ESGRIMA DE BRUXO
Quase um ano se passara desde que Harry havia prendido Bianca. Depois de voltar da sua lua de mel com Willy, ele foi transferido de Nova Iorque para a Rússia e da Rússia para a Argentina (onde ficou pouco tempo e não gostou muito), da Argentina para o México e de lá, para Londres... sempre no rastro do Camaleão. É verdade que na Rússia ele e Stoneheart pegaram um bruxo maluco que gostava de transformar pessoas em cachorros, e na Argentina acharam um sujeito que encantava insetos para fazer trouxas adoecerem, ambos tinham sido contatados pelo Camaleão para trabalharem para ele, mas nenhuma das duas prisões foi uma aventura igual a que tinha sido sua primeira missão. Mr. Sandman continuava sendo o contato de ambos, e Harry não pôde deixar de rir no dia que este obrigou Stoneheart a cantar “Smile”.
No dia do seu 24º aniversário, marcou com alguns amigos uma partida de bilhar no clube bruxo de Londres... não estava para festas. Queria algo simples, já bastava o que provavelmente Sheeba e Willy aprontariam para ele no fim de semana, elas não deixariam de fazer alguma festa surpresa. Ele mandou corujas para Sirius, Lupin, Rony, Draco, os Gêmeos Weasley, John Van Helsing, Angus Stoneheart, Neville e Hagrid. Todos deram um jeito de aparecer: Rony, que com os irmãos foi o primeiro a chegar, não estava filmando, começaria em algumas semanas a participar de um filme sobre a vida de Harry, o que já rendera inúmeras gozações: ele dizia que o ator principal não tinha olhos verdes, nem o cabelo como o de Harry, que a cicatriz não parecia com a dele...
‒ E afinal, que papel você vai fazer no filme?
‒ Não ria.. você sabe que eu sou um ótimo cara mau... vou interpretar o Snape.
‒ Mas você está muito novo pra fazer o Snape! E você não se parece com ele!
‒ Para que você acha que existe transfiguração pessoal, Harry?
Quando Draco chegou, Harry se preocupou: em um ano, sua aparência piorara muito, ele estava magro demais, com olheiras profundas. Harry não comentou nada, mas achou que ele devia estar doente. Ele chegou com o sogro, John Van Helsing, que viera da casa de Alexandra Wolf, e o irmão de John, Steve. Angus Stoneheart chegou logo depois, com a cara amarrada de sempre. Um carro esquisito grande e barulhento parou com um estrondo na porta do Clube, e dele saíram Hagrid e Neville. Por último Sirius e Lupin aparataram na porta do clube.
Sirius, nos últimos anos, havia se tornado um sujeito um bocado mau humorado. Era professor de defesa contra artes das trevas e diretor da Grifnória em Hogwarts, mas parecia eternamente insatisfeito. Lupin o aturava com uma paciência que ninguém compreendia, talvez esta se devesse ao fato deles só se verem durante alguns dias por ano. Eles se dividiram em duplas um tanto óbvias: Harry e Rony, Sirius e Lupin, os gêmeos, os irmãos Van Helsing, Hagrid fez questão de jogar com Neville e sobraram Draco e Stoneheart, que se deram um olhar desconfiado. Enquanto iam começando a jogar, pediam cerveja amanteigada e amendoins, e começaram a conversar.
‒ Que tal é ser pai pela primeira vez, Weasley? – perguntou Draco, que estava já às voltas com a segunda gravidez de Sue. Hermione havia tido o primeiro filho há pouco mais de dois meses, era um menino, que foi batizado, tendo Harry como padrinho, com o nome de Richard Granger Weasley.
‒ É bom. Quer dizer, existem os momentos horríveis, como quando ele acorda chorando, mas no geral é interessante. E Sue?
‒ Vai bem... reclama um pouco porque eu e John não a deixamos sair atrás de vampiros, espero que nasça uma menina com o temperamento dela para que ela veja o que é bom... ops! Suicídio... sinto muito, Stoneheart, mas acho que perdemos...
‒ Você podia ter deixado que eu começasse... – Stoneheart deu um olhar não muito alegre para Draco. Sirius e Lupin os substituíram, jogando contra Rony e Harry.
Lá pelas tantas, quando todos se cansaram de perder para Sirius e Lupin, que ganharam todas as partidas que jogaram, com um olhar cúmplice (esses dois deviam roubar no bilhar desde a época de Hogwarts), eles pegaram uma grande mesa redonda próxima a pista de esgrima e sentaram-se, falando agora alto e rindo das histórias que iam contando, a língua solta pela cerveja.
‒ Vocês tinham que ver – começou John Van Helsing – quando eu e Steve pegamos com Draco a vampira de Nova Jérsei... lembra, Draco, Sue estava grávida de Draco Jr...
‒ Oh, sim, e como sempre eu fui o escolhido para quase morrer – disse Draco mal humorado – vocês devem saber como é fazer este tipo de coisa com o sogro – os outros deram uma gargalhada
‒ Eu me lembro bem da sua cara – começou Steve Van Helsing – sorte que eu tinha ido a Nova Iorque e John pediu minha ajuda... não fosse minha velha besta – ele apalpou um estojo quadrado ao seu lado – você a esta hora estaria procurando um pescoço pra morder...
‒ Mas pelo menos eu consegui colocá-la numa posição vulnerável... Steve, você me deve uma, já estava atrás dela há mais de dez anos... Porque você só gosta de matar vampiras hein?
‒ É mais divertido... os vampirões eu deixo para o John...
‒ Até parece... Sirius, você sabe o que aconteceu com Caius?
‒ Eu desisti de tentar entender Caius, John. Uma hora ele é um vampiro terrível, noutra ele vira um sujeito bonzinho que nos ajuda, para de disputar poder e resolve não matar mais, só sugar um pouquinho e fazer as garotas acreditarem que tiveram uma espécie de sonho erótico... não entendo – disse Sirius mau humorado.
‒ Ele me disse que desistiu de ter escravos... – John Van Helsing disse, mesmo diante do olhar espantado de Sirius.
‒ Como assim “ele te disse”? Você andou se encontrando com Caius?
‒ Perfeitamente... ele me procurou e disse que queria uma trégua entre nós, já arrumou problemas suficientes: ele é mau visto pela turma antiga, a tal “Aliança” e pelos vampiros não malignos da “Família”... eles que gostam de usar essa tática de não matar, mas não acreditam em Caius... ele também não deixou de matar por motivos nobres, apenas resolveu ficar na dele... enquanto ficar na dele, eu não vou incomodá-lo. Temos vampiros assassinos suficientes nos dando problemas. E vocês, como andam com o tal Camaleão? – John não percebeu que Draco sentiu-se desconfortável.
‒ Bem, ‒ começou Harry – nós sempre pegamos a pista dele, logo depois perdemos... parece que ele se diverte com isso... não somos apenas nós que estamos atrás deles, tem um auror japonês, e um americano – aqui Harry fez uma cara azeda – e eles atrapalham mais que ajudam.
‒ Não gosto do jeito de competição que esta história está tomando – disse Stoneheart olhando para Harry – se ao menos o auror americano não fosse Troy Adams...
‒ Sim, claro, o garoto de ouro do ministério americano, a esperança bruxa da América... ele sempre dá um jeito de estar onde estamos.... um saco.
‒ Escuta, eu sempre tive uma curiosidade, sabe? O que vocês falam quando “enquadram” um bruxo? – perguntou Steve, parecendo trouxa como nunca.
‒ Como assim quando enquadramos um bruxo?
‒ É, como nos filmes, em que os policiais chegam e dizem: “parado FBI!!!” – Steve apontou uma arma imaginária diante de si – por acaso vocês dizem algo como: “parado, Auror!” – Steve apontou uma varinha imaginária diante de si com uma pose ridícula
‒ Se nós perdermos tempo fazendo essa pose e gritando uma besteira dessas corremos o risco de virar patê, trouxa. – disse Stoneheart sem um mínimo esboço de sorriso. Então olhou em volta e levantou a sobrancelha, ao ver a cara perplexa de todos – Foi algo que eu disse? – todos explodiram numa gargalhada. Neville olhou para a porta do clube e ficou sério. Gina entrava acompanhada de um homem. Harry percebeu e pensou: “É isso que é ruim em haver poucos lugares bruxos... devíamos ter ido no caldeirão furado.”
‒ O bruxo que estava com Gina era o atual professor de feitiços de Hogwarts, Simon Bravestar Era um sujeito alto e magro, com um rosto moreno e um cabelo cor de conhaque revolto que descia até abaixo do meio das costas. Tinha olhos verdes e lábios finos, assim como um nariz ligeiramente aquilino, que o dava um ar antipático, vestia-se sempre de preto, com uma capa cheia de bolsos e fivelas, também gostava de botas de desenho militar, que quando ele andava faziam um barulho metálico. Ele tinha a idade de Carlinhos Weasley e antes de ser professor havia sido guitarrista de uma banda de Rock bruxo, desistira do Rock depois do fim da banda, ninguém sabia direito porque.
‒ O que as mulheres vêem em sujeitos como esse? – perguntou Sirius.
‒ Hum, o mesmo que vêem em você. Tirando os acessórios, vocês fazem mais ou menos o mesmo estilo, é uma espécie de pose de malvado. – disse Lupin pretensamente sério, fazendo John dar uma gargalhada alta.
‒ Existem outros que preferem posar de “um pobre lobisomem desamparado”, não é mesmo? – respondeu Sirius, fazendo agora todos rirem, menos Neville.
‒ Não faça essa cara., Neville – disse Fred Weasley – eu convivi com Gina durante quase vinte anos.. digamos que esse sujeito não sabe onde está se metendo.
‒ E nem você – completou Jorge – debaixo daquele anjo de cabelos vermelhos há uma ditadora implacável.
‒ Eu não me importo – disse Neville – eu vou embora, com licença – ele sumiu porta a fora e Hagrid disse:
‒ Ele nunca superou ter sido chutado pela irmã de vocês... Neville é do tipo que sonha.
‒ E você Hagrid? – perguntou Rony – E aquela professora francesa? – Harry fez um sinal como quem diz “não toque nesse assunto, pô!”
‒ Na verdade Harry já conhecia de cor e salteado a história de Hagrid com a professora Olympia Maxime, já a escutara umas quinhentas vezes, e ela sempre acabava com lamentações do tipo “como eu nunca percebi que ela queria só se aproveitar de mim?” Harry sentiu-se aborrecido e ficou olhando a pista de esgrima, onde Gina e Simon Bravestar disputavam uma partida.
‒ Ele nunca soubera que Gina sabia lutar esgrima bruxa, que era disputada com espadas mágicas. Ganhava quem conseguisse fazer o adversário ficar desarmado, o que não era tão simples quanto parecia, embora normalmente as espadas fossem poderosas a ponto de transfigurar o adversário ou coisa parecida, não era fácil conseguir um bom golpe. Gina e Bravestar jogavam com espadas de treino, ganhava quem conseguisse o golpe que tornava a roupa do adversário vermelha, acertando-se no meio do peito. Havia a modalidade olímpica que era mais violenta, Harry a aprendera na escola de aurores.
‒ Nesse momento, para sua desagradável surpresa, Troy Adams entrou no clube com ninguém mais ninguém menos que Cho Chang. Ela se tornara jogadora de quadribol profissional, atualmente no Seventh Sky, um time que só era composto por mulheres e estava em quarto lugar na liga internacional. Não era de se admirar que Cho se interessasse por Troy... ele era o tipo dela: atlético e bonitão, como Cedric Diggori. Harry olhou de volta para a roda, e deu com todas as caras olhando para ele.
‒ Nem pense em brigar como sujeito, Harry – começou Sirius. – é seu aniversário, lembra?
‒ Eu nem estava pensando nisso, Sirius!
‒ Você também não estava pensando nisso quando quase explodiu uma boate em Buenos Aires disputando um duelo simulado com ele – começou Stoneheart – nem quando quase o derrubou da vassoura numa partida de quadribol do clube de aurores no mês passado.
‒ Ele me provoca...
‒ E você cai na pilha? – disse Draco – nunca imaginei que Troy fosse melhor nisso que eu!
‒ Você não foi ex namorado da mulher dele ‒ disse Rony, arrependendo-se em seguida.
‒ Desta vez, eu não vou ligar, palavra – disse Harry sorrindo para eles, tentando retomar a conversa. – Nada do que esse sujeito faz me diz respeito.
‒ Oh não! – disse Fred – Adams atirou Cho sobre a mesa e está arrancando as roupas dela!
‒ O quê? – Harry perguntou atônito
‒ Nada não, só uma brincadeirinha... na verdade ele acaba de levantar e está vindo para cá... acho que ele quer te desejar feliz aniversário.
‒ Olá, boa noite para todos. Feliz aniversário, Potter.
‒ Obrigado, Adams
‒ Porque você está comemorando seu aniversário no meio de um bando de homens? Eu costumo comemorar os meus em melhor companhia...
‒ Bem, quando chegar em casa com certeza terei uma ótima comemoração com Willy... aqui estamos apenas nos distraindo um pouco.
‒ É mesmo? Que tal um pequeno jogo, apenas por diversão? – os outros olharam para Harry. Sirius, que já imaginava que isso ia acontecer, olhou para o rapaz e disse:
‒ Porque você não vai dar atenção a sua namorada, garoto?
‒ Porque não deixa ele responder, velho? – Sirius ia levantar-se, mas foi contido por Harry
‒ Deixa, Sirius, o negócio dele é comigo. O que você quer jogar, Adams? – Os outros entreolharam-se e Draco interviu:
‒ Troy, porque vocês não procuram se entender de outra forma? O Potter é gente boa... eu me entendi com ele, porque você não tenta?
‒ Draco... na verdade isso é um pouco decepcionante, sabe? Eu e ele queremos apenas jogar e vocês ficam se metendo – Draco deu de ombros e Harry perguntou:
‒ Já que estamos aqui... esgrima?
‒ Perfeito – respondeu Troy com um sorriso cínico. Os dois se dirigiram para o balcão e Jorge comentou:
‒ Eu sabia que a gente devia ter ido para um clube de strip-tease...
O atendente da pista de esgrima era um velhinho magro e desdentado, e logo perguntou o que desejavam ao que Harry respondeu:
‒ Queremos alugar uma pista de esgrima e espadas.
‒ Espadas de treino, certo? – perguntou o velhinho atrás do balcão
‒ OLÍMPICAS – responderam Troy e Harry ao mesmo tempo, se encarando com expressão furiosa no olhar.
‒ Senhores... para alugar espadas olímpicas os senhores tem que ter autorização especial – o velhinho disse, empalidecendo, ao que Harry e Troy sacaram as suas carteiras de filiados à federação Auror de esporte, se medindo disfarçadamente. O velhinho engoliu em seco e tirou alguns acessórios de um armário onde estava escrito “SÓ SOB AUTORIZAÇÃO”: luvas, coletes, máscaras de esgrima e dois floretes prateados e reluzentes, que ele pegou trêmulo e com cuidado.
‒ Eu pago! – disse Troy
‒ Faço questão – disse Harry
‒ Quem perder paga então...
‒ Feito . Só um segundo – Harry foi até a mesa, onde seus amigos o olhavam com um intenso olhar de censura, retirou sua veste protetora invisível e voltou para junto de Troy. Eles rumaram a passos decididos para a pista de esgrima e puseram os acessórios, assumindo as posições. Nem bem entraram na pista n° 2 e o velhinho apertou um botão junto à porta e um feitiço de isolamento foi acionado. Um escudo azulado surgiu a volta deles. Gina e Simon Bravestar pararam de lutar para ficar observando. Cho Chang, abandonada numa mesa, olhava aborrecida para eles, que se saudavam na pista de esgrima:
‒ An garde, Potter
‒ An garde – disse Harry entredentes. Durou um segundo a saudação antes que eles começassem a tentar se golpear com a espada, era preciso tocar o corpo do adversário com ela e proferir o feitiço no mesmo instante para conseguir que funcionasse. Era muito complicado, as espadas dançavam no ar sem que nenhum conseguisse atingir o outro. Troy começou a falar, provocando Harry:
‒ A última vez que nos vimos você não se deu tão bem... quem acabou prendendo a bruxa encantadora de serpentes fui eu...
‒ Talvez no fundo você entenda bastante de cobras, Adams, o que é diferente de lidar com mulheres, só um idiota deixaria uma mulher como Cho esperando sentada numa mesa! Rictusempra! – ele disse ao sentir que ia acertar Troy com a espada na lateral do corpo, um feitiço de cócegas seria o ideal para fazê-lo largar a arma e humilhante o suficiente mesmo sem causar dano algum, mas Troy conseguiu desviar-se e tentou aplicar um golpe em Harry.
‒ Expelliarmus! – Harry conseguiu evitar que o florete o tocasse na hora H e começou a revidar a provocação de Troy:
‒ Na verdade até que você não é ruim para o filho de mágicos de circo...
‒ Meus pais não tem nada a ver com isso, Potter... para alguém debilitado por uma ferida precoce que lhe afetou a mente também até que você não é ruim... porque você nunca tirou essa cicatriz idiota da testa?
‒ Porque talvez eu não seja um boneco vaidoso como você, Adams – Harry sentiu que podia acertá-lo e disse: Estupefaça! – mas errou o golpe na última hora.
‒ Mal, Potter, mal... você não pode fazer nada melhor que isso? O que Mina por acaso viu em você, hein?
‒ O nome dela é Willy, Adams... e ela é a chave de todo esse recalque, não é mesmo? Afinal de contas eu cheguei primeiro.
‒ Não em todos os aspectos... – disse Troy, fazendo que Harry perdesse momentaneamente o controle e hesitasse por um segundo. Troy estava na trajetória de um golpe tão perfeito que deixou uma das laterais desguarnecidas. Harry aproveitou a oportunidade e os dois se tocaram com as espadas ao mesmo tempo.
‒ Simieso!
‒ Porciforma!
No instante seguinte na pista de esgrima havia um porco, um macaco e duas espadas caídas. Sirius disse qualquer coisa com uma cara aborrecida para o velhinho do balcão e este abriu o feitiço de isolamento.
‒ Finite Incantatem! – Disse Sirius rispidamente – Vocês dois deveriam ter vergonha. Homens desse tamanho se comportando como colegiais!
‒ Você viu quem ganhou? – Harry perguntou mal humorado, desde a época de Hogwarts ele odiava a mania de Sirius de dar bronca nele.
‒ Nenhum dos dois! Foi empate, pombas! Ele te transformou num macaco e você o transformou em porco. Não é suficiente para uma noite, não?
‒ Cada um paga a sua, Potter – Disse Troy, saindo com uma cara aborrecida, quando chegou à mesa e Cho levantou-se para protestar e ele arrastou-a de lá. Simon Bravestar aproximou-se de Harry e apertou-lhe a mão.
‒ Parabéns!
‒ Porquê? Eu não ganhei...
‒ E daí? Eu conheço esse americano intragável desde a época em que ele era um garoto e eu era professor recém formado dando aula em Desert Stone... eu sempre quis transformá-lo em porco, cara.
‒ Harry olhou o sujeito e pensou que realmente, dali em diante, jamais conseguiria não gostar dele.
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