Sonhando
Capítulo 16 – Sonhando
E o moreno aparatou na frente de todos.
Todos estavam paralisados com o choque, nem mesmo Dumbledore já fez aquilo. Logo houve o estouro de conversas. Aqueles que já tinham lido Hogwarts: Uma História, diziam que aquilo era impossível. Outros queriam poder fazer aquilo também. Os mais velhos estavam indignados que um menor poderia aparatar na frente de alguém do ministério e se safar.
Dumbledore chamou atenção de todos.
- Caros estudantes. Eu não perderia meu tempo criando teorias sobre o que aconteceu. O colega de vocês possui alguns poderes, digamos, interessantes que permitem ele se deslocar entre dois lugares sem o uso de aparatação ou outros meios mágicos. Esse é um dos motivos pelos quais ele está aqui no castelo. Aprender a controlar seus poderes e desenvolve-lo. Antes que sintam inveja ou rancor. Todos temos poderes especiais, só precisamos perceber e utiliza-los da melhor forma possível. – ele fez uma pausa para que todos pudessem absorver. – E gostaria de lembrar a todos que ainda é impossível aparatar nos terrenos de Hogwarts. Sei que vocês ainda possam estar céticos quanto a isso, então proponho um pequeno experimento. Alguém com permissão para aparatar poderia vir aqui na frente e tentar chegar até Hogsmeade.
Um aluno da Corvinal se levantou e parado na frente dos professores e tentou aparatar. Nem saiu do lugar.
Alguns alunos da Sonserina riram.
- Faça melhor. – disse o menino da casa dos inteligentes.
Um deles se aproximou da mesa central, de forma arrogante. E teve o mesmo resultado.
- Como vocês puderam ver, o que digo é verdade. – disse o diretor. – Agora recomendo que todos sigam para suas aulas. Não é porque o recesso de fim de ano está chegando que devemos relaxar em nossos aprendizados.
- Nunca pensei em ver alguém quebrando uma regra e assim provando para todos que ela é valida. – disse Minerva para Filius e Papoula. – Só podia se coisa de...
Na mesa da Grifinória.
- Mas ele não disse que... – começou a dizer Rony, mas Gina o interrompeu.
- Sim , ele disse isso. E disse que ninguém pode saber. – disse a ruiva.
- Vamos, Depois eu te explico. – disse Mione arrastando o amigo para fora do salão.
A manhã se passou sem sinais de Tiago.
Apesar de estarem todos no salão, a história começou a tomar uma direção surpreendente. Já envolvendo um sequestro ou uso de fumaça ninja.
Durante o almoço, assim que entravam no salão, todos procuravam pelo menino nas quatro mesas. Só então seguiam para a sua.
Umbridge estava em pânico. Com certeza Tiago iria aprontar algo que sobraria para ela. Tudo que o esse rapaz faz conseguia de alguma forma atingi-la.
E foi em um piscar de olhos, que ele apareceu com três mulheres. Uma na casa dos trinta e poucos anos, uma adolescente com a idade dele, que estava abraçada a ele, e uma menina de onze anos.
A secretária do ministro não sabia o que a aterrorizava mais, se era o olhar selvagem do rapaz ou seu sorriso maroto.
- Desculpe, mas tive que resolver uns problemas de família. – disse ele. – Essas são Lívia , e suas filhas Carol e Cris.
As três cumprimentaram os professores.
- Podemos ajudar vocês? – perguntou o diretor.
- Acho que já está tudo resolvido. – disse Lívia. – Tivemos alguns problemas com meu antigo chefe. Um ser machista, que achava que mulher só servia para uma coisa. Tiago já cuidou disso pra nós. Mas estamos sem lugar pra ficar. E minhas meninas precisam de uma nova escola. Não seria agradável, elas continuarem em Beauxbatons depois de um figurão do ministério ter sido separado de partes do corpo, depois de atacar sua mãe.
Muitos homens no salão se encolheram. Inclusive os professores.
- Bem, podemos conseguir a transferência para Hogwarts sem problemas, ainda mais que seu salvador tem um belo acordo com o nosso ministério. – disse Dumbledore. – E você poderá ficar no castelo até arrumar um emprego e uma moradia.
-Agradeceria. – disse Lívia.
- Acho que vocês podem começar desfrutando do nosso almoço. – disse Minerva.
Tiago as conduziu para a mesa da Grifinória.
- Acho que aqui vocês estarão bem. – disse ele e apresentou a todos na mesa. – Essas são Lívia, Cris e Carol, minha namorada.
- Viu Sr Potter, não precisava ficar com ciúmes. – disse Gina.
- Ciúmes de quem? - perguntou Rony.
- Deixa isso quieto, Rony. – Hermione. – Você não ia gostar da resposta.
A rotina da escola não pareceu se alterar com a presença de três pessoas.
Lívia estava ajudando Minerva nas aulas. Ela tinha grandes conhecimentos de Transfiguração.
Cris seria classificada depois do Natal, mas fazia as aulas que quisesse.
Carol estava na mesma situação que Tiago. Então seguia os grifinórios nas aulas. Várias meninas ficaram decepcionadas quando perceberam que eles eram namorados.
Harry encontrou uma vez o moreno e sua ruiva em uma sala, mas ele pode jurar que escutara uma voz feminina que ele não tinha ouvido antes no castelo.
Harry decidiu chegar mais cedo para a reunião da AH. Algo que ele ficou feliz de fazer, principalmente sozinho.
Dobby tinha decorado a Sala Precisa. Estava ótima se não as bolas não estivessem escritas “Harry Natal”. Não quis desperdiçar o esforço do elfo, então apenas modificou os escritos para a mensagem clássica de Natal.
- Lealdade de um elfo é mais importante que sua servidão. – disse alguém à porta.
- Como sabe que foi um elfo que fez isso? – perguntou ele para Tiago, que ele sabia que seria a única pessoa a chegar tão silenciosamente assim.
- Um dragão me contou. – disse o amigo.
Harry sabia melhor que não conseguiria nada mais do amigo.
- Cadê a Carol? – perguntou Harry para ter algum assunto.
- Estava com a mãe. Elas vão para Londres amanhã. Mas logo ela e a Cris estarão aqui. Mas essa é uma pergunta estranha, já que Gina também não está aqui.
- Me pegou. – disse ele, no instante que a menina entrava na sala.
Logo as pessoas começaram a chegar.
- Hoje iremos revisar um pouco o que já praticamos. – disse Harry assumindo seu posto.
- Pensei que fossemos aprender algo novo. – disse Zacarias Smith. – Eu poderia estar fazendo outras coisas. Eu queria aprender o Patrono.
- Ninguém está o prendendo aqui, Smith. – retrucou Harry. – Esse é nosso último encontro do ano, não faria sentido começar algo novo e não ter tempo de concluir. E te garanto o Patrono serão vários dias para todos estarem bem. Estamos aqui para aprender a nos defender. Estando afiados no que já treinamos fará com que tenham muito mais chance de sobreviver se algo acontecer. Quando ao patrono, provavelmente terá alguém por perto para lançar.
Ninguém mais discutiu com Harry.
Harry viu que Tiago continuava a treinar com Neville enquanto Carol ensinava a irmã os feitiços.
Foi tudo mais divertido do que o normal, mas Harry percebeu que as coisas estão andando direito.
Antes de encerrar, Harry deu alguns recados.
- Desejo a todos um bom feriado. Mas fiquem atentos, e lembrem- se de menores podem fazer magia em situações de perigo.
Os grupinhos foram saindo conversando. Até mesmo Daphne e Astoria estavam conversando com outros alunos que perceberam que elas não eram o que todos imaginavam dos sonserinos. E mesmo essa imagem pode estar errada.
Sobraram sozinhos ali, Harry e Gina.
- Olhe pra cima. – disse a ruiva.
Harry percebeu que estavam parados justamente embaixo de um visgo.
- Você sabe que dá azar não realizar algo? – perguntou ela.
- Claro. – respondeu ele. – Como se não fosse pra isso que tínhamos ficado para trás.
Logo estavam perdidos em um beijo.
Harry estava novamente na Sala Precisa. Desta vez ele estava preparando uma festa de Natal para os elfos. Decorava o quarto com bolas no formato da cabeça de Dobby.
- Você é especial Potter. – disse uma mulher atrás dele.
Ele já tinha ouvido essa voz antes, mas não sabia onde.
Ele se virou para ver quem era. De repente tudo mudou, ele agora estava em um lugar estreito. Escuro.
Tentou usar suas mãos, só para perceber que não tinha mais, nem mesmo pernas. Ele era uma cobra.
E tinha um objetivo.
Usando sua língua bifurcada, sentiu que tinha alguém no seu caminho. Era um empecilho e precisava ser eliminado. Harry então atacou antes que o homem pudesse reagir.
Harry acordou com Rony, o sacudindo e com uma dor quase insuportável na sua cicatriz.
- Rony. Seu pai foi atacado. – disse ele para o amigo.
- Foi só um sonho. – respondeu Rony tentando acalmar o amigo.
- Onde? – perguntou Tiago, que naquela noite estava dormindo no dormitório deles.
- Em um corredor sem janelas ou quadros, que levava a uma porta.
A feição de Tiago se fechou.
- Eu vou chamar a McGonagall. – disse alguém que Harry, suspeitou que era Neville.
Poucos minutos depois a professora chegou.
- O que aconteceu? – perguntou ela.
- Sr Weasley foi atacado por uma cobra. – Harry falou rapidamente.
- Como você sabe?
- Eu era cobra.
- Foi só um sonho. – disse Rony. – Ele estava se contorcendo antes de conseguirmos acordá-lo.
- Não foi um sonho. – disse Harry entre os dentes para evitar vomitar.
- Potter, precisamos ir até o diretor. – a professora estava pálida, mas continuava com o tom autoritário. – Weasley o ajude. Vocês três voltem a dormir.
Harry foi ajudado pelo amigo, enquanto Minerva seguia a frente e Tiago na retaguarda.
Dumbledore estava sentado na cadeira, como se não fosse madrugada.
Harry explicou o sonho que teve. Dumbledore levou alguns segundos para reagir.
Ele conversou com alguns quadros. Isso indicava que ele tinha acreditado.
- Precisamos dos outros Weasley. – disse Dumbledore.
- Eu busco. – disse Tiago. – Sou mais rápido e não preciso dos corredores.
- Alguém precisa distrair Umbridge. – disse o diretor olhando para Minerva.
- Não se preocupe com isso, ela não será vista até todos terem embarcado amanhã. – disse o moreno antes de desaparecer da sala.
- Ainda quero entender esse menino. – disse Dumbledore, indo para seus instrumentos.
Poucos minutos Harry e os Weasley desembarcavam com uma chave de portal no Largo Grimmauld.
Gina e os gêmeos tentaram seguir para o hospital, onde já sabiam que Arthur estava sendo tratada. Mas Sirius convenceu que não era uma coisa boa que isso acontecesse.
- Por que vocês não vão dormir? Vocês só poderão ir mesmo durante o dia. – disse o maroto sem muita convicção.
- Vamos ficar aqui até termos mais notícias. – disse Fred.
- Se vocês insistem. – disse Sirius. – Vou pegar algumas cervejas amanteigadas.
Harry seguiu o padrinho para a despensa.
- Sirius, aconteceu algo estranho quando saímos de Hogwarts. – disse o moreno. – Senti uma vontade enorme de atacar Dumbledore. A mesma que senti quando a cobra atacou Arthur.
- Pode ser um resquício do que você viu. – disse Sirius. – Vou falar com Dumbledore sobre isso.
Eles voltaram para a cozinha.
Gina se aconchegou no colo de Harry, recebendo olhares tortos de Fred e Jorge. E malicioso de Sirius.
Eles não perceberam o tempo passar. Quando Molly chegou.
- O pai de vocês está bem. Não descobriram o veneno que tinha na cobra, e não permite que o ferimento se feche, mas ele está recebendo poções. Mais tarde vamos visitá-lo.
Todos se aliviaram e decidiram subir para os quartos.
- Vamos conversar sobre o que vi aqui, depois. – disse Molly para Harry.
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NA:
Esse é um capitulo especial para tres amigas minhas.
Liv, Cris, Carol.
Adoro voces, meninas.
Bjs
Comentários (1)
ficou ótimo!
2013-06-15