A Ida Para a Clinica.



A Ida Para a Clinica.


Harry foi cedo para a cama naquele dia, esperou que escurecesse, esperou que Rony viesse dormir e quando escutou os primeiros roncos do amigo, Harry resolveu sair do seu quarto e se esgueirou silenciosamente ate o quarto de Hermione. Ela dormia tranqüila, com um semblante bem diferente de como estava de manha. Jurando ficar apenas alguns minutos, Harry deitou-se ao lado de Hermione que, automaticamente, repousou sua cabeça em seu ombro. Acariciando os cabelos sedosos da querida amiga, as pálpebras começaram lentamente a se fechar...

Harry acordou no outro dia, com o sol batendo sobre sua face. Ele mexeu-se suavemente para não acordar Hermione que dormia em seus braços e quando pensou em se levantar, ficou paralizado. Não estava mais só no quarto. Rony o observava com uma expressão indecifrável no rosto.
- Rony! – disse Harry, meio sem jeito, e saiu da cama, cobrindo Hermione com cuidado. – Bom dia!
- Bom dia! – respondeu Rony num tom sombrio. – Mamãe mandou te chamar para tomar café!
Depois disso, Rony virou-se e saiu do quarto.
Harry imaginou se Rony ficara chateado por ter apanhado ele na cama, com Hermione, mas se ficara, ficara inutilmente, já que nada havia acontecido entre os dois.

Harry foi até o seu quarto, que dividia com Rony, tomou um banho, trocou de roupa e depois desceu para a cozinha, onde a sra. Weasley, o sr. Weasley, Tonks e Lupin já comiam.
Harry estranhou quando viu uma cicatriz feia no rosto de Lupin, mas achou melhor não comentar nada. Não era tempo de lua cheia, mas com certeza Lupin deveria ter enfrentado algum lobo.
- Harry! Como está Hermione? – perguntou a sra. Weasley, parecendo um pouco cansada – Sinto muito por ter deixado vocês sozinhos ontem à noite, mas foi preciso, querido. O St. Mungus está num verdadeiro caos. Depois do café, acho que vou voltar para lá.
- Hermione está bem agora! – respondeu Harry, sentando-se para apreciar as torradas com manteiga que Molly havia preparado. – Mas não esteve muito bem durante a noite. Ela teve febre, delirou e teve hemorragia. Por um momento fiquei muito preoc...
- OLÁ!
A presença repentina do medi-bruxo, saindo pela lareira envolto numa fumaça esverdeada, impediu Harry de prosseguir.
- Oh! Olá.. doutor Stavlos! Que bom que veio! – disse a sra. Weasley animada. Harry ficou surpreso, não esperava pela presença dele ali. – O senhor já tomou café?
- Sim, Molly, já tomei! – disse o jovem medi-bruxo. E olhando para Harry, balançou a cabeça – Potter!
O medi-bruxo virou-se para a escada e começou a subir os degraus. Acometido de uma irritação estranha e desconfortável de desconfiança, Harry pensou em subir atrás de Stavlos, mas o sr. Weasley segurou seu braço.
- Harry... eu preciso de sua ajuda em uma missão.
- Agora? – disse Harry, olhando para cima, querendo desvencilhar-se de Arthur Weasley, mas ele não o deixava ir.
- É um caso de vida ou morte, Harry! – disse o sr. Weasley, parecendo lívido.
Mesmo não querendo deixar Hermione com o medi-bruxo que lhe pareceu muito metido, Harry concordou em acompanhar o sr. Weasley.



- Bom dia, srta. Granger! – disse Bruce Stavlos, quando Hermione abriu os olhos.
Hermione fez força para sentar sobre a cama, mas não tinha forças.
- Harry... – sussurrou ela, esperando encontrar Harry ali do lado dela.
- Harry teve uma coisa para fazer, Srta. Granger... Mas não vamos nos importar com ele agora. Eu trouxe uma chave de portal. Vou transportar a srta. Para um lugar bem melhor...

- Então essa é a questão de vida e morte? – Harry perguntou, irritado, olhando para o Sr. Weasley que não sabia onde enfiar a cara.
- Harry... é que...
- Hermione doente... precisando de minha ajuda... de minha companhia e você trouxe aqui para preencher um formulário? – Harry disse, alteando a voz... – Não posso perder mais nenhum minuto aqui!
E dizendo isso, Harry entrou pela chaminé, saindo na TOCA depois de uns breves segundos.
- Er... Harry... tão cedo... ! – disse a sra. Weasley, olhando estranhamente para cima. – Achei que tinha uma missão no ministério?
- Sim... uma grande missão: preencher um formulário!
Harry sabia que havia alguma coisa errada. Viu nos olhos da Sra. Weasley que eles estavam armando alguma coisa e, preocupado por não ter seguido o dr. Stavlos desde o início como deveria, correu para subir a escada.
- Harry! Espere! – disse o Sr. Weasley que correu para segurá-lo. – Nós precisamos levar Hermione daqui e sabíamos que você não concordaria.
- O que? – Harry disse, sentindo uma pontada no coração. Com um empurrão, Harry se livrou do sr. Weasley e subiu as escadas num instante. Quanto tempo levou indo até o Ministério: menos de cinco minutos... Stavlos não poderia ser tão rápido com Hermione... ela estava debilitada... ela precisava da sua ajuda...
- Hermione.... – Harry gritou, escancarando a porta. Molly, Lupin e Arthur, chegaram em seguida. Todos para contemplar o vazio no quarto: as colchas que acolheram Harry e Hermione na noite anterior jaziam sem vida sobre o chão.
- Onde ela está? – Harry disse, semicerrando os dentes. Nunca sentira raiva dos Weasleys como naquele momento.
- Ela está em St. Mungus, querido! – disse a Sra. Weasley, percebendo a angustia de Harry. Ela precisa de reabilitação, Harry... ou poderá ficar com seqüelas para o resto da vida.
- Eu vou atrás dela... ninguém vai me impedir...
- Stavlos vai, Harry! – disse o Sr. Weasley. – Bruce Stavlos é o medico mais bem pago de St. Mungus. Ele concordou em cuidar de Hermione, o que é uma grande honra para ela, mas fez algumas condições. Ela terá que ficar numa ala de segurança máxima até o início das aulas, quando deverá ganhar alta, Harry. Até lá... ninguém... nem mesmo Harry Potter, Stavlos falou, poderá vê-la.

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