Simples dois Dias.



Fazia dois dias desde o acontecimento no Lago Grimmald, todos já estavam em Hogwarts e Hermione e Draco estavam muito abalados com os acontecimentos naquela casa. Hermione tinha pesadelos todas as noites e decidiu que para parar de acordar as colegas de dormitório dormir na Sala Precisa.


Draco se sentia culpado pela morte de Ruan, tinha sido um covarde e não havia lutado contra Dolohov, e o pior, não havia protegido Hermione.


A castanha estava na Sala Comunal da Grifinória, olhando para a lareira quando Harry chegou correndo, ofegante.


- Você não vai acreditar Hermione! – Exclamou ele, se sentando ao lado da amiga.


- O que foi? – Perguntou ela, preocupada.


- Dumbledore me mostrou a lembrança de Slughorn e eu finalmente consegui pegar a verdadeira – Disse o moreno.


- Mas isso é maravilhoso! – Exclamou Hermione.


-  Nem tanto – Disse Harry, triste – Acabei de sair do gabinete do diretor e havia visto a lembrança na penseira, Voldemort tem Horcruxes...


Hermione botou a mão na boca, sabia muito bem o que era Horcruxes e não conseguia pensar no que era pior do que matar uma pessoa e repartir a alma.


- Com toda a certeza Dumbledore lhe explicou o que é não é Harry? – Perguntou a castanha.


- Sim, e até me mostrou duas Horcruxes já destuidas, uma delas é o diário de Tom Riddle que eu destrui no segundo ano. – Revelou o amigo – A outra era um anel, que pertencia a família de Voldemort.


- Meu Merlim! Não acredito nisso! – Exclamava Hermione, aterrorizada – Não posso acreditar que alguém tenha feito uma coisa dessas, nem mesmo Voldemort, para fazer uma Horcruxes é preciso dar muito sofrimento e até mesmo...


- Matar – Completou Harry – Se bem que nunca duvidei que ele fosse capaz de fazer isso, ainda mais seis vezes.


- Seis? – Hermione perguntou -  Ele é um monstro...


-  Já tem duas destruídas, o anel e o diário – Falou Harry – Mas tem outras e Dumbledore disse que só tem pista de uma e nem sabe de está certo. Fica em uma caverna no norte da Escócia e ele disse que só eu posso ajuda-lo a encontrar.


- E ele lhe explicou o por que?


- Estamos falando de Dumbledore Mione, ele fala tudo em enigmas ou nem fala, deixa em segredo – Disse Harry – Ele disse que daqui a dois dias nós dois iremos atrás dessa Horcrux e destrui-lá, será quando tudo vai acontecer.


- O que? – Perguntou Hermione, chocada – Tudo vai acontecer? Ele se refere a morte dele?


- Deve ser – Falou Harry, dando de ombros.


- Não pode!-  Hermione exclamou, se levantando – Draco nem concertou o maldito Armário!


- Então pede pro seu namoradinho se apressar Mione – Falou Harry se levantando – Não podemos perder tempo, o Natal já é amanhã esqueceu? Precisamos estar preparados quando essa guerra chegar, pois tenho certeza que o pior já está chegando ou você pensa que o pior é isso que está acontecendo?


- Não, nunca acreditei – Respondeu Hermione com lágrimas nos olhos – Quando isso tudo vai acabar? Quando todas essas pessoas inocentes vão parar de morrer?


- Quando ele for destuido – Respondeu Harry, olhando nos olhos da amiga – Quando eu o destruir.


Hermione suspirou e se sentou novamente no sofá vermelho.


- Mudando de assunto – Disse ela sorrindo de maneira convincente – Quando vai se declarar pra Gina?


- Não sei do que esta falando – Desconversou Harry se sentando.


- Não é? – Perguntou Hermione marota – E se eu te dizer que ela e Dino terminaram?


- O que? – Perguntou Harry, sorrindo radiante – Eles terminaram?


- Sim, ontem, parece que Gina não estava feliz com ele... – Falou Hermione – Vá atrás dela! Ou vai esperar essa guerra terminar? Olha, eu não quero isso e nunca vou querer mas você sabe que Gina pode sair machucada, você vai perder essa chance de ser feliz Harry, e eu não quero isso.


Harry olhou para o chão, ele tinha aquela chance... por que deixar ir?


- Está certa, eu vou! – Exclamou ele se levantando – Mas primeiro, tenho que explicar tudo para Rony, depois vou atrás dela.


- Muito bem Harry – Parabenizou Hermione – Você vai na festa de natal do Slughorn? É hoje, e sabe... eu pensei que poderíamos ir juntos, como amigos, eu estou sem par e sabe, não queria ir sozinha...


Harry bateu na testa.


- Desculpe Mione – Falou ele tristemente – Mas já convidei a Luna. Por que não vai com o Malfoy?


Hermione suspirou triste.


-  Draco anda me evitando esses dias – Disse ela, triste – Acho que se sente culpado pela morte de Ruan, não entendo isso, mas acho que ele precisa ficar um tempo sozinho.


- Sinto muito – Disse Harry.


- Tudo bem – Falou Hermione – Vou me arrumar, te encontro na festa.


E saiu pelo buraco da mulher gorda.


--x---


Harry havia acabado de falar com Rony, o ruivo gritou vários palavrões quando descobriu tudo e exclamava coisas como “ Mas é claro que tem que ter esse detalhe pra estragar ainda mais” e “ Nossa! Que inferno!”


O moreno andava pelos corredores em busca de uma certa ruiva, mas acabou achando uma loira.


- Er... Madeline não? – Perguntou Harry para a garota.


- Sim e eu sei seu nome, não precisa me falar – Disse ela.


- Claro, bem, ér... você sabe onde Gina está? – Perguntou, desconfortável.


-  Gina? A ruiva? – Harry assentiu – Está nos jardins, perto do lago.


- Obrigado – Agradeceu o moreno.


- Não há de quê – Gritou a loira enquanto virava um corredor.


Harry saiu correndo em direção ao lago, encontrou uma garota sentada na grama e encostada numa árvore, seu semblante era triste e o garoto encontrou lágrimas descendo dos lindos olhos azuis da ruiva.


- Gina? – Chamou.


- Oh! – Ela se assustou – Ah, é você Harry, desculpa e-eu estava distraída...


- Chorando? – Harry perguntou, se sentando ao lado dela – Desculpe, mas chorar não é distração.


Gina revirou os olhos e olhou pro outro lado.


- Isso não lhe diz respeito – Respondeu ela – O que faz aqui afinal? Tem festa de Natal do Slughron agora e aposto que ele não queria que o precioso Harry Potter faltasse.


- Ele pode esperar, tem alguém mais importante que precisa de mim agora – Respondeu o moreno, não sabendo onde toda aquela coragem havia surgido.


- Se está falando de mim, eu não preciso de você – Respondeu Gina, ainda sem encarar Harry.


- Está nesse mal humor todo só por que terminou com Dino? – Perguntou Harry calmo.


Gina se assustou e se virou para o encarar.


- Como você...? – A ruiva bateu na testa, como se lembrasse de algo – Claro, Hermione, depois eu vou ter uma séria conversa com aquela minha grande amiga.


- A culpa não é dela, na verdade, ela me abriu os olhos para um coisa que estava na minha frente e eu não conseguia ver, mas que agora eu vejo e não consigo mais esconder – Falou ele – Gina, e-eu estou completamente apaixonado por você, não sei desde quando isso começou mas é algo diferente e incrivelmente forte, diferente do que eu sentia pela Cho, eu odiava te ver com Dino porque eu queria que eu fosse ele naqueles beijos que vocês davam, eu sentia inveja dele pois ele tinha algo que eu não tenho, que é uma garota maravilhosa, inteligente, corajosa e linda que é você e sinceramente meu coração para quando eu penso que você pode se machucar nessa guerra e é por isso que eu estou aqui te dizendo tudo isso, porque eu não posso perder a chance de dizer que eu te amo Gina.


A ruiva olhava pra ele sorrindo, suas lágrimas não eram mais de tristeza, mas de alegria.


- Depois de seis anos Sr.Potter... seis anos e o senhor vem aqui me dizer isso, sendo que eu já sabia de tudo isso lá nos meus 12 anos, claro, era platônico mas eu já sabia – Falou ela, se fingindo de emburrada – Finalmente vou poder fazer isso.


Gina puxou Harry, fazendo seus lábios se juntarem num beijo loucamente apaixonado. Harry se sentia nas nuvens, e percebeu finalmente que não haveria outra garota em sua vida a não ser aquela ruiva. Ela? Bem, ela sentia as mesmas coisas que sentiu no seu segundo ano, na verdade, desde o primeiro, não podemos mentir.


Se separaram ofegantes.


- Gina, eu não posso ficar com você agora – Disse Harry -  Você vai ficar em perigo se ficar comigo, e eu não quero isso, se quiser continuar com o nós terá que me esperar.


Gina sorriu meigamente.


- Eu vou esperar – Disse ela – É uma coisa que realmente vale a pena.


--x---


Hermione se olhou no espelho, estava com um vestido bege e um lindo colar de diamantes que sua mãe lhe deu no aniversario de 15 anos, estava um um salto, mas não muito alto e uma maquiagem leve.


Estava linda.


Saiu da Sala Precisa, seu novo quarto e andou pelos corredores, estavam desertos aquela hora...


Foi quando um garoto apareceu, ele usava um elegante smoking.


Córmaco McLaggen.


- Olá Hermione, está indo pro baile suponho? – Perguntou ele, a olhando de cima a baixo – Está muito bonita.


- Obrigada – Hermione ficou corada – E sim estou indo pra festa, creio que você também...


- Oh sim, estou – Falou ele – Que tal irmos juntos, pelo visto esta sem par.


Hermione olhou ao redor, realmente não queria ir com Córmaco, mas não queria parecer má educada e além disso, estava sem par e com certeza não seria bem vista se fosse sozinha.


- Por mim tudo bem – Respondeu ela simpática.


Córmaco lhe deu o braço e Hermione aceitou, andaram pelos corredores até chegaram nas masmorras, onde uma vez foi uma sala de aula agora havia um grande salão, cortinas beges e vermelhas caiam do telhado, uma linda mesa cheia de deliciosas comidas também ajudavam e havia vários garçons ( alunos) andando pra lá e para cá com bandejas cheias de drinks.


Slughorn estava com um terno verde limão horroroso, e quando viu Córmaco e Hermione veio em direção aos garotos.


- Que bom que vieram – Disse ele feliz – Será uma linda festa.


- Com certeza será professor – Falou Córmaco, pomposo.


- Não me chame de professor Córmaco! Já falamos sobre isso – Disse Slughorn – Apenas Slug sim?


- Tudo bem – Concordou o garoto.


- Srta.Granger – Cumprimentou o professor beijando a mão de Hermione.


- Boa noite – Cumprimentou Hermione – Slug.


Slughorn riu alto.


- Você aprende rápido! Espero que curtam a festa – Disse ele andando para cumprimentar Anna Abott que acabou de entrar.


Córmaco se virou para Hermione.


-  Que tal uma bebida? – Perguntou.


- Mas é claro – Respondeu Hermione.


- Já volto, vá pegando uma mesa... – Falou ele.


Hermione andou pelo Salão e enconrou uma mesa vazia, em cima dela havia alguns petiscos de queijo e presunto, decidiu comer uns enquando Córmaco não voltava. Mas o garoto não demorou muito e logo apareceu com duas taças de champanhe.


- Obrigada – Agradeceu Hermione.


Ele apenas mecheu os ombros e começou a comer.


- Meu pai é muito rico sabe? Uma vez eu estava em um leilão e queria comprar um quadro de Mark Frezench, um pintor espanhol muito famoso... da época medieval, foi um dos únicos a pintar o diadema de Rowena Ravenclaw, muito raro, muito raro – Contava Córmaco – Fiz de tudo pra comprar, mas havia uma família trouxa e eles compraram, que tristeza...


Hermione sorria no meio das histórias de Córmaco, a metade era sobre Quadribol e de como ele era um bom goleiro, nada fazia sentido nas história do garoto, as vezes, ele perguntava a opnião de Hermione para alguma coisa. Mas a resposta sempre era “sim” se não, ele discordava completamente.


Córmaco logo estava bêbado, tomou umas dez taças de champanhe e queria dançar com a castanha que se recusava. Por sorte ela viu Harry e Luna.


- Me ajudem – Pediu ela pro moreno.


- Em que? – Perguntou Luna


- Córmaco... ele não larga do meu pé e o pior, está bêbado – Contou a castanha – Ele parece me comer com os olhos...


- Se acalma, logo ele para – Falou Harry, puxando Luna – Me chame qualquer coisa.


Hermione assentiu, mas quando se virou viu Córmaco a olhando furioso.


- Você deveria estar comigo! – Reclamou ele – Vem, quero dar uma palavrinha com você.


A pegou pelo braço rudemente, nem dando bola para os protestos de Hermione, que se sacudia nos braços do garoto. Quando chegaram em um corredor vazio a empurrou fortemente contra uma parede fria. O corredor estava escuro e completamente vazio, não havia nenhum ruído ali a não ser a respiração forte de Hermione.


- Me solta! – Gritou ela, tentando sair dos braços do garoto.


- Não! – Retrucou ele, fazendo sair um alito de álcool de sua boca.


- Eu quero sair daqui! – Gritou Hermione, batendo no peito do garoto.


- Você quer, mas não vai – Gritou ele, pela primeira vez – Sabe Hermione, você é linda e eu sou lindo, você deveria ser a minha namorada.


- Eu nunca queria algo com alguém como você! – Gritou ela.


- Ah, mas vai querer sim – E a puxou contra si.


Os lábios de Córmaco encostaram do de Hermione, ela batia nele e mordia a língua do garoto, que nem ligava.


Foi quando passos foram ouvidos.


- Larga ela! – Gritou Draco, furioso.


Hermione caiu no chão, quando Córmaco a largou.


- Ora,ora se não é o Malfoy – Zombou o Grifinório – Veio proteger a sangue-ruim?


Draco nem respondeu, deu um soco fortemente em Córmaco, que tentou revidar mas por causa de sua bebedeira acabou batendo a cabeça na parede e caindo desmaiado.


- Você está bem? – Perguntou Draco para Hermione.


- Sim... só... me tira daqui – Disse ela.


Draco assentiu e a pegou no colo, a levando para a Sala Precisa.


Entrando no cômodo, desejou uma cama macia e a botou nela, a deitando confortável no travesseiro.


- Eu vou matar aquele cretino! – Gritou o loiro enfurecido.


- Não Draco... ele estava bêbado – Disse Hermione, se sentando na cama.


- Você está defendendo ele? – Gritou Draco – E fique deitada.


- Não vou ficar deitada! – Gritou ela de volta – Não estou defendendo ninguém! Mas sabe o que ouve? Dois dias Draco! Dois dias que você não me olha na cara! Você nem me cumprimenta quando passo por você nos corredores.


- Isso não vem ao caso – Disse ele, mais controlado  - Você não sabe os motivos.


- Então me explique – Gritou ela – Vai precisar que outra pessoa me beije a força agora para poder falar comigo? O que está acontecendo?


- Vou te falar o que está acontecendo – Gritou Draco -  O que está acontecendo é que eu me culpo pela morte daquele garoto! O que está acontecendo é que eu odeio tentar dormir e ver a sua imagem chorando e sentindo dor naquela casa! E o pior, saber que eu sou um covarde por não ter feito nada pra ajudar você ! Até o menino fez algo por você, Hermione, e eu não!


- Você acha que eu não sinto dor também? – Gritou ela – Todas as noites eu sonho a mesma coisa, eu grito durante a noite e é por isso que eu durmo aqui nessa sala! Eu sonho com a morte de Ruan e eu sonho que você morreu tentando me salvar! Você não é um covarde Draco, você é racional, diferente de mim que ficou batendo numa barreira idiota chorando feito uma imbecil.


- Não tente se culpar – Berrou ele – Você não é a culpada... v-você não entende, não consegue entender, você não passa de uma sangue-ruim.


Draco percebeu a burrada que disse quando viu Hermione chorar, sentiu seu coração se apertar quando viu ela indo em direção a porta.


Hermione se virou para o loiro.


- Se prepare – Disse ela – Daqui a dois dias o armário tem que estar pronto, Malfoy.


E saiu da sala.


Draco pela primeira vez chorou por uma mulher, havia estragado tudo... mas ela não entendia...


Hermione sabia que ele estava nervoso, sabia e ao contrario do que ele pensava ela entendia, ela sabia o que ele sentia pois ela sentia o mesmo.


Foi por isso que naquela noite ela foi na biblioteca escondida e pesquisou sobre o Armário sumidouro.


Foi por isso que naquela noite ela escreveu um bilhete e pôs dentro do Armário da Sala Precisa.


E foi por isso que naquela noite ela partiu pra toca, com Rony, Harry e Gina.


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A primeira briga do casaal, bem,.. não a primeira briga, mas a primeira briga deles como um casal.


E o finalmente de Harry e Gina.


Comentem e aguarde o proximo capitulo que eu prometo ter bastante emoções.


E aguardem uma coisa inesperada nesses proximos dois dias...


 

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