UMA FOLGA E UM PROBLEMA
Enquanto Troy foi deslocado para Nova Iorque e Stoneheart para Londres, ambos para investigar o caso da pedra e de Draco, Harry recebeu uma folga merecida, afinal ele não via Willy há mais de duas semanas e nesse meio tempo Troy e Stoneheart já tinham recebido suas folgas. Ele aparatou com motocachorro em Hogsmeade ao anoitecer de uma Sexta feira, teria que voltar a Londres num Domingo.
Willy tinha passado a gostar de ficar ali, estava pensando em pedir a ele que ficassem definitivamente no povoado, só se mudando quando realmente ele tivesse que ficar um tempo muito longo fora. Ela recebera da professora McGonnagal uma sala para pesquisar em Hogwarts, e matava as saudades da sua escola favorita todos os dias de oito às seis da tarde, ir para um trabalho em vez de ficar trancada trabalhando em casa a estimulava muito. Ela já o esperava, tendo tirado a paisagem conjurada da janela para vê-lo chegando. Viu rindo ele lutando para enfiar a moto dentro da garagem, desta vez levando a melhor. Ele entrou pela porta da garagem sorrindo e os dois se abraçaram.
‒ Então? Sentiu minha falta?
‒ Desde que você saiu... – ela fez uma cara de criança – como foi?
Ele contou sua ida a Paris, omitindo o encontro com Dumbledore, e a estranha visita a Père Lachaise e o encontro com o fantasma de Griphus Malfoy. Ela suspirou:
‒ Minha família não tem breviário... quer dizer, a família de minha mãe tem, mas a de meu pai... minha avó disse que éramos uma longa linhagem de bastardos.
Mais uma vez Harry se viu no dilema entre contar a Willy sua origem e dizer a ela que ela era descendente de Slytherin e neta de Voldemort... não tinha realmente o direito de omitir isso dela naquele momento... passou a mão nos longos cabelos dela e disse:
‒ Você gostaria realmente de saber mais sobre sua família? – ela acenou a cabeça, pensativa, estava começando a escurecer. – Willy, encontrei Dumbledore em Paris... eu estava num dilema e ele me ajudou, uma vez ele disse que a verdade é sempre melhor. Tem umas coisas que eu descobri que acho que você deveria saber. – ele levantou-se e foi até onde ele guardara sob feitiço as fotos que achara na caixa de fundo falso, e voltando, mostrou-as a ela, examinando seu rosto para tentar descobrir o que pensava. Ela franziu a testa e olhou para ele, boquiaberta.
‒ Harry... esse é...? – Harry balançou a cabeça em assentimento. Ela começou a respirar forte e rápido como um bichinho
‒ Então... ele esteve esses anos todos lá em casa, com minha avó... Harry, ele é meu avô? Eu sou neta de Voldemort? Ele que era o pai de meu pai?
‒ Exatamente... eu te contei porque acho que você tem o direito de saber.
‒ Mas ele é seu inimigo! – ela afastou-se dele – Harry... será que ?
‒ Isso sem dúvida não importa. Não foi com ele que eu me casei, foi com a neta dele. E seu pai nada tinha a ver com o pai dele. E você tem ainda o sangue de sua mãe... não vê, Willy? Nada disso mais importa.
‒ Importa se ele voltar... parece que tudo conspira para juntar o destino de vocês dois!
‒ Talvez conspire – Harry disse calmamente – eu tenho uma história para te contar.
Ele repetiu para ela a história dos fundadores de Hogwarts e da profecia de Rowena Ravenclaw, feita bem antes de Slytherin se tornar um mago das trevas... e de como era irônico que afinal de contas, ele, o último Griffindor acabasse casado com ela, a última Slytherin. Ela então sorriu.
‒ Mil anos para cumprir uma profecia...
‒ Por mim, nem mais um minuto – ele a abraçou e eles se beijaram longamente, rolando despreocupados pelo tapete da sala, que tinha muitos centímetros de espessura. Começou a cair um intenso temporal lá fora e esfriou um pouco, mas quem ligava? Harry apontou a varinha para a lareira e disse: ‒ incendio! – e chamas alegres apareceram nela, estalando alto de vez em quando. Ele fez um gesto com a varinha e disse “Accio”, pensando numa garrafa de vinho toda especial que ele guardara na adega e esta tinha acabado de chegar às suas mãos quando a lareira começou a dar uma série de estalos que ele conhecia bem. Ele fez uma cara aborrecida e disse:
‒ Quer ver como é algum problema? O que é, Stoneheart? – a cabeça de Angus Stoneheart apareceu no meio das chamas e ele estava sério como sempre.
‒ Malfoy desapareceu.
‒ O quê?
‒ Sumiu. A mulher dele não sabe onde ele foi, Adams não o achou, ele não está em Londres, nem em Nova Iorque... em lugar algum.
‒ Essa não... já experimentaram França e Portugal? A Família Malfoy tem vinhedos nos dois países.
‒ Negativo, ele não está em nenhuma das propriedades deles. Disse à mulher que vinha no Metrô mundial para Londres passar um dia e desapareceu. Sabe o que é mais estranho? Ele estava licenciado, não estava a serviço do ministério. Mas disse à mulher que iria visitar o ministério Londrino para descobrir o que havia acontecido.
‒ Isso é muito estranho. O que eu devo fazer, quais as instruções?
‒ Não vamos tirá-lo daí hoje – Stoneheart deu uma olhada significativa para a garrafa nas mãos dele, que corou ligeiramente – Mr. Sandman mandou isso para você – uma carta flutuou da lareira até Harry, que a pegou – as instruções estão aí. – Sinto muito, Srª Potter – Willy fez um gesto resignado – vamos ver se descobrimos o que aconteceu com ele. Até amanhã, Potter
‒ Até amanhã, Stoneheart – ele disse e viu a lareira estalar e o rosto do bruxo desaparecer. – Droga.
‒ Pelo menos temos uma noite juntos
‒ É... – disse ele, usando a varinha para desarrolhar o vinho – onde será que Draco se enfiou? – disse, mais para si mesmo que para ela.
Ele não calculava como Draco estava perto deles.
A menos de cinco quilômetros de Hogsmeade, o Camaleão torturava Tom Riddle. O velho bruxo estava imobilizado, amarrado numa pedra no salão principal do castelo que ele comprara... era divertido torturar o velho Voldemort... mestre das trevas, pois sim... ele era o novo mestre das trevas, quando descobrisse os três desarmes necessário para quebrar os três feitiços que libertavam o sombrio, dos sete conjurados, ele sabia os quatro primeiros... quando soubesse os três ultimos, ele se livraria para sempre daquele estorvo. Mas antes, tinha que quebrar o maldito feitiço de memória, e tentava fazer isso despertando no bruxo o ódio, e começava a conseguir seu intento, ele ainda não lembrava quem era, mas o ódio já tinha superado algumas barreiras, e o bruxo já lembrava do antigo poder.
‒ Crucio – Riddle berrou de dor – então... é bom sentir dor, Voldemort? Você não é mais Voldemort, não é mesmo? Perdeu seus poderes... que tal a dor?
‒ Quando eu me libertar daqui vou te matar com as minhas mãos... eu não vou precisar de poder nenhum, maldito...
‒ Isso... maldito, maldição, maldade... reencontre sua verdadeira essência, meu lord, traga ela para mim... eu quero ver você ressurgir com o mesmo ódio, mas a meu serviço.
‒ Eu jamais servirei a você, patife!
‒ Servirá, como servirá... quando você se lembrar quem é, vai servir a mim, mesmo contra sua vontade. Eu preciso do que está aí dentro, eu preciso recuperar sua memória para libertar o sombrio... depois darei a você o mesmo que você deu àqueles que você descartou.
Voldemort perdeu a consciência, a dor fora demais. Era tarde da noite, ele precisava dormir. Da masmorra do castelo ele ouvia o grito de seus cativos... aqueles que usaria para libertar o sombrio. Tossiu brevemente. Ele sabia que não estava bem... mas em breve ficaria, em breve ficaria muito bem.
Choviam gotas finas pela manhã, quando Harry se despediu de Willy em Hogsmeade. Eles se beijaram longamente e ele disse:
‒ Ah, vou te levar até Hogwarts, depois eu desaparato até Londres... meia horinha de atraso não vai fazer diferença. – vou pegar a moto.
‒ Harry, eu queria ficar aqui para sempre – ela disse, quando a moto embicou em direção a Hogwarts – eu gosto de fazer pesquisa em Hogwarts, talvez eles queiram que eu chefie uma nova Organização baseada aqui... o que você acha?
‒ Eu? Eu adoro Hogsmeade, adoro Hogwarts. Depende apenas da gente se adaptar... você sabe, eu tenho que viajar, cada hora num lugar. Mas a gente dá um jeito, Willhemina Fischer Potter...
‒ Eu já te disse que Fischer Potter é horrível. Diga só Potter
‒ Tá bem, “Só Potter” – Chegamos, Hogwarts. Olá Hagrid – ele acenou para o ex-guarda caça, que atravessava o jardim com seu imenso guarda chuva aberto – Mande lembranças a Sirius e Sheeba... – ele deu um breve beijo nela – quando eu voltar, a gente pensa no nosso futuro. E no primeiro Slytherin-Griffndor.
‒ Bobo! – ela sorriu para ele, que virou a moto e correu pela alameda até os portões, que se abriram magicamente para a moto passar, pouco além, ela desaparatou. Ela subiu as escadas rindo, sem saber que o primeiro Slytherin-Griffndor já estava a caminho...
Hora do almoço, num pequeno café inglês. Harry entrou e procurou algum indício de Mr. Sandman, mas quem ele viu foi Angus Stoneheart, disfarçado como trouxa, sentado a um canto, com seu casaco camuflado de sempre.
‒ Então... o que está acontecendo afinal? Parece que temos uma histeria
‒ Histeria é pouco, Potter... depois do Malfoy, mais alguns bruxos desapareceram... isso lembra muito outros tempos difíceis, acho que você sabe a que me refiro
‒ Sei, sei (ele evitou falar o nome de Voldemort... ridículo que depois de derrotado há tanto tempo ele ainda provocasse medo) ‒ E o que vamos fazer?
‒ Bem, eu vou prosseguir investigando os desaparecimentos, você tem uma missão essa noite com Sandman, e por mais algumas noites.
‒ Qual missão
‒ Está nesta carta... – ele passou um pequeno bilhete a Harry ‒ Enquanto eu e Adams nos concentramos na busca aos desaparecidos, vocês dois vão proteger a coroa que imaginamos que interesse ao Camaleão. Essa noite vocês vão transportá-la para um lugar seguro. Ela é parte da tríade do poder. Agora que ele sabemos que ele tem a pedra de limoges, é o único item que falta à sua listinha. Leia as instruções. Te vejo quando for necessário.
Ele saiu e Harry abriu a carta, quando viu a música de contato e o endereço do ponto de encontro daquela noite, teve um mal pressentimento.
Bem mais tarde, ele entrou numa boate muito movimentada, onde trouxas cantavam e dançavam e dirigiu-se ao bar. Fazia uma zoeira ensurdecedora. Ele pensou se daria para Mr. Sandman escutar alguma coisa no meio daquela balbúrdia, mas já o conhecia o suficiente para não duvidar de sua capacidade de ser doido, Tomou coragem e começou a cantar:
‒ At first I was afraid, I was petrified Kept thinkin' I could never live without you by my side ...
‒ ...But then I spent so many nights thinking how you did me wrong . And I grew strong and I learned how to get along ‒ uma voz esganiçada e extremamente espalhafatosa respondeu bem atrás dele, que virou-se como se um balde de água fria tivesse sido jogado sobre suas costas.
‒ Eu – odeio – quando – você – faz – isso!!! – Mr. Sandman surgira imediatamente atrás dele transfigurado numa espalhafatosa drag queen, que ele já conhecia muitíssimo bem – porque essa sua cisma com essa coisa de se vestir de “Iguana”?
‒ Ah, Vassoura, desencana – disse ele, com trejeitos realmente de fazer qualquer um se encolher debaixo da cadeira – é só uma forma de passar incógnito...
‒ Incógnito? Tem certeza? Vestido desse jeito?
‒ Mas realmente temos algo sério a fazer – ele disse – Siga-me – e dissera isso num tom que fazia sua caracterização totalmente estranha. – Harry o seguiu até o banheiro, com um pressentimento de que o pior ainda viria.
Eles entraram no banheiro e Mr. Sandman jogou um feitiço para espantar qualquer um que tentasse entrar ali. Ele virou-se para Harry e disse:
‒ Muito bem... esse é o modelo, ok?
‒ Como assim? – Harry perguntou pensando se ele estava insinuando o que imaginava.
‒ Esse, Drag... sua transfiguração.
‒ O QUÊ?? EU NÃO VOU ME TRANSFIGURAR...assim, mas sem chance!
‒ É necessário!
‒ Mas de jeito nenhum! O que você pensa que eu sou?
‒ Um Auror, dos que trabalham transfigurados, e meu subordinado, lembra?
‒ Pra você é fácil! Você muda a cara, o corpo, o que você quiser, eu no máximo mudo cabelo e a cor dos olhos e da pele... e se alguém me reconhecer?? Como eu fico?
‒ Se é esse o problema, eu te transfiguro.
‒ Não!
‒ É necessário!
‒ Prove!
‒ Muito bem, eu provo: Nós vamos transportar a coroa Amadin, que junto com a cruz Gamadin e o cetro Amalin forma a tríade do poder, certo?
‒ Certo.
‒ Bem, esta coroa, embora seja um objeto mágico, estava sob a posse de um trouxa.
‒ Continuo não entendendo a necessidade de virar travesti por causa disso.
‒ Calma, escute. Esse trouxa é, como diria, um tanto “élfico” e muito rico, extravagante, excêntrico.
‒ Sim.
‒ Ele tem uma dessas casa noturnas voltadas para este público... como os trouxas chamam os “élficos”?
‒ Gays.
‒ Isso. A coroa adorna um enfeite na boate que esse sujeito tem, mas o ministério a comprou dele, explicando apenas que é um objeto de interesse artístico, e pagou bem caro por sinal, mas pediram para fingir que ainda estava com a coroa. Ele pediu para que nós buscássemos essa noite, e vamos trocá-la por uma réplica. Imagine dois sujeitos de capa no meio de dezenas de élficos... gays. Íamos chamar muita atenção. Mas, se você preferir, pode ir assim mesmo, de braço dado comigo – Mr. Sandman deu um sorriso diabólico e Harry disse:
‒ Ok, pode me transfigurar. Mas eu quero ficar completamente irreconhecível!
O bruxo apontou sua varinha para Harry, que fechou os olhos. Quando os abriu e olhou no espelho, o choque foi inevitável.
Rosa. Ele estava todo de cor de rosa choque. Incluindo-se aí os olhos e os cabelos, que haviam mudado para um corte “chanel” e estavam lisos e escorridos. Seu rosto também estava diferente, o nariz se alongara e a boca estava maior, pintada com batom purpurinado rosa. E além disso tudo ele ainda estava de óculos, só que óculos de gatinho!!! Com pedrinhas cor de rosa a toda volta. Ele se sentiu realmente péssimo, e quando deu o primeiro passo e tropeçou nos altíssimos sapatos de plataforma, ainda comentou:
‒ Realmente, você me odeia!
‒ Não, meu querido, estou te tornando invulnerável... o que não te mata te faz mais forte, lembra? E larga de serr homofóbico. O mundo mudou! Tome, um feiticinho básico pra não tropeçar – ele apontou a varinha para os pés de Harry, que passou a andar perfeitamente bem sobre os saltos, mas ainda sentindo-se miserável a ponto de correr para uma toca de rato.
Saíram andando pela rua rumo à boate, que ficava a alguns quarteirões dali, as pessoas os olhando e fazendo Harry sentir-se ainda pior. Repentinamente, ele sentiu o chão sumir sob seus pés quando viu um grupo de pessoas vindo conversando pela mesma calçada, na direção oposta. Eram os Dursley.
Duda vinha de braço dado com uma garota magricela e positivamente horrorosa, quase tanto quanto tia Petúnia. Ele agora estava parecendo um clone aumentado de Tio Válter, com os mesmos bigodes que o pai, que por sinal vinha de braço dado com a mulher ao seu lado, haviam saído da ópera que tinha sido encenada ali num teatro ao lado, e tanto Duda quanto Tio Válter, vestiam fraques engomados e igualmente medonhos. Harry pensou que só podia ser realmente muito azar encontrar os parentes naquele estado, então lembrou-se que eles na verdade não podiam reconhecê-lo. E resolveu ter uma pequena vingançazinha , em nome dos velhos tempos:
‒ Duduquinha, meu amor! – ele disse ao passar por eles – você nunca mais me ligou! – Os Dursleys ficaram mudos e brancos, olhando para o filho, que replicou:
‒ Eu... nunca vi esse... esse...
‒ Drag, meu amooor ! – disse Harry – ah, como você é ingrato, partiu meu coração! Vamos, Iguana! – ele deu o braço a Mr. Sandman, que o olhava como se ele tivesse duas cabeças, e arrastou-o até a esquina, onde ainda pôde ver Duda tentando convencer os pais e a provável noiva que nunca tinha visto aquela drag espalhafatosa na vida.
‒ Você pode me dizer porque resolveu dar uma de engraçado? – Mr. Sandman o encarava seríssimo, enquanto ele se apoiava rindo numa parede, lágrimas de riso escorrendo pelo canto dos olhos.
‒ Aqueles... são meus parentes... haha desculpa, eu não resisti! Você viu a cara do Duda?
‒ Potter.. realmente eu não esperava isso de você, vamos.
‒ E isso foi o que ocorreu de mais significativo na missão. Eles entraram na boite, conversaram com o dono, um sujeito extravagante mas simpático e educado, que inclusive elogiou o figurino dos dois, dizendo que nunca vira duas Drag Queens tão bem “montadas” e finalmente fizeram a troca, saindo dali rapidamente.
‒ Onde vamos guardar a coroa? – perguntou Harry, a quem também ocorrera que era melhor mudarem logo de aparência, pois ele não se imaginava entrando no Gringotes ou na fundação daquele jeito
‒ Vamos levá-la para Hogwarts. E você vai ficar responsável por guardá-la nos próximos meses.
‒ Então eu vou voltar para Hogwarts?
‒ Perfeitamente. E agora.
‒ Ótimo... mas antes desfaça essa horrível transfiguração, por favor.
‒ Ahá! Você vai ter que se virar sozinho... eu não vou fazer, hehe
‒ O que?
‒ Isso que você ouviu... Te vejo amanhã de manhã em Hogwarts... com outra aparência! – dizendo isso, Mr. Sandman desaparatou, deixando Harry sozinho no centro de Londres, transfigurado numa drag queen cor-de-rosa.
Duas horas depois ele conseguiu desfazer finalmente a transfiguração, dentro do banheiro do hotel onde estava, ele aparatara para dentro do quarto para evitar perguntas. Olhou-se no espelho para ver se desta vez não tinha ficado com o nariz torto ou os lábios invertidos, se todo o reflexo cor de rosa finalmente saíra do cabelo, e os olhos realmente estavam verdes, não violetas nem azuis e deu um suspiro aliviado, que durou até ele ver que suas unhas ainda estavam pintadas de cor de rosa, o que ele desfez raivosamente, pensando: “Eu juro que eu pego esse cara”. Finalmente reconhecendo-se no espelho, ele desceu e pagou a conta, correndo para sua moto. Depois de uma noite tão complicada ele queria pelo menos dormir em casa.
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