O Pequeno Garoto
Da mesma maneira que os gritos surgiram eles se foram. Os membros da Ordem estavam nas janelas, observando uma casa que devia estar a umas duas quadras dali com a marca negra pairando por cima.
- Temos que ir ajudar! – Gritou Harry, indo para a porta.
Lupin o segurou pelo braço.
- Não vamos sair pela porta da frente, se há Comensais por ai não podemos arriscar o endereço da Ordem – Disse Remo – Vamos aparatar.
Rony olhou para Hermione, que assentiu com a cabeça para o ruivo. Ato que não passou derpercebido por um certo loiro.
- Vamos em duplas – Falou Moody.
- Não podemos perder tempo! –Gritou Harry, apontando para a casa – Pode ter pessoas gravemente feridas lá dentro!
Mas olho-tonto apenas fingiu que não escutou.
O breve silêncio foi terminado com mais gritos e sons de aparatação, um barulho de vidro quebrado foi escutado e um choro de uma criança.
Dumbledore surgiu do escuro, seu semblante era sério.
- Pelo visto temos uma pequena batalha, como Lupin disse, aparatem, não quero ninguém saindo pela porta da frente – Disse Dumbledore, mas quando viu que Harry e mais alguns adolescentes tentavam aparatar completou – Nenhum menor de 17 ira lutar.
Harry olhou para o velho indignado... precisavam deles...
- Não! Precisam de ajuda! Essas pessoas precisam de ajuda! – Disse ele.
- Por isso todos nós vamos Harry, menos vocês adolescentes, se eu souber que algum de vocês desobedeceu minhas ordens, creio que teremos uma conversa muito séria – Falou ele.
Logo vários sons foram escutados, todos os outros membros da Ordem aparataram e logo em seguida sons de feitiços foram ouvidos.
Hermione foi até a janela e viu a praça que ficava a frente do Lago Grimmald pegando fogo, no centro dela havia vultos encapuzados gritando de felicidade, um deles foi estuporado por Tonks, que lutava bravamente. Do outro lado da rua Fleur duelava com um Comensal, mas distraia Gui que não estava se saindo muito bem a observando de minuto em minuto. Dumbledore lutava com dois ao mesmo tempo, sua presença era intimidadora.
Rony percebeu que o amigo tremia de raiva, olhando cada pessoa do lado de fora.
- Cara se acalma... – Tentou o ruivo.
- Como vou me acalmar Rony? – Perguntou Harry – Não tem como, sabendo que pessoas inocentes estão morrendo...
Gina se sentou do lado do moreno, a presença dela acalmou ele quase 90%.
- Vai ficar tudo bem – Falou ela – A Ordem é competente, vai conseguir salvar muitas pessoas.
- Eu sei Gina, mas ficar aqui sem fazer nada é angustiante... – Disse Harry.
Hermione olhava a janela aterrorizada, via muitos da Ordem sendo machucados brutalmente, mas achou melhor não contar nada para os amigos, eles já estavam preocupados demais e isso só faria eles quererem fazer besteiras.
Sentiu uma presença confortante em seu lado, olhou e viu que Draco também olhava a janela, para um ponto fixo perto de uma casa com um chafariz no jardim. Narcisa Malfoy estava lutando ao lado dos Comensais, para não dar suspeita na Ordem, ela apenas dava arranhões no auror. Duas semanas atrás, ela havia concordado em ser uma espiã infiltrada.
- Você se preocupa mesmo com ela não? – Perguntou Hermione baixinho, só para ele escutar.
- Muito – Respondeu Draco, no mesmo tom – Ela é a única que realmente se preocupa comigo e eu geralmente protejo quem eu amo.
Hermione sorriu docemente pra ele, que sorriu de volta, e puxou Draco num beijo terno e apaixonado.
Rony estava intertido ouvindo Luna falar de bobagens quando viu a cena.
“ O que é isso? O que Malfoy está fazendo com a Mione?” Se perguntou.
Mas antes de perguntar alguma coisa, partiu pra cima do loiro, o empurrando contra a parede gelada. Hermione, que estava agarrada ao loiro, caiu no chão.
- Está maluco Weasley? – Perguntou Draco, furioso, enquanto esfregava a cabeça onde havia batido.
- Isso é pra nunca mais agarrar Hermione desse jeito. – Gritou Rony furioso.
- Mas o quem você pensa que é? Pensa que Hermione não quis me beijar? – Perguntou o loiro irônico, mas sem abaixar o tom de voz.
- Mas é claro! Por que ela queria beijar alguém como você? – Perguntou o ruivo irônico.
- Quem sabe por que ela é a minha namorada? – O loiro fez uma pergunta retórica, gritando.
Rony olhou confuso pros lados, mas percebeu que todos estavam sem reação. Madeline olhava as unhas como se achasse a cena tediosa.
- Não pode ser verdade... – Falou mais para si mesmo.
- Mas é Weasley, aceite – Disse o loiro arrogante.
- E por que ninguém me fala?! – Perguntou o ruivo, olhando principalmente para Harry.
- Bem Rony é que... – Harry começou a explicar.
Enquanto isso uma Hermione já levantada olhava pela janela novamente, os gritos pareciam estar mais altos. Observou Narcisa Malfoy aparatando um Lúcio bastante machucado, observou uma Tonks carregando um Lupin ferido e um Moody procurando seu olho-mágico que devia ter caído.
Mas a pior cena que viu foi uma mulher trouxa, carregando um pequeno menino que devia ter uns 7 anos, ela corria pegando as pequenas mãozinhas do garoto, mas foi parada por um Comensal que Hermione conheceria em qualquer lugar.
Antônio Dolohov.
Ele apontou a varinha para a mulher, que se contorcia e gritava. O pequeno garoto chorava vendo a cena da mãe, mas saiu correndo.
- Não aguento mais isso! – Gritou Hermione, chamando a atenção de todos na sala.
Dez segundos depois a castanha aparata.
Um desespero tomou conta de Draco, olhou pela janela e viu a morena surgindo uma quadra adiante, correndo feito louca, entrando em uma casa de madeira.
- Não! O que ela pensa que está fazendo? – Gritou, batendo na parede.
- Se acalme Malfoy... – Tentou Harry.
- Me acalmar? Potter, sua amiga está lá fora! – Gritava o loiro descontrolado.
- O que está pensando? Em ir atrás dela? – Perguntou Harry, sarcástico – Hermione sabe se cuidar, eu sei disso melhor do que ninguém. Além disso, você tem um disfarce a guardar.
- Que se dane esse disfarce! Eu vou atrás dela e é agora! – Gritou Draco.
E aparatou.
--x—
Hermione entrou na casa simples e feita de madeira, o silêncio dominava o local. A castanha entrou e viu nas estantes fotos de família, havia a mulher que tinha acabado de ver sendo torturada junto de um homem mais velho.
Em outra foto havia um outro homem, de barba e com uma prancha de surf. O mesmo homem estava em um porta retrato feito de porcelana, que havia as escrituras em dourado:
“ Descanse em paz Jairo Marnez”
Entrou mais adentro da casa, em um minúsculo corredor, o chão de madeira rangia a cada passo que dava. A decoração mal feita com cores de vermelho e verde, uma bandeira espanhola ficava no fim do corredor.
Chegou em uma cozinha com enormes janelas de vidro, o lugar estava quase completamente escuro, mas as luzes de fora entravam em flashes.
Hermione olhou atentamente uma enorme pintura, uma tiara estranha e completamente esquisita. Havia cristais azuis e ela era feita de bronze, no canto da pintura havia pequenas inscrições .
“ O diadema de Rowena Ravenclaw”
Quando foi tocar a pintura, Hermione sentiu uma mão em sua boca, a inpedindo de gritar e alguém a puxando pela cintura, a virando.
Era Draco.
- O que é que você está fazendo aqui? – Perguntou Hermione, sussurando.
- O que é que você tem na cabeça? Está cheio de Comensais ai fora! – Sussurou ele, de maneira inrritada.
- Exato e se descobrirem que você está ajudando a Ordem? Aposto que não parou pra pensar no que iria acontecer com você - Retrucou ela.
- E você pensou no que poderia acontecer com você ? – Perguntou ele, tocando o rosto dela de maneira carinhosa – Não imaginou na dor que eu sentiria se soubesse que você foi machucada ou..?
- Shh, eu estou bem Draco – Falou ela, botando um dedo nos lábios dele - Vem, vamos sair daqui.
Draco pegou a mão da castanha e a guiou pelo corredor, chegaram em uma sala de jantar onde havia uma grande escada feita de maneira, alguns degraus estavam quebrados e rangiam quando a casa tremia pela luta do lado de fora.
Foi quando Hermione escutou.
Um choro baixinho, de alguém que sofre.
- Draco – Chamou e o loiro se virou – Está ouvindo?
Dracou foi ao lado da castanha e olhou para as escadas, ouviu pequenos lamentos e soluços.
- Estou – Respondeu.
- Vamos subir – Sugeriu Hermione.
Antes que o garoto pudesse discordar, ela já estava no andar de cima que não era muito diferente do andar de baixo, havia uma enorme estátua de uma mulher negra segurando uma vasilha e também de um espanhol dançando tango.
Os degraus rangeram quando Draco subiu, ficou novamente ao lado da namorada.
- O choro parou – Anunciou ele.
Hermione assentiu com a cabeça e olhou para a porta no fim do corredor, estava entreaberta. Era um quarto azul bebê.
Seguiu devagar em direção a porta, com Draco atrás. Quando entrou no quarto percebeu um menino no canto, ele chorava abraçado as pernas, sua pele era de um tom mais escuro e ele vestia roupas simples.
Se aproximou dele devagarzinho.
- Olá, sou sua amiga, não vou lhe machucar... – Disse Hermione docemente.
Porém o garoto nem se moveu.
- Hermione, vamos embora – Tentou Draco – Ele vai ficar bem.
- Não, olha o estado dele Draco... – Hermione tinha lágrimas nos olhos – Não sabemos se ele sabe falar inglês, pelo que eu vi a família era espanhola.
Draco apenas observou a namorada, viu seu semblante triste e com pena.
Hermione se aproximou do garoto, que se encolheu ainda mais.
- Qual seu nome? – Perguntou.
O garoto pareceu perceber que ela não faria mal algum a ele, e a olhou de maneira curiosa e hesitante.
- Ruan – Respondeu.
- Olá Ruan, meu nome é Hermione e esse é Draco – Falou ela quando o loiro se aproximou – Estamos aqui para te ajudar.
- Sabem onde minha mama está? – Perguntou, com um pouco de sotaque espanhol.
Hermione o olhou com uma certa pena e dó.
- Infelizmente sua mãe não pode se juntar com a gente – Falou ela deixando as lágrimas rolarem – Ela foi se reunir com o seu pai.
Ruan então chorou como nunca havia chorado e se jogou nos braços da garota em sdua frente, observou o loiro se aproximar e acariciar seus cabelos de maneira carinhosa.
- Sua mãe está num lugar melhor agora – Disse o loiro.
Ruan assentiu e abraçou o garoto loiro também.
Hermione chorava. “ Pobre garoto, perdeu os pais tão cedo...” Pensou.
Se agachou para poder ver o menino olho a olho e sorriu amigavelmente.
- Vamos esquecer o que está acontecendo lá fora – Disse – Você me parece com medo.
- Aquele homem... mal... muito mal... – Falou o garotinho.
- Nós estamos aqui, nada de mal vai lhe acontecer – Falou Draco – Tem um monte de gente legal que vai adorar te conhecer, vai ter pessoas novas em sua vida, um monte de aventuras...
- O que eles são? São magos? – Perguntou Ruan, inocente.
- São bruxos – Respondeu Hermione – Nós também somos, mas não somos maus... existe uns maus e outros bons, não somos os bonzinhos.
Ruan sorriu.
- Gostei de vocês, quem sabe podíamos brincar... – Sugeriu, parando de chorar - Eu amaria muito...
- Podemos brincar outra hora garotão, agora temos outras coisas pra resolver – Disse Draco.
A porta se escancarou e um homem encapuzado surgiu.
- E como temos – Disse com uma voz grossa.
Hermione se assustou com aquela voz, era ele... Antonio Dolohov...
- Dolohov – Disse em um fio de voz, enquanto se levantava.
- Olha, parece que ainda se lembra de mim do nosso ultimo encontro sangue-ruim – Falou Antônio com uma voz debochada. – Deixei muitas cicatrizes?
Draco se pôs na frente de Hermione como um ato de proteção.
- Não fale assim com ela – Disse entre dentes, encarando o homem com fúria.
- Ora, vejo que temos um traidor por aqui – Falou Dolohov irônico – Seu pai vai ficar tão feliz Draco, e a sua mãe? Nossa, a sessão de cruciatos que ela vai receber...
- CALE ESSA BOCA! NÃO OUSE FALAR DE MINHA MÃE COM ESSA BOCA IMUNDA! – Berrou Draco, que sentiu Hermione apertar seu braço.
- Pra que tanta raiva? Estamos entre conhecidos... – Os olhos de Dolohov faiscaram – Eu conheço muito bem sua namoradinha...
Hermione tremia da cabeça aos pés, ela poderia lutar com todos os Comensais no mundo, menos com ele. Sentiu uma dor tomar seu peito, onde havia a cicatriz do feitiço que foi lançado por Dolohov.
- Sente a dor sangue-ruim? – Hermione caiu de joelhos no chão, sentindo a dor – Sente?
Da boca da garota saiu um grito, o fincão em seu peito ficava mais forte...
- PARE COM ISSO! – Berrou Ruan no canto do quarto.
A dor no peito de Hermione parou quando Dolohov encarou o pequeno garoto.
- Ora... um intruso – Disse ele – Vamos ver seus dons garoto.
Com um aceno de varinha, Dolohov fez uma enorme camada surgir entre Draco e Hermione e ele e Ruan, a camada era transparente.
Dolohov apontou a varinha para Ruan e disse com uma voz cheia de prazer:
- Crucio!
Ruan caiu ao chão, uma dor tomando conta de seu corpo...
Hermione, que já estava bem, começou a bater loucamente na barreira.
- NÃO! POR FAVOR! PARE! – Gritava ela, mas cada vez que gritava o prazer nos olhos de Dolohov aumentava – ELE É SÓ UM GAROTO POR FAVOR! PARE!
Draco via Hermione chorando e batendo na parede, ouvia os gritos de dor de Ruan e se sentiu o pior homem na face da terra... não protegeu um garotinho indefeso...
Abraçou Hermione por trás, tentando impedir de machucar as mãos na barreira, ela se debatia sem seus braços, gritando enquanto via Ruan ser torturado.
- NÃO... NÃO... – Gritava a castanha.
- Hermione... pare... assim está piorando as coisas... – Disse Draco ao seu ouvido, já deixando suas lágrimas também caírem.
- MONSTRO! – Gritava ela apontando pro comensal – VOCÊ É UM MONSTRO! TEM QUE APODRECER NO INFERNO! PARE COM ISSO! PARE!
Dolohov então parou com a sessão tortura, Ruan estava caído em seus pés com a respiração muito fraca. Sorriu sarcástico para o casal.
- Acho que podemos encerrar com a vida desse garoto não acham? – Perguntou – Creio que sim... Avada Kedavra!
O Jato de luz verde saiu de sua varinha, alcançando Ruan... mas antes que ele pudesse fechar os olhos olhou para Hermione e fez com a boca: “ Não me arrependo... mamãe e papai...”
Hermione então entendeu, uma criança daquelas, tinha que ficar com os pais.
Quando Dolohov foi aparatar, em uma fração de segundo, a barreira sumiu e Draco apontou a varinha para o homem:
- Petrificus Totallus! – Gritou.
Dolohov caiu no chão num baque surdo, petreficado.
- Obliviate – O loiro disse, fazendo o homem se esquecer que encontrou Draco e Hermione, fazendo uma memória de que ele matou a família trouxa e caiu no sono. – Se eu o matasse saberiam que estivemos aqui.
Draco se aproximou de Hermione e a abraçou fortemente, ela chorava baixinho.
- Draco... Draco... – Sussurou, sem voz.
- Está tudo bem Baixinha – Disse ele – Ruan está com os pai agora.
- Draco... – Sussurou ela de novo – Não me deixe...
- Nunca – Prometeu ele – Nunca vou deixar nada te acontecer.
E assim ficaram ali, ouvindo a batalha lá fora terminando e uma Ordem saindo vencedora.
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Sabem quantas vezes eu escrevi esse capitulo?
Seeeis vezes.
Não sabia o que fazer, e então essa ideia veio completa em minha cabeça, espero que gotaram....
Comentem! Isso me deixa radiante como o sol! aksaksoaksoa
Beeeijos :*
Comentários (3)
leitora nova :) eu costumo não deixar comentarios nas fics, mas nessa eu tinha que falar alguma coisa, eu simplesmente apaixonei na sua fic, li ela todinha em um dia. queroo maais :D
2012-09-19poxa, tadinho do ruan agora não entendi o quadro do diadema, se eles eram uma familia trouxa to achando o draco bem covarde, quando não fez nada para protege-los bjos
2012-09-19Bom, deu trabalho mas valeu a pena, pode ter certeza!!!! Ficou muito bom! bj
2012-09-19