A Lontra Prateada
A Estação Central de Londres que há poucas horas atrás estava movimentada, agora se encontrava deserta. Apenas os membros da Armada (pelo menos os que restaram) estavam na Estação.
Estavam de frente para a Plataforma 9 ¾, mas não sabia como iriam resolver aquele mistério.
―― Que feitiço será que foi lançado na Plataforma? – perguntou Luana olhando atentamente para a placa pendurada.
―― Segundo Harry, foi magia das trevas – respondeu Hemerson – acho que não estamos aptos para lhe dar com uma situação dessas.
―― Discordo! – exclamou Niel – Somos a Armada! Fomos treinados pelos antigos membros! Bruxos que duelaram contra o próprio Lorde das Trevas! O que está acontecendo aqui, é que não sabemos por onde começar. Não temos um ponto de partida, logo não conseguiremos chegar ao ponto final deste problema.
―― Tens toda razão Niel – concordou Bruna olhando por cima do ombro – precisamos começar a agir rápido. Não fizemos nada até agora. Só ficamos parados olhando para esta placa pendurada.
Truc-truc-truc, truc-truc-truc
―― Estão ouvindo?
―― Sim!
―― Parece com o som de rodas no trilho! Como se fosse um trem.
―― Trem? Há esta hora? – indagou Hemerson – Acho meio improvável.
O barulho realmente era de trem. E estava se aproximando com uma velocidade incrível.
―― Gente, o Hemerson tem razão – disse Alessandra se esgueirando para perto dos trilhos.
―― E então? – perguntou Niel.
―― É um trem – respondeu ela – afastem-se. Não acredito que tenha algum trouxa dentro do trem.
O grupo se afastou com rapidez de perto dos trilhos. O barulho nos trilhos estava aumentando e uma grande luminosidade começou a tomar conta das velhas paredes da Estação. – Foooon – apitou o trem a todo gás. Estava parando vagarosamente em frente aos jovens.
―― Saquem as suas varinhas! – disse Niel – Devemos nos prevenir de qualquer ataque.
―― Só espero que não seja o Harry novamente – disse Thales.
O bruxo raramente se manifestava, porém quando o fazia, falava cada coisa absurda e sem sentido, que todos os outros amigos da Armada desandavam a rir, porém desta vez não era possível rir. Estavam com mais um problema.
O trem finalmente parou. Os bruxos apontaram suas varinhas para o vagão a sua frente. Um estrondo. A fumaça saindo por cima dos tubos lentamente. A porta do vagão abriu. Os olhos dos bruxos ficaram semicerrados. Seus batimentos aceleraram e a saliva descia por suas gargantas como areia. No vagão não havia pessoa alguma, como Alessandra já havia previsto, porém logo uma figura se revelou.
Uma lontra prateada esguiou a cabeça para fora do vagão e escorregou suavemente para o piso árido da Estação.
―― Isto... é um... Patrono! – exclamou Luana!
―― É o patrono da Hermione! – Alessandra respondeu eufórica!
A lontra andou solenemente até chegar perto dos bruxos. Passou o focinho na perna de Alessandra, como quisesse lhe fazer carinho. Em seguida deu um salto e parando no ar tomou forma de uma esfera.
Boa noite amigos – era a voz de Hermione saindo da esfera prateada – tenho boas notícias. Consegui entrar na sala do ministro junto com o Harry. Graças a Poção Polissuco... mais uma vez! Não consegui muitas informações, mas graças há uns papéis que foram deixados na mesa do Ministro, eu e Harry descobrimos que existe uma Chave de Portal na Plataforma. Mas não sabemos quem a criou e muito menos o destino dela. Espero ter ajudado. Cuidem-se!
A esfera tomou forma de uma lontra de novo e avançou para a placa da Plataforma 9 ¾ . Lá ela desapareceu.
―― É isto! – exclamou Bruna!
―― O que Bruna? – perguntou Dennys.
―― A placa é a Chave de Portal – respondeu ela sorrindo – é por isso que ela está pendurada. Sofreu mudança assim como o livro que Alessandra transformou em uma chave de portal.
―― Desculpe-me, mas não entendi – disse Luana olhando para a placa. Agora a placa parecia mais atraente do que antes.
―― Quando Alessandra lançou o feitiço Portus em nosso livro ele se tornou uma chave de portal, porém sofreu uma mudança devido ao feitiço. A capa dele amassou. O mesmo aconteceu com a Placa da Plataforma. Quando lançaram o feitiço ela ficou pendurada.
―― Bem pensado Bruna! – disse Alessandra.
―― Agora temos que saber para onde esta chave de portal leva – disse Hemerson olhando para seus amigos.
―― Só existe um jeito de descobrirmos – disse Bruna sorrindo.
Os bruxos se entreolharam e sorriram. Sabiam o que tinha que fazer.
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