Transferência
Naquele sábado a noite, na rua dos Alfaneiros numero 4, um garoto esperava ser transferido para um lugar onde ele ficaria seguro. Isso é, se existisse um lugar onde ele ficaria seguro. Esse garoto era simplismente Harry Potter.
A Ordem entrou na casa e Harry foi recebido por abraços apertados vindo de seus amigos e apenas um aceno de cabeça vindo de Draco.
- Vamos entrar antes que alguém nos mate – resmungou Olho-Tonto.
- Sempre tão otimista – zombou Jorge.
Tonks vinha com seu cabelo roxa marcante, parecia mais feliz que o normal. Lupin, logo atrás, com a aparência cansada de sempre, mas havia algo em seus olhos que mostravam tristeza e felicidade ao mesmo tempo. Se isso fosse possível. Quim, como sempre, elegante em suas vestes. Fleur e Gui, com o ar de apaixonados de noivos prestes a se casarem e é óbvio os gêmios, Olho-Tonto e é claro Mundungo.
- Então, qual é o plano? – Perguntou Harry, nem um pouco animado.
Moody explicou tudo sobre a poção polissuco, sobre os trestrálios e as vassouras, por causa do rastreador do Ministério. Contou sobre fontes que disseram que Voldemort já está infiltrado no Ministério e pode tirar informações sobre Harry na hora que bem entender.
- Não vou aceitar isso! Simplismente não vou! – Gritou Harry, após ouvir toda a explicação.
- Não é sua decisão Potter, queremos o deixar seguro e esse é o melhor meio – Disse Olho-Tonto.
- Não vou deixar que se arrisquem por mim – Falou o moreno – É absurdo.
- É a primeira vez que fazemos isso aliás – Reclamou Rony – Olha, é simplismente aceitar e fazer de tudo para que não seja morto.
- Nós estaremos com você Harry – disse Hermione – Agora por favor, nos de um fio de cabelo?
- Mas eu... – Tentou o moreno.
- Ah, cala essa boca e de o maldito fio Potter – Disse Draco, já perdendo a paciência.
Hermione lançou um olhar frio para o loiro, mas suavizou quando viu que o moreno alcançou um pequeno fio de cabelo. Quim botou em uma poção polissuco e alguns da sala começaram a se transformar. Um deles era Hermione, que se tornou um pouco mais alta e tinha sérios problemas de visão.
Moody alcançou-lhe as roupas de Harry, que serviram direito nela. Pegou o óculos redondo e teve certeza que estava igual ao moreno.
- Eu preferia você antes – disse Draco pra ela.
Hermione deu uma risada.
- Bem, as duplas – Anunciou Olho-Tonto e logo ditou todas as duplas, Hermione ficou feliz em saber que ia com Draco. – Vamos ou querem tomar um chá antes?
- Um chazinho cairia super bem, obrigado – Brincou Fred mas logo se calou quando o homem lhe lançou um olhar feroz.
- Varmos logo! – Reclamou Fleur.
Todos foram para fora, onde os trestrálios os esperavam obedientes. Havia algumas vassouras postas no chão. Draco viu Rony fazer uma careta quando teve que segurar na cintura de Tonks em cima de uma vassoura, viu Harry dentro de uma espécie de cesto ao lado de Hagrid em uma moto.
Ele e Hermione foram até o primeiro trestrálio, que estava obedientemente parado. A castanha acariciou o focinho do animal, que deu um pequeno relincho.
- Eu preferia uma vassoura – reclamou o loiro – Quero dizer, me sinto mais seguro em uma.
- Eu odeio vassouras, eles devem ter lembrado disso – disse Hermione, como Harry é claro – Mas se tiver com medo, não se preocupe, eu te protejo.
- Cala a boca Granger – resmungou Draco, depois dando uma pequena risada. – Se você não estivesse como o Potter eu te daria um beijo de boa sorte, mas acho que assim como você está essa cena entraria pra sempre na minha cabeça.
- Oh por Merlim! – Reclamou a castanha – Nunca mais diga isso, foi extremamente nojento.
Os dois então montaram no animal, Draco na frente e as mãos de Hermione em seus ombros. Ouviram o grito de Moody e então o animal começou a voar.
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Altura.
Como ela odiava altura.
O vento lá em cima era cortante, a noite escura não deixava enxergar nada ao seu redor e isso facilitava a sensação de que estava sendo vigiada. Ou era tudo coisa de sua cabeça?
Por precaução, tirou a varinha das vestes em uma posição que se tivesse um ataque logo poderia se defender.
Apertou com mais força os ombros de Draco a medida que o trestrálio aumentava de altitude. O frio lá em cima era cortante.
De repente um grito pode ser ouvido.
Ao redor deles, vultos encapuzados estavam voando em uma espécie de fumaça negra, eram em dois e eles tinham as varinhas apontadas diretamente para Hermione – que estava como Harry.
- Achem Potter – uma voz gélida pode ser ouvida adiante.
O primeiro vulto foi lançar um feitiço estuporante mas Draco foi mais rápido e lançou um Petrificus que não o atingiu por pouco. O segundo vulto avançou em Hermione, mas esta logo lançou um Expelliarmus perfeito que o desarmou. Parece que esse ato chamou a atenção de outros pois logo eles estavam cercados por no mínimo cinco Comensais.
Os feitiços eram lançados pelos oponentes um atrás do outro. Mas o casal conseguia se defender. Porém, uma hora, um dos vultos lançou um feitiço quebra-ossos em Hermione mas que infelizmente atingiu Draco que soltou um urro de dor.
- Petrificus – Ordenou Hermione apontando para o primeiro vulto.
O feitiço o acertou perfeitamente mas o seu parceiro o pegou durante a queda e saiu com ele.
Os outros três vultos lançavam feitiços sem se cansar, um deles até tentou lançar um Avada, porem o feitiço passou reto por Draco.
O terceiro vulto, esperto, lançou um feitiço quebra-ossos na asa do trestrálio que relinchou de dor. Os outros dois vultos, seguindo o exemplo, lançavam feitiços estuporantes no pescoço do animal, que essa hora já estava cambaleando no ar.
- Acharam Potter! Ataquem ! – um grito louco foi ouvido.
Dois vultos foram atrás da voz. Porem um ficou.
Este, tirou a máscara revelando ser Lúcio Malfoy.
Lúcio agarrou Hermione – que agora havia voltado a sua forma normal – e tentava tirar ela do trestrálio, porem, como o animal balançava por causa da asa quebrada, a ação ficava realmente difícil.
- Draco! – Gritou Hermione quando Lúcio a puxou pelo pescoço.
Draco se virou pra trás a tempo de ver o pai tentar puxar Hermione, automaticamente apontou a varinha.
- Estupefaça! – Gritou.
Seu pai, atingido pelo feitiço, caiu.
Hermione conseguiu se ajeitar em cima do trestrálio que agora estava perdendo altitude e relinchava mais frequentemente.
Foi quando o animal, já não aguentando de dor, começou a cair.
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Se segurando fortemente em Draco, Hermione conseguiu proferir um feitiço para a queda ser mais lenta e dar menos impacto. Mas quando chegaram no chão não teve jeito: a dor foi imensa.
O problema não foi a dor, e sim aterrissarem fora da área protegida pela Ordem.
Alguns metros adiante, podia se ver um campo de força invisível ao redor de uma pequena casa onde se podia ver luzes acesas. Um grito de felicidade de uma mulher foi escutado e vinha de dentro da casa.
Hermione encontrou Draco deitado no chão segurando o braço esquerdo contra o corpo. Foi até ele.
- O que foi? – Perguntou ela.
- Quebrei meu b-braço – respondeu ele e olhou pra cima – Droga.
Não era pra menos: dois Comensais vinham em sua direção.
- Para a área protegida! Agora ! – Gritou Hermione, puxando Draco pela mão.
Os dois começaram a correr e os Comensais atiravam os feitiços um atrás do outro. Estavam quase chegando na área protegida, quando um feitiço atingiu Hermione fazendo-a cair no chão.
Draco – que estava mais a frente – voltou para busca-lá.
- Não! – Gritou Hermione.
Mas quando o loiro já estava ao seu lado, uma mulher encapuzada apareceu, saindo de trás do campo de força. Ela e mais outra que também estava encapuzada começaram a duelar com os Comensais. Estes, caíram petrificados no chão.
- Entrem na casa agora! – Gritou uma delas.
Draco ajudou Hermione se levantar usando o braço bom. Sairam correndo e finalmente entraram na casa.
Dentro, o ambiente era acolhedor, havia uma enorme lareira acesa e uma bandeja de biscoitos e chá em cima de uma mesinha de centro. Na prateleira, uma escova azul chamava a atenção, ao lado de porta retratos de um bebê com cabelos rosa berrante.
Ofegantes, os dois caíram no chão, exaustos.
Uma das mulheres entrou, retirando o capuz.
Ela era praticamente a cópia de Belatriz Lestrange. Porém, seus cabelos eram lisos e sedosos diferentes do de Belatriz que eram crespos e terrivelmente ressecados. A outra mulher longo entrou, retirando o capuz, revelando ser Narcisa Malfoy.
- Mãe...? – Perguntou Draco, se levantando.
- Olá meu filho, como está? – Ela pôs a mão na boca quando viu o braço do loiro – Quebrou seu braço? Andrômeda! Ele quebrou o braço!
Andrômeda estava sentada em uma poltrona, servindo chá em duas xícaras pequenas.
- Infelizmente não tenho mais poção para concertar ossos Narcisa – disse ela, indiferente – Mas seu filho cresceu desde a ultima vez que eu o vi.
- Andrômeda? – Interrompeu Hermione, ainda ofegante – Você é a mãe de Tonks!
Andrômeda se virou para Hermione, lhe entregando uma xícara de chá que a castanha aceitou prontamente.
- Sim, sou eu – respondeu ela – Tome o chá, tem poção de revitalecimento nele.
- Quer dizer que você é a minha tia? – Perguntou Draco, também ofegante – Você se parece muito com...
- Belatriz? – Interrompeu ela, zangada – Oh claro, todo mundo diz isso. Nossa querida irmã que nunca soube do amor verdadeiro. Desculpe meu querido sobrinho, mas odeio ser comparada com aquele ser. A chave de portal é a escova, agora, se me deem lisença...
E então ela saiu da sala. Pisando duro.
Narcisa suspirou.
- Minha pobre irmã, fiquei tempos sem a ver – ela suspirou novamente – Senti saudades.
- Ótimo mãe, ótimo – interrompeu Draco inpaciente – Nós estamos realmente cansados aqui. Onde está a chave do portal?
- Oh, me desculpe... vocês estão todos sujos... – Narcisa pegou a varinha e com um aceno fez o casal ficar limpo – Melhor assim. A chave é aquela escova de cabelo azul ali em cima. Vou me retirar.
Ela deu um beijo em Draco e se retirou.
Hermione se jogou em Draco, esquecendo seu braço quebrado, e o abraçou fortemente.
- Pensei coisas horríveis lá em cima... foi tudo tão rápido... – Dizia ela.
- Eu sei – Falou ele – Passou agora, estamos indo pra casa dos Weasley´s de novo. Vai dar tudo certo.
Hermione assentiu.
A escova de cabelo então começou a brilhar intensamente e os dois a tocaram, sentindo a sensação horrível já conhecida. Ambos fecharam os olhos e aguardaram.
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- São eles! – Gritou Gina.
Harry se sentiu aliviar. Hermione tinha chegado a salvo, isso era importante pra ele.
Quando a viu, saiu correndo e a abraçou fortemente. Ouviu Molly gritar um “Graças a Merlim” e sentiu uma pessoa passar correndo por ele e abraçar Draco, que reclamou alguma coisa sobre um braço.
- Você está bem Hermione? – Perguntou ele, realmente preocupado.
- Estou, só Draco que está com um braço quebrado – Respondeu ela.
Ao lado, Madeline abraçava o irmão fortemente, ignorando o braço.
- Estou feliz que esteja bem – disse ela, depois se voltou para Hermione e lhe deu um abraço igualmente forte – Estou feliz que vocês dois estejam bem.
Draco se virou para Gina que estava olhando para o seu aflita.
- Somos os últimos? – Perguntou.
- Não, Rony e Tonks ainda não chegaram...
- Ronald está bem? Viram ele? – Madeline perguntou rapidamente, logo depois corando e desviando o olhar – Não que eu me importe... claro que não...
- Infelizmente não Maddy, sinto muito – respondeu Hermione.
Todos então entraram para a Toca, onde todos estavam reunidos. Gui e Fleur também não haviam chegado e Rony e Tonks também. Mundungo e Olho-Tonto se perderam no caminho de acordo com que Fred disse e além de tudo isso Jorge havia perdido uma orelha. Que era motivo de piadas para os gêmeos.
Um som foi escutado e Rony e Tonks surgiram no meio da sala. Obviamente tinham aparatado.
- Rony! – Madeline gritou e sem pensar, se atirou nos braços do ruivo que chocado retribuiu o abraço – Estava preocupada...
- Bem, é, eu também – respondeu o ruivo, desconcertado.
Gina no canto da sala revirou os olhos com a burrice do irmão para agradar as garotas.
- Onde está Gui e Fleur? Oh meu Merlim ... – Sra.Weasley andava de um lado para outro.
- Se acalme minha querida, eles já estão chegando – Sr.Weasley a confortou.
- Molly, essas coisas levam tempo – Disse Quim, calmo.
- Ele é meu filho! Não me digam para ficar calma! – Gritou ela, chorando de preocupação.
Harry puxou Hermione para um canto, seguido pelos olhos ciumentos de Draco que observava de longe. Hermione só agora percebeu que Harry tinha os olhos cheios de lágrimas.
- O que aconteceu? – Perguntou a castanha.
- Eles sabiam, Voldemort sabia – disse Harry – Ele estava lá, ele tentou me matar mas então aconteceu uma coisa muito estranha com as nossas varinhas. Edwiges morreu.
- Harry... sinto muito... – Falou Hermione triste – Mas essa coisa com a varinha, não deve ter sido nada de mais porqu-
Uma voz grossa interrompeu:
- Olho-Tonto está morto.
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NÃO DESISTI DA FIC, ISSO É OBVIO.
Estou muito feliz pelos comentários, só tenho a agradecer.
E tenho que pedir desculpas pela demora, foi tudo preguiça, admito.
Muuuito obrigada por tudo, sério, é importante pra mim.
E também vim anunciar que depois dessa fic vou fazer vááárias outras porque estou cheia de ideias. São dramione é claro, pq eu gosto muito desse casal.
BEEEEIJOS :*
Comentários (2)
que bom que não desistiu, estamos por aqui e esse capitulo foi otimo, amei bjos e esperando por mais
2012-10-31Eu simplesmente amo loucamente a sua fic! serio!!!eu olho todo dia de tarde e de noite para ver se você ja att algo!por favor, não deixe de escrever.^^
2012-10-30