A nova Professora....
Capitulo 18
A nova Professora
- Sr. Potter, Srta. Granger, Srta Weasley, Srta. Lovegood! – disse Macgonagal, correndo para perto da charrete de onde Harry e os outros saíam. – Que bom que estão bem! Estava preocupada! Hagrid disse que foram atacados!
- Sim, estamos bem! Não houve baixas! Ainda não sei porque Voldemort nos atacou. Mas não creio se tratar de um ataque sem motivos. – Harry começou a explicar.
- Discutiremos isso mais tarde, Harry. Agora, vá para o salão principal, faça uma boa refeição com seus amigos. – disse Macgonagal. Harry estranhou. Os outros alunos já estavam dentro do castelo. Ali, restavam somente seus amigos e mesmo assim, Minerva não quis conversar sobre o ocorrido.
Macgonagal parecia-lhe um pouco nervosa, então, Harry não insistiu.
- Prof. Macgonagal! Hermione precisa ir para a ala hospitalar! – disse Harry, ajudando Hermione a descer da charrete.
- Não! Não preciso, não! – respondeu Hermione.
- Precisa, sim, Hermione. Esse corte na testa.
- Já estou bem! Não quero, não preciso de cuidados! – respondeu Hermione, séria, parecendo um pouco irritada e começou a andar em direção à porta principal do castelo.
- Ela está um pouco estranha, não é? – Rony comentou, aproximando-se de Harry.
Harry olhou para o amigo e em seguida correu para alcançar Hermione, e segurou-a pelo braço.
- Hermione! Não brinque dessa maneira! Você foi atacada quando estava em casa. Teve ferimentos que quase a levaram à morte. Foi atacada novamente agora a pouco num ataque aparentemente sem motivo ou resultado algum. Quer que eu acredite que não precisa de cuidados? Acha mesmo que sou tão ingênuo a ponto de não perceber que existe alguma coisa acontecendo e que, seja o que for, tem a ver com você?
- Não sei do que você está falando. – respondeu Hermione, pedindo a Deus para que Harry a soltasse. Por sorte, Hermione acreditava, Gina esbarrou nos dois e separou Hermione de Harry quase os derrubando.
- Ah, desculpe! Foi sem querer! – respondeu Gina, retendo Harry, enquanto Hermione corria para dentro, escapando de seus braços.
Os outros alunos já comiam quando Harry, Gina e Rony se sentaram à mesa da Grifinória. Hermione já estava sentada em seu lugar, bem à frente de Harry, mas não ousou olhar para ele, detendo-se em observar a comida. Gina sentou-se ao lado dela, bem à frente de Rony e começou a conversar animadamente. Minutos depois, Dumbledore começou o seu costumeiro discurso de início de ano.
Harry não quis prestar muita atenção. Não eram boas notícias como sempre. Ele falava sobre o ano que começava, sobre os cuidados que todos deviam ter naquela época de guerra.
- O mal nos cerca, caros alunos... e somente a união pode nos dar chances de sobrevivência. – falava Dumbledore, suspirando, tristemente. – Caríssimos... agora... quanto ao nosso ano letivo, devo lhes informar de algumas mudanças: para este ano, nosso estimado prof. Snape continuará com as aulas de poções e ministrará também as aulas de Defesa contra as artes das trevas...
- O que? – berrou Rony, cuspindo a comida que tinha na boca.
- ... nos primeiros anos somente... já no sexto e sétimo ano, esta tarefa será de outra pessoa...
- Ufa! Ainda bem! – disse Rony e ele e Harry respiraram aliviados.
- Tenho o prazer de apresentar-lhes uma pessoa muito especial. Autora de um dos livros mais aclamados da Floreios & Borrões e uma das mulheres mais encantadores do mundo, a nova professora de Defesa das Artes das Trevas: JoAnne Kathlen Rowling!
Harry e todos os outros alunos olharam para onde o professor Dumbledore apontava. Harry ficou abismado: era a mesma mulher que vira na estação de Hogsmeade, no vagão onde Hermione estava. Não podia esquecer da face daquela mulher. Agora ela sorria e parecia doce e encantadora, acenando para os alunos, mas Harry lembrava-se muito bem daquele sorriso irônico que ela dera ao ver a cena de ataque na plataforma.
- Isso só pode ser um pesadelo! – Harry deixou escapar entre os lábios.
- O que foi, Harry? – perguntou Gina, olhando para ele.
- Essa mulher... foi ela que eu vi no trem. Seja quem for... bem...não é nada.
Harry resolveu não falar nada. Não sabia quem aquela mulher era, nem se era boa ou não. Era precipitado dizer qualquer coisa por ora. Mas ficaria de olho naquela mulher misteriosa.
Quando Dumbledore deu, finalmente, as ordens para os alunos se retirarem, Hermione foi a primeira a se levantar. Harry, não perdeu tempo e tentou acompanhar Hermione, mas Minerva o impediu.
- Harry? Eu já lhe dei a senha? – disse a professora, segurando Harry pelo braço.
- Não... mas o monitor-chefe já deve ter, professora, eu preciso ir...
- Ah, Harry! – disse Minerva – Você não recebeu a carta, não? Você e a Srta. Granger são os novos monitores-chefes!
- Não! Bem... talvez tenha recebido, mas estava tão preocupado com a Hermione na época que não devo ter me dado conta...
- Bem... a senha é scourgify
- Certo!
Harry correu o mais que pode pelo castelo, tomando escadas diferentes para chegar mais cedo a porta da Grifinória do que Hermione, infelizmente, quando chegou ao quadro da mulher gorda, metade dos alunos já estavam ali dentro.
- Scourgify! – disse Harry ao quadro que lhe deu passagem.
No minuto em que Harry pisou os pés no salão comunal, Hermione o encarou, pois estava de frente para ele, mas depois disfarçou e continuou no seu papel de monitora para os alunos do primeiro ano.
- O dormitório masculino é a minha esquerda e o feminino, a minha direita!
Harry ficou ali, observando Hermione liderar os alunos com destreza.
Quando a sala estava quase vazia, Hermione fez menção em subir a escada para o dormitório feminino, mas Harry a segurou.
- Harry estou cansada! – disse Hermione, tentando escapar dele, novamente, mas Harry não deixou desta vez.
- Sente-se! – ordenou Harry, muito sério.
- Harry eu não quero me sentar , olha foi um dia exaustante e eu relamente estou cançada e...
Mas foi interrompida por ele...
Vc vai sentar aqui e pronto eu tenho que cuidar deste teu corte que está novamente sangrando....
Ela então coloca sua mão acima do superciliu e vê que realmete é verdade..
Hermione ainda tentou escapar, mas Harry parecia mais sério que de costume.
- Sente-se, Hermione, é uma ordem.
Hermione esfregou as pequenas mãos nervosamente e obedeceu ao amigo, sentando-se no sofá.
Harry não se sentou, apenas se apoiou no sofá com uma das mãos e com a outra afastou os cabelos da testa de Hermione.
- Você está sangrando, novamente! – disse Harry, preocupado. – E já que não quer ir a enfermaria EU MESMO vou cuidar de você!
Hermione se enterrou no sofá, tentando controlar a respiração. Harry conjurou uma caixa de primeiros-socorros habilmente e passou a tratar do seu ferimento com um chumaço de algodão.
- Precisamos conversar! – disse Harry, concentrando-se na ferida. – De uma vez por todas, nós precisamos conversar!
Hermione piscava os olhos e fincava as unhas na palma da mão, no sentido de controlar suas emoções. Era difícil, principalmente, com Harry tão próximo daquela forma, tocando suavemente em sua cabeça, vez ou outra, os dedos entravam em seus cabelos como se lhe fizessem uma carícia.
- Não imagina o quão preocupado eu estou com você! Aquele ataque misterioso na plataforma não me sai da cabeça. E posso apostar que deve ter alguma ligação com o ataque a sua casa!
Harry apoiou o joelho ao lado da perna de Hermione. Ela podia sentir o calor da perna dele, passando para a sua através dos tecidos dos robes. Harry se aproximou mais ainda, enquanto tratava o machucado. Estava tão perto que Hermione podia sentir o cheiro da colônia que ele usava invadindo suavemente suas narinas como se quisesse hipnotizá-la. Agora, Hermione ofegava, mais nervosa do que nunca.
- Harry, já está bom! – disse Hermione, desesperada para se livrar daquela aproximação de Harry.
- Ainda não! – respondeu ele, acariciando de leve sua têmpora. – Está vermelho, e está inchando. Está doendo muito?
- Não, respondeu Hermione, tentando controlar as batidas do coração. Achou que ele batia tão alto que seria possível Harry escutá-lo.
Harry parou de mexer no machucado, mas não saiu do lugar. Pelo contrário. Ficou ali, olhando para o rosto de Hermione. Ele percebia que ela estava nervosa, mas não sabia dizer porquê. Imaginava que ela deveria esconder alguma coisa dele. “Ah... Hermione... Se ao menos eu pudesse saber o que está nos seus pensamentos!”, pensava, Harry, acariciando os cabelos de Hermione.
Vez ou outra, Hermione olhava para ele, e piscava em seguida, como se tivesse medo dele. Harry nunca percebeu que Hermione tinha olhos tão bonitos. Eram castanhos e profundos. Eram tão bonitos que Harry tinha a impressão de poder mergulhar neles e absorver a alma de Hermione. Mione... Mione era sua amiga tão querida. Tão cara, que Harry não imaginava o que aconteceria a ele, se alguma coisa acontecesse com ela.
- Hermione, diga-me a verdade: o que aconteceu na sua casa, quando foi atacada? Por que não respondia minhas cartas? E porque está tentando me evitar dessa forma?
Harry percebeu quando os lábios de Hermione tremeram. Ela queria dizer alguma coisa, mas tinha medo. O que poderia ser?
- E-eu não sei, H-harry! N-não me lembro de nada do que aconteceu. Nem me lembro do rosto de quem me atacou. Não poderia lhe dizer quem era.
Harry ficou analisando o rosto de Hermione. Estaria ela dizendo a verdade? Gostaria de penetrar no pensamento dela e saber o que estava acontecendo. Gostaria de saber o que a perturbava tanto. Harry afastou uma mecha de cabelos castanhos do rosto de Hermione. A face de Hermione era tão macia e perfumada! E os lábios eram tão perfeitos que atraíam aos seus! “Meu Deus, o que estou pensando?”, dizia Harry a si mesmo quando percebeu mais uma coisa no rosto de Mione. No nariz, bem perto dos olhos castanhos, haviam pequenas sardas que davam um aspecto maroto ao rosto da sua amiga. Era tão hipnotizante aquela face delicada e, ao mesmo tempo, tão vivaz que Harry não podia desviar os olhos. Estava tão perto dela e se aproximava cada vez mais. Os lábios de ambos estavam tão próximos que poderiam, a qualquer momento, acariciarem-se.
- Harry... – sussurrou Hermione, mais nervosa do que nunca ao sentir que Harry se aproximava dela.
- EI... TEM ALGUÉM AÍ?
Harry levantou-se imediatamente ao ouvir a voz de Rony do outro lado do quadro da mulher gorda. Seu amigo havia ficado preso fora da sala comunal.
- Pode abrir! – ordenou Harry ao quatro que, imediatamente, obedeceu.
- Ai... ainda bem que você está aqui, Harry! Achei que teria que passar a noite fora! Ninguém me passou a senha!
Harry não prestou muita atenção em Rony e se virou, novamente, a fim de continuar a conversar com Hermione. Não se surpreendeu ao ver que não havia sinal dela na sala. No andar de cima, um robe negro sumia na esquina do corredor para o dormitório feminino.
- Está tudo bem, Harry? – perguntou Rony, colocando a mão sobre o ombro do amigo.
- Espero que sim, Rony! Espero que sim!
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