O Resgate
O Resgate
Todos que estavam na Ordem da Fênix, estavam aflitos com o paradeiro de Hermione, mas não havia ninguém mais preocupado que Harry, que sentia seu coração afundando num precipício sem fim, pois o que mais temia fora confirmado: seu sonho com Hermione provara ser real e ela fora atacada!
Harry andava de um lado para outro sentindo seu coração pulsar cada vez mais e mais. Como ele queria ter ido à busca! Como ele queria estar lá para ajudá-la, para salvá-la e confortá-la, mas o Sr. Weasley não permitiu que fosse e por mais que Rony e Gina tentassem acalma-lo, mesmo estando aflitos também, nada conseguia tranqüiliza-lo naquela hora.
- Porque isso foi acontecer, eu nunca vou me perdoar ,nunca – Harry falou passando a mão pelos cabelos revoltos.
- Harry não foi sua culpa... – Gina disse, calmamente, tentando fazer Harry se sentar. - Você sabe que estamos em tempo de guerra e que todos corremos perigos ...
- Mas vocês mais que todos! – Harry gritou, interrompendo a garota - Por minha causa vocês são um alvo, e um alvo fácil para Voldemort porque ele quer me atingir e esse maldito sabe que vocês são muito importantes para mim.
- Olha cara o que houve com a Mione foi uma infeliz conseqüência da guerra - Rony falou calmamente, embora tivesse os olhos vermelhos - e se você sabe que Voldemort é um louco e você não tem culpa, ok? Ela vai ficar legal, Harry, eles vão achá-la e...
- VAI FICAR LEGAL? ELA FOI ATACADA, RONY, ELA ESTÁ PERDIDA, FERIDA E MESMO PODE TER SIDO MORTA E TUDO POR SER MINHA AMIGA ,COMO VOCÊ DIZ QUE ELA VAI FICAR LEGAL...
Harry parecia, enfim, ter perdido as estribeiras e falava aos berros.
- Harry, acalme-se, não adianta ficar assim, agora já aconteceu – Gina falou, tentando puxar Harry e fazê-lo sentar. - Tenho que esperar, eu sei que Hermione não está morta, eu sinto isso e que vai achá-la logo.
- Como logo Gina – fala Harry, desabando no sofá, ao lado da amiga - Eles estão demorando e cada segundo é importante.
Harry mal falava quando um barulho se fez ecoar na sala. Era achegada do pessoal da Ordem juntamente com o Sr. Weasley.
Harry não esperou duas vezes e correu para lá, seguido por Gina e Rony, assim como a Sra. Weasley que foi ao encontro do marido.
- Arthur, querido, vocês a encontraram? – A Sra. Weasley perguntou, mas temia a resposta.
- Sim, Molly! – O Sr. Weasley respondeu, desanimado e abriu as duas abas da porta de entrada. E foi então que Harry viu!
Logo atrás, uma maca vinha flutuando e sobre ela à figura pálida e visivelmente ferida de uma garota. Hermione tinha as vestes sujas de lama e sangue e em sua cabeça havia uma atadura, igualmente suja.
- Hermione! – Harry gritou e segurou a mão de Hermione que caia da maca. Ele segurou o rosto da amiga e virou-o, com cuidado. No lado esquerdo havia um hematoma e seus braços tinham muitas escoriações, assim como os pés.
A Sra. Weasley levou imediatamente as mãos à boca numa expressão de horror, assim como Gina e Rony. Harry ficou em choque, e largou a mão de Hermione, quando Tonks, Lupin e um homem estranho entraram e começaram a subir as escadas com a maca.
Harry ficou apavorado, mas mesmo assim, não conseguia se mover. Sentia seu coração rasgar-se de dor por ver Hermione daquele jeito. Era um sentimento de pura agonia em pensar que ela estava sofrendo.
A Sra. Weasley levou imediatamente as mãos a boca numa expressão de horror, assim como Gina e Rone.
- Meu Deus, Arthur! – A Sra. Weasley começou a chorar, abraçando o marido.
_ Calma Molly ela está viva, mas está muito ferida nos a encontramos caída pelo que a constatamos ela fora estuporada e escorga-ra numa ribanceira, mas o médio Buxo que nos acompanhou já a examinou ela não teve fratura no corpo, mas está com um corte muito feio na testa. Ela está inconsciente Molly – disse o Sr. Weasley e olhou para Harry com pesar – É possível que ela tenha sofrido um traumatismo.
Harry virou-se e fez menção em subir as escadas correndo, mas a Sra. Weasley o impediu, agarrando o garoto pelo braço.
- Harry, não... Agora não. Deixe-a descansar...
- Eu preciso ficar com ela... – disse Harry, lutando para se libertar dos braços da Sra. Weasley.
Agora Rony e Gina ajudaram a segurá-lo, enquanto Harry debatia-se cada vez mais. Por fim, a dor de ver Hermione naquele estado e o estranho sentimento que brotou em seu coração tiraram-lhe as forças e ele deixou-se cair sentado no chão, sem poder falar. Seus lábios tremiam e só as lágrimas falavam por ele...
- Fique calmo, Harry... Vai dar tudo certo... Tenho certeza que ela ficará bem... Tem que ficar... – disse a Sra. Weasley, calmamente, embora seu rosto tivesse tantas lágrimas quando o de Harry.
Harry sabia o que era a dor. Perdera seus pais quando criança e vivera anos de trevas sob os cuidados dos Dursleys. Teve que ver Cédrico ser morto na sua frente, sem poder fazer nada e perdeu seu padrinho, num dos piores choques que já enfrentara... Mas nada... Absolutamente nada se comparava com a dor que estava sentindo. Hermione era importante para ele. Talvez mais do que imaginou que poderia ser. Ela era... A sua alma e sua vida. E saber que sua vida estava sofrendo o magoava por demais. Saber que ela fora atacada daquela maneira mordaz por alguém que só podia estar a mando de Voldemort mexera muito com ele.
Duas horas depois que Hermione havia chegado à Ordem, Harry ainda se encontrava sentado do chão, apoiado na parede, totalmente em estado de choque e completamente abatido.
Rony fez uma piada sobre Harry estar pior do que Hermione naquela hora, mas ele nem sequer escutou. Gina tentou faze-lo levantar-se e depois tentou lhe dar algo para beber, mas Harry simplesmente virou o rosto. Preferiu contemplar as fagulhas provindas das brasas na lareira a pensar em perder Hermione.
Ao ver o estado lastimável que Harry estava a Sra. Weasley subiu as escadas e retornou em seguida, aproximando-se do garoto.
- Harry... Acho que agora você já pode vê-la!
Era só o que Harry queria, mas, apesar de seu rosto se iluminar apenas em pensar que poderia vê-la, poderia tocá-la, ele hesitou.
- Ela... Ela está... Bem? – Escutou sua voz saindo trêmula.
- Para falar a verdade, querido, ela não está muito bem... Ainda está inconsciente. Mas eu pensei melhor e acho que você gosta tanto dela e ela gosta tanto de você... Que talvez a sua presença seja bom para ela... Neste momento. Mas prometa que não vai tentar movê-la, nem vai tentar acordá-la, está bem?
Harry confirmou, balançando a cabeça e levantou-se com a ajuda de Rony e Gina que ficaram observando ele subir as escadas na companhia da Sra. Weasley. Ele seguiu por um corredor e parou na frente da porta em que estavam Tonks e Lupin.
- Ela está com o mede-bruxo! – Tonks disse assuar o nariz. – Pobrezinha!
A Sra. Weasley abriu a porta e a fechou, quando Harry entrou.
Ele ficou parado por alguns segundo, apenas observando Hermione adormecida. Ela parecia mais tranqüila agora. Eles haviam trocado seu vestido por uma camisola fina e ela estava coberta até a altura dos seios. Na cabeça, uma nova atadura já estava manchada de sangue, o que confirmava que ela tinha hemorragia, e seu rosto tinha agora, uma bandagem cobrindo a ferida.
Ele aproximou-se pelo lado direito, pois no lado esquerdo estava o estranho homem que Harry pensava ser o mede-bruxo. Ele a examinava com um estranho objeto que lembrava um estetoscópio, apesar de emitir uma pequena luz azulada e acariciava a testa de Hermione.
- Como ela está? – Harry perguntou, sentando-se sobre uma cadeira ao lado da cama e segurando a mão de Hermione.
- Melhor! – respondeu o médico, simplesmente, sem nem olhar para Harry. – Você é Harry Potter, não é? Você já era famoso antes mesmo de entrar em Hogwarts, mas a fama de sua amiga aqui, já alcançou St. Mungus. Todos nós sabemos que a melhor amiga de Harry Potter é muito inteligente e muito talentosa.
Harry tentou sorrir e acariciou a mão de Hermione. Ela ficaria orgulhosa com o elogio se estivesse consciente.
- Ela é a minha família, agora. – Harry disse, sentindo as lágrimas brotarem de novo em seu rosto. – A coisa mais preciosa que possuo.
- Entendo! – disse o mede-bruxo e guardou o objeto numa pequena maleta. – Se ela fosse minha amiga, também me seria muito querida. Mesmo agora, sinto-me encantado pela sua singeleza...
Harry sentiu uma pontada de ciúme apossar-se dele e olhou irritado para o mede-bruxo.
- Ela vai ficar bem, doutor... Ou devo chamá-lo de outra coisa?
- Ela vai ficar bem... Vai se recuperar, Harry. Se é que posso chamá-lo de Harry... – disse o médico, ceticamente, devolvendo-lhe a irritação. – Mas precisará cuidar muito bem de sua amiga neste ano. Ela pode ter algumas seqüelas. Precisa descansar relaxar... Quando estiver completamente recuperada, mesmo assim, terá que ser acompanhada. Mas creio que você fará isso, não?
- Pode ter certeza disso... Não vou deixar que isto aconteça novamente. – Harry disse e passou alguns dedos pelo rosto de Hermione. – Jamais deixarei que alguém a machuque novamente.
- Sim, eu cuidaria muito bem dela. – disse o médico. – Ela está se transformando numa bela mulher agora. Pode atrair muitas pessoas que queiram usá-la para chegar até você, Harry Potter.
Harry olhou para o mede-bruxo com desconfiança. Ele parecia saber muito bem o que acontecia no mundo bruxo. Sabia que Hermione era um alvo, mas não era o alvo principal.
- Qual é o seu nome, doutor? – Harry perguntou.
O mede-bruxo sorriu e olhou para Hermione de uma maneira muito desconfortável na opinião de Harry que se sentia cada vez mais acometido de ciúmes.
- Bruce Stavlos. Meu pai é Augustos Stavlos... Está morto, mas foi um grande auror em seu tempo. Lutou ao lado de Alastor Moody...
- Mas você é um mede-bruxo. E não sabe nada do que acontece por aqui. – Harry disse, com impaciência. – Mas espero que não revele o segredo da Ordem. Ou juro por Deus que o destruirei como farei com quem quer que tenha feito isso com Hermione, mesmo que o próprio VOLDEMORT MALDITO tenha feito isso!
- É corajoso, Harry Potter, por falar o nome DAQUELE-QUE-NÃO-DEVE-SER-NOMEADO. E seu amor por Hermione Granger é grande. É por isso que sei que você derrotará o Lord das Trevas quando chegar à hora. Mas antes, Harry Potter, tenha paciência. Nem sempre as guerras se vencem com a força... Às vezes, as guerras se vencem com estratégia e lógica. Sua amiga sabe disso, espero que o saiba também. – disse o médico, com um sorrisinho irritante na boca.
- Como sabe que Hermione é boa em lógica... Como s...?
- Já não lhe disse que a fama de sua amiga alcançou St. Mungus? – respondeu o médico, calmamente. – Eu sou da confiança de Dumbledore, Harry Potter. Pare de desconfiar de mim, apenas porque me senti atraído por sua amiga. Sei que jamais teria chance com ela. Ela só tem olhos para você... Infelizmente.
Bruce fechou a mala e saiu do quarto pisando fundo e batendo a porta quando saiu.
- Harry Potter é muito ciumento! – Harry escutou o mede-bruxo falar para alguém do outro lado da porta, mas não ligou e virou-se para Hermione.
“Ciumento?” - uma vozinha, que lembrava muito a de Hermione, falou em sua cabeça, mas ele a abafou e olhou novamente para sua amiga, segurando sua mão.
- Eu não sei se você pode me escutar, Hermione, mas saiba que eu estou aqui, e juro que não sairei daqui sem ver seus olhos se abrirem, querida. Juro que nunca mais deixarei que alguém te machuque. Você vai ficar bem... Eu vou cuidar de você...
Por um momento, Harry teve a impressão de que Hermione sorria. E mais confiante, deitou a cabeça sobre a cama, enquanto acariciava os cabelos da garota, fazendo cachinhos com a ponta dos dedos.
- Você é muito importante para mim, Hermione. Muito mais do que jamais pensei...
Harry permaneceu ao lado dela com sua mente a mil várias coisas vinham a sua cabeça não entendia do pq. Mione estava só em casa do pr ela não viera para toca assim que seusa, pois saíram.
Ela que sempre fora cuidadosa e sempre preocupada com a segurança ficou sosinha em casa sabendo que agora ela tb, corriar perigo.
Mas tais respostas só seriam respondidas quando Hermione acordasse...
Conti.....
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