Capítulo 22



Algumas semanas se passaram desde aquele dia. As coisas não poderiam estar melhores. Ron e Hermione finalmente tinham conseguido ficar juntos e estavam sendo dias maravilhosos para os dois. Lilá, mesmo depois de tudo, estava realmente arrependida, se sentia culpada por tudo que causou e estava disposta a arcar com todas as consequências. Evangeline estava sobre os cuidados da senhora Granger. Ninguém melhor para isso.


Ela e Rony viviam sobre o mesmo teto. Hermione estava procurando uma casa nova. Ti


Mas ainda havia uma coisa que Hermione precisava fazer...


Aquele lugar era bem mais sombrio que o outro. Não que devesse ser alegre, mas transmitia muita energia negativa.


– Isso não é lugar para uma moça estar. - disse um rapaz que passava.


– Eu sei... - ela sibilou.


Depois de algumas trocas de palavras, ele pediu que ela aguardasse na sala de visitas. Iria chamá-lo...


_____


 


Ela é uma criança encantadora. Igual à mãe no jeito de ser. Tem mania de gente grande e age como os adultos. Era sua princesinha. Agora que estariam mais perto que nunca faria de tudo para protegê-la. E ai dos garotos assanhados encostarem um dedinho sequer nela.


Tão inocente...


– Papai. - Rose o tirou de seus devaneios.


– Diz meu amor.


– Agosto vai "tê" o dia dos pais, sabia?


– Sabia sim. - Rose sorriu largamente deixando a mostra os dentes de leite ainda nascendo.


– Então "voxê" vai na minha "ixcolinha" né?


– Para o que?


– A "genti" tá "fazenu" uma "aplesentação" "plos" papais!


– E vocês fizeram para as mamães? - Rose acenou afirmativamente. - A mamãe já viu?


– Não. "genti" vai "aplesenta" na "otla" semana, eu "axu".


– Se esforce bastante para a mamãe. Ela merece.


– Tá bom. Eu "vô" "fazê" "plesente" "mai" "gande" "mai" "bunito"!


– Não precisa ser o presente maior, nem o mais bonito. Sei que se for feito por você, mamãe vai ficar muito feliz. Depois a gente compra um presente para ela, tá?


– Tá...


_______


 


– Você, visita. - falou o carcereiro.


Quem visse o senhor Granger naquele momento se assustaria. Sempre fora um homem elegante, cordial e muito bem vestido. Se o vissem naquelas condições talvez o confundissem com um morador de rua, e era assim mesmo que ele estava se sentindo.


Qual alma piedosa, além de seu advogado, teria ido o visitar? Com certeza não era sua esposa, após descobrir a traição, ela pediu a separação imediata.


Foi até a sala de visitas. Visualizou todo o ambiente procurando um rosto familiar. Esperava encontrar seu advogado, não quem viu...


– O que faz aqui? - perguntou mal humorado.


– Vim lhe visitar. - respondeu Hermione intimidada. Era estranho ver seu pai daquele jeito, usando um macacão laranja surrado, cabelos desajeitados e desleixado.


– Por quê? Já não fez o bastante?


– Pai... O senhor só está colhendo o que plantou! - falou firme. - Nada disto teria acontecido se...


– Se eu não tivesse conhecido Lilá? Ou se eu não inventasse de nos mudar? Ou se você nunca tivesse conhecido o Weasley? Se o que?


– Por que pai? Por que o senhor fez isso? Não ama mais minha mãe? Sentiu necessidade de trair sua confiança?


– Não é da sua conta Hermione.


– Claro que é. Ela é minha mãe, não merecia isso. - falou indignada.


– Realmente não, mas... - ele suspirou pesadamente passando as mãos pelo cabelo nervosamente.


– Só me responda duas coisas, por favor, e depois eu o deixo em paz. - o senhor Granger assentiu. - Por que você fez isso com minha mãe?


– Eu não sei... - suspirou. - Realmente não sei, acho que... Nossa relação estava esfriando, e eu quis buscar novas experiências... Que erro... Eu conheci Lilá em um bar. Não devia confiar em alguém que se conhece nesse tipo de lugar... Nós conversamos, bebemos e acabei levando-a pra cama...


– Ok, eu não preciso de mais detalhes. - disse desconcertada. - Bom, a outra pergunta é... Por que você não gosta dos Weasley?


– Ah... Isso... É que... - novamente passou as mãos no cabelo nervoso. - Pode ser outra pergunta? - Hermione balançou a cabeça negativamente. - Bom Arthur e eu éramos amigos na faculdade, muito amigos. Molly entrou na faculdade, e ela era linda, todos os caras queriam levá-la para sair, inclusive Arthur e eu.


– Me deixa adivinhar. A senhora Weasley deu uma chance ao senhor Weasley e você ficou com raiva.


– Exatamente.


– Mas o que eu tenho com isso? Quer dizer, isso é entre você e Arthur.


– Se eu não pude ter o que queria daquela família, você também não pode.


– Pai - falou ela surpresa. - Que horrível o que você disse. Isso foi egoísta.


– Egoísta ou não, é isso que penso.


– Você nunca amou minha mãe. - afirmou. - Então por que se casaram?


– Você disse só duas perguntas.


– Responde, por favor.


– Tudo bem. - ele bufou. - Sabe que conheci sua mãe por causa do trabalho. - ela assentiu. - Eu senti algo diferente por ela, mas não sei o que foi. Eu a amo sim, de uma forma diferente. Não do jeito que ela merece, porque é uma mulher maravilhosa.


– Não entendo porque você e Arthur tinham uma empresa juntos se você o odeia.


– Nós erámos amigos. Não podia dizer "não" a sua proposta. Ia ser estranho. Além do mais seria uma forma de ficar perto de Molly.


Hermione balançou a cabeça negativamente. As coisas eram sempre confusas com ele.


– Você que pediu para que Lilá mentisse o nome? - ele afirmou. - Por quê? Quer dizer, o que ela ganharia se fosse chamada de Alil?


– Alil era seu codinome. Caso Lilá se metesse em uma enrascada poderia usar Alil.


– Pai, pai, pai. Olha o que você fez! Tudo isso por uma besteira. E dai que você foi apaixonado pela senhora Weasley? Eu poderia estar fazendo a diferença...


– Não! - falou mais alto do que pretendia. - Era para aquela ser minha família.


– Mas não é, e não será! Tudo o que fez foi em vão. - ela levantou-se. Para ela era mais que suficiente.


– Hermione, você não vai...


– Vou.


– Você não pode.


– Você é que não pode ficar tomando conta da minha vida para sempre. Eu amo ele e vamos ficar juntos quer você queira ou não! - sua voz tinha se elevado uma oitava.


– Vocês não vão... - o senhor Granger tinha se levantado, e ia na direção da filha.


– Não importa o que pensa. E além do mais você vai ser vovô de novo. - Hermione estava pondo lenha na fogueira. Atiçando o pai para ver suas reações. Nada nem ninguém ficaria em seu caminho.


– Vadia! - sua intenção era lhe dar um tapa para que aprendesse a lhe obedecer. Estava prestes a fazê-lo, mas Hermione segurou sua mão a centímetros de seu rosto.


– Eu não tenho medo de você. Por mais que eu o ame, está melhor neste lugar. - ela o soltou bruscamente e dirigiu-se a porta. - Passar bem. - e se foi.


"Que coisa mais idiota!" Hermione repetiu por seu caminho. Quer dizer que ele se estranhava com os Weasley por causa de mulher. "Ridiculamente estupido."


Inconscientemente, Hermione entrou em seu carro e dirigiu para casa.


– Tenho que largar de preguiça e comprar uma casa... - pensou.


Quando Hermione entrou em casa se deparou com uma cena no mínimo fofa.


Rony e Rose sentados no chão brincando de bonecas. A maioria dos homens, ao ver outro homem com uma boneca, pensaria que isso é coisa de "gay", mas só um pai poderia saber como era interessante participar desta maneira da vida da filha. Principalmente um pai que perdeu uma etapa importante desta vida.


– Mamãe! - gritou Rose quando viu a mãe entrar pela porta. - Tava com"sodade". – correu em sua direção pedindo por colo.


– Também meu docinho. Você se comportou? - perguntou ao ceder colo.


– Aham. Eu e o papai "blincamu" "di" "buneca". – contou.


– Eu vi. Foi divertido?


– Foi. A "genti" pode "blinca" "otla" "vezis"?


– Sempre que você quiser. - respondeu Rony se juntando a elas. - Tudo bem? - ele se dirigiu a Hermione.


– Tudo ótimo. - ela lhe lançou um olhar de "depois a gente conversa".


– Eu "quelo" "blinca"!


– Nós vamos. Que tal de mamãe, papai e filhinha? Eu sou a mamãe, ele é o papai e você a filhinha.


– Tá bom.


– Então, filhinha, tá na hora de você tomar banho para comer e dormir.


– Não, não "quelo" toma banho!


– E quem disse que você podia escolher? - Rony começou um acesso de cócegas na menina.


– "Palá" papai! - pedia ela gargalhando. Uma gargalhada que animava quem escutasse. Risos de criança. - "Pô" "favô"!


– Só se você for tomar banho.


Rose acabou por ceder, e Hermione e Rony deram banho nela, juntos, como deveria ter feito há anos atrás.


Jantaram com muitas risadas e foram assistir a algum filme, como elas costumavam fazer aos sábados, como uma família completa deveria fazer.


– Ela dormiu? - perguntou Rony.


– Dormiu sim. - respondeu Hermione pegando Rose no colo. - Vou deitá-la no quarto.


– Certo, eu vou na cozinha enquanto isso e aproveito para dar uma arrumadinha aqui.


Hermione entrou no quarto da filha cor-de-rosa, e a deitou no berço. Não tinha idade suficiente para uma cama com apoio, pois girava muito na cama e tinha risco de cair. Ela dormia tão serenamente que poderia enfeitiçar quem velasse seu sono por muito tempo. Seu tórax subia e descia lentamente em uma respiração controlada.


Tão linda sua menininha. Ela cresceria um dia e se tornaria uma mulher, quem sabe mãe de família, mas para que pensar nisso agora. Ainda se lembrava do dia em que ela tinha nascido. Tão pequena, a pele avermelhada pelo sangue, os cabelos ruivos ralos, as mãozinhas pequeninas e fechadas. A primeira amamentação... Parecia bastante esfomeada devido à força com a qual se alimentava no seio da mãe, tão forte que chegava a doer, mas não uma dor ruim, uma dor boa, uma dor que a tornou mais mãe.


Estava perdida em devaneios, era sempre assim quando se prolongava a pensar em Rose...


Foi trazida de volta a realidade quando sentiu uma mão em sua cintura. Era Ron. Tinha ficado tanto tempo ali?


Simplesmente deixou-se levar por ele, que a conduziu ao quarto.


– Ela é maravilhosa, eu sei. - ele falou. - Por isso é nossa filha.


Hermione o abraçou. Precisava de um abraço, um lugar onde se sentisse bem, ou apenas de alguém que a compreendesse.


– Rony... - ela o chamou de uma forma tão carinho que parecia dizer com palavras o que simples gestos não faziam.


– Hum?


– Que bom que está aqui com a gente. - falou calmamente.


Rony encarou-a. Estava feliz por estar ali, com quem amava, com que o entendia e apoiava.


– E por que não estaria?


– Porque, talvez, se não fosse por mim você estaria com casado com Lilá Brown.


– Não me lembre disso, dá até arrepios ao lembrar, sério. - ele balançou a cabeça negativamente tentando afastar pensamentos. - Você conversou com ele?


– Com meu pai? - ele assentiu. - Sim, se você chamar o que tivemos de conversa.


– O que houve?


– Ele quase me bateu e chamou-me de... - ela hesitou. - Vadia. - disse como se se livrasse de um peso. - Acho que não devia ter ido lá.


– Por que não? Ele tirou suas duvidas? - perguntou tentando manter a calma.


– Sim, é só que ele me aborreceu, apenas isso.


Eles conversaram por vários minutos. Hermione contou tudo, desde que pôs os pés no presidiário até chegar em casa. Era como se um filme passasse em sua cabeça. Seu pai sempre fora tão gentil e honesto com a família. Estranho pensar uma coisa dessas dele...


– Não se aborreça, pode fazer mal a nosso bebê.


– Nosso bebê? - ela arqueou as sobrancelhas.


– É. Uai, eu ajudei a fazer. Acho que mereço esse reconhecimento. - explicou rindo.


– Claro papai. Eu sei que é nosso bebê.


– Eu sei que você sabe mamãe. - falou entrando na brincadeira.


– Papai está com sono?


– Não, e a mamãe está com sono?


– Também não.


– Hum... Já que estamos acordados - segundas intenções rondavam sua cabeça -, que tal brincarmos?


Hermione o encarou confusa.


– Brincar de que?


– De médico! - sorriu malicioso. - Você é a paciente doente e eu sou o médico competente que irá curá-la. - Rony começou a beijá-la, não dando tempo para argumentos.


Iniciaram as preliminares brincadeiras simples para excitar um a outro.


Para Hermione era mais fácil fazê-lo, algumas investidas ali, outras ali e pronto. Já para Rony era mais difícil, porque Hermione era meio fechada, então era mais difícil para que ela se soltasse. Quando Rony estava conseguindo "domá-la" ouviram um choramingar.


– Mamãe. - Rose, com certeza. - Mamãe.


– Rony... - Hermione o chamou entre beijos. - Rose, Ron.


– Deixa chamar, vai acabar cansando.


– Não, não posso. - ela tentou empurrá-lo de cima de si, mas ele era muito forte.


– Não Mione, eu estou em uma situação no mínimo constrangedora.


– Mamãe! - agora ela tentava bater na porta trancada.


– Rony, sai de cima de mim, por favor. Vai tomar um banho frio, sei lá.


– Eu posso até tentar, mas diga para meu amiguinho descer. Ele não ouve, tá de abstinência.


– Ron, faz o que eu pedi por favor. Vou ver o que ela quer.


Bastante relutante ele a obedeceu. Arrastou-se para o banheiro tomar um banho gelado, tentar acalmar os ânimos.


Hermione vestiu uma roupa qualquer e foi até a porta.


– Rose, o que foi? Deveria estar "mimindo".


– É "ti" eu "quelia" "mimi" "ati" com “voxês".


– Mas amor...


– "Pô" "favô"!– como Hermione poderia resistir aos olhinhos dela que pareciam hipnotizá-la.


– Tá bem, tá bem. Vem com a mamãe. - a pegou no colo e entrou no quarto.


– Cadê meu papai? - perguntou mirando todo o quarto.


– Tomando banho. - respondeu deitando-a na cama. - Dormir com a gente vai ter consequências.


– O "te" é "conxeqênxias"?


– Como posso te explicar...? Hum... Dormi com a gente não vai sair barato, você vai ter que pagar por isso.


– Mas eu num "tenhu" "dinheilo".


– Não precisa ter dinheiro.


Alguns minutos depois Ron retornou vestindo uma bermuda de pijama.


– Papai não tá "cum" "flio"?


– Estou sim amorzinho, mas a mamãe vai esquentar o papai. - falou divertido.


– Eu não vou esquentar ninguém.


– O que a senhorita está fazendo acordada em uma hora dessas? Deveria estar dormindo.


– Eu vou "mimi" "ati"!


– Vai? - Rony expressava incredulidade. Tinha planos para esta noite e eles seriam arruinados por Rose. Não que não gostasse da companhia da filha, mas queria um momento a sós com Hermione.


– Vai, mas tem que pagar por isso.


– "Comu"?


– Com ataque de cosquinhas! - Hermione começou uma série de cócegas na menina, sendo acompanhada por Ron.


– Não, não! - Rose tentava resistir. Era de tirar o fôlego disputar cócegas com os pais, mas acabava rindo muito. - Não, "pala", "pala"!


– Tá, mas só se você dormir.


– Eu "quelo" "ovi" uma "histólinha".


– Tudo bem, vou contar uma com um final muito lindo.


– De "plinxesa"?


– Sim, de princesa. Há muitos anos atrás, em um lugar distante, havia uma princesa, chamada Jane, que vivia em um castelo enorme com seus pais. O rei, pai de Jane, queria que ela se casasse com o príncipe Vítor, mas Jane não queria casar com ele. Ela conheceu um rapaz, de boa família e de nome Bilius.


– Bilius? Esse nome é feio! - Rose ria do nome.


– Bilius sabe disso. - falou Rony zangado.


– Continuando. Bilius e Jane namoraram por um tempo e tiveram uma filha de nome Rosa.


– Ei, é "case" igual meu nome!


– Verdade. Bom, um detalhe muito importante é que Bilius não sabia que tinha uma filha. O pai malvado de Jane a levou embora, e Bilius ficou triste, porque pensou que Jane não o amava mais. Depois de dois anos Jane e Bilius se reencontraram, e precisaram enfrentar muitas coisas para ficarem juntos, mas no fim conseguiram o que queriam. E Rosa ganhou um irmãozinho, ele se chama Bruno.


– E sabe de uma coisa? - Rose balançou a cabeça negando. - Rose também vai ganhar um irmãozinho.


– Eu? - perguntou animada.


– Você mesma. E se o papai concordar, se for um menino, ele vai se chamar Hugo.


– Legal! Eba! "Quelo" "ovi" "otla" agola"! – falou batendo as mãos.


– Não, agora está na hora de uma menininha chamada Rose "mimi".


– Não! - Rose encheu as bochechas e cruzou os braços. - Não, não!


– Rose, não me desobedece. Vamos, se quiser eu canto pra você.


– Tá bom. - falou emburrada.


Rose ficou entre o casal, embrulhada até o pescoço. Hermione cantou. Não era uma música essencialmente para crianças, mas sua mãe cantava quando ela era pequena.


– Se você for à floresta hoje vai ter uma surpresa, se você for à floresta hoje é bom Pois todo urso que anda por lá, foi convidado a participar, do dia feliz, que os ursos darão o seu piquenique.


Rony a encarou perguntando mudamente: "Música sobre ursos?"Hermione deu de ombros, pelo menos fez ter sono.


Os três dormiram juntinhos. Como era bom ter a companhia de quem amavam...

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Comentários (1)

  • Mariana Berlese Rodrigues

    #MORRI  A-M-E-I <3 <3 <3  MUITOOOOOOOOOO LINDAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA *.* CHOREI AQUI :) Owwwwwwwwwwwwwwwwwwwwnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnn RONALD PERFEITO WEASLEY <3 <3 <3  LINDOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO... <3 <3 <3  LINDA A HISTÓRIA <3 <3 <3 

    2013-01-09
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