Uma "festa de pijamas"
A Sra. Weasley e Hermione tiravam o corpo de Monstro do meio da passagem e Mione, em meio a soluços e lágrimas, disse que faria uma caixa bem bonita para enterrar o elfo, ao que Lupin protestou :
- Não, Hermione ! . O sonho dele era Ter a cabeça cortada e posta junto com as de seus ancestrais!.
- Mas, isso é tão cruel !. – falou a menina , chorando ainda mais.
- Eu sei, infelizmente, é a tradição !.
Depois de muitas contradições, por parte dela e da Sra. Weasley, Lupin e Quim convenceram – nas de que o certo era realizar o último desejo de Monstro . Enquanto acontecia isso tudo; Harry, Fred, Jorge, Rony e Gina ficaram na mesa muito chocados.
- A minha intenção não era matá – lo !. – falou Fred , depois de dez minutos em total silêncio.
- Nós sabemos, maninho!.- disse Gina dando um beijo no rosto do irmão.
- Fred, não é motivo para você se culpar!. Monstro já era velho!. – tentou consolar Harry; mas a situação do garoto era muito mais difícil que a de Fred: não gostava nem um pouco do elfo, mas lá se ia a sua última chance de saber alguma coisa a respeito de Sirius.
Rony pareceu entender e tentou emendar o tom amargurado com que Harry tentara consolar a Fred .
- Olha, Fred, Monstro ia bater as botas cedo ou tarde !. Você não antecipou nada, só provocou um acidente que gerou a morte do infeliz!.
- Não, nunca vou me perdoar....- repetia Fred sem parar.
- Mas, que m****, Fred!. Pára com isso, Rony tá certo !.- falou Jorge para o irmão, em um tom já meio zangado com a burrice e a sentimentalidade exagerada de Fred.
- ELE TEM TODA A RAZÃO!!!.- gritaram Harry e Gina, ao fazerem isso trocaram sorrisos entre si.
Ninguém havia notado, mas Harry achou que estava considerando Gina uma pessoa cada vez mais próxima de si e........ cedo ou tarde alguém repararia. Hermione entrou na cozinha e pegou a cena que estava acontecendo e deu um sorriso de alegria. Por que seria?.pensou Harry.
- Monstro terá a cabeça cortada amanhã de manhã, quando já estivermos em Hogwarts.
- Ai, Mi!.- depois de Gina dar esse pequenino gesto de consolo, foi dar um abraço em Hermione.
Harry reparou que Fred ainda parecia bastante chocado, mas consolado que a culpa em parte , em parte, não era toda sua: um acaso do destino, que teve a infelicidade de acontecer com ele. Na opinião de Harry, essa era a mais pura verdade.
- Queridos, ainda estão aí?.- perguntou a Sra. Weasley entrando na cozinha.
Ao ver todos com a mesma expressão de pânico choque, resolveu dar uma explicação :
- Fred, a culpa não foi nem um pouco sua !. Foi um acaso, apenas isso!. Mas, este acontecido serve para ensinar uma lição a vocês. Sabem qual é?.
- Qual?. A de não ser insurpotável, para futuramente não morrer com uma caçarola entalada no crânio ?. – perguntou Rony com toda a ousadia que possuia.
- Não, Rony !. – respondeu a mãe com rispidez. – A lição de que agir por impulso é a pior atitude que alguém pode Ter em qualquer situação da vida. Conheço pessoas que arruinaram a vida e a família por terem como característica o impulso!.
Harry, não sabia muito bem o porquê, olhou feio para a Sra. Weasley e não gostou do que ela acabara de falar .
- Bom, vocês podem ir dormir, porque amanhã têm de ir para Hogwarts e os gêmeos para a loja.
Harry queria perguntar aos gêmeos como ia a loja, mas a Sra. Weasley empurrou todos para dormir e ele adiou a pergunta para o dia seguinte. Quando já estava deitado em sua cama, tentou lembrar qual o motivo de Ter ficado com raiva da mãe de Rony; só então se lembrou de uma briga que a Sra. Weasley tivera com seu padrinho no primeiro dia que fora ao Largo Grimmald: [..]” Lembre – se , Sirius, que você é conhecido por agir impulsivamente”[ .. ] .É, com certeza, era esse o motivo dele não Ter gostado da citação de “agir por impulso “ .
Enquanto pensava nessas coisas, alguém bateu na porta:
- Harry, ainda está acordado? . – perguntou uma voz de homem um tanto baixa e abafada, que por estar nesta situação , ele não conheceu .
- Quem é?.- perguntou Harry levantando – se totalmente, com a varinha na mão, pronto para um provável ataque.
- Sou eu, Harry !.- respondeu a voz menos abafada e ele reconheceu a voz.
- Mclogan?!?!!?
- Shhhhhhiiiuuuu!!!. Fale baixo, sou eu mesmo ! .
- O que o senhor quer?. – perguntou o garoto muito abismado por receber visita tão tarde da noite e , principalmente, porque o professor poderia muito bem falar o que quer que fosse no dia seguinte, pela manhã, antes de ir para Hogwarts; ou até mesmo na escola , pois ele seria professor!.
- Venha aqui fora, é urgente!. – exclamou o professor com voz de extrema urgência.
- Tá, estou indo!.
Harry não imaginava o que poderia ser e só se atreveu a sair do quarto porque estava movido por extrema curiosidade.
Foi até a porta com passos de tartaruga – para não acordar Rony que acabara de dormir e muito menos Fred e Jorge no andar de cima com os seus passos - , abriu a porta e deu de cara com Mclogan usando uma longa capa marrom escuro .
- O que foi, professor?.
- Escute: sei que só ficou chocado com a morte de Monstro porque queria descobrir algo sobre Sirius!.
Harry ficou tão surpreso com uma revelação tão chocante em tom tão calmo e brando que não consegui disfarçar na fisionomia essa expressão. Era verdade, confessou Harry para si mesmo, mas não era para ninguém Ter percebido!. Monstro não significava nada para ele, ao contrário, estava pulando de alegria!.
- Por que o senhor está me dizendo isso?. – perguntou o garoto em uma falsa expressão de inocência que estava tentando simular de última hora, que era muito convincente, mas que não enganou o professor .
- Porque........ eu fui uma pessoa muito próxima de Sirius e sabia que ele já gostava demais de você quando ainda era um bebê.
- Tudo bem. Agradeço a sua estima, professor. Mas, ele está morto!. – o garoto terminou com uma voz tão triste que surpreendeu até ele próprio.
- Bem, eu não sei. É o que eu gostaria de saber....
- O que?. – perguntou Harry mais interessado na conversa agora do que antes.
- Olhe: se Sirius caiu naquele arco sem estar morto antes, talvez signifique que possa estar vivo se...
- Se.....?. – perguntou Harry no auge da excitação.
- Se encontrar ajuda!. – terminou Mclogan.
- Ajuda de quem?.
- Bem, dentro do arco existe uma outra dimensão que nós não conhecemos inteiramente..
- Que dimensão é essa?. – perguntou Harry em estado de empolgação e medo.
- É a dimensão dos bruxos que morreram e tiveram coragem para prossegui!.
- É tão horrível lá?.- perguntou o garoto já com medo de morrer.
- Não, só que é diferente. E as pessoas, infelizmente, possuem a tendência de Ter medo daquilo que não conhecem!.
O garoto pensou naquilo tudo e achou muito legal que o professor estivesse contando aquilo tudo , mas se perguntou : por quê ?.
- Por que o senhor está me contando tudo isso?.
Mas os dois escutaram um barulho no quarto de Fred e Jorge e se entreolharam assustados; Mclogan continuou falando muito depressa:
- Escute, Harry : eu não posso ir em pessoa até o Departamento de Mistérios, porque precisamos de alguém que tenha um meio de salvação que seja viável.....
- O espelho!!!. – exclamou Harry , entendendo naquele momento qual era a sua missão naquela conversa cheia de mistérios .
- Exatamente!!!.- exclamou muito empolgado e feliz o professor, com um largo sorriso em seu rosto.
Harry achou interessante, mas por algum motivo, estava achando que ficara extremamente burro depois de tudo que acontecera: como Mclogan pretendia realizar aquela “missão impossível” ?.
- Bom, já entendeu?. Muito bem. Boa- noite!.
- O que?!?!!?. Não, não entendi nada!!.- exclamou Harry em tom de estupefação.
- Desculpe......
- Como é que eu vou falar com...com....com...o além???. – perguntou o garoto pronunciando bem cada palavra em sussurros e engasgando nas últimas .
- Ahhh, isso...Eu não faço a mínima idéia!. Ele é seu padrinho, não é?.
- HÁ, HÁ, HÁ.- Harry não agüentou a pressão e caiu na risada mais irônica que conseguia dar no momento – Tá, tudo bem!. Ele é seu amigo, ou não é mais?. Amigos são para essas coisas sabia?.
Mclogan pareceu chocado com a ousadia de Harry, mas conseguiu se recuperar parcialmente do choque:
- Olha: eu faria se pudesse, mas Dumbledore disse que isso não é para nós....
- Mas...ele...quer dizer que.... – gaguejou Harry meio encantado e meio apavorado com a honra de poder salvar Sirius.
- Você entendeu, não é?. Quem tem que fazer isso é você!. E como fazer também....
- Sou eu, não é?.
- É . Desculpe, Harry. Boa – noite. – disse Mclogan com a voz embargada pela emoção.
O professor parecia muito aborrecido e triste por não poder falar nada que pudesse ajudar o garoto e o seu amigo Sirius......se que este ainda estava vivo....
Harry tentou dizer algo que consolasse o homem, que daria um jeito...Por que estou mentindo para eu mesmo?. Pensou o garoto.Eu não faço a mínima idéia do que vou fazer!!!.
Mas quando Mclogan já ia descendo a escada para o andar de baixo e Harry caminhava para o seu quarto, a porta do quarto de Fred e Jorge se abriu; os gêmeos apareceram juntos:
- Parados aí!!.- sussuram os dois em voz ameaçadora para Harry e Mclogan.
- Fred?. Jorge?.- perguntaram os outros dois.
- Não!. O Lord das Trevas em pessoa!!.- brincou Fred, e Harry se sentiu aliviado de ver que talvez os dois nem tivessem escutado a sua conversa com o professor.
- Vocês deveriam estar na cama, mocinhos do meu coração!. – falou Jorge com a mesma voz e pose da mãe .
- Ah, essa é boa!.Vocês é que deveriam estar na cama!.Pois saibam que eu estava fazendo vigia pelos corredores, pois escutei um barulho suspeito!- mentiu Mclogan. Harry ficou espantado : um homem tão sério como Mclogan sabia mentir daquele jeito sem – vergonha?.
- Hem, Hem. Estou surpresa que tenha feito uma festa de pijama e nem sequer tenham me chamado!.- exclamou Gina com um sorriso radiante.
- Mas, o que é isso?. Todo mundo decidiu fazer um encontro de casais à meia – noite?. – perguntou Rony saindo do quarto meio sonolento.
- Tudo bem, pessoal.Relaxem: eu só escutei alguém andando e vim ver quem era; daí descubro Mclogan e fim de história!!.- falou Harry entrando na mesma mentira de Mclogan.
- Claro!. E salvar Sirius não conta? – perguntou Hermione saindo de trás do guarda – chuva em forma de perna de trasgo.
- Ótimo, falta mais alguém?.- perguntou Harry brincando.
- Pessoal, estão todos falando bobagens!. Agora, voltem para a cama!. – falou Mclogan como se realmente aquilo fosse verdade, o que fez todos arregalarem os olhos e Harry dar uma gargalhada verdadeira.
- Tá, vocês venceram!.É , não precisamos falar mais nada, vocês escutaram tudo!. – falou Harry e novamente todos pareceram surpresos.
- Não vai ficar zangado com a gente?.- perguntou Rony gostando da atitude do amigo.
- Não, aliás vocês podem ajudar se quiserem. Não é , professor?.
- É, é, você tem razão!. – terminou Mclogan rindo também.
- Mas que diabos está acontecendo aqui, Mclogan?.- perguntou ninguém mais ninguém menos que Severo Snape.
- O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO AQUI ???????????. – perguntaram todos juntos.
- Isso não é da conta de vocês.Mas, só para satisfazer a curiosidade, estava falando sobre o meu relatório com Dumbledore. – falou Snape naquela sua voz de superioridade intragável, que Harry tanto detestava.
- DUMBLEDORE????. – novamente todos – ONDE?!?!?!!?!?.
- Aqui!. – falou calmamente o diretor e Harry achou que todos pareciam saber daquele “pequeno” encontro.
- Diretor, desculpe – me, mas......
- Tudo bem, você me disse que ia fazer uma pequena festa de pijama, só que não tinha todos os preparativos, não foi?. – perguntou Dumbledore e Harry teve a certeza que até o diretor já sabia o assunto da “festa de pijamas” , mas aceitou tudo e até deu um apoio.
- É, isso mesmo diretor.... – falou Mclogan com um sorriso.
- MAS O QUE ESTÁ ACONTECENDO?!?!!.- perguntou, desta vez, a Sra. Weasley.
- Nada, Molly. Agora, vão deitar. – disse Dumbledore para as crianças. – Quanto a nós, vamos para a nossa reunião.
Todos foram voltando para os seus quartos com largos sorrisos e Harry ficou muito contente ao ver que poderia conseguir realizar auilo que lhe era destinado.O garoto sabia, também, que a sua situação era muito difícil e complicada de resolver, mas já era quase um milagre receber uma notícia boa nos dias que se arrastavam e aquela notícia não era de se jogar fora.....além disso teria ajuda dos seus melhores amigos....
Quando o garoto refletia todos esses pensamentos, que dançavam em sua mente como figuras, já estava deitado em sua cama de olhos quase fechados....
Era um aposento velho e antigo, aquele maldito cheiro de mofo e pó que não suportava...
- Mas, está vendo só...Se tivéssemos com ele vivo...o plano seria fácilmente concretizado..
- Chega!. Weasley, eu sei muito bem o que faço!. Nunca recebo ordens de ninguém, muito menos de um imbecil feito você.... – Harry falava aquelas palavras, mas ao mesmo tempo não falava, pois elas não vinham de seu cérebro....
- Saia da minha MENTE!!!!! – gritou a boca daquele corpo que achava ser seu.
De repente, saiu daquele “meio corpo” e só então viu que compartilhara o corpo e a mente com Lord Voldemort.
- Chega, Potter!. Sabe: o jogo acabou!!!.- sibilou Voldemort vitorioso.
Harry achou muita graça naquilo, estava em um sonho, o Lord não poderia fazer nada....
- Ah, é?. Sabe, eu aprendi a diferença entre sonho e realidade. Mas será que VOCÊ aprendeu???.
- Ah, com certeza. Por que a pergunta?.
O garoto percebeu que pela primeira vez o famoso Voldemort parecia desconcertado e confuso, não sabendo o que dizer. Harry aproveitou – se da situação:
- Porque estamos em um sonho, você não pode me machucar!. É só eu acordar e você vai embora!. – zombou.
O Lord soltou aquela sua risada cruel e maníaca, sem a mínima alegria:
- Posso não te machucar, tem razão. Mas posso fazer você falar sobre o que quero saber...
Mas o sonho transformou – se em um rodamoinho de cores e tudo começou a sumir ao redor da visão de Harry.... e ele acordou olhando para a parede, mas ainda dentro de sua mente ouviu Voldemort gritar: EU NÃO ACREDITOOOOOOOO!!!.
Harry sentou – se abruptamente na cama: não conseguia acreditar que acabara de escapar do bruxo mais poderoso do mundo sem fazer absolutamente nada!!!.
- Nossa!.Que adrenalina!!!. – e falando isso, voltou a dormir, sem Ter mais sonho algum.
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