Os Campeões



 Alice estava nos jardins, sentada na grama próxima a algumas flores, ela limpava a lente de sua câmera distraidamente, ainda se lembrava perfeitamente de quando Alvo lhe dera de presente em seu aniversario, ela estava montando um álbum com as fotos que tirava, com as fotos dela e dos amigos, seria uma bela recordação. Fora então que em seus pensamentos viera a imagem de Alvo, por Merlin, ela gostava dele há três anos, e por todo esse tempo ele parecia sentir o mesmo por ela, o que impedia ele de se declarar?Dizer a verdade, admitir o que sentia, a garota respirara fundo, as vezes tinha que concordar com Lily sobre o fato de o irmão dela ser lerdo, mesmo depois da aula de Defesa Contra a Arte das Trevas, onde o seu bicho-papão virou, bem, se transformou em uma cena um pouco incomoda, que veio a gerar vários comentários sobre ela e o garoto estarem namorando, o que era mentira, mesmo que ela quisesse que fosse verdade, havia ainda boatos maldosos que Alvo e Rose tinham algo, o que era algo ridículo de se pensar. Ela se deitara na câmera, aquela semana tinha sido cansativa, sim, já se passara uma semana desde que desembarcaram. Aquela noite os campeões seriam revelados, mas ela não estava nem ligando para o que iria acontecer, ela olhara para alguns metros adiante, onde um rapaz forte e de cabelos muito negros e vestes da mesma cor se encontrava, sentado a sombra de uma arvore tocava um violão e qual não fora sua surpresa frente ao fato de a cor do instrumento ser negro, havia alguns de seus amigos ao seu lado, mas a maioria de seu publico era formado por alunas de Beauxbatons e Durmstrang, e umas poucas de Hogwarts. Nickollaus Karkaroff, ela não esquecera o nome dele, já percebera algumas coisas sobre ele, como por exemplo, que era muito popular em sua escola, e que era o aluno favorito de Krum, sabia que era o melhor amigo do filho desde, sabia que era muito bom em poções segundo Tiago, assim como sabia muito bem lidar com uma espada como mostrara na apresentação de sua escola, e que todas as tardes costumava nadar no lago de Beauxbatons para delírio das garotas, ela revirara os olhos ao se lembrar dessas cenas, a e como ia se esquecer do principal sobre aquele garoto?Que viria a ser o fato dele está interessado nela, ela por mais que não gostasse disso, até que achava interessante, afinal, ele era o primeiro garoto que mostrava algum interesse por ela, fora Alvo é lógico, mas ele pelo menos não escondia isso das pessoas, prova disso é que sempre ele estava por perto, a observando de longe. Mas os motivos que a levavam a pensar nele nem mesmo ela sabia, tornou a se deitar na grama, observando o céu que ia escurecendo, se lembrou da conversa que tivera com Rose a uma semana, fora quando estavam procurando Lorcan e Chloe que tinham desaparecido, se separaram em duplas para fazerem isso, sendo que ela ficara tendo como acompanhante a ruiva, esperava que Alvo fosse se oferecer, mas ele não o fizera, qual era o problema dele para não dizer logo o que sente?Às vezes se estressava com simples atitudes dele, mas não conseguia ficar brava com ele por muito tempo. Voltara a suas lembranças, onde estava, a sim, ela e Rose haviam ido procurar os amigos desaparecidos.

Flashback On:

Alice e Rose estavam andando pelos corredores, haviam acabado de sair da ultima aulas que tinham aquela tarde, e após uma entediante aula de Historia da Magia, que pela primeira vez na vida fora algo agradável, já que o professor que lecionava essa matéria parecia conseguir prender seus alunos com a matéria, algo que o velho fantasma que era o Professor Bins nunca conseguiria fazer. Os Terceiristas seguiam de volta para o Trem, com Alvo e Scorpio tentando conter Lysander que não parecia gostar muito de Lorcan ter matado aula, fora então que Lily surgira dizendo que estava preocupada com Chloe que não comparecera ao restante das aulas, a morena então se lembrara da matéria que ela e Rose haviam visto mais cedo sobre o que acontecera ao Casal Skeeter, fora então que o gêmeo dissera que aquilo era muito estranho, o desaparecimento dos dois e Alvo propôs que fossemos em duplas, a Lufa-lufa pensara mesmo que por alguns segundos que seria convidada, no entanto, o Sonserino dissera que iria com Scorpio, e correra em direção a biblioteca ao lado do loiro, Lysander chamara Lily para procurar os dois desaparecidos nos jardins, e restara a ela e a Rose como uma dupla.

_ acha que devíamos procurar em que lugar? – disse Alice – penso que deveríamos procurar nos jardins, é muito grande para apenas duas pessoas procurarem, não acha?

_ claro, vamos – disse Rose.

As garotas seguiam pelos muitos corredores do castelo em silencio, não que não fossem de falar muito, eram amigas a anos, na verdade melhores amigas, mas a morena não se sentia muito a vontade para conversar. Era um castelo muito grande, não fora surpresa para ambas quando notaram que haviam se perdido, saindo em um corredor em que já haviam passado algumas vezes. Rose encarava a amiga, queria falar com ela sobre o que acontecera na aula de DCAT, mas seria aquela a hora?Bem, elas teriam que conversar mais tarde de qualquer forma, afinal dividia o mesmo dormitório com ela, e ainda tinha o risco dela evitar o assunto dando desculpas, tomara a decisão então que perguntaria, e respirou fundo, parando no corredor próximo a Fontana Di Trevi e se sentara em sua beirada. A morena olhava confusa para a amiga que a encarava, ela se aproximou da ruiva se sentando ao seu lado.

_ algum problema Rose? – disse Alice meio receosa.

_ acho que devíamos conversar não? – disse Rose – sobre o que aconteceu hoje...

_ fala do bicho-papão? – disse Alice e a garota acenara positivamente – bem, eu não fazia idéia de que ele ia se transformar naquilo, eu sinto muito, espero que não tenha se chateado.

_ me chateado? – disse Rose soltando um pequeno riso – só queria te perguntar o motivo dele, eu sei que gosta do Alvo, isso é muito claro, mas desde quando pensa que eu posso roubar ele de você?

_ não é só você Rose, são as garotas, eu tenho medo de que ele se interesse por outra – disse Alice – meu medo é um pouco egoísta não? - ela rira sem graça desviando os olhos para a fonte - Devia ficar feliz caso ele ache alguém que ele ame e que sinta o mesmo por ele, mas não consigo, é doloroso pensar que posso ser trocada por alguma garota qualquer, entende?

_ entendo, mas eu não entendo o porquê de ser logo eu beijando o Alvo – disse Rose e Alice parecera corar de vergonha – você sabe que eu não faria isso não é? – ela acenara positivamente – então, por que tem medo?

_ Rose, você é uma garota incrível, é bonita, inteligente, engraçada de certa forma, e charmosa – disse Alice – a primeira aluna da Grifinoria do Terceiro Ano, tem vários garotos a fim de você, mas quem não ficaria, você é a garota mais perfeita que eu já conheci, mesmo sendo amigas e te adorando, sempre tive uma certa inveja de você – a morena respirara fundo – as vezes, eu... Sinto-me deixada de lado – ela suspirara tristemente e encarara a ruiva – sinto como se tudo o que fizesse não fosse suficiente, pois sempre você faz melhor, o que faz com que eu me sinta esquecida... Nada o que eu faça se compara a algum feito seu, Rose Weasley... – ela sentira seus olhos marejarem, não estava triste, mas é que era difícil tirar um peso daqueles que carregava por tanto tempo - e ainda tem essa sua proximidade com o Al, vocês sempre foram muito próximos, grandes amigos, e bem, senti que talvez, vocês acabassem por... Esquece, agora parece ridículo... – ela rira levemente, mas algumas lágrimas escorriam – mas, eu cheguei a pensar que vocês poderiam acabar tendo algo...

_ Alice, eu não sabia que se sentia assim – disse Rose se sentindo um pouco culpada – me desculpe pelas vezes que se sentiu assim... Eu não queria que sentisse inveja de mim, que sentisse que era jogada de lado, esquecida, pois você não é... Você e eu não somos muito parecidas, por isso não devemos ser comparadas – ela suspirara – quanto a eu ser mais bonita que você, eu duvido muito, sempre achei você mais bonita que eu, precisa só mostrar um pouco mais, eu também tenho inveja de você em algumas situações, sabe? Você é ótima em Herbologia, chega a ser melhor que eu – a morena tentara dizer algo, mas fora impedida de falar – nem me venha dizer que é porque seu pai é professor, pois a Augusta não sabe nada sobre plantas, você é uma ótima fotografa e jogadora de Quadribol, não sei ainda porque não fez teste para o time da Lufa-lufa, com você nele ganhariam a taça do campeonato, é muito engraçada em certas situações, e paciente e calma, por Merlin, eu queria um pouco da sua paciência para agüentar o Malfoy, só um pouco me bastava – as duas riram – e por ultimo, sobre eu roubar o Alvo de você isso nunca aconteceria, ele é quase um irmão para mim, seria como se eu me interessasse pelo Hugo, não, eu nunca namoraria o Al, fique tranqüila, ele é seu, só precisa cair na real que vocês dois precisam ficar juntos, mas como a Lily costuma dizer, o irmão dela é lerdo e cego para não enxergar o obvio e não perceber o quanto você gosta dele – as duas riram – bem, era isso que queria saber, e acho que te disse o que tinha para dizer – ela se levantara – estamos de boa? – ela estendera a mão para a morena que rira.

_ claro – disse Alice apertando a mão da ruiva e se levantando – e você, como vai com o seu loiro?

_ meu o que? – disse Rose se fazendo de confusa – eu não tenho nada com o Malfoy... – ela falara com uma voz seria.

_ quem disse que me referi ao Malfoy? Poderia muito bem está falando do Louis, ele também é loiro e está interessado em você – disse Alice sorrindo – mas isso prova que não sou a única aqui que está interessada em um Sonserino...

_ eu não gosto do Malfoy, como você pode pensar isso, nós vivemos nos alfinetando, não podemos ficar muito tempo em um ambiente sem discutimos, a simples presença dele me irrita, sinceramente como o Alvo pode ser amigo alguem tão insuportável como ele? – disse Rose – nem se estivesse sobre a imperius, ou ele usasse a poção do amor mais forte eu sentiria algo por ele, só não tendo muito juízo para se interessar por aquela doninha albina.

_ sei... vou fazer de conta que acredito nisso – disse Alice sorrindo maliciosa, um sorriso que aprendera com Lily – e quanto ao Louis, sente algo por ele?

_ Louis é legal, inteligente e divertido... - disse Rose – trata as garotas como um verdadeiro cavalheiro, e temos muitos assuntos em comum, sempre nos demos bem, e não vou negar que não tinha percebido esse interesse dele em mim.

_ você tinha percebido? – disse Alice um pouco incrédula com a sobrancelha erguida.

_ não exatamente, eu via que ele gostava de conversar comigo, e que sempre buscava me agradar e era mais gentil comigo do que costumava a ser com as outras garotas, o que é um pouco difícil de perceber, mas eu notei – disse Rose respirando fundo – mesmo ele sendo bonito, eu não o vejo nada alem de meu primo e amigo.

_ certo, notou que ele usa o charme de Veela dele em você né? - disse Alice e a ruiva acenara positivamente com a cabeça – mesmo isso não funcionando, e sobra para quem babar por ele? Eu e a Chloe, fora é claro, grande parte da população feminina dessa escola e das outras... – a morena rira do próprio comentário mas percebera que Rose ficara um pouco sem graça, afinal, ela acabara de admitir que o primo estava interessado nela – muito bem, sabe uma coisa que nunca entendi? – a ruiva voltara o olhar para ela confuso – essa replica da Fontana Di Trevi – ela apontara em direção a fonte – a verdadeira fica em Roma, não em Paris, o que faz em uma escola francesa tão tradicional como essa?

_ foi um presente da Escola de Magia Italiana – disse Rose – ela não é tão importante assim como as três grandes, mas tem uma situação financeira favorável, a ponto de construir sua sede um castelo subaquático embaixo dos canais de Veneza, o Louis disse que foi um presente do Diretor, meio que uma tentativa de conquistar a Madame Máxime, mas que não dera muito certo – as duas riram gostosamente – enfim, você sabe que os alunos tem o costume de jogarem moedas nela e fazerem um pedido?Tipo, como se fosse a verdadeira?

_ serio? – disse Alice rindo – e eles acreditam nisso mesmo, que as coisas vão se realizar?

_ não sei, corre um boato ai que ela foi enfeitiçada para que isso aconteça, mas enfim, se fomos acreditar em boatos – disse Rose dando de ombros e se retirando – você vem?

_ espera, deixe-me tentar– disse Alice mostrando uma moeda de prata, era um sicle – já que é um costume mesmo – ela girara a moeda entre os dedos mentalizando a imagem dela e do Alvo juntos, se beijando, e com um sorriso jogara a moeda na Fontana Di Trevi – só não me venha chamar de desesperada depois... – as duas riram e saíram.

Flashback Off.


Ela se levantara ao perceber que não havia mais ninguém nos jardins, e resolvera seguir a caminho do castelo, pelos corredores agora caminhava, a uma semana naquele lugar ela conseguira saber exatamente os caminhos que devia tomar, agradecia a Dominique e Louis por terem explicado a eles isso, quando estava chegando próximo ao salão principal encontrara alguém encostado nos corrimões da escada de mármore que levava ao salão principal, era ele, Nickollaus Karkaroff estava bem a sua frente, com seus cabelos negros despenteados e vestes negras e um pesado casaco de pele, ela sempre se perguntava como os garotos de Durmstrang conseguiam usar aquilo, o sul da França era muito quente, ao lado do garoto estava seu violão guardado em uma capa protetora, o búlgaro a encarava com seus olhos negros, a Lufa-lufa se perguntava o que ele estava fazendo ali, que pergunta idiota, pensara, o rapaz devia de estar esperando por ela, e não havia outro caminho a tomar sem ser aquele. Ela se aproximara sem medo, sabia que ele queria conversar, e era melhor que trocassem algumas palavras, pensou, para que as coisas fossem explicadas, ela respirara fundo, e o encarara, o garoto continuou a fita-la, dessa vez ela pode notar que ele a olhava por inteira, como se tentasse decifrá-la.

_ oi – disse Nickollaus – é Alice Longbottom não é mesmo?

_ sim, e você é Nickollaus Karkaroff – disse Alice.

_ isso mesmo – disse Nickollaus, e ficaram alguns segundos em silencio – eu fiz alguma coisa? – ela o olhara confuso, não sabia o que ele queria dizer com isso.

_ como assim? – disse Alice receosa.

_ para você me evitar, ou melhor, dizendo me ignorar – disse Nickollaus – é que, desde que cheguei aqui vim a me interessar por você, sei que pode vir a não sentir nada por mim, mas peço que me dê uma chance.

_ u-u-uma... chance? – disse Alice surpresa, nunca vira alguem ser tão direto antes, certo, teve aquela vez no primeiro ano quando Zack Zabini se mostrou interessado por ela, mas ela nem gostava de lembrar aquilo – d-desculpe, mas eu n-não sei o que você quer dizer com isso.

_ uma chance para te conquistar, apenas isso que peço – disse Nickollaus - ficar perto de você, mostrar para você que não sou o cara que você pode pensar que seja, que eu realmente me importo com você e gosto de você – ele suspirara – pode ser que eu não venha há ter sucesso, mas ficarei feliz se pelo menos você me considerar seu amigo – ele a encarara se aproximando, a garota não recuara ficara parada no lugar – você aceita minha proposta? – o rapaz estendera à mão a garota que a encarara por um tempo.

_ posso pensar sobre isso? – disse Alice, o garoto sorrira um pouco decepcionado, não esperava que ela fosse dizer aquilo – pensar apenas, é que você me pegou de surpresa...

_ claro, e quando terei minha resposta? – disse Nickollaus com a voz rouca que fez a garota se arrepiar.

_ a-a-amanhã? O que acha de amanhã? – disse Alice - Um dia será o bastante para tomar minha decisão.

_ como queira Alice – disse Nickollaus dando passagem para a garota e pegando seu violão o jogando contra as costas – posso te chamar assim não é mesmo?

_ claro – disse Alice sorrindo amigavelmente – e você como devo chamá-lo? Nickollaus?

_ Nick, acho Nickollaus um pouco formal demais – disse Nickollaus – você... – ele ia dizer algo mas parara.

_ eu? – disse Alice.

_ será que eu poderia acompanhá-la até o salão principal? – disse Nickollaus e a garota o encarara – não precisa ficar com medo, não tentarei nada no meio do caminho – ele dissera com uma voz brincalhona que fez Alice rir – gosto de vê-la rindo... – ela parecera ficar sem graça - o que me diz? – ele lhe oferecera a mão – você aceita minha companhia Senhorita?

_ sim Senhor – disse Alice e ela aceitara sua mão.

Fred estava conversando com Louis próximo os corredores do salão principal, os sons e as conversas animadas podiam ser escutados assim como vários alunos que ainda desciam as escadas para o jantar, ambos estavam naquela conversa durante alguns minutos, com o moreno buscando convencer ao loiro a ajudá-lo, e com este um pouco exitante quanto a isso, mas acabara por se dar por vencido, a verdade é que o Grifinorio podia convencer facilmente as pessoas até elas fazerem o que ele deseja, era insistente e não desista fácil, o que fazia com que ele sempre saísse vitorioso.

_ certo... – disse Louis suspirando – o que você quer saber? – ele falara com uma voz entediada, tinha sido derrotado e o moreno sorrira.

_ quero que você me diga, como posso conquistar as suas colegas de Beauxbatons – disse Fred ao que o loiro resmungara – ah... Vamos Louisito, não negaria ajuda a seu tão adorado e amado primo Fred? Não é mesmo? Você sabe o quanto eu gosto dessas... – ele apontara para um amontoado de alunas francesas por quem passaram perto – desse tipo de garota... Preciso apenas de algumas dicas para chegar ao pote de ouro, e a partir daí terei o meu paraíso tão esperado... O que me diz? Vai me ajudar?

_ pote de ouro? Paraiso tão esperado... Fala serio, como você conseguiu namorar uma garota fazendo comparações desse tipo? – disse Louis ao que Fred revirara os olhos, para então sorrir.

_ Nossa Louisitito desse jeito você me magoa – disse Fred fazendo voz de choro para então sorrir – mas respondendo sua pergunta, deve ser por causa da minha beleza, da minha inteligência e meu humor... Mas como acho que isso não vai funcionar aqui, já que para começar a maioria delas não entende o que digo... E é ai que você entra, preciso que me ensine a ser esse cavalheiro de gala que você banca, vi que isso funciona, cara você teve seis namoradas e tem apenas quinze anos, e suas namoradas eram o que podemos chamar de... – ambos ficaram em silencio por alguns segundos, e o loiro o encarara - incrivelmente gatas – ele falara como se aquilo fosse a coisa mais maravilhosa do mundo – por isso preciso que me ajude...

_ pare de cobiçar minhas ex-namoradas, elas namoraram meus amigos do time de Quadribol agora – disse Louis – e segundo, não vejo como posso te ajudar...

_ me ensine algumas cantadas... – disse Fred – em francês – ele completara - é só o que te peço... – ele se ajoelhara em sinal de piedade a frente do garoto.

_ certo – disse Louis pensativo – agora se levante, isso é ridículo... e tem gente olhando – ele falara se referindo a alguns alunos de Beauxbatons que passavam ali com suas garotas e que fitaram a cena para então sumirem no corredor - acho que sei a solução de seus problemas – ele tirara um bloquinho de papel, e começara a anotar algumas coisas – vou te escrever algumas cantadas, isso deve funcionar, isso também – enquanto escrevia o loiro sorria – pronto... tem cinco cantadas aqui... é só usá-las agora...

_ valeu, retiro tudo que um dia posso ter dito de errado ao seu respeito – disse Fred encarando as cantadas anotadas – você é demais Loulou...

_ Loulou? Agora está apelando não acha? – disse Louis – vai lá – ele indicara umas alunas de Beauxbatons que se dirigiam ao salão principal – tente...

_ pode deixar professor – disse Fred e ele saira para alcançar as garotas.

Ele caminhava lendo o que dizia as anotações, e murmurava tentando saber ao certo o que iria dizer, pronunciar corretamente as palavras, já estava bem distante quando Louis começou a rir, um riso baixo, sabia que não era certo o que havia feito, mas não resistira a fazer algo desse tipo com Fred, perdera as contas que fora vitima de uma das pegadinhas dele e de Tiago.

_ Bonne Nuit Mademoiselles ( Boa Noite senhoritas) – disse Fred ao se aproximar das garotas era a única frase que havia de saber em Francês, fora isso havia apenas algumas outras palavras soltas - voulais juste savoir les dames, pour la beauté de vous, c'est quelque chose jamais vu auparavant ... (apenas queria conhecer as senhoritas, pois a beleza de vocês, é algo que nunca antes vi...) – ele dissera num francês um tanto sofrivel mas mesmo assim se manteve com uma expressão segura, elas soltaram algun s risinhos o que mostrou que talvez ele estivesse no caminho certo - et la beauté des étoiles du ciel, n'est rien comparé à vos yeux ... (e que a beleza das estrelas do céu, nada é comparado com os seus olhos...) – elas tornaram a soltar risinhos.
Louis observava tudo aquilo com um grande sorriso nos labios, enquanto ao seu lado sentiu alguem a lhe tocar o ombro, ele olhou e notara se tratar de Dominique e ao lado da ruiva estava Tiago, era estranho mas os dois estavam de mãos dadas, Louis ainda não se acostumara com os dois estarem namorando.

_ o que está acontecendo aqui ? – disse Dominique olhando para Fred e as garotas – o que ele está fazendo ?

_ o que mais ? Cantando... – disse Louis rindo – eu ensinei umas cantadas para ele.

_ é, finalmente o Fred está voltando ao normal – disse Tiago sorrindo – pena que ainda está me evitando, e o pior é que eu nem sei o motivo – ele completara com uma voz desanimada e suspirando.

_ vocês voltaram a se falar em breve, tenho certeza – disse Dominique, mas não estava com muita firmeza na voz – quer que eu fale com ele ? Sabe, acho que sou a unica que consegue colocar um pouco de juizo naquela cabeça dura do senhor Frederick Gideão Weasley II – o ruivo a encarara e sorriu – você sabe que o que digo é verdade...

_ sim, mas precisa ficar se gabando disso – disse Tiago rindo e envolvendo a garota pela cintura lhe trazendo para mais perto dele.

_ não seria eu se não o fizesse – disse Dominique sorrindo marotamente – mas me explique o motivo de tanto riso mon petit frère – a garota usara um voz doce e piscara os olhos repetidas vezes – o que o Louisito do mon coeur ( meu coração) ?

_ vocês irão ver – disse Louis apontando para a cena que se seguia – prestem atenção.

E os tres ficaram a encarar a cena que se seguia, dessa vez Fred parecia que ia se dar bem, pois já estava com os braços ao redor dos ombros de duas garotas, as garotas assim como ele riam e por uma estranha sensação isso começara a incomodar Dominique, a ponto que a ruiva afastasse Tiago que a abraçava por trás lhe beijando a nuca, ela se aproximara, queria ouvir o que falavam, e o ruivo a seguiu apenas Louis ficara para trás. O casal estava próximo o bastante para ouvirem o que era dito, mas não tanto para serem vistos pelo grupo.

_ mais je sais que les choses doivent venir de vous montrer que vos intérêts sont... Je sais que vous êtes curieux à propos de nous et de notre train ... je pourrais vous montrer ce qu'il se sentent à l'intérieur? (mas sabe tem coisas que posso a vir a mostrar a vocês que sejam de seus interesses... sei que tem curiosidade sobre nós e nosso trem... eu poderia mostrar a vocês ele por dentro o que acham?) – disse Fred, ele não fazia ideia do que tinha dito até agora, mas aquilo parecia agradar as garotas, era melhor que continuasse, a sua ultima frase parecia ter sido uma pergunta, pois elas estavam a manear a cabeça e a soltar exclamações positivas - pourrait commencer par ma chambre ... (poderiamos começar pelo meu dormitorio...), maintenant, nous savons qu'il ya des saints, au contraire sont très curieux de savoir à propos de nous ... j'aurais peut-être répondre à quelques questions, et vous enseigner quelques coutumes anglaises ne sont pas familiers (ora, vamos sei que não são santas, pelo contrario sei que são bem curiosas sobre nós... talvez eu pudesse tirar algumas duvidas, e ensinar alguns costumes Ingleses que vocês desconhecem.) – elas pareceram espantadas, isso era bom não ?Pensara Fred, é devia ser bom - Allez, je sais qu'ils sont fous à l'aube de mon côté ... Je sais que je suis ... Je suis vraiment impatient de nos partis ensemble dames, j'espère que vous ne me lasse pas bientôt ... (vamos, sei que estão doidas para amanhecerem ao meu lado... eu sei que estou... estou muito ansioso por nossas festas juntos senhoritas, espero que não se cansem logo...) – as duas as quais ele estava com o braço ao redor dos ombros retirarasse rapidamente do lugar que ocupavam, estavam espantadas com aquela proposta dele – espere eu... o que foi ? – as cinco agora o fitavam furiosas, pareciam proximas de explodirem, fora quando a primeira se aproximara e lhe dera um belo e estalado tapa – o que eu fiz ? – falara o rapaz assustado.

_ éhonté ( sem vergonha) – disse a garota saindo dando lugar a outra que repetira o feito, mas um tapa muito mais forte.

_ idiot (Idiota) – disse a outra, dando lugar a uma terceira que repetira o feito de suas amigas.

_ sales (sujo) – disse a quarta, após dar um grande e estalado tapa que fez Fred cambalear, a ultima lhe dera um tapa muito forte que fez ele cair de joelhos.

_ MAS O QUE DIABOS EU FIZ? – disse Fred ainda sem acreditar, mas não fora respondido.

_ négligeables ( desprezível ou insignificante) – disse a ultima, e as cinco garotas se retiraram, se sentindo indignadas - nous les filles laissent derrière cette poubelle ... (vamos meninas, deixemos esse lixo para trás...).

Elas saíram, deixando para trás um Fred Weasley confuso, o rapaz se erguera massageando o rosto onde se encontrava agora uma grande vermelhidão, fora a dor eminente que sentira e o orgulho ferido, ele parecia bem.

_ elas quase partiram meu maxilar – disse Fred – mas o que diabos... Louis – ele falara entre dentes – Por Merlin, garoto o que você tinha na cabeça quando... – ele voltara seu olhar furioso para a direção onde o primo estava, mas antes vira Dominique e Tiago – fez isso... – completara surpreso.

_ isso sim vai entrar para a historia dos foras que você recebeu Fred – disse Tiago rindo, mas o moreno fechara a cara, o que fez que o ruivo cessasse o riso – algum problema? – ele falara sério.

_ problema algum – disse Fred duro e frio, algo que incomodou Tiago, apesar de não o surpreende-lo já que ultimamente era assim que o garoto se dirigia a ele – é bom saber que sou idiota o bastante para causar risos em vocês.

_ não estamos rindo de você, e sim da situação... – disse Dominique ela parecia nervosa com ele, com aquela atitude que estava tendo – e você está agindo feito um idiota... Apesar de não ser um, o que aconteceu para você mudar assim de repente?

_ não foi nada – disse Fred grosseiramente voltando as costas para o casal, e seguindo pelo corredor até o salão principal para então desaparecer de vista.

Fred não sabia ao certo o que estava acontecendo com ele, tudo era mais simples antes, ele tinha Tiago como melhor amigo, o admirava e estava sempre ao seu lado, ambos nunca haviam brigado. Apenas aquela vez no quinto ano quando Molly foi atacada e ele duvidou por alguns dias que o ruivo poderia ter feito aquilo com a prima deles, mesmo assim para ele fora doloroso aquele sentimento de duvida e ver o seu melhor amigo sofrendo com todos contra ele, no entanto agora ele estava com raiva de Tiago, uma raiva imensa e se voltara às costas a ele e Dominique fora para que não brigassem, não queria fazer isso na frente dela, por Merlin, desde quando ela se tornara tão importante para ele?Pensara. Fred e Dominique se conheciam a vida toda, eram amigos e sempre teve por ela um grande carinho sendo ela sua prima favorita, como ele foi acabar se apaixonando por ela, isso que não saia da sua cabeça, a razão para ter se apaixonado por aquela ruiva, certo, ambos eram parecidos, mas nunca a vira como mulher, ela era apenas a pequena Dommy, sua prima e amiga. Agora, no entanto, se via apaixonado por ela, talvez por ter visto Tiago e ela se beijando isso tenha despertado nele, logo ele que sempre achou que não ia se apaixonar, acabou achando a garota de seus sonhos onde menos pensou em encontrar, e a perdera mesmo antes de conquistá-la, ele não negava de estar com raiva de Tiago, ele odiava vê-los juntos, era como se morresse por dentro. A algumas semanas Tiago fizera o que nunca antes pensou em fazer, ele pedira uma garota em namoro, e essa garota era Dominique. Fred se lembrava muito bem de como fora, afinal, vira a cena apesar de não ter sido visto.

Flashback On.

Fred estava no castelo, encontrara o deposito de poções e precisava de algumas para uma de suas invenções, as encontrara, mas quando estava a retornar para o trem negro, vira algo que lhe chamara a atenção era Dominique, algo lhe dizia para seguir em frente e não seguir seus passos, se odiaria mais tarde por não ter ouvido esse pressentimento. Quando saira em um dos corredores, e descera alguns degraus de uma escada, notara que Dominique caminhava em direção a Fontana Di Trevi e a esperá-la estava para a surpresa do moreno, Tiago Potter, o ruivo estava sentado a beirada da Fonte. Ele fizera sinal para que ela se sentasse e assim ela fez, Fred retirara do bolso uma de suas invenções, uma variação da orelha extensível que o possibilitaria de escutar a conversa, algo lhe dizia para voltar, para deixar aquilo para trás, mas ele não fizera ficando ali, ele então começou a escutar o que os dois diziam.

_ Dominique, eu... – disse Tiago – queria conversar sobre o que nos...conversamos aquela noite no armário de vassouras.

_ eu não sei se é uma boa idéia, a verdade é que não sei porque te disse aquilo – disse Dominique – apesar de eu também ter me...surpreendido com o que aconteceu – ela fala do beijo, pensou Fred, então foi o Tiago que a beijou, concluiu o moreno.

_ é, mas você retribuiu, o que quer dizer que você ainda sente algo por mim, como sentia a vários anos atrás – disse Tiago – o que você me disse aquela noite Dominique,
me surpreendeu, e desde então tenho pensado sobre aquilo...

_ pensado? – disse Dominique confusa – desculpe, mas...

_ você quer namorar comigo? – disse Tiago, Fred deixara a orelha extensível cair, para então pega-la novamente.

Por Merlin, ele disse realmente o que penso que disse? Pensara o moreno, aquilo não podia estar acontecendo, era muita sacanagem do destino, apesar de que, o ruivo não a amava, sim ele não a amava, isso era claro, pois não poderia ter esquecido Narcisa tão depressa, claro que não a havia esquecido, afinal bebia todas as noites até pegar num sono por conta dela, para tentar esquecê-la e ao seu namorado Sonserino. Por que então, pensara, por que pedir outra garota em namoro? Fora então que Fred se lembrara que talvez ele estivesse tentando usá-la para esquecer a loira, e o sofrimento que ela trouxera, ele o amaldiçoou por essa atitude egoísta que tomara, de usar Dominique, de querer ficar com ela sem amá-la. Por breves instantes o silencio ficara entre o casal, sendo ouvido apenas o barulho da água da fonte, o moreno rezava, algo que não estava acostumado a fazer, queria que ela dissesse não, queria que ela recusasse a proposta do ruivo. Ao mesmo tempo, sem Fred saber já que não podia ler pensamentos, a ruiva travava uma batalha interna, ela sempre gostara de Tiago, sempre o amara desde sua infância, se afastara dele, deixara de ir para Hogwarts para tentar esquecer aquilo, mas não funcionara, ela sempre se lembrava dele, mas agora algo que ela não sabia direito o que era a atormentava, na verdade sabia o que era, se tratava de seu outro primo Grifinorio, cuja a lembrança de seu rosto sempre vinha a sua mente, os olhos castanhos de Fred, o olhar tristonho, sua feição de decepção, porque se sentia incomodada com aquilo? Por Merlin, não devia ser serio o que acontecera aquela noite, pensara, Fred não pode ter se decepcionado com ela, digo, eles, mas e se tivesse? E se... A isso não podia ser de verdade, ele não poderia gostar dela, era impossível, era o Fred, se tinha alguem que era difícil de apaixonar-se era ele, mas e se tivesse acontecido, a verdade era que sua mente estava confusa, ela não sabia direito o que pensar, nem uma resposta a dar ao ruivo a sua frente, talvez continuar em silencio fosse a melhor escolha.

_ você... Está bem? – disse Tiago após perceber que não obtivera resposta.

_ o que? Ah... Sim, claro, sim estou bem – disse Dominique despertando de seus pensamentos – só que, você me pegou de surpresa...

_ é, acho que te peguei sim – disse Tiago – mas, então, você ainda não respondeu se quer namorar comigo.

_ bem, eu não sei, quero dizer, não que não goste de você, eu gosto, mas é que você não acha que estamos sendo um pouco apressados? – disse Dominique nervosa – não me entenda mal, eu gosto de você, sempre gostei de você, mas não sei se isso seria ao certo, digo, eu não sei... estou um pouco perdida agora... – Tiago sorrira.

_ deixa então eu te ajudar a se encontrar – disse Tiago se aproximando dela ainda mais, e após alguns segundo se encarando, para então o rapaz a puxar para um beijo , eles então se separaram – me ensine a te amar do mesmo modo que você me ama, sei que pode me ensinar a fazer isso... – ela o encarara por um tempo, para então retornar a beijá-lo, Fred guardou a orelha extensível no bolso das vestes e subira alguns degraus, tomando o rumo para fora do castelo.

_ sejam felizes – disse Fred antes de voltar as costas para os dois, não seria ele que ia destruir a felicidade do melhor amigo, não agora que ele tentava recomeçar, pelo menos, fora isso que queria pensar, mesmo se não fosse verdade, pois ele sabia que nunca o ruivo seria feliz longe da Narcisa.

Flashback Off.


Havia um bom motivo para Fred ter tentado conquistar aquelas garotas, ele queria seguir em frente, queria voltar a ser como era antes, queria esquecer aquele amontoado de sentimentos que sentia, esquecer e superar aquela dor, mas era impossível, ele sabia disso, mas mesmo assim tentara. E o que acabara acontecendo fora que aqueles que menos queria ver apareceram para vê-lo levar aqueles tapas, não fora o maior mico de sua vida, mas se lembraria dele para sempre, não pela mancha vermelha que deveria ficar por um tempo em seu rosto, mas pelos risos que escutara, risos de Dominique e Tiago, o novo casalzinho feliz que fora o causador de seu sofrimento. Ele já se encontrava sentado a mesa ao lado do quarteto Sonserino, por sorte nenhum deles fizera nenhuma pergunta, ficando em silencio enquanto Fred se servia de suco de Abobora. Um brinde ao maior idiota do mundo, pensara erguendo seu copo mudo, e bebendo.

Narcisa caminhava pelos corredores do trem negro, rumo o dormitório de Eduard para que juntos pudessem ir ao grande salão principal, aquela noite seriam escolhidos os campeões, e eles não podiam perder aquilo, afinal de contas, ambos haviam se inscrito para o Torneio, quem sabe por infortúnio do destino um deles não acabassem se tornando o escolhido? Pela cabeça da garota se passaram imagens, uma delas era a taça em uma de suas mãos, ela levara a vitoria a Hogwarts e passaria a ser lembrada para sempre por aquele feito, no entanto, algo lhe dizia que não seria ela. Quando se aproximava do dormitório estava prestes a entrar quando escutara uma voz, e parara no mesmo instante. Ela olhara com seus olhos azuis cinzentos a cena que ocorria, Eduard estava ajoelhado em frente a lareira, suas chamas por sua vez estavam verdes, e um rosto flutuante se formava.

_ então é hoje? – disse Zack Zabini irmão de Eduard a lareira – será o hoje o inicio do plano principal?

_ sim – disse amarguradamente Eduard – hoje saberemos quem são os campeões – ele parecia diferente em suas palavras, como se falasse aquilo meio contrariado – mais noticias sobre ele? Novas instruções que eu não tenha recebido?

_ vejamos, deve de ter lido o Profeta Diario da semana passada, notou algo que lhe chamou a atenção? – disse Zack sorrindo ao que o irmão acenou positivamente – pois bem, graças a você e sua descoberta Eduard, ele tem o que procura, certo, de certa forma, pelo menos ele está mais perto de conseguir a segunda parte, só falta achar uma forma de como abrir, sem... você sabe, acabar...

_ morto – disse Eduard sério – ele teve varias perdas para conquistar, pelo que soube na ultima carta do papai...

_ sim, teve, mas nenhuma de grande importância – disse Zack dando de ombros – apenas peões menores, facilmente repostos.

_ você tem ficado tão frio, fala como se mortes fossem algo natural – disse Eduard tristemente – você não devia pensar assim, não devia tratar com tanto descaso a vida.

_ pessoas morrem todos os dias é a vida, e no nosso caso, corremos ainda mais risco do que eles – disse Zack com uma voz autoritária - você devia de se acostumar com isso, afinal de contas, sua missão se trata...

_ eu sei do que se trata minha missão, não precisa ficar me lembrando Zackeus – disse Eduard – mas te ver assim tão frio, ver que você está cada dia mais parecido com eles, faz com que eu me sinta mal... eu não queria que você estivesse passando por isso.

_ ainda com aquela idéia na cabeça que ainda existe salvação para mim? – disse Zack gargalhando – por Merlin, você sabe muito bem que não há como cair fora disso, mesmo que eu venha a fazer isso, você acha que vou ter paz? Vou ser perseguido, torturado e morto... pois é assim que acontece, é dessa forma que os traidores e desertores são tratados.

_ você ainda não está dentro – disse Eduard – ainda há esperança, você ainda não é um deles, você não... – Narcisa pode ver claramente o namorado colocar a mão sobre o braço esquerdo – você ainda não é um homem marcado... – ele respirara fundo – me prometa que vai tentar levar uma vida normal, que não vai seguir pelo mesmo caminho que eles, você é muito jovem ainda, se quiser falo com papai sobre isso, ele não pode te obrigar.

_ papai? Do que adianta falar com ele? Quando você disse para ele que não queria, pelo que me lembre papai te segurou para que ele fizesse essa... Coisa em você – disse Zack – não Eduard, ele não entenderia, ele não nos ouve, diferente da mamãe, ele não se importa com a gente, é melhor que aceitemos nossos destinos e sejamos felizes com isso – ele respirara fundo – a verdade é que, a única pessoa nesse mundo que confio é você meu irmão.

_ também, você é meu melhor amigo Zackeus, e é por isso que queria poder mudar seu futuro – disse Eduard – para que não tivesse que passar pelo que estou passando, fazer coisas contra sua vontade – ele suspirara – eu vi no jornal que... eles pegaram aquelas pessoas...

_ sim, pegaram, e fizeram um belo show pelo que soube – disse Zack – deixaram uma grande destruição por onde passaram, ele está interessado no homem, quer que ele ajude a abrir... Para que ele consiga a segunda peça.

_ e você acha que ele consegue? – disse Eduard e Zack lhe fez uma cara que indicava que não sabia – é um louco, só pode, tudo isso por causa daquela profecia, quem garante que seja ele que ela se refira.

_ não devemos questioná-lo, apenas seguir suas ordens – disse Zack e Eduard não respondera, ele estava mais concentrado em esfregar o antebraço esquerdo – ainda dói? Nas primeiras semanas você não conseguia dormir direito.

_ não, mas é horrível tê-la mesmo assim – disse Eduard – ela queima as vezes, sei que é por causa dele, que é o chamado, mas não posso fazer nada, minha missão é aqui... Ele confiou a mim isso, e eu cumprirei mesmo que não querendo fazer nada para machucá-lo – ele respirara fundo – e você, como vai o braço?

_ melhor, aquele idiota traidorzinho do sangue do Malfoy – disse Zack em desagrado - ainda darei o troco nele, a próxima vez que brigarmos será ele que acabara se dando mal, não eu – ele e Eduard se encararam nos olhos – como vai o namoro com vadia da irmã dele? – o mais velho o encarara o mais novo seriamente ao que este rira – você realmente está apaixonado por ela, francamente Ed, você costumava ter bom gosto para garotas...

_ ela é a melhor garota que eu já conheci, nunca encontrei alguem como Narcisa Malfoy em minha vida – disse Eduard – ela não merece o que tenho feito, não merece ser mais uma peça nesse meu quebra-cabeça, ela não deveria ser usada dessa forma, você pode achar que é apenas uma paixão, mas é muito mais que isso, eu a amo, morreria por ela, faria qualquer coisa por ela, mesmo sabendo que poderia acabar mal.

_ você não pode amá-la, não quando o que ela sente por você é uma mentira – disse Zack e Narcisa atrás da porta estalara os olhos, como assim uma mentira – ela ama o Potter, sempre ira ama-lo, e você sabe disso, sabe que nunca vai ter nada que ela, e que se tiver será falso – ele gritara essa ultima parte – seja sincero com você mesmo, e não se envolva com aquela garota... Não desenvolva por ela nada, será melhor assim... é isso ou continuar se enganando.

_ para você é fácil falar, queria ver se estivesse no meu lugar – disse Eduard frio – quando aceitei essa missão, não sabia que ia acabar me levando a isso... por Merlin, você não sabe como é ficar perto dela e me sentir bem, e que os beijos dela são ao mesmo tempo a melhor coisa do mundo e o que faz que eu me sinta a pior pessoa de todas, desejando a morte pelo que fiz a ela, pelo modo como tenho usado ela.

Narcisa dera alguns passos para trás para então tropeçar, o barulho da queda fora escutado pelo Sonserino que caminhara até a porta e abrira, para então encarar a garota caída ali a sua frente. Ambos ficaram se encarando por um tempo, a garota parecia encara-lo com surpresa, enquanto Eduard parecia alem de surpreso um pouco triste, por Merlin, o que ela ouviu?Pensara, ele lhe oferecera a mão para que se erguesse, mas, no entanto ela não aceitara, vindo a se levantar sozinha, ela o encarava com uma cara que ele nunca vira antes, era uma mistura de medo com raiva. Ele respirara fundo, ela ouvira a conversa, ela podia ter descoberto algo.

_ o que você é Eduard – disse Narcisa dura – como assim você está me usando? Responda-me agora o que você está tramando, e no que você está metido... – ele suspirara a encarando, e ela vira em seus olhos algumas lagrimas descerem – me conte o que esta acontecendo...

_ eu... juro que queria te contar Narcisa – disse Eduard com uma voz fraca – mas não posso... pelo nosso bem, é melhor que você não se lembre disso...

_ como assim? – disse Narcisa – como espera que eu não me lembre disso...

_ primeiro me diga o que você ouviu, entre no quarto vamos ter uma conversa – disse Eduard e ela não movera nem um músculo – vamos...

_ eu não vou a nenhum lugar com você até que me responda o que você tem feito – disse Narcisa firmemente e Eduard respirara fundo, como se sentindo derrotado, ele retirara a varinha das vestes e apontara para a garota – você vai fazer o... – mas ela foi interrompida pelo garoto.

_ Imperius – disse Eduard e a vista de Narcisa ficara vaga, como se ela não estivesse ali, ela perdera o controle de suas vontades, perdera o controle do próprio corpo – por que você tem sempre que bancar a difícil? – ele dissera com a voz em bagaços e com mais lagrimas correndo por seu rosto – por quê? – ele respirara fundo – entre... – ela entrara dentro do quarto, ao que Zack que ainda estava na lareira soltara uma exclamação de surpresa e desgosto – cale a boca Zackeus...

_ você está chorando por causa dessa vaca? – disse Zack rindo – você mudou muito, é isso então que o amor causa? Fraqueza? Que ridículo...

_ cai fora então, suma daqui – disse Eduard gritando – me deixa sozinho com ela...

_ como queira – disse Zack desaparecendo da lareira e Eduard respirara fundo – boa sorte ai apagando a memória da sua namorada – fora suas ultimas palavras antes de sair.

_ não queria ter que fazer isso com você, mas é preciso – disse Eduard se aproximando dela e lhe encarando os olhos vagos – me perdoe... Eu... Sinto muito por isso, você não merece o que eu tenho feito com você... – ele a beijara, mas ela não retribuira, ele se sentira beijando uma estatua, e mais lagrimas lhe escorreram pelos olhos – eu te amo tanto Narcisa Malfoy... Sempre vou te amar... – ele novamente erguera a varinha e dissera – Obliviate – todas as lembranças da conversa se apagaram, ela não se lembrava de nada.

_ oi Ed, vim te chamar para irmos para o salão principal para o jantar – disse Narcisa despertando do transe – você vem comigo?

_ claro, vou sim – disse Eduard sorrindo fracamente, apesar de que ainda chorava e a garota notou.

_ você está chorando? – disse Narcisa lhe enxugando as lagrimas – aconteceu alguma coisa?

_ nada, não aconteceu nada meu amor – disse Eduard lhe beijando – vamos então? – ele enxugara as lagrimas.

No salão principal, agora a aparência mostrava uma noite estrelada, todos estavam devidamente sentados, e ainda mais alunos chegavam de ultima hora, a diretora de Beauxbatons se encontrava em pé sobre um pequeno palco, onde aguardava que todos chegassem e pudessem tomar seus lugares.

Alvo e o quarteto se encontravam sentados a mesa ao lado do Fred, Tiago logo chegara ao lado de Dominique a quem deu um beijo ao se despedir, e ela foi para a mesa a qual ocupava ao lado de suas amigas, mas não sem antes dirigir um singelo olhar para o moreno Grifinorio que a ignorou, o que ela esperava que ele sorrisse para ela? Pensou.
Alice logo chegara ao lado de Nickollaus Karkaroff que lhe acompanhara até a sua mesa, onde a deixou ao lado de suas amigas, Rose olhou surpresa para a cena assim como Chloe e Roxanne, mas com uma pequena diferença que a ruiva tinha um ar de reprovação nos olhos, no entanto Lily sorrira, e depois que a Lufa-lufa sentara a ruivinha apontara para a mesa dos rapazes, onde certo moreno de olhos verdes fuzilava o Búlgaro pelas costas, e ela não pode deixar de rir, mas ao mesmo tempo se sentiu surpresa, afinal de contas, Alvo Severo Potter estava com ciúmes dela. Talvez não fosse uma má idéia aceitar a idéia da Corvinal de causar ciúmes no garoto com o Nick.

Narcisa chegava ao lado de Eduard ao salão principal, ela pode notar os olhares de Tiago ao casal, mas já estava se acostumando com aquilo, afinal de contas, ele parecia estar superando, ou buscando superar pelo menos, já que soubera por Fred que ele estava namorando a prima dele, a Dominique. Ela encarava Eduard, ele parecia de certa forma distante, ainda não entendia o motivo para ele chorar, mas em todo o caso não perguntaria o motivo, sabia que o namorado tinha certas coisas que não gostava de comentar com ela, mesmo ela achando isso estranho da parte dela, a loira acabava por respeitar. Eles se sentaram a mesa, mas Eduard ainda permanecia de mãos dadas com ela, como se ela fosse fugir, ou desaparecer de uma hora para a outra.
Quando averiguara que todos estavam ali a diretora francesa se aproximou do cálice de fogo e as chamas começaram a aumentar, e a luz azul que emitia inundava a sala, logo um pequeno pedaço de pergaminho saira voando de dentro dele, e ela o pegara no ar, após desdobrá-lo e limpar a garganta, a professora falara com sua voz amplificada.

_ et un cahmpeãn de Durrmstrang é: Nickollaus Karkaroff – disse Máxime e o rapaz se levantara e seguira para a frente e todos do salão principal aplaudiram e ele caminhara até a frente próximo a mesa dos professores – porr fanvor dirrigeseê au salle de trofeurs, uoi mon Cher?

_ como queira madame – disse Nickollaus se curvando em uma saudação formal e se dirigindo para a sala de troféus, antes dirigindo um ultimo olhar a Alice, Alvo acompanhara cada passo do rapaz desde que se levantara como desejava que ele pudesse se inscrever naquele torneio, seria ótimo derrotar aquele Bulgaro maldito, queria que pelo menos quem fosse de Hogwarts fosse alguem bom o bastante para vencer.

_ de todos os caras de Durmstrang tinha que ser ele o campeão – disse Alvo entre dentes – logo ele... – o Sonserino despencara a cabeça desanimado sobre a mesa respirando fundo, e imaginando Nickollaus enfrentando as mais diferentes provas suicidas, e morrendo, ele sorrira, nunca desejara a morte de alguém, não que ele estivesse desejando isso, mas não se importaria se o rapaz saísse ferido – só quero ver quem vai ser o escolhido de Hogwarts.

_ campieã de Beauxbatons – disse Madame Máxime chamando a atenção de todos novamente, ela trazia um novo pedaço de pergaminho na mão – Dominique Weasley – novamente o salão se irrompera em palmas e a garota se levantara, Fred engasgara quando ouvira aquilo, era serio? Ela era uma das escolhidas do torneio, isso era quase impossível de se acreditar.

_ impossível – disse Fred, ele não a queria nesse torneio, não em um torneio em que havia mortes, ele não queria que nada acontecesse com ela, não podia perdê-la, ela não podia participar, mas fora escolhida, mesmo que se quisesse ela não poderia desistir.

_ Ma Chèrie, se dirrigeê a salle de Trofeurs – disse Máxime e a garota assentira, mas antes voltara seu olhar para trás e encarara o grande salão, buscava olhares familiares, encontrou os olhos de Louis que sorria e dizia apenas movimentando os lábios um você consegue, e então voltarasse para a mesa dos garotos, onde Tiago lhe olhava sorrindo – Mademoiselle Weasley? – a ruiva não ouvira, pois seus olhos pararam em Fred, ele a encarava com uma feição de surpresa e preocupação, e por uma estranha razão a garota gostara – Mademoiselle Weasley? Vous non ouvirs o que je lheê dissês?

_ uoi Madame, já estou indo – disse Dominique se dirigindo a sala de troféus e então alguns segundos depois um terceiro papel saira do cálice e a Diretora o pegara

_e o carmpeão de Hogwarts é... – disse Máxime, ela fizera suspense para então dizer o nome – Eduard Zabini...

Todos do salão bateram palmas, com exceção de Tiago que fitara o garoto um tanto enciumado, ótimo agora ele vai ser o campeão, pensara, tomara que Beauxbatons vença. O ruivo o fitara o rapaz que se levantara da mesa em meio aos aplausos e se dirigira a frente, mas não sem antes beijar Narcisa, ele cumprimentara Madame Maxime e seguira para a sala de Trofeus, mas antes de entrar algo estranho chamou sua atenção, não só sua como de todos da sala, o cálice de fogo mais uma vez aumentava a intensidade de suas chamas e um quarto pedaço de pergaminho saira. Alvo pode ter certeza de ver a diretora McGonagall dizer alguma coisa como de novo não. A diretora pegara o pedaço de pergaminho e desdobrara e seus olhos pareceram se arregalar por uns poucos segundos para então ela dizer.

_ Tiago Sirius Potter – disse Maxime e o salão mergulhara no mais profundo silencio e o Grifinorio se erguera – porr favuor se juntê aus carmpeões na Salle de Trofeurs

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