SIRIUS SENTE TÉDIO...
Sirius estava ocupado recolhendo as coisas que as crianças haviam deixado pela casa, uma vassoura aqui "dar isso a Hope foi um erro... ela ainda quebra o pescoço voando feito uma maluca... parece até eu quando tinha seis anos", um conjunto poções infantis ali "Se Celsus explodir mais alguma coisa juro que confisco esta porcaria", e umas miniaturas mágicas por todo lado, "Diabos, onde está a porcaria do Elfo Doméstico quando precisamos dele? E Sheeba, o que tanto faz naquela maldita sala de estudos?".
Ele levava os brinquedos dos filhos levitando na direção do armário de vassouras, ainda bem que os pestinhas tinham usado pó de flu para ir para a casa dos avós naquela manhã e deveriam estar destruindo naquele momento a casa de sua sogra em Sussex, pelo menos por cinco dias teriam paz, graças a Deus a velha egípicia sabia exatamente como lidar com os seus três endiabrados filhos. "Ninguém me convence que Dona Abgail é realmente uma trouxa..." ele pensava, a respeito da mãe de Sheeba. Mas onde diabos estava o maldito Smiley?
Quando abriu o armário de Vassouras, Sirius descobriu onde estava Smiley. O elfo doméstico estava totalmente amarrado e amordaçado lá dentro, um presentinho de despedida das crianças.
‒ Eu juro que vou pegar aqueles três por isso ‒ disse Sirius libertando Smiley com um movimento de varinha ‒ Que droga de elfo é você que não usa sua magia para se libertar dessas coisas, Smiley?
‒ Senhor Black, Smiley sentir muito mas não poder contrariar seus pequenos mestres, eles querer brincar de amarrar o elfo e Smiley não poder se soltar... ordens ser ordens...
‒ "Ordens ser ordens"... ordens de seu patrão "ser" mais importantes: Se eu encontrar você preso de novo nesse armário juro que te dou uma meia e sumo contigo daqui,
‒ Piedade, senhor Black, piedade..
‒ Piedade, é? Você não teve piedade de seu patrão que teve que sair pela casa catando brinquedos a tarde toda
‒ Que exagerrra, Senhorr Black! ‒ Doorperson, a porta falante com sotaque alemão surgiu ao lado da porta do armário de vassouras e abriu-se, deixando logo após passar Sheeba, que saía com um sorriso da sala de estudos. Ela acabara de verificar como estavam as crianças e Harry. Tinha o seu melhor sorriso na face.
‒ Sheeba, essa porta se mete demais na nossa vida ‒ Sirius disse olhando de cara feia para a porta que se fechou e sumiu de volta parede a dentro. Sheeba pegou o rosto de Sirius entre as mãos e deu-lhe um sonoro beijo, estava radiante. Depois de se libertar ele perguntou ‒ Posso saber a razão desse bom humor todo?
‒ Vamos sentar no sofá... tenho novidades que descobri. Você vai gostar. ‒ ela arrastou-o desconfiado até o sofá e puxou-o sorridente, estendendo-se placidamente no seu colo ‒ Não é maravilhoso ficarmos livres das crianças de vez em quando? A casa está tão arrumadinha...
‒ Porque eu peguei as coisas que eles largaram por aí, viu? A casa não arrumou nada. Estamos precisando fazer uns ajustes.
‒ Eu ordenei que ela não pegasse, quero que as crianças aprendam a arrumar também sozinhas... mas elas acabaram indo antes que eu pudesse fazer qualquer coisa... ah, isso não importa... Eu tenho umas novidades ótimas... Harry casou ontem. ‒ Sirius ficou olhando-a mudo.
‒ Sheeba... eu não estou entendendo muito bem essa história. Ele não tinha rompido com Bianca?
‒ Não foi com Bianca, pastel, foi com Willy. Ele a encontrou na Sexta feira.
‒ Como ela a encontrou?
‒ Draco sabia onde ela estava.
‒ E porque não contou antes?
‒ Ah, ele teve os motivos dele, Sirius, não comece... atualmente nada para você parece bom...
‒ Acho que eu não estou acostumado com esses tempos de paz. Preciso me cuidar, acho que vou acabar ficando barrigudo ‒ Sheeba deu uma gargalhada.
‒ Mas você passa duas horas por dia massacrando aquele pobre espantalho treinando suas táticas de luta... só falta agora você me pedir que passe a só fazer folhas da morávia para o jantar... ‒ ele olhou-a com uma cara zangada mas depois não pode deixar de rir.
‒ Sabe que eu sinto falta dos tempos da luta?
‒ Está estampado em você por todos os lados...
‒ Ah, Sheeba, eu nunca devia ter saído da ordem...
‒ Lembre-se quem era o ministro na época que você pediu dispensa... você nunca ia ter paz na ordem com Fudge no comando.
‒ Eu sei. Mas às vezes me sinto velho, podia estar por aí procurando bruxos das trevas e estou aqui...
‒ Sim, ensinando garotos a combater as forças das trevas, tentando ser um grande bruxo mesmo não precisando fazer nada genial para isso, me ajudando a criar os nossos três filhos... Quando é que você vai amadurecer, Sirius Black? Você já está com 43 anos, lembra?
‒ Não precisa me lembrar disso toda hora.
‒ Você era por acaso mais feliz quando estava renegado? Quando era obrigado a assaltar casas de trouxas atrás de comida e de lareiras para falar com Harry? Quando tinha pesadelos com os malditos dementadores?
‒ Sheeba, eu nunca disse isso...
‒ Sirius, nós lutamos muito para conquistar essa paz que temos. Como você acha que me sinto vendo que para você isso é um tédio?
‒ Desculpe, Sheeba...
‒ Desculpas não vão mudar o fato que você está louco para que alguém entre pela porta dizendo: "Hei Sirius, vamos lutar, há um bruxo das trevas em algum lugar..." Ponha na sua cabeça que você não é um Auror.
‒ Sheeba eu...
‒ Não me interrompa... você parece que nem ligou quando eu disse que nosso afilhado finalmente encontrou a única garota que ele acredita que possa fazê-lo feliz, que ele se casou, que está muito bem e em breve vai estar batendo aqui na porta para dizer isso tudo para você com a cara mais feliz do mundo... isso não te interessa, Sirius Black, apenas desgraças te mobilizam, acho que você vai ficar mais alegre quando souber que Harry recebeu um signo sinistro na manhã de ontem.
‒ Um Signo Sinistro?
‒ Exatamente. Sua primeira ameaça de morte. É Sirius, ele agora é um homem, um auror, vai poder se virar sem sua preciosa ajuda ‒ ela subiu as escadas e bateu uma porta sonoramente, como fazia quando estava realmente furiosa. Ele pensou em seguí-la mas a conhecia muito bem... sabia que aquele não era o melhor momento para falar com ela. Todas as vezes que tentava argumentar com ela furiosa, acabava também ficando furioso e piorava mais ainda a situação, não era a hora ainda. Começou a lembrar-se do tempo em que Harry estava em Hogwarts e ele era um renegado, e de quando ele finalmente se tornara livre, depois que capturara Pedro Pettigrew. Não fora um tempo fácil e ele não sentia saudade nenhuma, mas achava que precisava realmente de algo para temperar sua vida.
Não que a vida com Sheeba fosse ruim, mas ele sentia falta de alguma coisa... não queria abandonar Hogwarts, mas desejava ardentemente ter uma oportunidade de viver novamente uma aventura. Era verdade que não aparecera nenhum praticante de artes das trevas sério desde que Voldemort fora derrotado, mas nem só de combate vive uma aventura.
Ele sentiu-se subitamente arrependido e subiu para procurá-la, Sheeba estava no sótão, onde era encontrada sempre que estava aborrecida. Seu sótão não era um sótão comum, tinha um telhado de vidro e um jardim, por onde corria um riachinho mágico, ela estava deitada enroscada na montanha de almofadas que havia ao lado do jardim, olhando através do telhado de vidro para uma paisagem que conjurara, nublada e sombria. Ele subiu pela escada em caracol e ficou olhando para ela.
‒ Você diz que detesta se transformar em animago mas deita-se exatamente como um tigre ‒ ele olhava para ela com o mesmo olhar cínico de anos atrás em Hogwarts. ‒ na verdade acho que você partiria um homem ao meio com suas garras, exatamente como um tigre, senhora Black.
‒ Sirius, eu odeio quando você faz isso ‒ ela tentava não rir
‒ Isso o quê?
‒ Me torna incapaz de odiá-lo.. ‒ ele veio até ela e abraçou-a. Eles ficaram se olhando por um tempo e ele finalmente disse:
‒ Desculpe, eu me comportei como um idiota. Quero saber tudo sobre o casamento de Harry e Willy.
Ela contou detalhadamente tudo sobre Willy, inclusive seu relacionamento com o capitão da seleção americana de quadribol, que fizera Harry afastar-se dela por anos. Finalmente disse:
‒ Agora eles estão prontos para ficar juntos... em duas semanas estarão aqui e teremos um trabalho imenso para organizar o casamento, não tenha dúvida que eles vão querer um casamento clássico, com tudo que tem direito. Casar em Las Vegas, francamente... que coisa sem graça ‒ Sirius achou melhor não dizer que achava o maior barato duas pessoas casarem-se vestidas de motoqueiro ‒ . Vou falar com Hermione para adiantarmos tudo. Temos que achar Silvia e Lupin...
‒ Eles estão de volta, não vão muito para o mundo das fadas, ele e o menino (ele é a cara do Lupin, só falta ser lobisomem) não são muito fãs do mundo das fadas... Ele consegue fazer com que Silvia fique no máximo uns dias por lá, e eles sempre voltam a tempo dele dar suas aulas. Mas Sheeba, e o Signo sinistro que Harry recebeu?
‒ Não se preocupe com isso. Ele vai receber mais três destes antes que quem fez se resolver a agir...
‒ Você sabe quem mandou?
‒ Obvio que não... gelo de confusão novamente, meu amor.
‒ Não é melhor eu tentar falar com ele através da lareira?
‒ Sirius... ele está no meio de um deserto, em pleno verão... mande uma coruja.
‒ Está bem... mas não vou pensar em Harry agora, vou deitar aqui e curtir algo que não sei o que é há algumas eras...
‒ O quê?
‒ Uns momentos sem as crianças gritando pela casa...
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