Alívio
James acordou no dia seguinte bem mais descansado. Faltavam apenas quatro dias para o fim do seu calvário. Olhou em volta e pensou: "podíamos incluir essa sala no mapa do maroto. Eu nunca imaginei que houvesse algum lugar aqui que eu não conhecesse." Pensou que precisava ir ao banheiro exatamente no instante em que descobriu um pequeno banheiro lateral no qual não reparara na véspera. Pensou que quem quisesse podia viver o resto da vida naquela sala, saindo apenas para comer, e se tocou que provavelmente não bastava querer, era necessário precisar de ajuda para ser atendido. Pensou que poderia se refugiar ali e fugir dos problemas pelos próximos dias. Se tudo desse certo, ele chegaria atrasado a todas as aulas e sairia minutos antes do fim de cada uma, para evitar todos os problemas que teria pela frente nos dias seguintes.
Praguejou por nao ter incluído no seu kit de sobrevivência o mapa do maroto. Quando entrava na sala, simplesmente ficava isolado do resto do castelo. Com o mapa ele poderia saber se alguém passasse diante da sala, e preservaria o seu segredo. De qualquer maneira, não podia passar o resto da semana ali, entocado. Saiu sem problema da sala e encaminhou-se para o grande salão, era ainda muito cedo e ele podia tomar café correndo, depois, vestiu a capa de invisibilidade como precaução para para não encontrar Berta Jorkins ou qualquer outra "apaixonada" no caminho para a sala de Defesa contra as Artes das Trevas – aula que tinham com alunos da Corvinal. Era um dos melhores alunos dessa matéria, junto com Sirius. Quando entrou na sala, deu de cara com Sirius, que imediatamente disse:
– Onde você se enfiou?
– Podemos conversar sobre isso depois da aula?
– Não. Quero saber por que de repente deixou de confiar na gente, porque anda se escondendo.
Ele viu que não conseguiria evitar Sirius por muito tempo. Então decidiu enrola-lo:
– Depois da aula. Prometo que conto tudo.
Sirius assentiu desconfiado. James decidiu concentrar-se nas aulas, que felizmente não tinham a presença da turma da Sonserina. Estavam tendo aulas práticas, aprendendo contra-azarações avançadas e ele pensou que se Snape estivesse na sala ele acabaria estuporando o cretino "por acidente".
Lilly estava na aula. James evitava sistematicamente olhar para ela. Mesmo que Snape não estivesse por perto para vigiar os dois, ele não queria bancar o maluco aproximando-se dela e logo em seguida afastando-se novamente, afinal, depois do almoço tinham uma tarde inteira nas masmorras na aula de Poções, esta sim, com os alunos da Sonserina e a incômoda presença do Ranhoso. James gostaria de ter desistido de poções após os NOMs, mas seu pai o aconselhara a seguir porque viviam uma época em que era essencial conhecer contra-venenos e antídotos.
Planejava escapar de Sirius antes do fim da aula, mas, faltando 20 minutos para o sinal, quando todos estavam ocupados e a sala estava ligeiramente anárquica com contra-azarações sendo gritadas por todos os lados, ele estrategicamente aproximou-se da saída, mas foi seguido pelo amigo que disse:
– Não adianta fugir. Você pode enrolar o Peter e Remus diz que devemos respeitar sua vontade. Mas comigo você sabe que é diferente. E eu estou com o mapa, você não vai fugir de mim.
James o encarou. Era verdade. Mas não podia dar chance a Snape de usar alguma ausencia de Sirius para dizer que ele quebrara o acordo. Em voz muito baixa disse:
– É muito mais sério que parece, Sirius. Eu prometo que vou te contar tudo, mas Remus e Peter não podem saber, é uma questão de segurança. E não podemos ser vistos conversando. O segredo do Aluado está ameaçado, e ele não pode saber disso.
Aquilo fez Sirius compreender o tamanho do problema, mesmo sem saber os detalhes. Repentinamente, James começou a falar, em voz alta:
– Eu estou de saco cheio das suas manias, Sirius. Você é muito bom, mas não é o melhor da escola. Tudo bem, você fez uma ótima contra-azaração, mas eu não vou ficar te elogiando gratuitamente, larga de ser panaca.
Sirius compreendeu que era uma encenação, e continuou:
– Alguém deveria azarar você, eu que não te aguento mais, sempre me jogando na cara só porque eu fui suspenso do time de Quadribol.
O professor Benjamin Fenwick, um sujeito meio nervoso que por ser novo num cargo que todos diziam amaldiçoado era extremamente disciplinador, interveio imediatamente:
– Senhores... a aula não é lugar para resolver desavenças pessoais. Peçam desculpas imediatamente um ao outro ou serei obrigado a pô-los em detenção. Sirius e James se entreolharam e James disse:
– Pode me colocar em detenção, professor. Mas longe desse imbecil.
– Imbecil é seu passado – disse Sirius, e, ato contínuo atirou um feitiço de pernas presas em James, que caiu com um estrondo. Depois de alguns minutos de confusão, o professor retirou pontos da Grifinória e disse aos dois que teriam uma detenção juntos naquela noite. Quando James se viu livre do feitiço, saiu pisando fundo, mas escondendo um sorriso. A escola ia saber logo da "briga" dos dois e isso o ajudaria a esconder seus movimentos suspeitos, uma vez que até mesmo Remus e Peter haviam ficado espantados, olhando a discussão dos dois. Sentindo que não precisaria se esconder naquele momento na sala precisa, ele foi para o grande salão e procurou um lugar ostensivamente longe de Sirius e dos amigos. De longe, Remus o encarava, mas ele evitou seu olhar. De alguma maneira ele percebeu que o amigo não engolira aquela história de briga, mas fingindo estar muito aborrecido, ele olhou para o outro lado.
Lá estava Snape, olhando com um ar desconfiado para ele. Provavelmente achara a história da briga bem conveniente, mas ele, James, não estava muito preocupado com a opinião do Ranhoso. Só queria que aquela maldita semana voasse, passasse depressa o suficiente para que ele respirasse aliviado. Mas ele mal sabia que "alívio" seria para ele um artigo de luxo nos próximos dias. Quando deixava o salão rumo às masmorras, Lilly o abordou.
– Potter, eu quero saber o que está acontecendo.
James respirou fundo. Ótimo. Bela hora para Lilly se interessar por ele.
– O que foi?
Lilly pareceu bem embaraçada. Aparentemente nem ela sabia porque o estava abordando.
– Sabe o que acontece? Você não devia brigar com seus amigos, nem sumir... e... não devia... não devia...
James reprimiu um sorriso. Como ele gostava daquela garota.
– Evans... eu adoraria dividir minha vida pessoal com você. Mas parece que eu a incomodo. Então resolvi te deixar em paz.
– Mas quer dizer que tudo isso... foi por minha causa? Foi culpa minha?
– Não. – ele disse objetivamente – Não foi culpa sua.
Ele virou as costas sabendo perfeitamente que acabara de deixar Severus Snape extremamente feliz. Gostaria de poder ser sincero com ela, mas não se arriscaria durante os próximos dias. Já pressentia que ela não faria feitiço de mútua exclusão, mas agora gostaria que ela não ficasse novamente com raiva dele por causa dessa grosseria. Sua cabeça parecia que ia explodir com a quantidade de problemas que tivera nos últimos dias. Esperava que não acabasse por derreter um caldeirão na aula de poções.
Slughorn estava sério, mais sério que de costume. Por algum motivo, James acreditava que a reunião para o qual ele fora chamado às pressas era o motivo. James, como se acostumara nos últimos dias, escolheu a bancada mais afastada e colocou suas coisas ordenadas sobre ela. Lembrou-se então do caldeirão de prata que largara sob a bancada onde estabilizara a amortentia. Imaginou que algum aluno o encontrara e concluiu que era melhor não encucar com aquilo.
A aula de poções era relativamente tranquila porque poucos alunos haviam seguido no curso. Peter desistira, assim como desistira de Trato das Criaturas Mágicas – preferira fazer aulas de Advinhação e Estudo dos Trouxas, para eterna gozação dos amigos. Assim como ele, outros não pareciam muito dispostos a medir, pesar, nem mesmo a regular bicos de chama e mexer tantas vezes a poção nos sentidos horário e anti-horário. Não que ele, Remus e Sirius amassem poções, mas sabiam que era uma materia chata, porém útil.
Naquela aula em particular Slughorn deu uma palestra longa e bem interessante sobre poções experimentais que estavam em fase de aprovação no ministério. Remus mexeu-se na cadeira interessado quando ele falou numa poção que supostamente aliviaria a doença dos lobisomens, mas que era difícil de fazer e um tanto perigosa e potencialmente mortal para seres humanos comuns. Ao fim da palestra eles executaram uma poção – dificílima – para curar fraturas e traumas que acabara de ser aprovada pelo Setor de Regulação de Poções e Encantamentos.
Claro que a poção de James ficou muito aquém do resultado desejado, mas ele não estava muito preocupado com fraturas ou traumas. A novidade naquele dia foi o mau desempenho de Lilly, que nunca havia errado uma poção. Na verdade o único que preparara a sua impecavelmente fora Snape, que sorria com uma expressão presunçosa quando o professor foi até sua bancada. "Grande coisa" – pensou James – todo mundo sabe o grande remexedor de caldeirão que esse idiota é.
Queria sair da aula correndo para se preparar para a detenção que tinha pela frente, mas foi barrado por uma garota gordota de óculos que se jogou sobre ele assim que pôs o pé do lado de fora da sala de aula. Berta Jorkins, ainda sob o nefasto efeito da amortentia. Lógico... com todos os problemas dos últimos dias ele tinha esquecido completamente do problema com a poção. Suspirou fundo e arrastou-se para dentro da sala de aula com a maluca ainda pendurada no seu pescoço. Apenas olhou para o professor que disse:
– Ah, outra... resolvo isso num minuto.
Sem dizer palavra, o professor preparou um antídoto para a garota, que então caiu num choro compulsivo e saiu da sala correndo, como se estivesse envergonhada.
– O único antídoto para esse tipo de poção é uma bela decepção amorosa – comentou Slughorn. James já ia saindo quando o professor o chamou de volta: – Não terminamos, senhor Potter.
É claro que o professor reparara nas garotas aparecendo "apaixonadas" por ele nos últimos dias. E James lembrou-se, engolindo em seco, que ainda havia um bombom com amortentia perdido pelo castelo. Serenamente, virou-se e esperou o que o professor tinha a dizer:
– Eu encontrei esse pequeno caldeirão de prata sob uma bancada – disse o professor – com restos de uma amortentia que, se não me engano, foi subtraída da minha sala. Algo me diz, pelo fato de algumas garotas estarem caindo de amor pelo senhor e pelo fato do meu trisavô Enéas nunca ter sido um ótimo vigia, que há algo a ser explicado.
James resolveu que era melhor confessar. Contou como ficara chateado com a história do feitiço de mútua exclusão e decidira fazer alguma coisa para que Lilly não o excluísse de sua vida, de como enganara o trisavô do retrato e de como preparara a poção. Por algum motivo, achou que não seria prudente delatar Snape. Mentiu dizendo que uma movimentação fora da sala o assustara e que ele por isso deixara os bombons escondidos para o dia seguinte, contou que não encontrara os bombons e acreditava que alguém os encontrara e acidentalmente distribuíra entre garotas.
– Acredito que talvez ainda apareça mais uma – terminou, bagunçando o próprio cabelo constrangido – tem mais um bombom desses perdido por aí.
Quando acabou a história, o professor caiu na gargalhada.
– Eu deveria por você numa detenção, James, mas essa história é tão engraçada e constrangedora que acho que você já foi suficientemente castigado por seus próprios atos... Só posso adverti-lo de que não se deve brincar com esse tipo de coisa, mesmo que o motivo pareça muito nobre, sempre podemos acabar vítimas de nossa própria poção. E na verdade, você se preocupou à toa. Hoje pela manhã Lilly me procurou pedindo, ou melhor, praticamente suplicando, que o feitiço não fosse feito. Pelo jeito parece que ela também não quer excluí-lo de sua vida, meu jovem.
James não conseguiu disfarçar a sensação que o tomou subitamente, como se um balão murcho dentro dele subitamente se inchasse. De repente, tudo valia a pena. Não importava a chantagem de Snape: Lilly pedira para não excluí-lo, ela não queria que ele sumisse. Ficava mais fácil suportar aquele pacto ridículo sabendo disso.
– Professor, mais uma coisa; pode ser que eu esteja enganado, mas parece que há coisas acontecendo lá fora que afetam a escola. Estou certo?
O professor mirou o rapaz por alguns segundos antes de dizer:
– Verdade, James. Há coisas acontecendo lá fora que afetam o mundo bruxo inteiro, na verdade. E é bom saber que um jovem talentoso como você tem essa percepção.
E foi o fim da conversa. James não ficou sabendo o motivo da reunião às pressas que fizera Slughorn deixar Hogwarts, tampouco o que de tão importante estava "acontecendo lá fora". Resolveu que não ter ficado de detenção e nem ter perdido pontos para a casa depois daquele embaraçoso episodio já era um lucro e tanto. Jantou rapidamente e correu para a sala de Defesa contra as Artes das Trevas, onde teria a detenção com Sirius – que provavelmente se atrasaria de propósito, como sempre fazia quando tinha detenção. Esperava ter a oportunidade de conversar com o amigo lá, ainda que sob a vigilância de um professor: eram especialistas em conversar em código diante de qualquer professor, mas, para sua surpresa, havia outra pessoa para vigiar a detenção.
– Boa noite, Potter – era Snape. Não era incomum professores solicitarem ao zelador ou a um monitor para vigiar uma detenção, mas James tinha certeza que Snape se oferecera para a tarefa, era parte do esforço do seboso para tornar seus dias um inferno, lógico.
– Eu sabia que você era um puxa saco do velho Slug – disse James – mas não imaginava que tinha ampliado sua área de atuação para outros professores.
– Você não está numa posição boa para debochar, não acha?
– Pois é. Tem adiantado, meu regime de distância? Lilly já está caidinha por você? – debochou James.
– Olha aqui, Potter... eu não tenho motivo nenhum para preservar seu amiguinho... me dê um motivo, um só...
– ... e ele vai vestir a anágua de sua mãe e dançar. – Completou Sirius, que chegava para a detenção. – Ficaram amiguinhos, de repente?
– Decididamente não, Black.
– Ótimo. Eu não me surpreenderia com mais nada essa semana – disse Sirius, conclusivamente. – Muito bem, qual a tortura, Ranhoso?
– Sabe que como eu represento um professor posso tirar pontos por esse deboche, não sabe?
– Sei que monitores não podem tirar mais que dez pontos sem precisar se reportar. – Disse James. – Não esqueça que temos um amigo monitor e conhecemos as regras. Então tire logo dez pontos de cada um, dê a tarefa e nos deixe em paz.
Snape fez exatamente o que haviam solicitado. O professor deixara um questionário longuíssimo sobre azarações e maldições, praticamente uma prova, que demandou mais de duas horas para ser preenchido. James correu com o seu para sair antes de Sirius, que percebera que eles não podiam conversar na frente do outro. Terminou, entregou a resposta a Snape e disse:
– Bem, vou sumir... mas não do mapa. Até mais, mocinhas.
Correu ate o corredor do sétimo andar e esperou, na frente da tapeçaria dos trasgos coberto com a capa da invisibilidade. Sabia que Sirius entendera seu recado e ele apareceu cerca de dez minutos mais tarde, bufando. James tirou a capa de invisibilidade e o amigo avançou para ele, como se fosse soca-lo. Ele não reagiu. Conhecia bem Sirius, que ergueu a mão mas parou com ela no ar:
– O que deu em você essa semana, James?
Ele respirou fundo e disse:
– Precisamos muito conversar.
A porta da sala precisa apareceu de repente, para espanto de Sirius.
– Caramba, de onde isso surgiu?
– Não discuta, apenas entre. Melhor não sermos vistos aqui.
Entraram, Sirius desconfiado. Havia agora apenas uma mesa e duas cadeiras. Sobre a mesa, dois espelhos idênticos. Sirius sentou-se, tirando uma mecha de cabelo dos olhos e olhando de relance os espelhos. James sentou-se em frente, sentindo-se cansado e contou a história toda, desde o começo. Quando chegou na parte da conversa entre Regulus e Snape, Sirius o interrompeu:
– Eu não acredito que meu irmão está servindo de moleque de recados para Bellatrix e aquela CORJA dos Malfoy!
– E isso é o menos pior, disse James.
Seguiu com a história, detalhe por detalhe, contando como acabou estuporando Regulus e como Snape aproveitou a situação para chantagea-lo. Sirius o interrompeu:
– Você realmente merece aquele soco que eu quase te dei...
– Eu sei... mas guarde ele para depois. Por enquanto temos que preservar Remus e manter o acordo para que Snape não desconfie que eu te contei nada. É melhor que Remus não saiba de nada disso, imagine, ele ia achar que está com uma espada sobre a cabeça.
– Eu não acredito que aquele nojento esteja te chantageando...
– Tudo que ele queria era se aproximar de Lilly.
Um sorriso malicioso apareceu no rosto de Sirius.
– Mas nisso ele se deu muito mal. Ela com certeza não está a fim dele, mas nem um pouquinho.
– Eu te disse que ela ia ser minha namorada, não disse?
– Não se vanglorie. Você fez foi um monte de besteira. Essa história de poção do amor – Sirius deu uma gargalhada – é a coisa mais ridícula que você fez na vida, James Potter. Uma coisa para eu contar para seus filhos, se você os tiver!
James ficou intensamente vermelho:
– Você não faria isso! Foi tudo por causa daquela história de mútua exclusão, poxa!
– E o bombom sumido? Onde será que está? Cuidado, vai que alguma professora o coma...
– Sirius, não brinque com isso.
– Não vou brincar. Vou descobrir o paradeiro dele. Não se preocupe.
– Entende que eu não posso voltar para o dormitório?
– Perfeitamente. Como vamos fazer pra conseguir conversar? Para todos os efeitos estamos brigados.
– Não sei – James baixou os olhos e reparou numa coisa nos espelhos diante deles: – Caramba, Sirius! Olha isso!
Sirius olhou para os espelhos e reparou que os reflexos eram invertidos. O lado esquerdo da sala estava refletido no espelho à direita e vice-versa. Os dois olharam para os espelhos admirados, era tudo que eles precisavam. Cada um pegou um deles e Sirius levantou-se. Estava na hora de seguirem com a farsa.
– Devíamos colocar essa sala no mapa – comentou – quando o fizemos não sabíamos dela.
– Eu acho melhor esperarmos essa confusão acabar, mexer no mapa ia dar um trabalhão.
– Nisso você tem razão. – Sirius olhou o mapa, viu que a barra estava limpa e então, abriu a porta e saiu, deixando atrás de si um James muito mais tranquilo. De alguma forma, ter seu melhor amigo como aliado o aliviava muito. Finalmente podia acreditar que aquela história acabaria bem.
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