Entrevistas e Varinhas



   Tiago caminhara pelo salão principal, seus passos ecoaram estrondosamente tamanho o silencio feito, ninguém se atrevia a dizer nada, dizer palavra alguma, e o pior era que o ruivo estava se sentindo incomodado com os olhares em sua nuca, o que estariam pensando dele? Pensara, no mínimo que sabotara o Cálice de Fogo para que fosse escolhido, mas ele nem se quer colocara seu nome, a menos que alguém tenha o inscrito, a historia estava se repetindo, assim como no ultimo torneio que ocorrera, onde seu pai foi escolhido o quarto campeão, e daquela vez o Lord das Trevas fizera seu retorno, o que teria causado sua escolha ou melhor quem teria?Essa era a pergunta que não queria deixar sua mente. Ele respirara fundo, antes de abrir a porta ele buscara o olhar na mesa dos professores, olhara para a diretora McGonagall que lhe olhava piedosa, como se desculpasse por aquilo ter acontecido, um olhar maternal, Teddy Lupin o encarava sério, parecia refletir sobre o que acontecia, Stella Glanvill demonstrava um olhar de surpresa assim como todos ali, e buscava respostas nos demais, esperando que alguém dissesse algo, já Salazar Salvatore parecia achar graça da situação e quando fora encarado pelo rapaz lançara a ele um sorriso arrogante e um olhar que demonstrava o quanto estava se divertindo, pela cabeça do ruivo passara a possibilidade de ter sido ele o causador de tudo isso, mas não tinha provas para acusa-lo. Ele colocara as mãos na maçaneta com firmeza e a girara, logo entrara em uma pequena sala, onde todos se encontravam, todos os três campeões, Dominique estava sentada em uma poltrona, ou melhor dizendo estava jogada, com a face que mostrava o quanto estava entediada, Nickollaus encarava o fogo da lareira de pedra, seus olhos estavam fixos na chama, mas não parecia estar ali, estava com a cabeça em outro lugar e por ultimo ele vira Eduard de costas para ele, o sonserino encarava a estante de troféus protegidos por uma grande barreira de vidro, fora então que eles notaram a presença do ruivo dentro da sala, o primeiro a notar fora Zabini que vira seu reflexo no vidro, olhando por cima do ombro com uma expressão um tanto surpresa, mas tentara não demonstrar.

_ O que faz aqui Potter? – disse Eduard simples e os outros dois dirigiram olhares surpresos para Tiago.

_ Tiago? – disse Dominique – algum problema? Querem que a gente mude de sala?

_ não é isso – disse Tiago meio sem jeito se aproximando da poltrona onde a ruiva estava sentada – é outra coisa...

_ o que seria? – disse Nickollaus andando até ele – seriam as instruções? Não, ridículo, não seria você a nos dar as instruções, quem faz isso são os professores.

_ você ainda não respondeu minha pergunta Potter – disse Eduard fora então que os três diretores entraram, devidamente acompanhados por alguns professores – precisamos de respostas Diretora, o que o Potter faz aqui... – ele se dirigia a McGonagall um tanto exaltado.

_ se aquiete senhor Zabini, a resposta a sua questão é muito simples, e creio que o senhor já saiba – disse McGonagall e a face do Sonserino parecera tomar uma feição de surpresa, frente ao fato de seu pensamento ter sido confirmado.

_ quer dizer que, ele é um campeão? – disse Eduard e Nickollaus e Dominique encararam os professores que confirmaram o que fora dito – isso é serio?

_ impossível – disse Dominique – ele nem se quer se inscreveu, como pode ter sido escolhido.

_ isso que queremos saber, como ele pode ter sido escolhido – disse Gabrielle Delacour chamando a atenção de todos – inacreditável, bem debaixo dos nossos olhos fomos traídos dessa forma.

_ você não está sugerindo que alguem de Hogwarts tenha feito isso? Estaria? – disse Stella Glanvill encarando a loira com um certo olhar sério da mesma forma que sua voz – pois saiba que nenhum de nós iria usar dessa forma para tentar ganhar o Torneio, por Merlin, você acha que colocaríamos a vida de alguem em risco dessa forma?

_ eu não sei o que pensar, sua escola tem dois campeões, como da ultima vez – disse Gabrielle Delacour – e não me venha dizer que o Lord Voldemort ressuscitou e quer o garoto para ele, isso seria ridículo, a verdade é que alguém confundiu o Cálice de Fogo, e que devemos descobrir quem é, e para seu bem Gótica é bom que não seja alguém de Hogwarts... – Stella apertara firmemente a varinha entre os dedos, Teddy percebera e segura-lhe a mão, e ela lhe olhara em busca de respostas, se controle fora o que seus lábios mudos disseram.

_ Mamãe – dissera Wagner Krum – não crie caso, do jeito que fala parece que foi um dos professores que fez isso, coisa que duvido muito, já que estudei em Hogwarts e sei bem que eles não fariam uma coisa dessas, não posso dizer a mesma coisa dos alunos, mas não sei ao certo o que eles ganhariam fazendo isso.

_ ourça nozss finrlho Grrabrirelle, erlhe sarbê o quer diêz – disse Viktor Krum – nãin crirre casse... Quãn ao facto do garroto angulma iderra? – ele olhara a todos que estavam presentes e os encarara – fonrra quer pensser...

_ é meio obvio não? – disse Salvatore com sua voz sarcástica – o garoto tem que participar, essas são as regras, o nome sai automaticamente está participando do torneio, é tão simples, e outra, o que garante que não foi o próprio garoto que se inscreveu? – ele sorriu frente ao olhar furioso que lhe era dirigido – alguém ficou vigiando aquele negocio a noite inteira? O que garante que de noite o moleque não se infiltrou em Beauxbatons e colocou um pedaço de pergaminho com a inscrição dele nas chamas... – ele se aproximara de Tiago, perto o suficiente para que o garoto pudesse ver seus olhos, um extremamente azul elétrico e o outro branco perolado e cego - e depois confundido o Cálice...

_ eu não faria uma coisa dessas – disse Tiago – prometi ao meu pai que não me inscreveria, e assim eu fiz...

_ serio? - disse Salvatore com sua voz irônica e um sorriso de escárnio nos lábios dando alguns passos para trás - Curioso, e porque seu pai lhe pediria algo assim? – ele ficara em silencio, não ia dizer aquele homem sobre a conversa que tivera com seu pai – mas isso não garante que você respeitou a promessa, não garante que foi você que fez aquilo...

_ fique quieto Salvatore – disse Teddy com uma voz autoritária, e Tiago pode notar que ele estava com raiva por conta de como sua aparência havia mudado, seus cabelos estavam vermelhos flamejantes e os olhos da mesma cor – cale sua boca antes de acusar esse garoto de ter feito algo sem ter provas de que ele fez, não desconte nele os sentimentos que tem contra Harry Potter, pois ele não é o pai e não tem culpa do que está acontecendo, tenho certeza disso – ele se aproximava de Salazar enquanto falava, e este sorria arrogantemente como sempre, achava graça de ver o professor de Transfiguração naquele estado.

_ já chega, vocês dois querem parar com isso – disse Stella se pondo entre os dois para separa-los – não são mais estudantes de Hogwarts, e toda essa discussão de vocês fez com que desviássemos dos objetivos de estarmos aqui, então fiquem calados a menos que seja para dar uma idéia lógica de como terminar com tudo isso.

_ eu tenho uma idéia, mas prefiro ficar quieto, pois mandar o garoto para Azkaban não ajudaria em nada não é mesmo? – disse Salvatore ao que ele foi fuzilado com o olhar por Teddy e Stella – é achei que não iam gostar, ou então cancelar o Torneio.

_ não podemos fazer isso, você sabe muito bem professor Salvatore – disse McGonagall suspirando fundo – e acredito que seja muito tarde para outro sorteio.

_ teêns rarzão Mirnerrva – disse Maxime – non Hár outrê moddô de rersolver ecsse probleme, us campeõns tem quie parrticirpar, non outrê fourme... je sientir muitô quãrnto a isse...

_ certo mas sobre a participação do garoto? – disse Gabrielle – Madame, a senhora não... não pode permitir que ele participe...

_ o Garrorto trêns quêr parrticiparr – disse Krum – ér a unicka mannerra, nâin poderrmos farrzer...

_ não, ele não vai participar – disse Teddy – não vou permitir, isso é errado, e vocês discutem sobre o que faremos com ele sem nem se quer dar ouvidos a ele? Deixem o garoto decidir o que fará sobre isso, vocês não podem forçar-lo a entrar num torneio dessa forma, é um absurdo a maneira como vocês o tratam, essa decisão não parte de vocês e sim dele...

_ parece que alguém aqui está se deixando levar pelo lado sentimental das coisas – disse Salvatore cantarolando para então sorrir superiormente quando foi fitado por Teddy – que lindo o modo como tenta proteger o garoto, um verdadeiro advogado de defesa... só que se esquece que não há como argumentar com o Calice, não existe meio de fazê-lo...

_ você tem razão quando diz que é meu lado sentimental falando, talvez por eu ver os Potters como minha família, e o Tiago como se fosse um dos meus irmãos – disse Teddy – e sim, eu quero protege-lo da pessoa que fez isso, acham que colocariam ele em um torneio sem terem outros planos para eles?

_ não vai acontecer como da ultima vez Teddy – disse Stella – temos Aurores que supervisionaram as provas.

_ quem garante que não acontecera? Quem garante que ninguém morrera nesse torneio? – disse Teddy e a sala mergulhara em um silencio – foi o que pensei... – ele se voltara para porta caminhando em sua direção – vamos Tiago... Vamos sair daqui.
Ele não obtivera resposta, o ruivo estava calado a fitar o nada, a verdade é que durante todo aquele tempo pensara sobre os motivos para terem colocado ele naquele torneio, quem poderia sido e o porquê, e mesmo parecendo loucura, ele não tinha medo, e não queria desistir, não havia jeito como já fora dito sobre o Calice ter o escolhido, aquela escolha não tinha volta, e ele tinha que participar, e queria isso. Ele olhara para Teddy e os outros professores que o fitavam, o rapaz dos cabelos de vermelho flamejantes o encarava, a verdade é que o jovem professor estava com medo do que poderia acontecer, e Tiago sabia disso, mas não sabia o que falar ao certo, sem perceber sua boca se abrira.

_ não sei se isso é uma boa idéia Teddy – disse Tiago.

_ como? Não é uma boa idéia? Tiago você pode morrer... – disse Teddy.

_ ou posso ajuda-los a pegar quem fez isso – disse Tiago duramente – quem me inscreveu no torneio agira para tentar me matar ou quem sabe me seqüestrar, e quando agir vocês estarão lá para pega-lo, e se eu participar temos essa chance...

_ você não sabe no que está se metendo se participar – disse Teddy seriamente – é perigoso, as próprias provas do torneio são muito difíceis... Não que você não consiga passá-las, mas...

_ eu conseguirei, pode deixar, nada que nos mandem fazer pode ser assim tão difícil – disse Tiago – fica tranqüilo Teddy, sei me cuidar – o professor respirara fundo e o encarou – apenas preciso que acredite em mim.

_ eu acredito – disse Teddy com uma voz um tanto falhada – eu acredito em você, só que... Só tente continuar vivo, não agüentaria ter que ser eu a dar a noticia a seus pais.

_ vou tentar – disse Tiago sorrindo.

_ que momento comovente – disse Salvatore – então é apenas isso que tínhamos a conversar?

_ não, tem o fato de Hogwarts está na vantagem com dois campeões – disse Gabrielle – acho que deveríamos resolver isso não acha? – todos os olhares recaíram sobre Eduard e Tiago, ambos se olharam pensando o que estariam pensando.

_ o que vocês acham de que, ambos trabalhem em dupla durante o torneio? – disse Stella e todos a encararam – dessa forma não estariam em tanta desvantagem com as outras escolas, seriam como se fossem apenas um competidor.

_ nossa, que genial – disse Salvatore – mas, creio que não, isso seria mais vantagem para Hogwarts que ela já tem, seriam duas cabeças pensando juntas e isso seria contra o regulamento principal do torneio que é...

_ nenhum campeão pode receber ajuda – disse Wagner Krum – então, acho que deveríamos ficar como se deve, com os quatro competindo entre si.

_ tem que ser mais esperta ao formular em suas idéias Glanvill – disse Salvatore baixinho para que apenas ela ouvisse – pois essas idéias, são um pouco mal estruturadas, nem parece que você é Corvinal – ela revirara os olhos e ele sorrira.

_ muito bem, que tal irmos logo aos anúncios sobre como serão as provas e sobre o que acontecera a partir de hoje – disse McGonagall e todos assentiram – ótimo, Máxime... Faça as honras...

E a diretora francesa falara sobre o Torneio Tribruxo, falara sobre sua importância e sobre as provas que constituiriam de três etapas, três provas que cada competidor teria que enfrentar sozinho sem a ajuda de ninguém, nenhum tipo de ajuda seria tolerado, e qualquer maneira e artifícios usados que pudesse ser considerados um meio de trapaça retalharia os pontos do competidor em questão. A primeira prova aconteceria no dia 30 de setembro e os alunos teriam até a data para se prepararem das formas que desejarem.

Todos se retiraram após o termino das explicações, o ultimo a sair foram os campeões, Eduard ainda encarava o ruivo que fazia o mesmo com ele, mas diferente do Grifinorio em cujos olhos podia se ver a raiva, por conta do incomodo que aquele olhar lhe causava, nos olhos do Sonserino não havia nem sentimento, era como se estivesse pensando sobre algo, que nem mesmo Tiago sabia o que poderia ser. Nickollaus fora o primeiro dos campeões a sair, após Viktor Krum o chamá-lo dizendo que precisava se preparar para a entrevista de amanhã que os campeões dariam ao Profeta Diário, em seguida fora Eduard que saira deixando para trás Dominique e Tiago, a ruiva o encarava esperando que dissesse algo, mas ele nada disse, apenas pegou sua mão e os dois juntos saíram do salão principal. Eles caminhavam pelos corredores calmamente, e em momento algum eles dirigiram uma palavra um ao outro, o que era meio estranho se tratando daquela garota de cabelos ruivos tão comunicativa, ela teria achado que fora ele que sabotou o Calice de Fogo? Pensara Tiago, não, ela só devia está nervosa com aquela historia toda. Quando chegaram a escada que levava a Torre em que ficava o dormitório feminino, ela se despedira, mas não o beijara, o que foi um pouco estranho, e o garoto seguiu seu caminho solitário até o Trem. Enquanto seguia para seu dormitório tivera o infortúnio de ver Eduard e Narcisa no vagão que representava no salão comunal, ele estava com a cabeça deitada em seu colo, enquanto ela alisava seus cabelos, pareciam conversar sobre o torneio, mas o Grifinorio nem parara para ouvir, seguindo para seu dormitório quando vira que o Sonserino a puxara para se deitar sobre ele e a beijara, por Merlin, ele ainda não agüentava ver os dois se beijando, era horrível aquilo, mesmo namorando Dominique parecia que não conseguia esquecer aquela loira, parecia ainda pior ver o modo como ela ficava perto dele, rindo, sorrindo, antigamente um sorriso dela era algo difícil de se ver, e o riso era algo mais raro ainda, no entanto agora parecia algo tão comum e casual. O que aquele garoto tem que a faz assim tão feliz? Tiago sempre se fazia essa pergunta, mas nunca sabia responde-la, suspirou antes de abrir a porta do quarto, como era de costume Fred estava dormindo, pelo menos era isso que parecia, já que a cortina do dorsal da sua cama estava fechada, e o outro Sonserino com quem dividiam a cabine, o tal de Peter devia estar ocupado como sempre estava, nunca via a hora que ele chegava, mas isso não importava, e Eduard, bem, ele sabia onde o garoto estava, só não queria lembrar daquela cena, do contrario vomitaria. Tiago se jogara na cama, e depois olhara debaixo dessa tirando uma garrafa de Fire Whisky, bebendo ela direto do gargalo, ele se levantara e se dirigiu a janela onde ficou fitando o céu estrelado enquanto bebia até acabar aquela bebida e mais quatro de cerveja amanteigada, onde finalmente se sentiu anestesiado e dopado o bastante para ir dormir, e por sorte isso ocorrera antes de Eduard entrar no quarto.

Amanhecera aquela manhã, era domingo não teriam aulas, mas no lugar de dormir até mais tarde como costumava fazer aos finais de semana, Tiago teve que acordar por conta do dia de preparações que os campeões teriam, afinal de contas, restavam apenas dois dias até a primeira prova, que ele não fazia a mínima do que poderia ser. Após se arrumar se dirigiu a sala de troféus, ele não acordara a tempo de tomar café da manhã no salão principal desse modo teve de comprar algumas coisas no restaurante do trem, e comera no caminho para o castelo, no caminho pode ver vários olhares se dirigindo a ele, também pudera, o que passava pela cabeça daquelas pessoas? Pensara, certamente que era um intruso, que não deveria estar no torneio, e aquilo era a mais pura verdade. Enquanto caminhava, pode ver rostos conhecidos, viu Roxanne e Krum se beijando deitados num dos muitos bancos de pedra do jardim, e se perguntara onde estaria Fred para ter uma crise de ciúmes, vira Scorpio brigando com a Rose para varias e a garota a empurrara no lago, dando as costas a ele em seguida enquanto os gêmeos ajudavam o loiro a sair todo encharcado, enquanto Lily ria ao lado de Chloe que parecia esconder o riso, não sendo tão escandalosa quanto à ruivinha. Ele entrara no castelo, e vira em um dos corredores Alice andando ao lado de Nickollaus, estranho, pensou, fora quando trombara com algo que não soube dizer ao certo pois não pode saber o que era por conta de estar invisível, ele suspeitava do que poderia ser assim que viu o casal se despedindo e com o Bulgaro beijando a mão da garota, e entrando no salão comunal e com ela desaparecendo no corredor, após passar por ele que estava caído no chão, mas o que denunciara e o fizera concluir que era verdade o que pensara, fora os resmungos que escutou, ele sorriu enquanto tateava até sentir algo estranho e puxou a capa revelando um Alvo Potter emburrado a sua frente. O Sonserino demorara a perceber que havia sido descoberto, pois seus olhos encararam Alice até ela desaparecer de vista, Tiago se levantara e ficara de frente ao moreno bloqueando sua visão, ele então percebera o irmão a sua frente que lhe estendia a mão para ajuda-lo a se levantar, e ele aceitou.

_ posso perguntar o que estava fazendo? – disse Tiago entregando a capa a Alvo que a pegou emburrado – você... Não está bancando o louco morto de ciúmes não é?

_ não, apenas estou seguindo a Alice – disse Alvo duramente – quero ver qual é a desse cara, eu simplesmente não gosto dele.

_ talvez por ele esteja interessado na Alice você não goste dele – disse Tiago – por que você não fala de uma vez com ela é tão fácil?

_ está protegendo o seu novo amigo é? Eu vi que você e o tal de Karkaroff se dão bem – disse Alvo com um tom de voz sarcástico – soube que trocou o Fred pelo Búlgaro...

_ eu não troquei o Fred pelo Nick, é que de repente nosso primo de uma hora para a outra pirou e agora faz de conta que eu não existo – disse Tiago seriamente, estava a ponto de perder a paciência com Alvo, odiava quando ele usava aquele tom de voz – fala serio, ele nem para vir conversar sobre o que aconteceu, se ele tem algum problema e não quer me contar.

_ não estou a fim de ouvir seus problemas agora com o Fred – disse Alvo entediado – agora se permite, tenho que falar com a Alice.

_ vai se declarar? – disse Tiago ao que Alvo revirou os olhos – é, achei que não ia...

Tiago entrara na sala de troféus, onde os outros campeões o esperavam, quando ele entrara todos o dirigiram o olhar. E finalmente Gabrielle Delacour trouxera o especialista em varinhas que iria analisar a varinha de todos, e o ruivo o identificara logo que vira como o Sr. Olivaras, o dono da loja de varinhas do Beco Diagonal. Ele se sentara em uma cadeira em frente a eles e com um suspiro, era nítido o quanto o velho estava cansado, também era natural quantos anos ele deveria ter, pensou o grifinorio.

_ vamos começar então, primeiro as damas – disse Olivaras e Dominique se aproximara com a varinha – deixe-me ver... – ela entregou a varinha, era fina e branca com alguns desenhos de ramos nela entalhadas – interessante... é cerejeira japonesa, 29 centimetros, núcleo de... – ele olhara para a garota com uma certa surpresa – núcleo de escama de sereiano, flexível... – ele fizera um aceno com ela murmurando um feitiço que fez as velas de um castiçal se acender – está em ótimas condições, quem fez essa varinha minha jovem?

_ Pierre Le Pearce – disse Dominique sorrindo pegando a varinha em mãos – lógico, antes de ele ser eleito ministro, foi uma das ultimas antes dele que ele fez e vendeu antes de ser eleito, pois depois disso, temos que ir ao Beco Diagonal em Londres para comprar, ele tem tentado convencer algum dos filhos mais velhos dele para retornar a França, mas nenhum quer, estão ganhando mais dinheiro com as varinhas no mercado estrangeiro, soube que o mais velho está em Nova York, que o segundo esta em Tóquio, tem também um que está em Sidney, outro está em São Paulo, outro na Cidade do México, e outro em Pequim, fala serio, e nenhum deles quer voltar...isso é egoísmo da parte deles...

_ sim, claro, mas não os culpe por querer mais dinheiro, é da natureza do homem... Os Le Pearce sempre foram bons artesãos de varinhas , é bom saber que se espalharam pelo mundo e estão tendo seu talento reconhecido – disse Olivaras sorrindo – mas perguntei por conta do núcleo, é difícil encontrar uma varinha que tenha como núcleo escama de sereiano, pois a varinha se torna um tanto temperamental e ciumenta, por isso não as uso – ele se voltara para Nickollaus – você meu jovem... – ele lhe entregara a varinha que fora analisada, era comprida e grossa, cor de madeira envernizada, possuía uma pequena inclinação que fazia ela se assemelhar a um galho retorcido.

_ acácia, 35 centímetros, rígida, núcleo de sangue de dragão vivo, apenas uma gota... – disse Olivaras pensativo – muito bem feita, um trabalho excelente e ao mesmo tempo minucioso... Curioso... Muito curioso...

_ o que é tão curioso senhor? – disse Nickollaus confuso.

_ não vejo uma dessas há muito tempo, parece trabalho do falecido Gregorovitch – disse Olivaras espantado – talvez porque seja dele – o velho sorrira fracamente – você herdou essa varinha não é mesmo?

_ sim, ela pertenceu a meu avô – disse Nickollaus – ela me escolheu, o que foi bom, pois quando fui visitar o senhor para comprar minha varinha não a encontrei e acabei destruindo a loja.

_ é mesmo, me lembro de você, tive que reformar depois de sua visita – disse Olivaras rindo enquanto murmurava um feitiço que fez pássaros saírem da ponta da varinha – excelente... Próximo... – Eduard se aproximara entregando sua varinha, era negra e fina, possuía algumas serpentes em volta dela talhadas em relevo na madeira – essa é das minhas... Ah, me lembro dessa muito bem por conta do núcleo... Mas vamos lá, videira, 29 centímetros, núcleo de pena de fênix, maleável, boa para feitiços – ele sorrira para Eduard – o núcleo da sua varinha foi difícil de arranjar, sabe, a fênix era selvagem, foi difícil de tirar a pena dela... Ainda tenho algumas cicatrizes... – ele rira da própria lembrança - Ela possui alguns lascamentos em decorrência do uso... – ele encara o garoto sério – parece que realiza muitos feitiços com essa varinha meu jovem... mas mesmo assim parece ser bem cuidada...

_ e o senhor tem razão quando diz sobre os feitiços – disse Eduard – eu os pratico, e as vezes acaba acontecendo da varinha ficar gasta pelo uso... Mas eu ainda tento conservá-la da melhor maneira possível.

_ continue assim rapaz e essa varinha será sua companheira pelo resto da vida – disse o senhor Olivras enquanto apontava a varinha e fazia algumas bolhas de sabão saírem de sua ponta e tomarem formas de animais – perfeito... – ele entregara a varinha para Eduard, e se dirigiu a Tiago – agora, você...

_ como vai senhor Olivaras? – disse Tiago lhe entregando sua varinha, era sua segunda, a primeira de carvalho e fibra de dragão fora destruída em seu segundo ano por Fred em meio a um duelo do Clube de Duelos ao qual um duelou contra o outro, o que alem de causar muitos danos materiais ao salão principal de Hogwarts e alguns berradores, fez com que ele fosse novamente a compra de uma, aquele ano fora o pior que tivera na escola, não conseguira realizar um feitiço corretamente – gostando da França...

_ como vai Tiago? – disse Olivaras pegando a varinha do rapaz e a analisando - bem, eu vim rápido mesmo, não vou ficar para o torneio, estou apenas para analisar as varinhas, acho que não encontraram outro artesão de varinhas, já que atualmente sou o único da Europa a alguns anos, desde a morte de Gregorovitch e a proclamação de Le Pearce como ministro... – ele suspirara fundo, um suspiro um tanto triste – a arte e o conhecimento da fabricação das varinhas está morrendo nesse continente, logo os bruxos terão que ir a outros países comprar suas varinhas... – ele então percebera que todos encararam e tornou a respirar fundo – pois bem, vejamos... Carvalho-português, 30 centímetros, núcleo de corda cardíaca de fênix... Muito raro esse núcleo me lembro que só fiz três com esse tipo... Ela é meio flexível, e ótima para Azarações e feitiços defensivos, muito fiel ao seu dono... – ele fizera um movimento que fez a ponta da varinha se acender nas mais diferentes cores – está funcionando muito bem... – ele a entregara a Tiago – acho que meu trabalho terminou... Senhorita Delacour – ele se voltara para Gabrielle que só agora o ruivo notara que entrara na sala – se me permite, antes de retornar para minha loja, gostaria de dar uma volta por Beauxbatons se não for incomodo...

_ claro que não, esteja à vontade Sr. Olivaras – disse Gabrielle sorrindo amigavelmente e o velho fizera um pequeno cumprimento e se retirou da sala, ela voltara um olhar severo para os campeões – se arrumem, e tentem melhorar as caras, vou chamar o repórter e a fotografa do Profeta Diário... – ela fechara a porta com força.

_ se arrumem e tentem melhorar as caras... – disse Dominique imitando a tia – como se pudéssemos ter caras piores que a dela...

_ está brincando que está a chamando de feia não é? – disse Nickollaus – ela é meio Veela, se ela é feia devemos ser trasgos montanheses – os rapazes riram – mas nada que se compare a minha garota...

_ fala da garota que te acompanhou até a porta hoje? – disse Eduard e o Búlgaro lhe encarara – se fosse você desistia, meu irmão era afim dela desde o primeiro ano, mas ela nunca deu bola para ele, tem olhos apenas para um garoto... E esse garoto é o Alvo.

_ quem vem a ser esse tal de Alvo? – disse Nickollaus curioso, ele não sabia que havia concorrência, precisava saber de quem se tratava – vamos Zabini, diga de quem se trata.

_ claro, eu te digo, chegue mais perto – disse Eduard e ele ficara conversando em tons muito baixos com Nickollaus em um canto da sala, enquanto Dominique parecia entediada mascando chiclete e fazendo algumas bolas e Tiago se sentara a sua frente.

_ Por que ainda somos entrevistados por esse pessoal do Profeta Diário? – disse Tiago – eles são um bando de abutres, só quero ver o que vai acabar acontecendo com o que vamos dizer a eles...

_ somos entrevistados pelo Profeta por causa da força e importância que o nome dele tem, é conhecido em todos os países desde que deixou de se ligar ao Ministério da Magia Britânico – disse Dominique – é só não contarmos nada de importante a eles... Sermos diretos as perguntas... Simples... – ela dera de ombros e estourara mais uma bola de chiclete.

Os Jornalistas do Profeta entraram, se tratava de uma mulher de estatura mediana baixa, de cabelos negros na altura da cintura e óculos, vestindo uma blusa com cores psicodélicas e uma calça e jaqueta jeans claros, sendo que a calça possuía alguns rasgos intencionais, ela trazia em mãos uma câmera fotográfica profissional, ao lado da hippie vinha um homem alto vestindo um sobretudo cinza, e um terno risca de giz azul marinho por baixo, a gravata estava frouxa e o colarinho aberto, sapatos pretos lustrosos, ele também usava óculos de lentes retangulares e com armação negra, possuía os cabelos castanhos escuros curtos e despenteados e barba por fazer, era o equilíbrio perfeito entre o bem vestido e o desarrumado, pensara Tiago. Os quatro campeões se reuniram e eles ficaram próximos dos recém chegados, a mulher sorria alegremente para eles, apesar de que o ruivo percebera que os sorrisos eram dirigidos para uma pessoa em especial, e que era para o aluno de Durmstrang, Nickollaus sorria timidamente para a fotografa, talvez se conhecessem. O homem retirara um cachimbo de um dos bolsos do sobre tudo e o levara a boca, e após dar soltar uma baforada de fumaça, olhara para todos os presentes e seu olhar para sobre Tiago, ele então sorrira arrogantemente, lembrava em muito o sorriso do professor de Defesa Contra a Arte das Trevas.

_ Bom Dia senhores, e senhorita – disse o repórter em meio a um sorriso arrogante – muitos de vocês devem ter lido uma de minhas matérias, tenho minha própria coluna e volta e meio consigo a primeira pagina, deixe-me que me apresente então, meu nome é Jeffrey Salamander Quizz e terei o prazer de entrevista-los para o Profeta Diário, mas antes tiraremos algumas fotos se não se importam... – ele se voltara para a fotografa - Alexa, ajude-los a se arrumar e os arrume para a foto, vamos fazer nosso trabalho e acabar logo com isso.

Ele se dirigira a janela e ficara olhando para a paisagem enquanto fumava seu cachimbo e vez ou outra soltava uma fumaça pela boca, Tiago ficou o encarando, então aquele era Salamander Quizz, lógico que todos ali haviam ouvido falar dele, afinal de contas, era o favorito da Editora Chefe Rita Skeeter e muitos o acham tão odioso quanto ela, e aquele repórter em especial tinha certo prazer em escrever matérias desacreditando os Aurores do Ministério, difamando a família Potter ou o próprio Ministro e seu mandato. Quando percebera que era olhado pelo ruivo, o homem o encarara por sobre o ombro por um tempo, mesmo depois que Tiago desviara o olhar e passara a encarar a fotografa que arrumava os campeões. A mulher era cuidadosa, ela não gostava de nada fora de seu lugar, queria tudo perfeito para a foto, tanto que usara um feitiço para alongar a saia do vestido de Beauxbatons de Dominique até o comprimento apropriado, afinal, a garota o havia cortado até que ficasse de seu gosto, ela desdobrara as vestes de Eduard, o uniforme da Sonserina com a capa de viagem e o cachecol, e arrumara os cabelos do rapaz os penteando com um feitiço, quando chegara em Nickollaus ela para e fitara o rapaz por um tempo para então sorrir novamente, e para estranheza do ruivo a mulher deixar escorrer algumas lagrimas.

_ oi Nick – disse fotografa de nome Alexa – olhe para você, se seu pai pudesse te ver agora estaria tão orgulhoso quanto eu estou...

_ também é bom te ver mãe – disse Nickollaus sorrindo enquanto a mãe o abraçava – só pare de chorar, isso não pega bem...

_ você tem razão, mas estou tão orgulhosa de você - disse Alexa – meu filho o campeão de Durmstrang, isso é incrível.

_ certo mãe – disse Nickollaus ao perceber que os outros o olhavam – dá para conversarmos depois?

_ certo... – disse Alexa – você tem razão, mas filho, você deveria realmente cortar os cabelos, estão muito grandes... e o que é isso no seu rosto parece uma sujeira, deixe-me cuidar disso – ela tirara um pequeno lenço do bolso levara ao rosto do rapaz – meu filho tem que está perfeito para sair na primeira pagina do Profeta Diário.

_ mãe... – disse Nickollaus ele parecia ficar com vergonha, já ficava levemente corado – por favor...

_ que isso bebê – disse Alexa e nesse momento todos os outros três conseguiram segurar o riso – agora me deixe ajeitar seu cabelo... e benzinho, você podia tomar um pouco de sol, está muito palido, está se alimentando direito? - o rapaz revirara os olhos - me deixe passar uma maquiagem em você, mas antes, o cabelo...

_ ele está ótimo do jeito que está – disse Nickollaus um pouco sem graça – eu realmente não preciso arrumá-lo e quanto a minha pele, ela simplesmente é assim mãe, eu tenho me alimentado direito e tomado sol, mas não tem como eu pegar uma cor...

_ certo – disse Alexa sorrindo se voltando para Tiago – vejamos o que podemos fazer com você querido – ela apontara a varinha para as vestes de Tiago que se desdobraram e a gravata antes frouxa agora estava perfeitamente ajustada quase o sufocando – desculpe, agora seu cabelo – ela apontara novamente a varinha e conseguira acertá-lo, mas não duraria para sempre em vista que se tratava dos cabelos de um Potter, e eles nunca ficariam penteados – ótimo, agora queiram se sentar na mesa enquanto tiro algumas fotos de vocês...

Ela apontara para uma comprida mesa de carvalho, onde todos os quatro sentaram, e após um flash que parecera iluminar a sala toda.Tiraram mais algumas fotos, os campeões em frente a lareira, uma foto que segundo ela ficaria perfeita, que se tratava de os três rapazes em pé, sendo que Dominique permaneceria sentada em uma cadeira. Em todas as fotos ela parecia querer focalizar melhor Nickollaus, o que o garoto logo percebera quando a sua mãe lhe mandara mudar de posição varias vezes antes de tirar a ultima foto. Quando finalmente terminou as fotos, Salamander deixara a janela e andara até os campeões ficando de frente a eles novamente, havia um estranho brilho em seus olhos, e um sorriso um tanto arrogante e debochado, se perguntava se fora com ele que Salvatore aprendera o dele, apesar que o do professor irritava ainda mais que o daquele repórter.

_ vamos começar então as entrevistas – disse Salamander – serão entrevistas individuais, creio que algumas das perguntas poderão ser um pouco ofensivas ou então pessoais demais para serem respondidas entre os outros campeões. Sendo assim iremos pela ordem que cada um foi sorteado no Cálice de Fogo, pelo que me lembre de acordo com a professora Delacour, o primeiro a ser sorteado foi o senhor Karkaroff, correto?

_ isso mesmo – disse Nickollaus.

_ ótimo, peço aos outros que se retirem – disse Salamander – me deixem a sós com ele, os chamarei quando for a vez de vocês.

Todos se retiraram, deixando o Búlgaro sozinho na sala de Troféus para sua entrevista, mesmo a fotografa e mãe de Nickollaus teve que se retirar, nada podia ser ouvido do outro lado da porta, parecia que o repórter tinha usado o feitiço Abaffiato, mas o que tinha de tão importante naquilo, era um pouco estranho o modo como ele disse que seria perguntas ofensivas e pessoais, aquilo deixara o ruivo um pouco tenso, e também ajudara ao encarar a expressão seria da fotografa, ela devia saber de alguma coisa, saber o modo que Salamander operava, e algo lhe dizia que não era dos melhores. Quando Nickollaus saiu da sala, Alexa correu ao seu encontro, se levantando um tanto nervosa da mesa onde ela e os outros campeões estavam.

_ você está bem Nick? – disse Alexa.

_ claro mãe porque não estaria? – disse Nickollaus sorrindo, ele parecia um pouco atordoado pensara Tiago, ou fora apenas impressão – venha, me deixe mostrar para a senhora o castelo – ele puxara a mão da mulher em direção a porta do salão principal – o Sr. Quizz disse que estava dispensada por hoje, e que eu poderia passar um tempo com a senhora...

_ você realmente está bem? – disse Alexa, ela parecia realmente preocupada, por que a preocupação dela incomodava tanto?Pensara Tiago, ele estava um pouco nervoso com aquilo tudo – seja sincero...

_ claro que estou – disse Nickollaus enquanto na porta da sala saia Salamander que encarara Dominique e a chamara para entrar, e assim o fez.

Havia ficado apenas Eduard e Tiago no grande salão principal cujas paredes não expressavam qualquer imagem do jardim, era apenas um grande espaço interno de um castelo com suas grandes paredes cinza de pedra. Tiago ficara encarando por um tempo o Sonserino que parecia distraído a encarar a porta da sala de Troféus, quando finalmente voltara seu olhar para Tiago sorrira, não um sorriso arrogante ou superior que o ruivo esperava, era um sorriso amigável, o que o surpreendeu realmente, desviara os olhos assim que foi encarado.

_ olá Potter – disse Eduard, e Tiago voltara novamente seus olhos para ele, não acreditava que o rapaz queria puxar conversa – posso perguntar por que tanto me encara?

_ se sente incomodado com eu olhá-lo Zabini? – disse Tiago ríspido, ele realmente não gostava daquele Sonserino, pelo simples fato de Narcisa está o namorando.

_ não vem a ser esse o caso, é apenas curiosidade, e agradeceria se respondesse minha pergunta – disse Eduard – e não que fizesse outra...

_ quer mesmo saber o que estava olhando? – disse Tiago, com um tom um pouco grosso, mas ele respirara fundo e se conteve retornando a voz que normalmente usava – pois bem, gostaria de saber como alguem como você conseguiu conquistar a Narcisa... Simplesmente isso...

_ você quer saber o que ela viu em mim? – disse Eduard – pois bem, nem eu as vezes sei o que ela viu, talvez o fato de eu ser legal com ela e tente compreende-la tenha ajudado a criar uma amizade com ela, depois daí acho que não teve segredo.

_ certo, mas isso não é verdade – disse Tiago – eu e Narcisa nos conhecemos a mais tempo que vocês dois, ou melhor dizendo, somos amigos a mais tempo e eu sempre me interessei por ela, e nunca consegui conquistá-la – eles ficaram um tempo em silencio até que Eduard começara a falar.

_ você ainda a ama não é mesmo? – disse Eduard – ainda não conseguiu esquecê-la... Pude perceber isso da maneira que ficou quando nos viu ontem no salão comunal, e também o fato de beber todas as noites como na noite passada, é para esquecer-la e a dor que sente...

_ olha só, não é que o Zabini pensa e sabe juntar as coisas – disse Tiago sarcasticamente e rindo levemente – você vai me mandar ficar longe dela não é mesmo?

_ de maneira alguma – disse Eduard – se fosse por mim vocês ainda seriam amigos, mas parece que desde que começamos a namorar você a evita...

_ eu quero esquece-la, não posso conseguir isso se continuar perto dela – disse Tiago e Eduard riu – o que há de engraçado.

_ a vida é engraçada não acha Potter? – disse Eduard – em vez de um homem lutar pela mulher que ama, tenta esquece-la, e como faz isso? Com outra garota, sem se preocupar de como está ficara quando perceber que não é amada, e que está sendo usada.

_ eu não estou usando Dominique – disse Tiago – eu quero aprender amá-la como ela me ama, para podermos ser felizes juntos...

_ claro, você não a usa – disse Eduard com uma voz irônica para então tomar uma feição seria – a quem quer enganar Potter, você não pode escolher quem vai amar... Ninguém manda no próprio coração, e você sabe disso, por conta disso você continua me odiando, por conta disso tem bebido mais do que deve... porque você a ama e não suportou perde-la para mim.

_ o que sugere que eu faça? – disse Tiago.

_ não posso te dizer o que fazer – disse Eduard – você tem que descobrir sozinho, mas se quer mesmo que diga algo, vou te dizer o que você não deve fazer...

_ e o que eu não deveria fazer? – disse Tiago com uma voz de tédio.

_ deveria parar de brincar com os sentimentos daquela garota – disse Eduard – parar de usa-la, ela não é um objeto para você fazer isso, e nunca será realmente feliz enquanto continuar com essa farsa e ira se odiar cada vez mais por brincar com alguém tão legal que não merece nada disso do que você tem feito, vai por mim, eu sei que estou dizendo...

_ já brincou com os sentimentos de alguém Zabini? – disse Tiago rindo – logo você que é o senhor perfeição.

_ eu não sou perfeito Potter, e nunca serei – disse Eduard – estou longe de ser alguém assim... – a porta fora aberta e Dominique saira, e Eduard fora chamado – lembre o que te disse cara...

Ele se levantara caminhando até a sala de troféus, e o ruivo revirara os olhos, como se ele fosse escutar conselhos de alguém que odeia, o que garantia que ele não conseguiria esquecer a Narcisa? Pensara, a verdade era que o Grifinorio sabia que em partes estava errado, mas não podia desistir em tentar esquecer a mulher que a amava, e qual era a melhor maneira de fazer isso que um novo amor? Parecia muito lógico para ele o que estava fazendo, pelo menos era o que pensava. Dominique encarara Tiago com uma cara confusa, ele parecia nem ao menos ter notado que ela saira da sala de troféus e que estava a sua frente, parecia pensativo sobre alguma coisa, ela se sentara a seu lado e o cutucara chamando sua atenção.

_ algum problema? – disse Dominique – algo que o Zabini tenha te dito?

_ nada, apenas algumas coisas sem importância – disse Tiago colocando o braço ao redor da cintura dela puxando a cadeira da ruiva para mais perto dele – como foi a entrevista meu amor? – ele brincara com os cabelos da garota e lhe beijara de leve nos lábios, era tão estranho chamar uma garota de amor que não fosse Narcisa, mas ele pensaria mais nisso.

_b-bem, eu acho – disse Dominique, a verdade era que não estava acostumada com aquele namoro, algo dentro dela dizia que não combinava, que não parecia certo aquilo de namorar Tiago, não era mais aquilo que ela queria, mas não sabia como dizer para ele sem magoá-lo, antes de tudo ele era um de seus melhores amigos – não me lembro ao certo das perguntas finais... Estranho – por que aquilo parecera incomodar Tiago? Ele não sabia ao certo, mas aquelas palavras trouxeram novamente o nervosismo que ele estava sentindo antes e que fora esquecido com a conversa que teve com Zabini – você está bem?

_ claro – disse Tiago simples, encarando a porta da sala de troféus.

_ vou dar uma volta, minha Tia Gabrielle disse que queria falar comigo depois da entrevista – disse Dominique se levantando – você ficara bem?

_ claro, pode ir – disse Tiago, dando um ultimo beijo nela antes dela sair – nos vemos mais tarde.

Ele ficara alguns minutos esperando que a entrevista de Eduard terminasse para que pudesse chegar sua vez logo e ele logo fosse embora dali, não gostava de esperar, e principalmente aquela sensação estranha o incomodava, fora então que a porta se abrira e o Sonserino saira com uma cara entediada, talvez não fosse algo tão ruim, pensara, talvez fosse tranqüilo, e o ruivo se levantara seguindo para dentro da sala que se encontrava escura, se não fosse por algumas velas acesas em um castiçal e a lareira, e novamente o homem estava ali, sentado encarando o fogo que crepitava, quando viu o garoto sorrira, e em seus olhos podia se ver as chamas a cintilarem e sua face pálida inundada pelo luz.

_ bom dia senhor Potter – disse Salamander sorrindo arrogantemente enquanto apontava para uma das cadeiras da mesa – queira sentar sim? – e assim o garoto fez, com o repórter sentando de frente para ele – que tal começarmos a entrevista... – Tiago de braços cruzados e esparramado na cadeira dera de ombros.

_ para inicio de conversa, ao que o senhor acha que se deve a sua escolha para ser um dos campeões? – disse Salamander – acha que ele fez uma boa escolha?

_ o meu nome saiu do Cálice é simples não? – disse Tiago com a voz levemente confusa, enquanto via um barulho de alguém digitando para então perceber que havia uma maquina de escrever em uma das pontas da mesa escrevendo toda a entrevista – para dizer a verdade, estou surpreso, pois eu nem ao menos me inscrevi nesse torneio Tribruxo.

_ não se inscreveu ou não quer admitir? – disse Salamander e a maquina de escrever continuava a escrever sozinha e Tiago a fitou – ah... Não ligue, ela foi enfeitiçada para não precisar de ninguém para funcionar, melhor que uma pena de escrita rápida em minha opinião...

_ certo – disse Tiago que lera qualquer coisa como “estou muito honrado de participar de um torneio como esse, e sim de certa forma surpreso, mas já era esperado em decorrência que meu pai foi o campeão da ultima edição, de forma que estou apenas seguindo seus passos, é acredito que o Cálice de fogo fez uma boa escolha...” – eu não disse essas coisas...

_ voltando, como espera que seus pais se sentiram ao receberem essa noticia? – disse Salamander e Tiago ficou esperando alguns segundos para responder.

_ não faço a mínima idéia – disse Tiago simplesmente e então vira a maquina escrever as seguintes palavras “ Espero que tenham gostado, afinal de contas isso é um modo de mostrar para minha família o meu verdadeiro valor” – ei... Isso...

_ como é a situação entre você e seu pai? – disse Salamander.

_ muito boa – disse Tiago ríspido, e a resposta que vira ser escrita fora “ não tão boa assim, ele vive trabalhando, de modo que quase não o vejo, espero que com eu participando desse torneio ele perceba que tem filhos e que nos precisamos dele – fala serio, que merda é essa...

_ como? – disse Salamander se fazendo de desentendido – algum problema?

_ tudo o que essa maquina esta escrevendo é um monte de idiotices – disse Tiago tentando se levantar mas não conseguira – você é um idiota, não vou te dizer mais nada... por que não consigo me levantar?

_ talvez porque não tenhamos terminado a entrevista... – disse Salamander rindo – então você quer que eu escreva a verdade?

_ mas lógico que quero, esse é o dever de todo o jornalista levar a verdade ao publico – disse Tiago exaltado.

_ certo, farei novas perguntas e você ira me responder tudo o que quero saber – disse
Salamander e com um movimento de varinha fizera uma garrafa de Fire Whisky aparecer na frente deles – gostaria de um pouco? Antes de prosseguimos com nossa entrevista? – algo dizia a ele para não aceitar, mas seus olhos não viram aquela bebida sendo colocada no copo, o liquido tomando todo o esplendor do vidro com uma magnitude imensa, ele sentira a saliva a se formar em sua boca e seus lábios ressecarem, ele precisava daquela bebida e o repórter sorrira – achei que fosse aceitar – disse empurrando a bebida para Tiago que a pegara cuidadoso, encarando o liquido vermelho que soltava algumas bolhas como se fosse lava vulcânica, e então levara a boca bebendo um pequeno gole – bom não é?

_ sim – disse Tiago bebendo novamente mais um gole como se nunca tivesse bebido algo tão bom, logo para sua surpresa o copo estava vazio e algo nele parecia diferente, ele se sentia levemente tonto e com a mente vaga e vazia como se tivesse perdido sua vontade – o que você...

_ vamos começar, porque você não tinha a intenção de se inscrever nesse torneio? Pelo que eu saiba você é um garoto ambicioso e que gosta de se divertir e de perigos, e esse torneio te oferece tudo isso – disse Salamander - por que não participar dele então?

_ meu pai me fez prometer que não ia me inscrever e assim o fiz – disse Tiago sem poder mentir ou desviar o assunto da pergunta, apenas respondera – por mais que tenha me sentido tentado em tentar me inscrever, o obedeci.

_ e por que você acha que ele não queria que você participasse? – disse Salamander.

_ medo talvez... papai tem medo que algo aconteça nesse torneio e que eu acabe morto – disse Tiago tentando se segurar para não responder a pergunta, mas acabara por responder a verdade – como sabe ele tem péssimas lembranças da ultima edição, onde ocorreu o retorno de Voldemort e um dos campeões foi morto.

_ alguma razão para que ele tema tanto que você participe desse torneio? – disse Salamander sorrindo, fora então que Tiago percebera o que havia acontecido com ele, e se amaldiçoara mentalmente por cair em algo daquele tipo, acabara de beber Veritaserum, o soro da verdade – vamos responda... – mas antes que o ruivo falasse alguma coisa a porta da sala se abrira em um estrondo e uma varinha se erguera.

_ ESTUPEFAÇA - disse o possuidor da varinha e um raio saira dela atingindo Tiago que apagara.

Tiago acordara algum tempo depois, ainda estava no chão, mas alguém o amparava, estava com a cabeça encostada no colo de alguém, fora então que com a vista embaçada reconhecera o rosto da professora de feitiços, Stella sorrira para ele, e o garoto tentara se levantar ficando meio sentado o suficiente para ver a discussão que se seguia na sala, ele notara que havia mais dois homens alem do repórter, e após sua vista voltar ao normal os identificara com sendo Teddy Lupin e Salazar Salvatore, não duvidava nada que tivesse sido o professor de DCAT que tenha o estuporado. Salvatore parecia furioso já que pegou o repórter pela vestes e o prensara contra a parede, com Teddy tentando acalmá-lo e fazer com que ele largasse Salamander, mas o mais estranho é que parecia que eles se conheciam há muito tempo.

_ você seu desgraçado, estava usando o que naquele moleque – disse Salvatore – o que diabos você estava fazendo com ele?

_ estava fazendo meu trabalho – disse Salamander rindo – um trabalho que você quase tirou de mim quando fez aquelas acusações sobre eu estar envolvido com os comensais que escaparam de Azkaban a alguns anos atrás.

_ nada me tira da cabeça que você os está ajudando – disse Salvatore entre dentes – que você é um deles, você nem deveria ter sido contratado pelo Profeta Diário, mas parece que a Skeeter gosta de se cercar de vermes idiotas como você, penso que você deveria ter ido para Azkaban anos atrás... mesmo que isso não fosse o suficiente para pagar pelo que você fez.

_ ainda pensa que fui eu o responsável pelo que aconteceu? – disse Salamander rindo – eu já te disse, não tive culpa do que aconteceu com Annabelle...

_ não diga o nome dela, você não tem esse direito – disse Salvatore em meio a berros – você é um idiota que pratica a Arte das Trevas, e isso não vai mudar...

_ vocês dois querem parar, isso não tem nada haver com o que aconteceu no passado – disse Teddy tirando Salvatore com muita dificuldade de perto de Salamander se colocando entre eles – não na frente de pessoas que não precisam saber sobre isso – ele dissera se referindo a Tiago e os três o encararam por um tempo.

_ eu era jovem, tinha curiosidade sobre aquele assunto como muitos tem... Mas eu não fiz nada, apenas li sobre o assunto e isso foi suficiente para eu ser expulso de Hogwarts – disse Salamander em um tom de voz baixa – eu tive que me mudar para a America e concluir meus estudos lá, já que nenhuma escola da Europa aceita alunos que foram expulsos...

_ devia ter ficado lá, seu verme, ter ficado naquele antro de magia negra, bruxos trambiqueiros e ralé mágica que é os Estados Unidos no lugar de retornar a Londres – disse Salvatore no mesmo tom que o repórter – sei que você não presta Quizz, e vou ter o prazer de provar isso...

_ pois prove – disse Salamander ajustando as vestes – eu quero só ver... – ele caminhara até a mesa, e fizera um aceno de varinha e a maquina de escrever com os registros das entrevistas desaparecera, ele se voltou para o lugar onde a Gótica ajudava Tiago a se levantar, e sorriu para a professora – como está Stella? – ele dissera com uma voz um tanto surpresa por vê-la, e amável ao mesmo tempo, Tiago olhou confuso para ela.

_ bem e você Jeff? – disse Stella e Salamander sorrira, eles se conheciam também, afinal de contas quem era aquele homem? Pensara Tiago confuso – você mudou muito desde a escola...

_ em compensação você continua a mesma – disse Salamander – parece que não envelheceu um único dia desde a ultima vez que nos vimos...

_ você é muito gentil como sempre Jeff – disse Stella e Salamander andou até ela lhe beijando a mão.

_ nos vemos por ai – disse Salamander saindo pela porta – você também Teddy... – o professor de Transfiguração não respondera e o repórter sorrira para então aparatar.

_ acho que... vou indo – disse Tiago se levantando e se dirigindo a porta.

_ não tão rápido Potter, vamos me diga o que aquele idiota queria com você – disse Salvatore e Tiago se voltou para ele.

_ me entrevistar para o Profeta Diario – disse Tiago duramente – apenas isso...

_ você mente – disse Salvatore – eu não acredito no que você diz...

_ eu não me importo se você acredita ou não - disse Tiago virando as costas a ele e saindo.

_ moleque idiota, duvido que sobreviva até o final do torneio – disse Salvatore e foi fuzilado por Teddy – você vai me dizer que acredita no moleque...

_ sim, acredito, você não conhece Tiago Sirius Potter como eu conheço – disse Teddy – ele tem tudo para vencer esse torneio se quiser... pois ele é um Potter, e os Potters antes de tudo tem Coragem e não desistem nunca do seus objetivos.

_ para mim aquela família não tem nada de mais se você quer saber – disse Salvatore – eles tem uma fama que não merecem, todos se lembram de como Harry Potter venceu o Lord das Trevas mas se esquecem de todos que morreram para ele conseguir fazer isso...

Salvatore virara as costas, saindo da sala e deixando para trás um clima tenso, como só ele conseguia fazer. Teddy e Stella se encararam, mas não disseram nada apenas ficando em silencio, enquanto ambos deixavam a sala de troféus para trás.
Tiago caminhava pelos jardins, quando se deparara com alguém que lhe chamara voltou seu olhar e encontrou o senhor Olivaras que o observava sentado em um dos bancos que havia debaixo de uma arvore, ele se voltara para o homem e sorriu, para então se aproximar e sentar próximo a ele, ambos se encararam por um tempo para então o velho fabricante de varinhas.

_ alguma coisa o aflige meu rapaz? – disse Olivaras – parece confuso...

_ estou nervoso senhor Olivaras, nervoso por algumas coisas que aconteceram – disse Tiago – estou com a cabeça cheia ultimamente.

_ entendo – disse Olivaras – sabe tem uma coisa sobre sua varinha que não disse...

_ o que? – disse Tiago confuso – eu pensei que ela estivesse boa...

_ e está, mas é sobre o núcleo dela – disse Olivaras – a alguns anos um jovem apareceu em minha loja, pedindo que eu lhe fizesse uma varinha com algo muito raro, cuja a magia eu desconhecia o poder.

_ o que era? – disse Tiago.

_ ele queria uma varinha com fibra cardíaca de fênix, algo muito difícil de se fazer e ao mesmo tempo poderoso, me lembro de varinhas como essas terem desaparecido a muitos séculos, sendo seus últimos possuidores os magos egípcios – disse Olivaras – eu fiquei meio receoso, mas o jovem parecia insistente, e me ofereceu muito dinheiro para que eu fizesse uma varinha para ele com esse núcleo especial.

_ e o senhor fez? – disse Tiago, ele se interessara pela historia, afinal era o mesmo núcleo que existia em sua varinha – aceitou fazer a varinha para ele...

_ sim, eu aceitei – disse Olivaras – apesar de até hoje pensar que fiz algo errado, mas eu fiz... ele me trouxe o coração de uma fênix, ele ainda pulsa e batia mesmo fora da ave, fora então que eu usara a fibra de uma das artérias para fazer a varinha para esse bruxo... Mas eu fiz três varinhas com madeiras diferentes, comprimentos diferentes e flexibilidade diferente... Na esperança de que uma das três fosse escolhê-lo e aconteceu, as outras duas permaneceram então em minha loja e ficaram lá para serem vendidas.

_ e uma dessas varinhas é a minha não é mesmo? – disse Tiago e o velho assentiu com a cabeça – e a outra varinha? A terceira que ficou para ser vendida?

_ era de Azinheira, 29 centimetros, meio flexível, a vendi a um garoto há três anos, ele apareceu em minha loja, iria para Hogwarts aquele ano – disse Olivaras – estava acompanhado da avó... Seu nome é Alvo Severo Potter.

_ meu irmão? – disse Tiago e ele confirmara – mas, ele nunca me disse o núcleo da varinha...

_ nunca disse a ele – disse Olivaras – achei melhor que não soubesse, afinal de contas na época você e ele não se davam bem... E essas varinhas criam uma ligação entre as três pessoas que a possuem...

_ cria? – disse Tiago pensativo, pela sua cabeça passara o rosto do líder dos comensais da morte que ele via em seus sonhos, seria ele o possuidor da terceira varinha – Senhor Olivaras, o senhor se lembra quem é esse jovem que mandou que o senhor fizesse a varinha?

_ não, quero dizer, não, eu não lembro... – disse Olivaras confuso – foi como se eu não pudesse me lembrar com clareza do seu rosto e nome... Mas eu me lembro dos olhos... Eram azuis profundos, e frios como o gelo, e ele emanava uma aura que me fazia temê-lo...

_ obrigado, era o que precisava saber – disse Tiago se levantando – devo contar ao meu irmão essa historia das varinhas?

_ se quiser – disse Olivaras também se levantando – eu não vejo porque não fazê-lo... – Tiago então se voltara novamente para ver o velho, mas ele não estava mais ali.

Tiago seguira para o Trem, deixando para trás o banco onde antes se encontrava o único fabricante de varinhas de toda a Europa. Ele caminhara pelos jardins com os pensamentos a mil, afinal de contas pensara que seria apenas mais um dia, quando na verdade tivera varias revelações e algumas novas perguntas a serem respondidas.

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