Um novo pesadelo...



Um novo pesadelo...


Semanas depois...


Os dias que se passaram até o dia de voltar para Hogwarts pareciam se arrastar enquanto Harry aguardava no Largo Grimmauld. Tudo estava calmo e, exceto pela figura de Rony que co-habitava a casa junto com Harry, tudo ficou na mesmice. A única reunião da Ordem foi no dia anterior, mas não falaram muitas coisas. Mais ataques espalhavam-se por toda a Inglaterra e quase todos os ministérios do mundo haviam enviado um esquadrão para ajudar o departamento de Aurores. Infelizmente, nem mesmo esses esquadrões, nem o Departamento e muito menos, a Ordem, conseguiram impedir os ataques e as mortes que colocava todo o mundo bruxo na maior crise depois da primeira ascensão de Voldemort.
Harry sabia que precisava estar mais presente na movimentação pelo lado do bem, mas sua preocupação com Hermione, impedia-o de pensar em qualquer outra coisa.
Quando a carta de Hogwarts enfim, chegou, Harry pensou suspirou aliviado.
Arrumou-se cedo e foi um dos primeiros a chegar na plataforma 91/2, esperando ansioso pela chegada de Hermione, mas ela não chegou. Reservou uma cabine para ele e os amigos. Hermione foi a ultima a chegar, mas não sentou ao lado dele. Ela limitou-se a sorrir timidamente e depois ficou contemplando a janela.
- Tudo bem, Hermione? – perguntou Harry, preocupado e irritado por causa do barulho que Rony, Gina, Longbottom, Luna e Creevey faziam.
- Sim, Harry! – respondeu ela.
- Tudo bem... na clinica... como foi a sua reabilitação? – perguntou Harry, querendo puxar assunto.
- Foi tudo bem! – respondeu ela, parecendo distante e voltando a admirar a paisagem que passava velozmente.
Harry ficou desapontado. Esperava que ela, depois de tanto tempo, faria a costumeira saudação com um grande abraço. Esperava que ela falaria mil coisas do tempo em que estivera na clinica, mas nada. Hermione não parecia ser a mesma pessoa. Pelo contrario, parecia indifirente a sua presença. Alguma coisa muito estranha estava acontecendo com ela e Harry precisava saber o porque.
O que Harry não sabia era que, apesar da aparente distancia, Hermione sofria por dentro. Gostaria de falar com ele, mas agora tudo era diferente. Seus sentimentos eram diferentes, seu olhar para ele era diferente.
Seu coração acelerava apenas em imaginar que ele estava perto dela. O melhor mesmo era focar sua atenção em outra coisa. La fora, o sol começava a se por, a escuridão se agigantava rapidamente, seus cílios pareciam cada vez mais pesados...

“Minha vinganca, ver sua dor, Harry”

Harry se encontrava na entrada do labirinto. Ela não sabia o porque, mas alguma coisa o atraia para aquele lugar, apesar do vento gélido que soprava cada vez mais forte, começando a envolver o lugar. Harry sentia seu coração apertado, uma angustia a lhe consumir a alma.
Mas ele entrou assim mesmo no labirinto. Quanto mais adentrava, mais sombrio e angustiante aquele lugar se tornava. A toda hora, Harry era assaltado com as lembranças do torneio que havia acabado com a morte de Cedrico no quarto ano. De repente, um terrível grito de dor e de agonia invadiu o lugar. Harry petrificou. Não sabia se aquilo era uma peça da sua mente, ou se realmente havia escutado aquele som aterrador. O pior de tudo era que aquele som parecia-se muito com a bela voz de Hermione: o convívio com ela durante os cinco últimos anos o qualificava para reconhecer sua voz mesmo que através de um grito. Mas não poderia ser ela, ele não queria, não podia acreditar, então, outro grito carregado de dor ecoou pelas paredes gigantescas do labirinto.
- HAAAAAAAA!
Agora Harry tinha certeza: era mesmo Hermione.
Assaltado pelo desespero, Harry começou a correr como louco por entre os arbustos que mais pareciam espinheiros mórbidos. Sua cicatriz pulsava terrivelmente, indicando-lhe o que ele mais temia. Sim, ele estava ali, em algum lugar daquele horrível labirinto e ele a tinha em seu domínio. Maldito! Ele a tinha e a estava torturando, Harry corria e gritava por ela e novamente outro grito:
- Haaahhhhhhhhh!
- HERMIONE! – Harry estava a beira do desespero, perguntando-se o que ela fazia ali. Hermione... eu preciso acha-la. Ela esta sendo torturada, eu tenho que acha-la.
Mas não conseguia achar o maldito fim daquele lugar e os gritos dela lhe rasgando a alma. Então, ouviu um ultimo e mais agudo grito de horror, misturado com uma dor horrível rasgou o ar.
-AAAAAHHHHHHHHHHHHHH!
O vendo gélido se fez mais forte fazendo a poeira do chão ser erguida e fazendo Harry perder a visão por certo tempo e assim, dificultando ainda mais sua corrida alucinante para chegar ate Hermione. Após o ultimo grito, Harry sentiu seu coração parar por um instante, sua alma se consumir numa terrível dor.
- Não pode ser ela, meu Deus... não... HERMIONE! HERMIONE! – Harry começa a gritar com desespero em meio a um silencio terrível e mórbido o qual se fazia presente por toda a parte, so que logo fora quebrado por uma voz gélida, mórbida e cruel...
- ELA ‘E MINHA, MINHA VINGANCA ESTA FEITA, SUA DOR E MINHA VITORIA. HAHAHAHA!
- Hermioneeee!
Finalmente Harry chega ao lugar e seus olhos testemunham a cena mais terrível para ele em um ponto próximo a uma estatua, a mesma em que ele já estivera preso no quinto ano, estava ela, Hermione, muito ferida, sem vida, em seu semblante a expressão da dor.
- Ela e a minha vingança. Minha....hahahahah!

- NÃOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO!

Harry gritou com toda a forca que tinha nos pulmões quando sentiu alguém sacolejá-lo.
- Harry! Tudo bem, você estava tendo um sonho! – ela Gina, com semblante preocupado.
Harry ajeitou-se na poltrona. Assustado, viu que ainda estava no trem, enquanto a maioria dos alunos já descia na plataforma de Hogsmeade. Virando assustado para o assento de Hermione, Harry viu que estava vazio.
- Hermione... cadê Hermione! – disse ele, preocupado, percebendo que estava encharcado de suor!
- Hermione saiu um pouco antes! Disse que queria encontrar um medi-bruxo que deveria estar a borbo... disse que nos encontraria depois.
- Mas eu preciso vê-la agora...
- AHHHHHHHH! – um grito chamou a atenção de Harry e de todos na cabine.
Por um segundo, Harry sentiu um estranho aperto no coração, como se seu sonho tivesse se transformado em realidade.
- O que diabos foi isso? – disse ele, olhando pela janela.
La fora, os alunos se agitavam em desespero. Quando os primeiros raios começaram a iluminar a escuridão, Harry se deu conta:
- Um ataque dos comensais!


Conti.....

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