A VOLTA PARA HOGWARTS
Dois dias depois, Harry e Sirius eram os únicos que ainda estavam internados no Hospital St Mungos, Sheeba e Atlantis não haviam se ferido com gravidade, mas ele e Sirius precisaram de tratamento, Sirius precisou de vacina contra doença do Lobisomen e Harry de um contrafeitiço por causa da faca amaldiçoada que se cravara em seu ombro. Mas o tratamento fora rápido, já estavam muito bem . Estavam sozinhos no quarto, um ao lado do outro. Todos os outros tinham ido assistir o julgamento de Atlantis.
‒ Sirius, uma coisa eu não entendi... como as tias de Willy descobriram a entrada para a caverna naquele cemitério?
‒ Cemitérios bruxos são pontos de encontro de Comensais da Morte ... se algum deles viu Atlantis naquele lugar e elas souberam que o fogo sagrado havia sido descoberto, provavelmente associaram as duas coisas e ficaram por lá esperando que ele aparecesse...
‒ E como elas acharam a entrada pelo bueiro?
‒ Você já estudou monitoramento de energia mágica?
‒ Ainda não, mas pouco antes de encontrar vocês, Lupin havia mandado uma carta dizendo que havia monitorado a energia de vocês...
‒ Exatamente, existem alguns aparelhos, de maior e menor alcance, que permitem saber se um bruxo está usando sua energia.... elas deviam estar com um aparelho destes, monitorando a energia de Atlantis.
‒ E porque então Lupin não encontrou vocês?
‒ Estávamos tomando algumas precauções para não emitir uma energia muito poderosa, calculamos que talvez alguém pudesse nos monitorar e estragar os planos, mas a partir do momento que vocês entraram na passagem da fenda, Atlantis não podia se dar ao luxo de economizar energia, podia ser questão de vida ou morte.
Neste instante uma cabeça morena apareceu à porta. Harry deu um pulo na cama. Beth Fall, a mãe de Bianca entrou gingando no quarto, com um “sorriso de gato de Alice” no rosto. Veio até a cama e disse:
‒ Bom dia meu querido, como vai? ‒ mantinha o mesmo sorriso, extremamente incômodo para Harry ‒ Olá Sirius... Como vai Sheeba? E você, os lobos não pegaram nenhuma parte importante, não?
‒ Hã? Oh, tudo bem ‒ Sirius também estava extremamente sem graça ‒ estou inteiro, obrigado pela preocupação.
‒ Harry, meu querido, Bianca mandou esta cartinha para você... ela foi passar o fim de semana no Japão com o pai e ficou extremamente preocupada contigo... ‒ entregou um envelope rosado a Harry, que engoliu em seco e pensou: “Será que Beth Fall já está se considerando minha sogra?”. Ele sorriu sem graça e ela disse:
‒ Eu já vou, querido, preciso voltar à Escócia no metrô das seis... Tchauzinho.
‒ Não vai abrir? ‒ Sirius tinha o mesmo olhar divertido de quando haviam falado sobre o que acontecera com ele e Willy.
‒ Dá para você olhar para o outro lado e tirar este sorriso do rosto, Sirius?
‒ Claro, Don Juan, vá em frente...
Harry abriu a carta:
“Harry,
Você é muito legal, e quero continuar sendo sua amiga, mas acho que não devemos nos prender e continuar conhecendo outras pessoas... somos muito jovens para namorar, não acha?
Estou terminando o semestre e vou para o Japão passar as férias com meu pai, depois talvez eu vá passar uns tempos em New York com tia Liza.... se quiser me encontrar para tomarmos um sorvete ou coisa parecida, mande uma coruja, e a gente marca...
Um Beijinho,
Bianca”
Harry abriu um sorriso aliviado e disse a Sirius:
‒ Acho que ela está me dando o fora!
‒ E você diz isso com essa cara? ‒ Sirius ria ‒ Nunca vi um adolescente que lidasse tão bem com rejeição!
‒ Ora Sirius, por favor, me deixe....
Depois de alguns minutos aturando as gozações do padrinho, Harry viu aliviado que Sheeba, Atlantis, Willy, Hermione e Rony chegavam do julgamento de Atlantis. Sheeba vinha com uma imensa panela de sopa, que depositou no colo de Sirius
‒ Fiz para você. Coma.
‒ Sheeba, eu acabei de comer aquela outra enorme panela que você trouxe ainda há pouco... você quer me deixar gordo feito um porco.
‒ Não discuta, você precisa se recuperar ‒ enquanto Sirius e Sheeba discutiam a respeito da sopa, Harry perguntou:
‒ E então? Como foi o julgamento?
‒ Foi emocionante cara, Dumbledore defendeu Atlantis e eu testemunhei ‒ Rony começou ‒ Você devia estar lá para ver como foi legal e... ‒ Rony olhou para Willy e Hermione que o olhavam com um intenso olhar de censura e completou ‒ Na verdade foi chato como o julgamento de Sirius...
‒ O pior é que ninguém vai ficar sabendo o que nós fizemos ‒ disse Willy, indignada ‒ O ministério pediu sigilo! O ministério da magia está ficando medroso como um bando de galinhas velhas!
‒ Willy ‒ disse Rony contrariado ‒ Meu pai trabalha lá...
‒ Eu sei, mas seu pai parece legal, estou falando dos outros...
‒ Ah, com isso eu concordo.
‒ Eu imaginei que isso fosse acontecer ‒ disse Atlântis ‒ ao longo dos séculos o fogo sagrado vem sendo tratado com medo... mas o que vocês fizeram lá vai ficar na lembrança daquela caverna para sempre... se daqui há mil anos a energia do fogo for ameaçada novamente, o que vocês fizeram agora irá ajudar os que a recuperarão então.
‒ Como Roderic Griffndor nos ajudou.
‒ Exatamente.
Quando voltaram para Hogwarts, era o dia da final do Quadribol. Estavam na torcida e Willy perguntou para Harry:
‒ Para quem você está torcendo?
‒ LufaLufa.
‒ Não é para Corvinal, Harry?
‒ Não, eu me sinto meio comprometido com a LufaLufa, só isso...
‒ Mas e a Cho, você não gosta dela ?‒ falou isso alto demais.
‒ Shhh! Cala a boca, Willy! Quem te contou isso? Eu gostei dela até o ano passado, agora só acho ela legal. ‒ Harry virou para frente envergonhado e não pôde ver a cara feliz que Willy fazia.
E a LufaLufa ganhou, realmente, depois de um jogo emocionante. Mas fora apenas por sorte que Julius St Johnson capturou o pomo primeiro. Cho havia recuperado a alegria de jogar, parecia de novo a menina alegre e vivaz que Harry já enfrentara, voando como uma flecha. “Mas acho que Willy ainda é melhor que ela” ‒ pensou Harry.
Logo depois do Jogo, Dumbledore os encontrou e chamou-os.
‒ Eu soube da bravura de vocês. O que vocês fizeram pelo mundo da magia, simplesmente não pode ser pago, mas eu quero dar uma recompensa aos quatro. Tem alguma sugestão de algo que os faria feliz, Willy?
‒ De onde você tirou essa idéia maluca de “Ritual do Sorvete”, Willy? ‒ perguntou Hermione.
Os quatro estavam sentados numa mesa pequena e redonda, em volta da maior taça de sorvete que Harry já vira na vida, com sorvetes de pelo menos todos os sabores que Harry já experimentara. Cada um tinha uma colher na mão e de vez em quando, Willy e Rony paravam de comer para simular um duelo usando as colheres como varinha.
‒ Kakaka! Ora essa, Hermione, nós não bebemos fogo? Achei que valeria a pena compensar isso enchendo um pouco a cara de sorvete... se quiser abandonar o ritual... fique a vontade, sobra mais pra gente, kakaka
‒ Abandonar? Você está maluca? Eu nunca tomei um sorvete tão gostoso.
‒ Nisso, nós concordamos ‒ Willy disse isso e deu um sorriso largo, generoso. Harry sacudiu a cabeça, não ficava bem ficar olhando para ela com aquela cara de bobo.
Dois dias depois, uma semana antes do começo dos exames finais, Willy estava dirigindo-se à mesa da Sonserina quando ouviu uma voz arrastada e monótona atrás dela:
‒ Eu recuperei meu lugar no time... também, ninguém esperava que por sua causa nós perdêssemos tão feio...
‒ Ai ai, disse Willy ‒ o velho “Drag” Malfoy, fazendo tudo para atirar todos à sua volta no fundo do poço, com sua presença agradável como a de uma aranha gigante...
‒ Ainda bem que eu não te emprestei minha vassoura.
‒ Nem eu queria...
‒ Não deviam ter confiado o time à uma apanhadora que usa uma vassoura velha.
‒ OK, Draco, você venceu. Vamos sair no braço ‒ Draco deu um passo atrás e alinhou-se a Crabbe e Goyle.
‒ Draco, você bebeu água da privada? Eu não quero bater em você... eu quero te ganhar no quadribol. Pode pegar sua vassoura, eu te espero lá no campo em meia hora.
A notícia da disputa espalhou-se como fogo num campo de centeio. Em meia hora o grande salão estava vazio e a escola inteira estava no campo de Quadribol, para desespero dos chefes das casas e monitores que INSISTIAM que os alunos fossem almoçar. Draco estava parado com sua Nimbus 2001 na mão, quando Willy apareceu, como de hábito arrastando Sieglinda atrás dela . Ela falou qualquer coisa com Snape, que deu a ela o pomo de ouro automático que ele usava nos treinos. Ela levou-o até Draco e disse:
‒ Examine-o, Malfoy, o professor Snape me emprestou ‒ ele examinou o pomo e disse:
‒ Parece bem.
‒ Então, Cho, venha cá, ‒ Cho desceu da arquibancada e foi até onde eles estavam ‒ você é neutra, certo? Você solta o pomo e dá uma vantagem, depois dá a partida, ok?
‒ Ok.
Cho soltou o pomo, que disparou para o céu, sumindo, e deu a partida, Draco e Willy saíram nas vassouras, Draco na frente. Willy foi alcançando-o e em pouco tempo estava mais alto e mais veloz, ela disparou em direção ao céu e ele foi atrás, achando que ela tinha visto o pomo. Então, ela parou no ar, deu um looping com a vassoura e virou-se direto para o chão. Antes que Draco entendesse o que havia acontecido, ela estava como o pomo preso na mão. O campo irrompeu em aplausos, e ela ainda jogou um beijinho cínico para ele.
‒ Willy, eu queria saber uma coisa ‒ perguntou Harry ‒ o que você fala para o Snape que ele sempre acaba fazendo o que você quer?
‒ Isso é fácil, é só prometer que na próxima aula eu vou ficar quietinha...Eu percebi que Snape não costuma punir os alunos da Sonserina e digamos que eu às vezes me aproveito um pouco disso....
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