Capítulo 21
– Não estou te entendendo. - perguntou confusa.
– Eu sei como te tirar daqui! - sorriu.
– Só me conte porque veio parar aqui.
– Bom... - Hermione contou a ela. - Só não entendo como isso pode me ajudar.
– Escute... - Paula lhe explicou. - Esses fatores são predominantes, sabia?
– Nem fazia ideia. - respondeu contente.
– Sinto muito. - falou olhando no relógio. - Eu tenho que ir agora, mas prometo que volto amanha bem cedo para falar com o delegado cabeça dura. - acrescentou rindo.
Elas despediram-se e Hermione encontrou-se mais uma vez a sós. Uma vez que estava assim poderia refletir sobre algumas coisas...
A primeira pergunta que Hermione se fez era se queria isso para ela. "É isso que quer para sua vida, Hermione? Olha a enrascada em que você se meteu, e tudo por causa do Weasley!" Sua consciência gritava. "Você deveria deixar tudo isso para trás e viver sua vida com Rose. Esqueça esse homem, pode encontrar outro melhor que não esteja envolto em tudo isso." "Você não entende consciência? Eu não posso fazer isso. Eu... Eu o amo, não é simples assim. Se deixá-lo será pior..." "Como quiser, enfrente as consequências." Estava em uma conversa consigo mesma, onde se dividia em duas opiniões.
Teria uma noite conturbada. Tentou dormir em uma posição muito desconfortável, as algemas não a deixaram fazer muita coisa.
Quando acordou, de manha, estava com olheiras horríveis pela noite mal dormida. Por um momento pensou que tudo não tinha passado de um pesadelo, muito ruim, mas infelizmente era tudo muito real.
Enquanto tentava mais uma vez digerir essa situação, o próprio delegado veio até ela e abriu as algemas.
– Você já pode ir. - resmungou.
– Hein? - perguntou confusa.
– Aquela jovem ali. - apontou Paula, que Hermione não tinha notado. - Nós tivemos uma conversa, quase a prendi por desacato, er, mas você pode ir.
Hermione ia acrescentar alguma coisa, mas achou melhor não falar nada. Apressou-se a sair dali com Paula em seu encalço. A morena procurou andar o mais rápido que podia, quanto mais cedo se afastasse dali melhor.
– Eu não acredito, eu não acredito, você conseguiu mesmo. - Hermione não conteve um sorriso e o impulso de abraçá-la em agradecimento. - Você é meu anjo da guarda, por acaso?
– Ah, que isso. Só fiz o que achei certo.
– Só uma pergunta. Como você conseguiu?
– Bom... É a primeira vez que você foi presa, então é ré primária, e está grávida. Esses fatos fazem com que você seja liberada.
– Tão simples assim? E como Harry não conseguiu me tirar de lá?
Paula deu de ombros.
– Agora, eu preciso de um telefone!
– Aqui, pega o meu. - Paula lhe estendeu seu aparelho.
– Muito, muito obrigada mesmo. Espero poder te recompensar um dia você também.
– Sério, não precisa. Eu ajudo as pessoas sem querer na em troca.
– Obrigada. - Hermione digitou apressada o número da amiga.
O telefone tocou quatro vezes antes de alguém atender, para alívio de Hermione.
– Ginevra?
– Mione?
– Ginyy, não diz nada, não respira só me escuta. Qual o endereço da igreja?
Gina parecia mais perdida que bêbado no tiroteio (ou Grifinório na Sonserina). Levou um pouco de tempo para entender o que Hermione estava dizendo, e quando entendeu levou mais um pouco de tempo para lembrar o endereço.
– Quer dizer que você vai ir, é? - perguntou Gina animada.
– Vou, provavelmente sim. É. É sim. Eu só preciso de um banho e comer alguma coisa muito reforçada. Meu estômago está dando várias voltas.
– É o meu sobrinho com fome. Você precisa se alimentar, vá para casa. Rose está mandando um beijo, disse que está com saudades e que é pra você voltar logo.
– Também estou com saudades do meu bebê. Diz que eu a amo.
– Pode deixar que eu digo. Até mais tarde.
– Até. Será que eu posso abusar mais um pouquinho de você? - perguntou apreensiva.
– Use e abuse. - respondeu.
– Preciso ir para casa, mas sabe, não tenho como.
– Quer uma carona?
– Se não incomodar, eu adoraria.
– Meu carro, onde eu o deixei? – ela forçou um pouco a mente. – Logo ali, à duas quadras.
Foram praticamente voando para a casa de Hermione. Quando ela chegou tomou um banho um pouco demorado. Devorou a primeira coisa que viu a sua frente. Estava tão faminta que poderia se alimentar de dois cavalos, até porque comia por dois.
Ela e Paula conversaram no tempo que ainda lhes restava.
– Precisa de mais alguma coisa? – Paula tinha a esperado, queria ter certeza de que as coisas ficariam bem.
– Não, não preciso. Estou muito agradecida por tudo o que fez. Não sei o que teria feito.
– Qualquer coisa só me ligar. Espero que não se importe, anotei meu número no bloco da cozinha.
– Tudo bem. Nem tenho palavras para expressar meu agradecimento. – falou emocionada.
– Expresse seu agradecimento não se atrasando para acabar com a farsa da tal Lilá.
– Eu tenho uma hora e vinte até lá. - disse olhando o relógio.
– E eu preciso ir. Boa sorte.
– Valeu, vou precisar. - se despediram.
Hermione voltou a se perguntar se valia a pena passar por tudo isso.
"Vale?" "Claro que vale. Pelo menos por ele sim..."
_________
– A Mione está demorando! - disse Ginny aflita. - Ela falou que ia chegar logo!
– Se acalme amor, isso pode fazer mal ao bebê. - Harry tentava fazê-la se sentar no banco.
– Você tem razão, mas quero que essa palhaçada acabe logo. - em seguida começou a rir.
– O que foi?
– Palhaçada, sabe, parece palha assada.
– Você bebeu Gi? - perguntou Harry preocupado.
– Não amor, eu só estou nervosa. Se ela não chegar eu teria que tomar as rédeas da situação!
– Gina, a Mione disse que ia me tirar dessa encascada, cadê ela? - perguntou Rony aproximando-se da irmã e cunhado.
– Calma Ronald, a gente vai resolver isso já. Assim espero. - sussurrou a última frase.
A marcha nupcial anunciava a chegada da noiva.
– Ginevra. - gemeu Rony.
– Ron, Ron, calma, vá para o altar que a "histérica" está chegando.
Duas crianças entravam na igreja de cara amarrada. A menininha usava um vestido branco, rodado e bordado. Carregava uma cestinha com pétalas de flores que jogava ao longo do caminho. O menininho usava um terninho preto, andava de mãos dadas com a menina. Aproposito, a menina deveria ser Evangeline.
Ron também usava um terno - contra sua vontade. - Tentou diversas vezes sorrir, mas não queria estar ali, queria ser outra pessoa, estar em outro lugar...
Lilá trajava um vestido exageradamente grande e decorado com coisa aparentemente inúteis. Exibia em seu rosto um sorriso vitorioso e sonhador. Pisava delicadamente sobre o piso, como se andasse sobre as nuvens. Não tinha pressa, afinal, nada poderia estragar seu dia. Por onde passava acenava para os presentes.
No altar estavam Ron, a senhora Brown e os padrinhos do casório - Cho Chang e Lino Jordan, amigos de Lilá, e Simas com Padma Patil, amigos de Rony. Ele teria chamado Harry e Gina, mas não queria que eles fossem padrinhos desse desastre.
O senhor Brown estava ao lado da filha também sorrindo abertamente. Iria entregá-la a um homem de família, rico e bem sucedido. Nem imagina a cobra que a filha era.
– Se você fizer minha filinha sofre, eu corto seu amiguinho fora, se é que me entende. - falou o Bob.
Ron teria dado uma resposta grosseira, mas segurou a língua. Pegou Lilá pelo braço e ajoelharam-se em frente ao padre.
– Senhoras e senhores... - começou o padre. - estamos hoje aqui reunidos para celebrar a união deste casal, que com certeza se ama muito... - Ron ia balançar a cabeça negativamente, mas não o fez. - Um casamento é sagrado, deve ser aceito de ambas as partes. Os dois estão de acordo com esse união?
– Sim. - respondeu Lilá eufórica.
– Não. - disseram duas vozes diferentes.
A primeira era de Ron, que voava em seus pensamentos, nem lembrava o que tinha dito, e a segunda voz veio da entrada da igreja...
– Ah, Mione, graças aos céus! - disse Ginny em seu canto.
Todos se viraram para encará-la.
– O que você faz aqui? - perguntou Lilá descrente.
– Vejo que me reconhece Lilá Brown, ou devo dizer Alil (pronuncia-se Alie) Forbs? - Hermione atravessava a igreja sobre olhares confusos.
– Ficou maluca? - Lilá estava começando a ficar nervosa. - Não ouçam o que ela está dizendo.
– Por que não? Você tem algo a esconder Alil?
– Para de me chamar assim.
– O que está acontecendo? - perguntou o padre. - Quem é a senhorita e o que quer?
– Eu sou Hermione, senhor, estou apenas tirando as mascaras de certas pessoas. Que já deveriam ter caído há muito tempo. - encarou Lilá por todo tempo. - Não se envergonha do que fez Lilá?
– Eu não fiz nada sua doida. Pare de me caluniar!
– Não fez nada? Deixe me ver, falsa identidade, falso exame de DNA, falso testemunho, ameaça, suborno e tantas outras coisas! - houve um murmúrio entre as pessoas.
– Mentirosa, prove o que está falando! - ela não deveria ter pedido.
– Com muito prazer. - Hermione sorriu cinicamente. - Ginny, passa a papelada. - pediu.
– Ah tá, só um pouquinho. - Ginny começou a revirar a bolsa. - Está aqui dentro em algum lugar.
– Gina, não diga que você esqueceu?
– Relaxa Mione, eu trouxe. - falou a ruiva saindo de seu lugar e lhe entregando as provas.
– Não me assuste assim garota! Primeiro, exame falso de DNA. Ron não é o pai de Evangeline, e eu tenho provas e testemunhas. Não adianta Lilá, você está encurralada. Eu posso provar tudo. É melhor se confessar logo, pode ter a pena de prisão reduzida...
– Eu não vou ser presa... - sussurrou. - Não fiz isso sozinha...
– Alguém pode me dizer o que está acontecendo? - perguntou a senhora Brown.
– Você é lerda mulher? - falou Ginny. - Sua filha é uma criminosa e vai ser presa
– Lilá, o que você fez?
– Nada mãe. - respondeu mais nervosa.
– Lilá... É melhor você confessar. Têm duas viaturas da policia lá fora e... Seria mais sensato.
– Eu não fiz por mal... - disse sinceramente. - Eu não sabia que tudo isso ia ganhar tantas proporções. - Lilá parecia estar se arrependendo. - Ele me obrigou.
– Quem? - mesmo sabendo a resposta Hermione precisava ouvi-la dizer a verdade.
– Você sabe quem. (Momento Voldemort) - Lilá baixou a cabeça envergonhada. - Ele me fez ficar com Rony, eu não queria... Me fez dizer que Evangeline era dele...
– Como assim Lilá, explique-se. - pediu o senhor Brown.
– É uma história comprida. - sussurrou. - Esse casamento é uma farsa, não quero me casar com Rony. Não me leve a mal Ron, você é um cara incrível, mas meu coração pertence a outra pessoa. - Lilá tinha um olhar sonhador.
– Tudo bem, meu coração também pertence à outra pessoa. - Ron lançou um rápido olhar à Hermione que sorriu de lado.
– Então você confessa que colocou alguma coisa na bebida de Ron naquele dia a quase três anos atrás?
– Sim.
– E que Evangeline não é filha de Ron?
– Sim.
– E que mandaram você dizer que era?
– Sim.
– E que...
– Chega de perguntas, por favor. Vamos acabar com isso logo, não aguento mais!
– Só me responda mais uma coisa. - Lilá avaliou-a detalhadamente antes de considerar. Hermione aproximou-se mais dela, ao fazer isso sentiu uma leve tontura que a fez apoiar-se em um banco próximo.
– Você está bem? - três vozes preocupadas perguntaram.
– Mais ou menos... - respondeu fracamente.
Todo mundo assistia a cena com apreensão.
Rony, com medo do que poderia acontecer, aproximou-se de Hermione, e fez certo pois ela acabou por desmaiar e ele a segurou.
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Ao acordar a primeira coisa que viu foi uma mancha escura de cabelos vermelhos esparramados em uma poltrona próxima a cama. Era Ron, mas o que ele estava fazendo ali? Mas... O que ela estava fazendo ali? Estava em um hospital. Tinha alguns fios em seu braço, odiava esses fios, e teve a brilhante ideia de arrancá-los, porém foi impedida...
– Não faça isso. - Rony segurou seu braço. - É perigoso.
– O que aconteceu?
– Você desmaiou, pensei que isso fosse obvio. - respondeu com um ar irônico.
– Não sobre isso, sobre Lilá, o casamento, o que houve?
– Ah, sim. Bom ela irá ficar um tempinho na cadeia, ela está dando depoimento e provavelmente seu pai será o próximo, pelo o que eu entendi.
Hermione sentou-se na cama abraçando seus joelhos e pondo o rosto entre eles.
– Desculpa, eu não quero te deixar triste... - Ron falou arrependido abraçando-a.
– Não vou ficar triste por isso, só... Pensar que meu pai foi o causador do meu sofrimento é estranho.
– Então não pense nisso para não se sentir estranha. Volte a dormir, acho que amanha será um dia cheio. - ele beijou o topo da cabeça dela antes de se afastar.
– Eu queria ver a Rose, meu bebê.
– Gina está com ela. Perguntou muito por você, mas conseguimos acalmá-la. - tranquilizou-a. - Vocês tem uma ligação muito forte, né?
Hermione assentiu.
– Rose sempre foi a razão de eu não ter desistido de tudo, ela é minha fonte de força. Quando está triste eu fico triste, quando está feliz eu fico feliz.
– Agora vamos ser um família, tá?
– Tá... - disse lentamente.
Rony virou-se em direção a porta, quando estava quase
– Ah... Só mais uma coisinha. - Rony a encarou. - Você ia me contar, né?
Hermione o encarou confusa.
– Contar o que?
Ele andou em sua direção e tocou em sua barriga.
– Você ia me contar? - perguntou novamente enquanto ela sorria levemente.
– Sim, não sou maluca de cometer o mesmo erro duas vezes.
– Ainda bem. - falou tentando ser sério, mas deixou um riso escapar.
– Como você soube? - indagou curiosa.
– Esse é o motivo de você estar aqui mocinha. Não anda se alimentando bem? Quer ficar igual a Rose?
– Ah... - começou desconcertada. - Bem, não, só estava preocupada com algumas coisas...
– Sei... Pelo menos agora você tem a mim para cuidar de ti, e mesmo não sendo formado posso ser um ótimo médico.
– Mesmo? - ela o encarou divertida.
– Sim, está duvidando? Melhor não duvidar...
– Bem hilário, você.
– Depois a gente conversa sobre eu ser hilário ou não. Agora a futura senhora Weasley vai dormir!
– Tá bem doutor. - ironizou. - Não, espera! - ela falou quando Rony se dirigia mais uma vez a porta. - Não vai, por favor. Fica comigo.
Ron conteve um sorriso, lá no fundo não queria deixá-la.
– Sempre.
Ele só pretendia lhe fazer companhia até que adormecesse, porém acabou adormecendo também.
Hermione não teve sonhos. Tinha passado muita coisas nessas horas, e isso era o que mais precisava. Não sonhar e nem pensar em nada...
Será que as coisas estariam entrando nos eixos?
Comentários (1)
#MORRI A-M-E-I <3 <3 <3 MUITOOOOOOOOOO LINDAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA *.* CHOREI AQUI :) Owwwwwwwwwwwwwwwwwwwwnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnn RONALD PERFEITO WEASLEY <3 <3 <3 LINDOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO... <3 <3 <3 OMG LILÁ ME SURPRIENDEU AGORA :)
2013-01-09