus pais. Era mais difícil concentrar a sua mente. Mas conseguiu. Um fraco escudo prateado surgiu nos cantos da sua varinha. Os gritos tornavam-se mais distantes, e o calor voltava lentamente ao seu corpo.


Lupin encontrou-o uma noite desmaiado, quando as suas defesas falharam, devido ao cansaço acumulado. Foi a primeira vez que ouviu a voz do pai. Lupin contou-lhe que conhecera os seus pais no tempo da escola, o que surpreendeu Harry.


Lupin proibiu-o de continuar, depois de o deixar tentar mais algumas vezes. O patronus de Harry já era bastante consistente.


N/A: Guilherme, Kaos, tenho saudades da vossa opinião. A história ficou  pior ou assim? Leitores, quaisquer comentários são motivadores.
      Desculpem ser 1 cap tao pequeno

Xandevf: filha de muggles e descendente de salazar slytherin? hum...eu imagino mais o Harry como: Sangue de Gryffindor, Alma de Slytherin. Q tal? Ah! E o capitulo, gostou?

        

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Comentários (1)

  • Guilherme L.

    A História continua ótima,nem se preocupe! eu tive 2 semanas cheias de prova na universidade,apareci pouco por aqui por isso,mas continuei acompanhando,só não tinha tempo de postar. Continue que está ótimo =]

    2013-04-11
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