Desconforto



         Era sábado de julho, somente o início do final de semana e estavam todos reunidos n’A Toca. Andrômeda estava na cozinha com Molly preparando o almoço. Fizeram amizade em tempo recorde após a guerra. Não costumavam ter grande contato antes, mas, devido aos acontecimentos, unir as famílias ao máximo pareceu a melhor opção. Harry e Rony estavam jogando xadrez de bruxo, porque velhos hábitos não mudam. Sr. Weasley, Gui, Percy, Jorge estavam conversando calorosamente na sala. Era sempre assim quando se encontravam. Gina, Hermione e Fleur estavam no jardim em cadeiras de praia típicas de trouxas, as quais Sr. Weasley teimava em guardar, fiscalizando uma desgnomização realizada por Teddy e Victoire, filha de Fleur e Gui, enquanto Tiago corria e brincava ao ar livre.


         Victoire era dois anos mais nova do que Teddy. Loura e muito bonita como a mãe, ela era meiga e encantadora, mas decidida. Já havia dito centenas de vezes para quem quisesse ouvir que para Sonserina ela não iria. As características de quem ia para aquela casa representavam tudo o que ela desprezava na vida, e sim, ela sabia muito bem do que não gostava aos nova anos de idade. Crescera junto com Teddy e os dois sonhavam com o dia em que iriam para Hogwarts estudar juntos, separados por aqueles dois anos. Conversavam sobre as casas, sobre os banquetes lendários, sobre a aventura que guardava o castelo.


         – Eu não desprezo a Sonserina! – dizia Teddy.


         – Mas os Sonserinos são muito arrogantes, se achando melhores que os outros... – rebateu a menina.


       – Nem todos! Minha avó foi Sonserina e não se acha melhor que ninguém.


         – Bem, ela é exceção, não, é? Sempre existe uma. – disse Victoire com tom de quem encerra o assunto.


          Continuaram a desgnomização até ouvirem:


          – TEDDY, corre aqui. Vem ver o que chegou pra você!


          Os dois entraram curiosos. Era uma carta com envelope em pergaminho amarelado, fechada com cera púrpura com o conhecido brasão cravado. Sua admissão em Hogwarts.


        Teddy pegou a carta e sorriu um sorriso verdadeiro e empolgado de quem não sabe o que o destino lhe reserva, mas guarda esperança de que seja algo bom. Abriu o envelope e viu a lista de material escolar e um bilhete informando-lhe que possuía uma vaga na antiga escola de magia e bruxaria. Guardou cada palavra em sua mente.


          – Eu faço questão de te levar pra comprar seu material, Teddy. – disse seu padrinho. – Hagrid me levou quando eu era garoto e agora é minha vez de te levar.


          – Nossa, essa eu quero ver! – disse Jorge – Harry Potter passeando no beco diagonal com seu afilhado, cuja história todos conhecem... Pra chamar mais atenção só aparecendo o fantasma do Dumbledore junto com vocês. – todos riram.


       Então, Teddy ficou preocupado. Sua ida ao beco diagonal seria um inferno. Muitas pessoas apontando e cochichando. Alguns mais corajosos, talvez, saudando-os e falando com eles durante seu caminho. No entanto, não gostaria de decepcionar seu padrinho. Não gostaria e não iria fazê-lo, pensava consigo. Melhor acostumar-se logo com a vida pública, afinal, todos conheceriam sua historia em Hogwarts, assim como em outros lugares. Não poderia esconder a face, apesar de ter capacidade para tal. Iria entrar no castelo com a cabeça erguida, não importava quão desconfortável isso fosse. Quem sabe não seria melhor assim...


 


N/A: Pra qual casa de hogwarts vocês acham que o teddy vai???

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