Bairro trouxa.

A leve chuva caia na rua trouxa de um bairro na França, Sra.Maden regava seu jardim de orquídeas enquanto sua filha adolescente, Madeline olhava tristemente para a varinha que não poderia usar fora de Beauxbatons.

Na casa da frente um casal trouxa assistia sua novela de Domingo, se perguntando se sua filha estaria a salvo na escola de Hogwarts e pensando se não teria sido melhor a colocar junto com Madeline, já que as duas eram amigas desde pequenas.

No fim da rua, perto de uma igrejinha havia um loiro com cara de cansado, junto a uns 12 vultos encapuzados, havia apenas uma mulher sem esconder a face.

Belatriz Lestrange.

- Aproveitem – Disse ela com uma voz louca.

Enquanto Draco ficou parado no mesmo lugar, os outros foram atacando as casas, uma por uma, gritos de agonia e de dor eram ouvidos de todos os lados.

Decidiu atacar para manter seu disfarce, foi na primeira casa trouxa que encontrou. Era bege com um lindo jardim de grama bem cortada.

Entrou e percebeu que a casa estava vazia... pelos menos parecia...

Entrou mais adentro e percebeu porta retratos com fotos trouxas, em um deles havia uma linda menina tocando piano. Conheceria ela em qualquer lugar.

Hermione.

Os pais dela moravam ali, e estavam lá, no canto escuro da sala.

Sra.Granger tremia dos pés a cabeça enquanto seu marido tentava a acalma-lá.

- Não se preocupe, não vou fazer mal a vocês – Disse Draco, calmamente – Conheço sua filha... Hermione não?

A mulher parou de tremer e o olhou dos pés a cabeça.

- Draco? Draco Malfoy? – Perguntou.

- Sim sou eu – Respondeu Draco, surpreso por ela saber quem era.

- Hermione nos falou de você, você a tratava tão mal... – Disse ela, se levantando do chão.

- Passado. Hoje nos damos bem. – Disse o loiro olhando em volta.

- O que estão fazendo aqui? O que querem afinal? Quem são vocês? – As perguntas do Sr.Granger encheram a sala.

- Comensais, creio que Hermione falou quem são – Os dois assentiram – Bem, não vou machucar vocês, em respeito a ela e também porque não teria coragem. Vou lançar uns feitiços protetores ao redor dessa sala, não saiam.

O casal apenas assentiu e observou o loiro murmurar feitiços e andar em volta da sala. Acenou para eles e saiu.

Do lado de fora parecia o inferno, havia trouxas caídos no meio da rua pedindo para a dor parar. Dolohov torturava uma mulher e do lado dela havia uma garota que devia ter 16 anos, gritando e chorando. Ela tinha uma varinha em mãos.

O loiro botou sua mascara com um feitiço e atacou Dolohov por trás, este, caiu desmaiado de cara no chão.

- Obrig-gada – Gagejou a garota.

- Tudo bem – Disse Draco indiferente – Bruxa não?

- Sim. – Respondeu Madeline.

- Interessante, conhece Hermione Granger? – Perguntou Draco, sabia que Hermione odiaria perder uma amiga.

- S-sim, você a conhece? – Perguntou a garota.

- Conheço e você vem comigo – Disse ele a lenvantando.

- Vamos pra onde? Vai fazer o que comigo? – Perguntava ela desesperada.

- Não vou fazer nada contra você se é o que está pensando, sou.. – Draco pensou numa palavra adequada – amigo, de Hermione, nunca iria machucar alguém relacionado a ela.

- Mas e minha mãe? – Perguntou Madeline.

- Sinto muito em dizer isso mas ela está morta. – Respondeu Draco a olhando com pena.

Madeline chorava em silêncio enquanto seguia o garoto, percebeu que ele ia em direção a um homem com cabelos pretos e oleosos.

- Quero ir Snape, não aguento mais isso – Falou Draco ao professor.

- Sei. Bem, acho que Dumbledore ira aceitar uma nova aluna – Disse Severo do mesmo jeito frio de sempre – Aparatem na floresta.

Draco pegou Madeline pelo braço e aparatou.

--x---

Hermione sabia onde Draco tinha ido, ele contava tudo a ela. Nas duas semanas que se passaram os dois estavam cada vez mais juntos, se encontravam todas as noites durante as rondas da monitoria para dar uns amassos. Em compensação, os seus amigos nem falavam mais com ela, cada um seguiu pro seu canto e não, eles não sabiam e não podiam saber que ela namorava com Draco.

Foi quando dois vultos saíram da floresta proibida e Hermione se surpreendeu em constatar que conhecia os dois.

Correu de encontro a Draco e o abraçou fortemente, ele, prontamente devolveu o gesto, afagando os cabelos da castanha.

- Fiquei com medo – Disse ela, ainda abraçada a ele – de que não voltasse.

- Shh, eu estou aqui não estou? – Perguntou ele, se separando para olhar nos olhos dela – Trouxe uma amiga sua.

Então Hermione olhou para Madeline que estava de cabeça baixa chorando silênciosamente.

- Maddy? – Perguntou Hermione, usando o apelido da amiga – Está bem?

- H-hermione, minha mãe ela... morreu... – E desatou em lágrimas.

Hermione botou a mão na boca e se virou para o namorado novamente.

- Você me falou que eles não pretendiam matar ninguém – Disse ela.

- Parece que os planos mudaram – Disse ele – Botei feitiços de proteção na casa de seus pais.

E então a castanha pareceu lembrar de algo.

- Eles estão bem não estão? E se acontecer algo com eles Draco? – Perguntava aflita.

- Não pensa assim, eles vão ficar bem – Falou ele a puxando, fazendo-a encostar a cabeça em seu peito.

- Tomara que sim mas eu tenho tanto medo – Disse Hermione.

Madeline olhou para os dois e logo sacou o que estava acontecendo.

- Vocês são Comensais! É por culpa de vocês que minha mãe morreu! – Gritou ela.

- Não Maddy... – Tentou Hermione mas a garota estava histérica.

- Não! Não me chame assim! Você é a culpada!

Madeline tentou correr até o castelo mas foi parada quando um senhor parou na sua frente, sua barba era longa e usava óculos meia-lua.

Dumbledore.

- Srta.Maden, bem vinda a Hogwarts – Disse ele calmamente – Sei que quer explicações e as terá de mim, garanto isso.

- Eles são culpados! São Comensais! – Disse a garota, mais calma

- Engano minha cara, a Srta.Granger nunca seria uma Comensal e o senhor Malfoy tem... razões para ser um, na verdade ele é contra sua vontade. Não se esqueça que eles a ajudaram essa noite e saiba que você será acolhida aqui em Hogwarts se isso for sua vontade – Disse o diretor.

Madeline não tinha opção, estava sozinha, seu pai a abandonou quando pequena e nunca teve amigos, apenas Hermione, a quem considerava uma irmã. Quando as duas descobriram que eram bruxas queriam ir para Hogwarts, mas sua mãe achou melhor Beauxbatons, que era na França.

- Eu aceito – Disse ela, já parando de chorar.

Dumbledore sorriu.

- Seja bem vinda, aqui encontrará amigos – Ele apontou para a entrada – Vá até o corredor, a professora Minerva McGonagall está a sua espera, terá uma seleção e depois irá para um dormitório, creio que esteja exausta.

- Estou sim – Disse ela.

O diretor esperou Madeline sair de vista para se virar ao casal, que estavam de mão dadas, sem perceber o olhar do diretor para as mãos.

- Um casal estranho devo dizer – Disse ele.

Hermione se tocou e corou fortemente, enquando Draco estava um pouco desconfortável.

- Desculpe – Disse a garota, separando as mãos.

- Não há problema algum já que eu soube de vocês dois quando os vi dormindo juntos na enfermaria três semanas atrás – Disse ele – Quero falar seriamente com vocês, mas vamos na minha sala, a noite está um pouco fria.

Ele os conduziram pelos corredores que estavam desertos pois era umas duas horas da manhã, chegaram em frente a gárgula que pediu a senha, Dumbledore sussurou algo e uma porta se abriu, mostrando uma sala redonda, cheia de pertences.

- Se sentem por favor – Pediu Dumbledore.

O casal se sentou a sua frente, Hermione tremia.

- O que quero conversar é sobre sua missão Draco Malfoy – O loiro olhou o velho assustado – Isso mesmo, sei do que se trata e sei também de sua outra missão. Não quero por sua vida em risco e a minha não vale nada. Quero que cumpra sua missão.

- Mas que missão é essa? – Perguntou Hermione.

Dumbledore a olhou surpreso.

- Parece que não sabe.. bem, Sr.Malfoy me permite? – Perguntou o velho.

- Sim – Disse Draco, seco.

-  O Sr.Malfoy recebeu uma missão, essa missão é me matar Srta.Granger – Hermione se assustou – e trazer os Comensais para Hogwarts. O que eu quero é que ele cumpra essas duas missões, minha vida está no fim de qualquer jeito, o destino prega peças... mas, porem, a missão de me matar sofrerá uma pequena mudança, quem ira me matar é Severo Snape, confio muito nele e ele me deu sua palavra, que ira cumprir a missão em seu lugar. E então, novamente o destino prega uma peça, sua mãe, Narcisa Malfoy faz Severo dar sua palavra, de que ira proteger,e, que se falhar em sua missão, ira a cumprir em seu lugar. Um voto perpétuo.

Draco não sabia dessa ultima parte, olhou ao lado e viu uma Hermione de cabeça baixa.

- Mas, senhor e a Ordem? – Perguntou ela.

- Estou escrevendo uma carta a Ordem que terá os mínimos detalhes e algumas vontades minhas como não sair da coleção de card dos sapos de chocolate. – Dumbledore sorriu – Eles entenderão Srta.Granger.

- Mas e Draco? Ele sofrerá perigo! – O loiro olhou a namorada, feliz por ela não estar braba com ele – Os Comensais irão o seguir porque ele falhou na missão! Sem contar em Narcisa!

- Lupin entrou em contato com Narcisa Malfoy e ofereceu segurança, ela aceitou prontamente e já está em um local seguro.

- Obrigado – Disse Draco, sorrindo radiante.

- Não a de quê – Dumbledore sorriu de volta – E é claro que sua segurança Sr.Malfoy será com a Ordem, uma carta já foi mandada com esse assunto, todos aceitaram mas é claro que eu tenho uma pergunta a lhe fazer. Aceitaria ser um membro da Ordem?

Draco sentiu a mão de Hermione apertar a sua e não teve dúvidas.

- Aceito – Disse.

Dumbledore deu um largo sorriso.

- Harry sabe? – Perguntou Hermione.

- Não, o Sr.Potter descobriu coisas recentemente muito... avassaladoras – Disse Dumbledore – Com certeza você sabe não Srta.Granger?

- Na verdade  não falo com eles a muito tempo, andamos meio separados – Disse ela tristemente.

- Oh, entendo – Disse o diretor – Mas acho que isso tens que falar com seus amigos, não posso resolver tudo.

Draco não aguentou mais a angústia.

- Como o senhor sabia de tudo isso? – Perguntou.

- Eu sei de muitas coisas Sr.Malfoy, principalmente do coração das pessoas. – Disse ele se levantando – E também tive ajudinhas.

- Professor – chamou Hermione.

- Sim?

- Uma guerra está próxima não está?

Dumbledore sorriu enigmamente.

- Mais perto do que imaginamos.

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