Alguns Segredos
Capítulo 15 – Alguns Segredos
Trelawney estava se divertindo naquele ano. Nunca foi tão difícil prever o futuro, nem mesmo quando Voldemort compartilhava o corpo com um professor.
Ela sabia disso e poderia ter informado Dumbledore, mas isso estragaria seu disfarce. Sem contar que ela já tinha previsto que Harry Potter sairia vencedor.
Ela começou a analisar seu baralho especial. As quatro primeiras cartas foram um leão, uma serpente, um texugo e uma águia. Eram os símbolos dos fundadores, algo relacionado com Hogwarts. Seguiu de um baú, poderia significar um presente, dom ou herança.
Isso era estranho, os herdeiros famosos e conhecidos dos fundadores eram Voldemort e Dumbledore. Mas...
Puxou mais uma carta. O Cavaleiro novamente.
Então esse seria o Cavaleiro de Hogwarts. Aquele escolhido pelos fundadores para proteger o castelo e possivelmente o mundo mágico.
E a próxima era o Príncipe. Então o Cavaleiro tinha alguma relação com o Harry Potter.
Harry estava sobrevoando os jogadores, procurando a pequena bolinha de ouro.
O jogo estava pareado. As artilheiras da Grifinória eram superiores aos da Sonserina. Mas Rony estava mostrando todo seu nervosismo. Conseguia fazer algumas defesas difíceis, porem tomava gols bobos.
E ainda tinha essa musiquinha irritante. Se ele pegasse o autor, faria sofrer.
Tudo sumiu da sua mente quando ele percebeu um brilho dourado. Conferiu para ver onde Malfoy estava, e viu que estava mais perto que o sonserino. Não precisaria de uma finta. Acelerou sua Firebolt.
Malfoy demorou dois segundos para notar o movimento de Harry, isso garantiu ao moreno uma boa vantagem, o que impediria alguma manobra desleal por parte do loiro.
Harry desviou de um balaço e um artilheiro verde que se colocou no seu caminho, enquanto o pomo seguia sua rota para o chão.
Ele não teve problema em apanhar o pomo. Ele ergueu o pomo para que todos pudessem ver.
Foi quando o balaço o acertou e lançou para fora de sua vassoura. Por sorte, ele estava perto do chão. A queda não foi tão grande.
Logo o resto do time estava perto dele.
- Foi o Crabbe. – disse Angelina. – Ele mandou o balaço depois que Madame Hooch apitou. Ela está agora dando uma bronca nele.
Malfoy pousou ali perto.
- Conseguiu salvar o Weasley. – disse o sonserino. – Nunca vi ninguém mais patético que ele.
- Achei que você tivesse espelho em casa. – disse Harry.
- Vocês devem ter gostado da música que eu criei. – disse Malfoy, mas Harry sentiu que o golpe foi certeiro. – Ninguém da Grifinória poderia criar algo assim.
- Claro que não. – disse Katie. – Nosso pior é muitas vezes melhor que você é capaz de fazer.
Malfoy estava perdendo a paciência. Seus insultos não estavam rendendo o esperado.
- Eu só não consegui colocar a mãe dele. Não achei rima para... – ele foi interrompido.
- Pelo seu bem, não complete isso. – disse Tiago, que aparecerá atrás do loiro.
- De onde você surgiu? – perguntou ele. – E o que está fazendo aqui?
- Se eu te contar, você nunca poderia mais dormir, esperando eu aparecer. – respondeu ele com um sorriso maroto. – E quando a estar aqui, eu estou te dando uma detenção por sua atitude antidesportiva e evitando que você passe o resto do fim de semana na enfermaria.
- Eu não apanharia. – disse Malfoy tentando parecer confiante.
- Desculpe acabar com sua ilusão, mas você apanharia de qualquer um dos seis sozinhos, de todos juntos, não teria chance nenhuma. E como Dumbledore já disse, você que está pedindo pra isso.
Malfoy olhou e viu as meninas estalando as juntas e os ruivos com os bastões na mão. Mas teve mais medo do fogo que viu nos olhos verdes de seu alvo preferido.
- Você cumprirá uma semana com Hagrid. – disse Tiago chamando atenção para ele.
- Então ele pode nunca voltar. – disse Malfoy com um suspiro aliviado.
- Ou voltar mais cedo que você pensa, já que nem seu papai tem noticias dele. – disse Tiago com um sorriso maldoso. – Agora vaza.
Malfoy não perdeu tempo, nem para mais um olhar superior, e saiu correndo para onde seus companheiros de time estavam.
- Quando a sapa voltar para a lagoa dela, deixo vocês baterem nele. – disse o novo monitor. – Não podemos dar motivos para ela ganhar poder aqui.
Ele já não estava mais ali quando eles piscaram.
- Ainda bem que ele está do nosso lado, ou eu realmente não dormiria sabendo que ele simplesmente desaparece assim. – disse Alicia. – Não que eu me importaria dele aparecer na minha cama, a noite.
As duas meninas deram risadinhas enquanto os meninos reviraram os olhos.
- O que foi aquilo no final? – perguntou Hermione já na festa da vitória.
- Malfoy sendo ele. – respondeu Harry.
- Um idiota irritante? – perguntou Gina.
- Isso. Pelo menos Tiago apareceu e resolveu tudo. – disse o apanhador, só agora reparando que tinha embolsado o pomo durante a confusão.
- Como ele faz isso? – Mione fez a pergunta retorica do dia.
- Alguém viu o Rony? – perguntou Harry.
- Ele entrou rápido no vestiário depois do jogo. – disse Gina.
Foi quando o retrato se abriu, revelando um goleiro chateado, ainda com o uniforme ainda.
- Onde você foi, Rony? – disse o moreno. – Esperava que você tivesse na festa da sua primeira vitória.
- Estava pensando em me afogar no chuveiro do vestiário. Mas desisti da ideia, mamãe iria me matar se eu fizesse isso. E não adianta falar que era impossível, ela ia dar um jeito.
- Por que isso? – perguntou Mione. – Vocês ganharam o jogo.
- Você não viu minha atuação. Foi ridícula. – disse ele. – Pedi demissão do time, mas Angelina não quer aceitar.
- Foi uma atuação boa. – tentou Mione. – Você estava nervoso.
- Sim, aquela musica pode perturbar qualquer um. – disse Harry. – E Malfoy poderia ter estragado tudo, se não fosse o Tiago. Agora ele terá detenção com Hagrid.
- E não vai demorar, ele voltou. – disse Gina olhando pela janela.
Todos olharam para fora e viram fumaça saindo da chaminé do casebre.
Muitos depois estavam os quatro agasalhados indo para encontrar o amigo.
Demorou a convencer ao meio gigante a contar a historia, mas logo ele contou.
- Gigante. – disse Rony depois de tudo. – Era tudo que precisávamos agora.
Alguém bateu na porta.
- Abra essa porta.
- E a Umbridge. – disse Mione, bem baixinho. – Ela é professora de DCAT e Alta Inquisidora. Ela anda investigando os professores. Cuidado.
Hagrid abriu a porta e conversou com a professora.
- E quem veio te visitar? – disse ela mostrando a trilha.
- Eu. – disse Tiago mais uma vez aparecendo do nada. – Nos conhecemos há algum tempo, e esperava que ele fosse meu professor.
Umbridge olhou para os dois e saiu sem falar nada.
- Simpática ela. – disse Tiago para o quarteto na casa. – Ela nem se despediu.
- Como? – perguntou Mione.
- Aparatando sem som. Nunca gostei de fazer barulho a toa. – disse ele.
- Mas Hogwarts: uma Historia diz que é proibido. – disse a morena.
- Ainda é impossível aparatar para fora de Hogwarts, ou de fora pra dentro. – disse Tiago. – mas ninguém nunca disse que não posso aparatar entre dois pontos dentro do castelo.
- Isso não responde a minha pergunta. – disse ela. – Bem responde, mas falta informação.
- Bem, a proteção contra aparatação nada mais é que um grande escudo de magia que impede que haja um deslocamento sobre ele. Mas ninguém disse que não é possível usar o espaço interno do escudo para isso. Claro que ninguém ia divulgar isso. Seria um problema. Ou vocês acham que eles desligam o escudo apenas no salão principal, para treinos. Isso seria ilógico em uma guerra, o que permitiria um ataque direto.
- Isso faz sentido. – disse Rony.
- Mas como você pode aparatar? Não tem idade. – disse Mione.
- Não deixa de ser magia, e meu guardião achou melhor eu saber, e ser punido depois, que ter problemas. – disse ele. – E o Ministério não sabe exatamente quem aparata. Senão seria fácil pegar malfeitores. Eles podem até rastrear a aparatação do local, mas é preciso ser rápido e saber o ponto exato que aconteceu.
- Divagações magicas podem ficar pra depois. – disse Gina. – Melhor voltarmos antes que a sapa encrenque com a gente.
- Como você soube do que estava acontecendo? – foi a vez de Harry mostrar sua curiosidade. – Que eu saiba, você estava na Sonserina. E lá não tem janelas.
- Me contaram. – respondeu ele. – Demorou a confiar em mim, mas provei ser quem digo ser e tudo está uma maravilha.
Harry estava apreensivo com a primeira aula de Hagrid. Não que achasse as criaturas que ele ensinava interessantes, mas isso poderia causar algum problema com a Umbridge.
Ainda mais hoje, que eles estavam entrando na floresta.
Pelo menos ele estava descobrindo sobre os cavalos reptilianos.
Ele percebeu as emoções de choque de todos ao não ver os cavalos. Claro que havia aqueles que podiam, como Neville e um menino da Sonserina. Pelo menos foram esses os que levantaram a mão quando o professor perguntou.
Mas ele viu Tiago acariciando normalmente uma fêmea. Com os olhos desfocados.
Eis que de repente, surgi Umbridge.
- Sr Hagrid, eu acredito que você tenha recebido meu... – mas ela viu Tiago, que acenou divertidamente para ela. E saiu correndo.
- Acho que ela teve uma dor de barriga. – disse Simas, fazendo até alguns sonserinos rirem.
Bem, não seria tão ruim com Tiago ali. Malfoy não poderia destilar seu veneno, e Umbridge correria com rabo entre as pernas.
Harry e Gina estavam abraçados em um sofá na sala comunal. Isso já não espantava ninguém. Já até rolam apostas de quando eles finalmente se assumiriam como um casal. Os gêmeos cravaram o Natal. E não deixavam mais ninguém apostar nesse. Não apareceu um louco para contestar.
Eles só estavam conversando. Com Mione lendo numa poltrona perto e Rony copiando um dever no chão.
Harry começou a sentir uma onde de fúria, e parecia aumentar ou se aproximar.
Então o retrato se abriu revelando uma Luna triste, e um Tiago enfurecido, mas falando calmamente com a loira, e com um malão sobre o ombro.
- Amigos não fazem brincadeiras deste tipo, Luna. – disse ele. – Aquilo é maldade.
- Mas...
- Nada de mas. Sei que você vê as coisas de forma diferente, e isso não é motivo para roubarem suas coisas mesmo que devolvam depois. Aqui você vai ter amigos de verdade.
- O que aconteceu? – perguntou Gina se aproximando.
- Alguns seres resolveram que era divertido esconder as coisas da Luna. Então estou transferindo ela para cá. Ela vai continuar a ser uma corvinal, mas vai fazer tudo com a Grifinória, onde ela passa a dormir. Já tem uma cama no seu quarto, Ruiva.
Todos olharam para ele questionando, e algumas meninas subiram para conferir. E realmente havia uma cama ali, com as cores da outra casa.
- Agora tenho que ir conversar com alguns professores. Ou teremos alguns alunos a menos.
Tiago saiu, levando sua fúria com ele.
- Ele tem razão. – disse Harry para a nova moradora da torre vermelha. – Pensava que pessoas inteligentes não se rebaixariam a isso. Aqui você poderá ser o que quiser e ninguém vai te importunar por isso.
Muitas pessoas engoliram em seco. Uma coisa que eles aprenderam era que mexer com Harry era uma coisa, mexer com amigos do Harry outra completamente diferente. E se Tiago estava junto não era uma coisa boa para se meter. A loira agora seria uma leoa. E pronto.
O novo grupo seguia para o café da manhã tardia naquele domingo. Neville e Rony na frente discutindo sobre o dever de casa que Minerva tinha passado. E o ruivo ainda não tinha feito. Gina e Luna pouco atrás falando de algum animal fantástico. Mione interrogava Tiago, com Harry ouvindo.
- Você foi expulso de 4 escolas? Como? – perguntou a morena.
- Tecnicamente foram só de 3, fui expulso duas vezes da mesma. – disse ele. – Você acha que minhas atitudes aqui não poderiam ter causado isso já? Acho que Umbridge já teria feito isso antes se pudesse.
- Onde você estudou? – perguntou Harry.
- Beauxbatons, Durmstrang, Instituto Salem nos Estados Unidos e Beauxbatons novamente.
- O que você fez pra ser expulso de todas? – perguntou Hermione com certo receio da resposta.
- Na minha primeira passagem por Beauxbatons foi mandar uma turma inteira de veteranos para a enfermaria por implicar com uma colega. Durmstrang foi por não usar imperdoáveis.
- Mas você era só um segundo ano. – disse Hermione escandalizava.
- Eles são conhecidos pelo aprendizado das Artes das Trevas, mesmo que seja para aprender melhor a sua defesa. – explicou o menino.
- Que Horror. – disse a morena.
- Por que acha que eu fui expulso. – disse ele. – Bem, não posso mudar isso. Os americanos são conhecidos por ter herdado o gosto inglês por caçadas, e isso independe da espécie caçada. Um grupo de pais de alunos acabou entrando nos terrenos da escola durante uma caçada, e eu impedi eles de continuarem, salvando sua presa. A pressão nos professores foi grande e mais uma vez me informaram que não seria convidado para retornar no ano seguinte.
- Eles estavam caçando o que? – mais uma vez Hermione preferia não saber a resposta, mas sua vontade de aprender algo foi maior.
- Um duende. Sei que parece impossível, mas um duende jovem, machucado e drogado não pode ser defender direito.
- E como voltou para a escola francesa? – perguntou ela.
- Madame Maxime ficou sabendo destes dois episódios e me convidou novamente. E como os alunos que eu ‘machuquei’ já haviam se formado, não foi problema. A questão que a diretora esteve por grande parte do ano aqui, abrindo brecha para um professor com pensamentos purista. Alguém tinha proteger os alunos. Vencer um professor em um duelo na frente de toda escola pode te render privilégios e gerar medo. O ministério Inglês já estava de olho em mim, e foi tranquilo assinar um contrato vantajoso com a ajuda da Madame Maxime, ainda mais com seu flerte com Hagrid.
- Sensacional. – disse Harry.
Poucos metros à frente, depois que mudaram de corredor, Neville e Rony pararam.
Pirraça estava no meio do corredor segundo balões cheios de um liquido que não parecia ser água.
- Vocês têm dois segundos para decidir o que fazer. – disse o poltergeist.
- Escolhemos passar sem problemas. – disse Tiago do fundo do grupo.
Pirraça arregalou os olhos.
- Eu não vi o senhor ai. Não queria causar danos a você, Senhor. – disse ele todo atrapalhado. – Eu... Eu... Eu.
- Eu gosto de um pouco de caos. – disse Tiago. – Mas gostaria que você não incomodasse mais os meus amigos. Esses, e as meninas Greengrass. Sei que você conhece todos pelo nome, então não me venha com não sabia quem era.
- Sim senhor.
- Os gêmeos ruivos tem seu próprio acordo com você. Então pode manter. Mas se quiser fazer algo com os sonserinos em geral e corvinais que estão em detenção fique à vontade. E Claro com a Sapa Velha.
- Agora senhor. – disse Pirraça sumindo.
Poucos minutos depois, foi possível ouvir um grito que parecia o coaxar.
Harry sentia que aquele jantar não seria normal. Algo estava para acontecer. Talvez fosse o fato de Trelawney estar na mesa dos professores, era um sinal.
Não se lembrava de vê-la no Salão Principal desde o Natal do terceiro ano.
Os gêmeos estavam tranquilos. Ou melhor, bolando algo para fazer.
Ele já tinha recebido uma carta de Sirius, que mesmo entediado, afirmava que estava ficando na sede, já que tinha companhia para fazer aquele lugar menos desagradável.
Gina estava ao seu lado, conversando com Luna. Aparentemente os professores aprovaram a mudança dela para o dormitório da Grifinória. Já que nenhum reclamou, e era possível ver muitos corvinais em detenção.
Malfoy estava com a cara de esnobe que sempre teve, mas não tinha o sorriso irônico que indicava que aprontava. Assim como Umbridge que vasculhava o salão em busca de algo para poder usar contra Dumbledore.
Sua cicatriz estava normal. Então não era Voldemort.
Só restava Tiago. Ele estava na mesa da Sonserina com Astoria e Daphne. Tinha que ser ele.
E sua lógica deu resultado.
Um segundo, ele estava rindo e no seguinte ele fechou a cara apertando o pingente do colar.
- Eu avisei. – disse ele em um sussurro gélido, que Harry não sabe como escutou.
E o moreno aparatou na frente de todos.
Comentários (3)
Esta a ficar mt fixe :) entao o tiago é o cavaleiro de hogwarts? e o harry tem uma relaçao com ele... talvez... irmaos... ? nao demore a postar :)H.D.
2013-06-04ficou ótimo! fiquei curiosa para saber o q o tiago vai fazer!
2013-06-01Sua história está muito boa! Não demore muito a atualizar!
2013-06-01