O Cálice de Fogo
Terminada a apresentação da entrada de Hogwarts, seus alunos tomaram lugares em mesas que até então estavam vazias, as mesas do grande salão principal de Beauxbatons não possuía mesas de casas como os estudantes ingleses esperavam, eram mesas redondas com pés de metal trabalhado e moldado e com a superfície de vidro, assim como tinha alguns talheres e pratos de prata, cada mesa tinha cerca de seis lugares. Minerva McGonagall fora cumprimentada pela diretora, Olímpia Máxime que a esperava no alto de uma pequena escada que levava a mesa dos professores, os rapazes de Hogwarts não puderam esconder um pouco de surpresa ao vê-la, afinal a mulher era quase o dobro deles, muito mais alta que o mais alto dos garotos, e agora ficara obvio a eles os motivos para que Hagrid tenha sentido algum tipo de atração por ela no passado, a mulher era grande, não havia outra palavra para definir, no entanto, mesmo com a altura era bela, um rosto bonito de pele morena, grandes olhos negros que pareciam líquidos e transmitiam um brilho amistoso, seu nariz era um tanto bicudo. Os cabelos longos e lisos estavam puxados para trás, presos em um coque na nuca, seu cabelo negro possuía algumas mexas brancas que lhe davam um ar de severa, ela vestia-se por inteira de cetim negro, e opalas brilhavam em seu pescoço e nos dedos grossos. Minerva parecia quase uma boneca de quão pequena ficava ao lado da robusta mulher, desaparecendo nos braços da francesa em meio a abraço carinhoso e educado que ela dava, seguido por um par de beijos, diferente do que os alunos de Hogwarts pudessem pensar, a diretora não ficara sem graça frente aquilo, sorrira timidamente, após o abraço ter se desfeito ambas ainda estavam de mãos dadas se olhando, pareciam mais duas amigas adolescentes que se reviam depois de um longo período sem se ver, não duas mulheres já feitas.
_ oh... Merrnerrva McGornogoll ... Ma Chèrie... – disse Máxime num inglês um tanto lastimável, mas mesmo assim esforçado – continuas magnifique desde nosso ultimer encotrre na convencion de dirretores de écoles magie Erroperia, arpost qui continuas a rrourbar corrações e dessperdassarres.
_ Também estou feliz em revê-la querida – disse McGonagall rindo levemente e simples – você também está ótima, parece que os anos estão sendo generosos com você – as duas riram – mas está errada ao meu respeito quanto roubar e destruir corações, você é que pode está fazendo isso não? Deve ter muitos pretendentes...
_ non, bon pelo menis nernhune que me agrrade – disse Máxime sorrindo timidamente – mass vamês, se arcorrmodê junt aus otrês – a diretora francesa guiara McGonagall a cadeira que ficava ao seu lado direito na mesa dos professores e tornara a se dirigir ao seu lugar a frente de um pequeno palco.
Alvo e os sonserinos sentaram em uma mesa próxima a dos professores e logo os dois lugares vagos foram ocupados por Fred e Tiago. Os grifinorios ainda traziam sorrisos convencidos da entrada que haviam feito e carregavam suas vassouras nos ombros, Fred olhava para algumas garotas de Beauxbatons e lançava olhares como se flertasse com elas, e as garotas apenas soltavam leves risinhos bobos, se olhando e fazendo alguns comentários em francês. Alvo e Tiago apenas acenaram um para o outro com a cabeça, ambos os irmãos procuravam pessoas em meio a multidão de mesas, o Sonserino foi o que fez isso mais rápido encontrando Alice sentada entre Rose e Lily, e usava sua câmera para tirar algumas fotos do salão e das amigas, quando notara que o moreno lhe observava sorriu e ele retribuiu o sorriso, ela tirou uma foto dele sorrindo e se meteu na conversa entre as duas ruivas, as outras pessoas que ocupavam a mesa eram Chloe que prestava atenção nas conversas sem falar nada apenas escutando, o moreno notara que a loirinha não era de falar muito por conta da timidez, no entanto as garotas a aviam aceito muito bem entre elas, e Lily a considerava sua melhor amiga pelo que a ruiva havia lhe dito algum tempo atrás, Roxanne e Diana Thomas estavam na mesa delas também, as meninas riam de algo que a irmã de Fred contava, e na mesa dos rapazes Lorcan reclamava da comida que ainda não fora servida, Lysander brigava com ele por conta do sapo que ele trazia para o jantar e que no momento estava dando pequenos saltos na mesa parecendo gostar muito em especial do prato de prata do gêmeo de óculos. Tiago encontrara Narcisa, já não era surpresa que a encontraria com Eduard, e que eles estariam com alguns amigos dele, e o Sonserino como sempre parecia não desgrudar da loira, era realmente nojento ver os dois juntos, pelo menos para o ruivo que tinha que controlar a ânsia de vomito que o afligia, o Batedor era muito carinhoso com a namorada, e isso às vezes dava nojo de tão meloso que eram certas cenas, o ruivo se voltara para a mesa, e ficara em silencio, e por uma estranha razão estava com sede, sua garganta pedia por alguma bebida. Quando todos já tinham se acomodado, a diretora Olímpia Máxime se dirigira a todos novamente, dessa vez, com a voz ampliada com o feitiço sonorus, suas palavras foram apenas duas.
_ Instituto Durmstrang – disse Máxime e as portas pesadas de carvalho se abriram e as cabeças automaticamente se voltaram para ela, e os alunos que agora se dirigiam ao interior do salão.
Os alunos marchavam, todos eles com suas vestes marrons, alguns vestiam casacos de pele pesados e chapéus russos, as moças de Durmstrang, que eram relativamente poucas, tocavam tambores e ruídos de trovões ressoavam no céu que a sala refletia, céu tempestuoso e cinza, e agora relâmpagos cortavam o ar no mesmo ritmo dos sons, os rapazes faziam movimentos de luta e guerra com espadas, as girando entre os dedos e as trocando de mãos com facilidade, e realizando golpes cortando o ar, golpes que seriam fatais a qualquer um, as vezes dirigindo golpes contra seus colegas que desviavam facilmente em meio a gritos exaltados das garotas de a Beauxbatons e Hogwarts, e revirar de olhos dos garotos que não conseguiam esconder o ciúme e certa inveja que sentiam. Nickollaus era muito bom com a espada, e desviava facilmente dos golpes que lhe eram dirigidos, em poucos segundos seus olhos encontraram com os de Alice que o admirava, e ele não pode deixar de sorrir para ela que ao perceber desviara o olhar, os alunos então pararam, formando duas fileiras, uma de cada lado, e as espadas se cruzaram no ar formando uma espécie de túnel. No final pela porta surgira o diretor Viktor Krum, ao lado do filho, ambos cruzaram o túnel formado pelos alunos e se posicionaram em frente a mesa dos professores, o diretor também portara uma espada e a apontou para o alto, movimento que foi repetido pelos alunos, e da ponta das espadas raios vermelhos surgiram e acertaram a tempestade a fazendo se desfazer, agora um céu noturno tomara seu lugar, estava repleto de estrelas, e por alguns segundos o a ave de duas cabeças que era o símbolo da escola se formara nas nuvens cinzas. Em meio a aplausos histéricos das garotas e aplausos desanimados dos garotos, Madame Máxime se dirigira a Viktor Krum, para cumprimentá-lo.
_ Podem dizer o que quiserem, mas Durmstrang tem estilo – disse Fred para apenas seus colegas de mesa que concordaram.
_ Marrdam Maxissme, continuarras estonteantre – disse Krum beijando a mão da diretora – ser cassterro é muito belo, tinhass razãn no que dirrziares.
_ Merci, Monsieur Krum, és muito amable – disse Máxime – querra se arcoomodarrê, non? – ela apontara para a cadeira a esquerda da que ocupava anteriormente,e o professor se dirigiu a mesa, quando se sentara reparara que estava ao lado de sua ex-mulher, Gabrielle Delacour, a quem cumprimentara formalmente e a loira simplesmente o ignorou.
Os alunos de Durmstrang se dirigiram a suas mesas, passando pelos de Hogwarts, Fred dirigira um olhar assassino quando Wagner Krum passara próximo de sua mesa, se dirigindo até a mesa de Roxanne e a cumprimentando com um beijo, Tiago pode ver o primo parecer a tomar uma coloração avermelhada, e uma veia saltando em sua testa, explodiria a qualquer momento, no entanto todo esse ciúme logo se desfez quando o jovem professor deixara a mesa da namorada e se dirigira junto a alguns alunos a outra próxima a dela. Alvo pode ver que um dos garotos da escola Búlgara passara que se sentara na mesma mesa de Wagner parecia conhecer as garotas, pois as cumprimentou igualmente como Krum havia feito, e elas o responderam, o rapaz vestia vestes pretas diferente dos outros cujas roupas eram marrons, ele tinha um visual diferente, com um ar meio roqueiro, ele sorrira para Alice lhe dirigindo um olhar carinhoso, o que fez o Sonserino se sentir incomodado, e suas mãos se cerraram e com olhar firme e duro passou a encarar o rapaz que se sentara na cadeira ao lado de Wagner, quem seria ele, se perguntava, descobriria isso quando tivesse a chance. Madame Máxime se dirigira aos alunos, fizera alguns movimentos com a varinha realizando um feitiço mudo que fizera se liberar da ponta uma fina fumaça verde fosforescente que ficou flutuando ao seu redor.
_ Écoles de Hogwarts et Durmstrang ( Escolas de Hogwarts e Durmstrang) – disse Olímpia Máxime com uma voz dócil e educada em meio a sorrisos, com forme falava em um perfeito francês, a fumaça que esvoaçava de sua varinha ia tomando formas de letras finas e delicadas mas no entanto, de um brilho fantasmagórico, as palavras que se formavam eram a tradução dos dizeres da professora, um discurso legendado, pensara Tiago, as legendas saiam tanto em Inglês como em uma outra língua que o ruivo supôs que fosse a língua que os alunos de Durmstrang entendesse - Bienvenue à l'Académie de Magie Beauxbâtons ( bem vidos a Academia de Magia de Beauxbatons), Pour cette nouvelle édition du Tournoi des Trois Sorciers (Para esta nova edição do Torneio Tribruxo) Je suis très heureux de les recevoir, j'espère que vous apprécierez le temps que vous restez ici, et nous pouvons tous apprendre les uns des autres, et rencontrer plus de notre culture un peu différente (Eu estou muito feliz em recebe-los, espero que aproveitem o tempo em que ficarem aqui, e que todos possamos aprender uns com os outros, e conhecer mais de nossas culturas um pouco diferentes) Avant de profiter du dîner agréable, je vous présente à tous la Coupe de Feu, mesdames et messieurs ce n'est l'évaluateur, qui a choisi les champions du tournoi (Antes de aproveitarmos o belo jantar, devo de apresentar a todos o Calice de Fogo, este senhoras e senhores será o avaliador, que escolhera os campeões do torneio) - ela dera alguns passos e com um aceno de varinha fizera um grande calice de pedra surgir, esse possuia algumas runas escritas nele e de seu interior queimava uma chama azul fatasmagorica e Madame Maxime sorrira docemente frente a cena, com um novo movimento de varinha uma bela taça de prata fora descoberta, ela possuia desenhos muito bem feitos e com o acabamento em pedras preciosas - Ça y est, mes amis, voici la coupe du Tournoi des Trois Sorciers, le vainqueur de ce tournoi gagnent plus que vaut mille galions, plus le prix qui va apporter la gloire éternelle pour eux et pour leur école (Está é ela, meus amigos, aqui está a taça do torneio tribruxo, o vencedor desse torneio ganhara alem do valor de mil galeões, o preço maior será a gloria eterna que trará para si e para sua escola).
_ cara, que saco não participar – disse Fred só para Tiago ouvir – não pelos galeões, certo, ter uns a mais até que é bom, mas pela gloria, sabe quantas garotas ficariam loucas se um de nos vencêssemos, mesmo como campeões isso já seria de mais...
_ se lembre do que nossos pais disseram Fred – disse Tiago num sussurro – não podemos fazer isso, é perigoso demais, e outra, você deveria pensar em outras coisas alem de garotas, qual é o problema está tão necessitado assim? Fala sério...
_ Depuis aujourd'hui sont l'inscription ouverte pour le tournoi (desde de hoje estão abertas as inscrições para o torneio) – disse Maxime continuando seu discurso - l'étudiant qui seraient choisis à partir de votre école, vous devriez laisser votre nom dans la Coupe de Feu. Maintenant à chacun de profiter d'un dîner, Bon appétit (o aluno que quiser ser o escolhido de sua escola, deve deixar seu nome dentro do Calice de Fogo. Agora todos vocês aproveitem o jantar, Bom apetite).
A diretora caminhara até a mesa e se sentara, com um estalo a comida começou a surgir, eram pratos tradicionalmente franceses, o que fez o jantar ser um tanto especial, meio receosos, os garotos se aventuraram no jantar, Tiago pegara um pedaço do que reconheceu como Coq Au Vin ( Frango ao vinho tinto) atitude que Fred imitou, assim como Alvo que colocara alguns vegetais em seu prato, e começara a comer, Lorcan se aventurara mais que os outros, provando um pouco de tudo, mas parecia ter gostado mais das batatas fritas, Lysander era mais cuidadoso que o irmão, ele consultava o cardápio para então sim fazer sua escolha, no final comera Blanquette de veau (ensopado de vitela) e o mesmo fizera Scorpio .
_ cara, como os franceses com aquele lance de serem meio esnobes e se acharem nobres podem comer certas coisas? – disse Fred que cutucava com o garfo o único prato que os garotos haviam deixado intocado, Escargot – ei Scamander... – ele se voltara para Lorcan soltando um sorriso maroto e com a cara mais inocente do mundo, o loiro se voltara para ele ainda comendo batata frita – te dou cinco galeões se comer esse prato inteiro...
_ fechado, deixa ai que assim que terminar isso eu como – disse Lorcan apontando para o prato ainda cheio – isso é muito bom, adoro a culinária francesa – o loirinho dera mais uma garfada.
_ deixa um pouco de espaço para a sobremesa Lorcan – disse Scorpio que bebia um pouco de suco de abobora – comendo desse jeito você vai acabar passando mal.
_ vejamos o que você está comendo... – disse Lysander tentando identificar as coisas que Lorcan comia – isso é Tripes à la mode de Caen que vem a ser segundo a tradução aqui, tripas cozinhadas em molho de vinho e Calvados – Alvo e Scorpio faziam caretas frente ao que o gêmeo disse – também temos Blanquette de veau ou ensopado de vitela, eu e Scorpio também comemos isso... continuando, Coq Au Vin, frango ao vinho, que os outros comeram, batatas fritas, muitas batatas fritas – ele olhava agora para o irmão como se pensando como ainda não explodira - e... – ele próprio parecera surpreso com o que lera, tanto que não pronunciara.
_ e o que? – disse Lorcan comendo algumas batatas fritas.
_ Cuisses de grenouilles – disse Lysander para então encarar o irmão sobre o cardápio – Coxas de Rãs – o loirinho parecera empalidecer, deixando os talheres caindo sobre o prato, estava em choque – você está bem?
_ e-eu... Eu comi um parente do Andy Jr.? – disse Lorcan parecendo sentir remorso – eu pensei que fosse frango ou peixe, meu Merlin, isso é horrível... – o seu estomago começara a embrulhar ele se erguera da mesa segurando a barriga e com uma das mãos a boca – quero vomitar, preciso encontrar um lugar para isso – ele se erguera saindo, deixando para trás os garotos que riam da cena, menos Lysander que corava de vergonha do irmão.
_ fiquei com meus cinco galeões,beleza - disse Fred rindo então Dominique sentara no lugar de Lorcan ela tinha um sorriso maroto - o que deseja aqui ruiva?
_ aceito a proposta que fez para ele - disse Dominique - me passa o Escargot e vá preparando meus galeões - ela pegara o prato e ia comendo os caracois tirando-os para fora das conchas, sempre com um sorriso no rosto - tem certeza de que não querem? - todos manearam a cabeça negativamente - sorte minha, sobra mais.
_ nada mais sexy do que uma garota com um paladar tão refinado para comer lesmas - disse Fred em meio a uma careta, mesmo assim rindo.
_ tenho que concordar com você Fred, mas acho que não a beijaria depois dessa - disse Tiago rindo, ao que Dominique terminou.
_ meus cinco galeões Weasley - disse Dominique ao que Fred lhe despejara algumas moedas de ouro.
_ fica até com dez, depois dessa, eu te admiro ainda mais do que já fazia - disse Fred e a ruiva se levantara seguindo seu caminho indo contar as moedas - essa não nega o sangue que tem.
Muitos já iam terminando, agora uma pequena orquestra se apresentava regida por Gabrielle Delacour, Louis Weasley se apresentava tocando violino, ele sorrira para a mesa onde Rose parecia admirá-lo profundamente com um brilho nos olhos, algo que incomodou profundamente Scorpio. Enquanto o loiro tocava havia muitas garotas, tanto de Beauxbatons, quanto de Hogwarts e surpreendentemente algumas de Durmstrang que o fitavam com rostos fascinados e com ar de apaixonados. Ao som de La Marseillaise os alunos mais velhos iam se levantando de suas mesas e se dirigindo ao cálice de fogo, vários garotos e garotas de Beauxbatons se levantaram colocando seus nomes, a cada pedaço de pergaminho que era colocado o fogo azul crepitava um pouco mais intensamente para então voltar novamente ao normal. Dominique passara pelos primos dando um pequeno tapa na nuca de Fred e Tiago, quando ela finalmente se aproximou do cálice tendo que ficar na ponta dos pés para alcançá-lo e então colocar o pedaço de pergaminho, ela voltara para sua mesa ao lado dos amigos de escola, ela antes voltara o olhar para os dois grifinorios e piscara para eles, estourando novamente uma bola de chiclete. Os alunos de Hogwarts também iam colocar os nomes, pelo menos os maiores de idade, Diana Thomas fizera e quando o fogo aceitara o seu nome Fred vibrara dizendo que ela seria a campeã, e que torceria por ela, o que veio a deixar a garota encabulada. Eduard caminhava ao lado dos amigos e de Narcisa, sendo que os dois eram praticamente empurrados pelos outros, o Sonserino ria da situação tirando o pergaminho do bolso, e o mostrando para a namorada.
_ me deseje sorte – disse Eduard colocando o pergaminho no Cálice de Fogo, a chama azul crepitava – agora é a sua vez – Narcisa segurava bem firme o pedaço de papel na mão, o Sonserino a fez abrir e juntos colocaram o nome da loira, ele sorrira e beijara em seguida, os amigos dele vibraram batendo palmas – agora vamos... – ele a puxou de volta ao lugar, deixando para trás seus amigos que iam colocando o nome no Cálice.
Narcisa olhara para a mesa dos garotos, e seus olhos pararam alguns minutos em Tiago que a fitava, ele não a olhava triste ou zangado, apenas a olhava, um olhar frio que a fez se sentir ainda pior. Alvo notara que agora o rapaz de cabelos negros bagunçados de Durmstrang, que até então permanecia em seu lugar seguiu para o cálice passando próximo a eles, quando colocou o pedaço de pergaminho no cálice e ele crepitara, os alunos de sua escola se levantaram e aplaudiram, gritando seu nome, e o Sonserino pode finalmente descobrir quem era ele, Nickollaus Karkaroff, ele fitava o Búlgaro que agora voltava para sua mesa, e novamente fitara Alice, e aquilo incomodara ainda mais Alvo, principalmente quando ele notou que a garota o seguia com o olhar até ele se sentar. A apresentação da orquestra terminara e os alunos aplaudiram e os músicos cumprimentaram, a Madame Máxime os liberara para que retornassem aos dormitórios no caso de Beauxbatons, e os alunos visitantes retornassem a seus aposentos, no caso de Hogwarts o trem e Durmstrang o navio.
Os garotos encontraram Lorcan que parecia ter se recuperado, e seguiram para o trem junto com todos os alunos de Hogwarts, ao lado dos professores. Durmstrang seguiu ao lado deles por um bom tempo, até as duas escolas se separarem com os búlgaros seguindo em direção ao lago. Roxanne se despedira do namorado com um beijo caloroso, ao que Fred fizera sinal de querer vomitar com a cena, Wagner Krum se despediu também do quarteto Sonserino com quem jogara no passado no mesmo time de Quadribol, e acenara amigável para Tiago, um movimento que foi discreto e igualmente respondido com outro movimento de cabeça. Nickollaus Karkaroff quando passara pelos alunos de Hogwarts se despedira das garotas, ato que deixou Alvo um pouco enciumado, talvez por ele ter se dirigido a Alice com certa diferença as outras.
_ boa noite Senhorita Longbottom, espero ansioso amanhã para que possamos tornar a nos ver – disse Nickollaus cortês, ao que a garota não respondeu e as outras garotas soltaram leves risinhos, ele piscara se distanciando ao lado dos amigos, e a garota se sentira muito sem graça.
_ eu não gosto desse cara – disse Alvo ao que Scorpio sorriu, assim como Tiago e ambos trocaram olhares cúmplices sabiam muito bem o motivo dele não gostar de Karkaroff – tenho que saber qual é a dele... saber o que quer...
_ ele quer a Alice pelo que deu para perceber – disse Tiago rindo colocando o braço ao redor dos ombros do irmão – viu o que disse aquele dia?Pode se tornar verdade se você não tomar uma atitude.
_ é isso mesmo Alvo, odeio concordar com seu irmão mas ele está certo – disse Scorpio ao que o ruivo soltara um sorriso vitorioso – alem do mais... – o loiro sorrira malicioso – ouça seu irmão, ele sabe muito bem o que é perder uma garota...
_ vai à merda Malfoy – disse Tiago deixando os dois sonserinos para trás e indo se juntar perto de Fred e Dominique que conversavam.
Tiago e Fred se despediam de Dominique que os havia acompanhado até o trem, ambos a apertaram em um abraço muito forte quase a sufocando e a ruiva rira, ela aproveitara para sussurar algo nos ouvidos deles.
_ aguardo vocês do lado de fora do trem daqui a duas horas – disse Dominique com um sorriso maroto – tenho planos para nossa primeira aventura essa noite – os grifinorios trocaram olhares, confusos e temerosos ao que a ruiva sorrira maliciosa como costumava fazer – nem se atrevam a perguntar o que é... Será uma surpresa.
_ por que não temos garotas assim na Inglaterra? – dissera Fred com um tom de admiração ao que os ruivos riram.
_ combinado então, estou mesmo a fim de me divertir um pouco – disse Tiago – até mais então Dommy.
_ até mais meu ruivo – disse Dominique sorrindo carinhosamente e beijando a bochecha de Tiago – até mais Fred.
_ agora se lembrou de mim – disse Fred com a voz em tom falsamente enciumado mas aceitou o beijo que ela lhe deu no rosto – é melhorou um pouco agora, mas ainda não é o bastante – a garota lhe dera um tapa no ombro – me contentava com outro beijo no lugar do tapa, mas deixa para lá.
Dominique ao deixar os primos grifinorios e foi se despedir dos outros, deu boa noite a Rose e Roxanne, beijando alvo na bochecha, ele corou um pouco e sorrira, fora então que viu que os amigos riam levemente dele, o moreno fechara a cara. Louis se despedia dos primos assim como a irmã, quando chegara a vez de Rose ele pegara em sua mão a beijando, um ato que fez a garota ficar um tanto sem graça, e com as maçãs do rosto um pouco rosadas e soltara leves risos. Ninguém mais havia permanecido do lado de fora, apenas dos dois Weasleys, mas Scorpio os observava de dentro do vagão do trem, oculto pela capa da invisibilidade de Alvo, ele via o jeito como ela se comportava perto dele, e aquilo lhe deixava extremamente incomodado, quem aquele garoto pensava que era para chegar daquela forma?E no lugar de se desvencilhar logo do garoto e entrar a Grifinoria ficava conversando com ele, e soltava leves risinhos enquanto ele falava, como se ele fosse engraçado, pensou Scorpio, ele tentava ouvir o que eles diziam.
_ gostou do jantar mon ange? – disse Louis – espero que tenha sido de seu agrado, tentamos demonstrar um pouco da variedade e riqueza da culinária francesa.
_ estava muito bom Louis – disse Rose – ou como você franceses dizem, magnifique – ele rira ao que ela acompanhou – sua escola é muito bela, vocês são muito receptivos, sem falar que os jantares de vocês são fabulosos.
_ gostou de minha apresentação? – disse Louis – venho ensaiando há tempos, acho que ficou muito bom, você não sabe o que é ter a Tia Gabrielle como maestro, ela é muito exigente, queria que tudo desse certo.
_ e foi perfeito – disse Rose – gostei muito da apresentação.
_ fico feliz que tenha gostado – disse Louis nesse momento levando a mão ao rosto de Rose para então deslizar os dedos pela sua face – não sabe quanto essas palavras são importantes para mim – ela rira sem graça retirando a mão dele de seu rosto – está ficando tarde, acho melhor você entrar.
_ sim – disse Rose lhe abraçando e dando um beijo em seu rosto – até amanhã Louis, aguardo ansiosa pelo nosso passeio, quero conhecer melhor seu castelo.
_ pode ter certeza de que o mostrarei a você por inteiro – disse Louis sorrindo levemente, ele pegara em sua mão a beijando, um ato que fez a garota ficar um tanto sem graça, e com as maçãs do rosto um pouco rosadas e soltara leves risos – tenha bons sonhos ma petite, durma bem, pois eu sei que não vou ter.
_ como sabe? – disse Rose ainda encabulada com a atitude do primo, mesmo conhecendo o jeito de Louis sempre se sentia sem graça perto dele.
_ estou muito ansioso por nosso passeio amanhã – disse Louis rindo simples – acho que não pregarei no sono esperando que o sol nasça logo e eu possa voltar a te ver – Scorpio estalara os olhos de surpresa, para então fechar a cara, francesinho desgraçado, pensara, como pode usar de uma cantada tão barata como essa, e o pior de tudo é que parecia que estava fazendo efeito, pois a ruiva corara um pouco e soltara uma riso leve mostrando o quão sem graça ficara.
_ até amanhã então Louis, nos veremos em breve – disse Rose já se dirigindo ao trem – boa noite.
_ Bonsoir Mademoiselle – disse Louis, ao que Scorpio revirara os olhos em meio a uma cara de nojo, exibido, pensou, acha que vai conquistar ela com esse francês barato.
Scorpio seguira para seu dormitório se atirando na cama, Alvo e os gêmeos haviam visto a porta abrir e bater fortemente e passos pesados seguirem passando por eles e o colchão afundar alguns centímetros, o moreno se levantara e tirara a capa que até então mantinha Scorpio invisível. Nunca os amigos haviam visto tamanha cara de desanimo e ao mesmo tempo raiva no rosto daquele loiro, era algo novo que preocupou a todos, mas decidiram por simples trocas de olhares que não diriam nada a esse respeito, nem perguntariam o que aconteceu.
_ não estou muito bem hoje para estudar Animagia – disse Scorpio, e então seus amigos perceberam o quão serio era – se não se importam, eu quero apenas dormir.
_ tudo bem – respondeu Alvo ao que os outros dois concordaram com as cabeças.
Cada um seguiu para sua cama, e com um aceno de varinha Lysander apagou todos os castiçais que iluminavam o quarto que mergulhou na escuridão. Alvo demorara a dormir, ainda pensava em Alice e o interesse de Nickollaus por ela, Scorpio não pregara o olho naquela noite, pensando em uma forma de afastar Louis de Rose, Lysander estava procurando uma forma de se aproximar de Lily, ainda mais e Lorcan dormira muito bem, diferente dos colegas.
Já era noite quando um casal saia de dentro de um prédio quadrado e pedra acinzentada, a mulher era loira de cabelos longos e cacheados e olhos muito azuis, o homem possuía cabelos castanhos e óculos de aros redondos e uma barba fina a lhe cobrir o rosto, o casal se despedira do dono do pub que lhes acenara amistoso antes de se dirigir a seus aposentos que ficavam sobre o bar. O casal caminhava abraçado para se proteger do frio que fazia naquela noite estrelada, ela o envolvia pela cintura enquanto ele abraçava pelos ombros fazendo a mulher lhe encostar a cabeça em seu peito enquanto ele brincava com os cachos de seu cabelo lhe beijando a testa enquanto deslizava os dedos pelas mechas douradas dela, ambos caminhavam por uma rua deserta de um vilarejo, esse lugar pelo qual andavam possuía um ar diferente, como se fosse muito antigo, havia casas de telhados cinzas, suas janelas eram quadradas e compridas, não havia muita diferença de uma casa para a outra, se não fossem as cores e o fato de algumas terem sacadas,parecia limpa e muito segura, eles andaram um pouco pela rua calçada por pedras rústicas. Quando barulhos de aparatação surgiram, e de um beco duas figuras encapuzadas olhavam para a cena, e seguiam o casal de longe, até que eles chegaram em um pequeno sobrado no final da rua, feito de pedra e com trepadeiras que subiam por suas paredes e portões de ferro, era como uma pequena torre, o casal entrara, fechando o portão em seguida. Os dois seres encapuzados se aproximaram da casa, e trocaram olhares cúmplices enquanto a rodeavam, procurando um jeito pelo qual pudessem entrar, logo mais vultos encapuzados aparataram, e as mascaras que usaram não deixavam duvidas de quem eram, se tratava de comensais da morte. Dentro da casa a mulher despia os casacos pesados de frio que vestia, indo encontrar seu marido que havia entrado em uma sala aos fundos da casa, ao entrar encontrara o homem estava sentado atrás de uma mesa de madeira, ele analisava alguns escritos em um pergaminho, haviam inscritos como runas antigas ou seja qual for a língua, ele fazia algumas anotações após ler algumas vezes os pergaminhos antigos que até então estudava, a loira sorrira, adorava ver o marido tão concentrado, ela se dirigira-se a uma pequena estante onde haviam alguns livros e fotos, algumas mostravam o casal, outras apenas da mulher, e havia alguns que retratavam duas garotas assim como a mulher igualmente loiras, eram as filhas do casal, ela parara por alguns instantes olhando as fotos das meninas, seus olhos pararam por alguns segundos sobre a mais nova que de tão tímida que era não encarava a câmera quando a fotografia fora tirada, no lugar disso brincava com um gato ruivo e peludo, que algumas vezes se voltava para a câmera rosnando e fazendo menção de atacar o fotografo, a mulher rira com aquilo, sentia muita falta da filha caçula, não apenas dela, como da mais velha também, não esperava para que aquele ano terminasse logo e pudesse revê-las. A mulher acordara de seus devaneios encontrando o que procurava, uma garrafa de licor de cereja, a pegara assim como dois pequenos cálices e levara até a mesa onde o marido ainda trabalhava e fazia as suas anotações, ele ao vê-la sorrira, e a mulher servira aos dois, ele bebera calmamente, sem desviar os olhos da sua esposa. Fora então que um zumbido fora ouvido e um tremor abalara a casa, o homem dirigia olhares assustados a mulher, podia se ouvir suas paredes serem estouradas e o chão parecia agora tremer, densas bolas de fumaça atacavam aquele lugar, deixando para trás nada alem de destruição, o homem ao perceber que sua casa estava sendo atacada puxara sua esposa para dentro de um armário e a trancara ali mesmo contra a sua vontade, ele retirara sua varinha das vestes e caminhara cuidadoso até a porta do escritório, vira então uma das grandes nuvens negras se dirigindo em sua direção como um míssil em alta velocidade, ele se distanciara da parede antes que ela explodisse, ele pulara caindo alguns metros mais adiante no chão, outros jatos negros irromperam pelas janelas do escritório e o atravessaram facilmente destruindo com toda a facilidade por onde passavam, o homem tentara se levantar, mesmo estando ferido, e conseguira apontando a varinha tentando atacar o que quer que fosse que estivesse destruindo sua casa, fora então que o teto desabara sobre ele, e a maior parte da casa destruída fora ao chão. O homem desfizera o escudo que lhe protegera, e começara a tossir por conta da poeira que subira com o desabamento, ele olhara para o que antes era seu escritório e vira ali alguém que lhe observa, e olhou com o espanto o modo como estava vestido. O encapuzado parecera sorrir por de baixo da mascara de metal, a retirando e revelando um rosto um tanto envelhecido, uma barba grisalha e cabelos longos igualmente cinzentos, seu rosto não possuía muitas rugas, no entanto algo ainda se mantinha nele, um ar arrogante e convencido, alem de um olhar frio.
_ Lestrange – disse o homem ferido entre dentes tentando se recompor, mas era difícil se manter em pé - o que vocês querem aqui? Qual é o motivo de tudo isso?
_ quantas perguntas – disse Rodolfo rindo levemente – você é o que queremos, precisamos de você para algo.
_ nunca ajudaria você ou qualquer um da sua laia – disse o homem – comensais da morte destruíram minha família, mataram meus pais, acha mesmo que ajudaria algum de vocês? – ele apontara a varinha mas fora facilmente desarmado por Rodolfo.
_ você tem coragem e ousadia, me desafia quando sabe que não tem chance contra mim, esta ferido, pense melhor Skeeter, enfrentaria a todos nós? – disse Rodolfo mostrando cerca de vinte comensais que os circulavam – sei que não se importara muito com o que pode te acontecer... Mas será que não se importa com o que podemos fazer com pessoas inocentes? – os comensais apontaram suas varinhas para as casas colocando fogo em seus telhados cinzas que agora ardiam em chamas, no entanto o homem possuía o mesmo olhar frio e ameaçador – sangue frio não é mesmo? Como um verdadeiro Sonserino... Pois bem... Lembre-se que você que pediu por isso – ele voltara às costas para Skeeter que pegara um canivete que estava em seu bolso se dirigindo ao comensal e lhe atingindo o ombro, Rodolfo o empurrara e conjurara cordas que o amarraram o prendendo fortemente – Traidor do Sangue miserável – ele dissera enquanto retirava o canivete ainda preso em seu ombro, cerca de cinco comensais da morte apontaram as varinhas para o homem caído – não, vocês não têm minha autorização para fazer isso, o Lord o quer vivo... – ele se voltara para o homem agora se ajoelhando em sua frente – vejo que não se importa com a vida deles? – ele apontara para as casas já totalmente em chamas que os rodeavam – pois bem, você é mais difícil do que eu pensava... – a mulher dele até então escondida lançara um feitiço contra Rodolfo que se protegera facilmente – ela é sua esposa? – ele sorrira sinistramente enquanto olhava em direção a Greyback que segurava uma loira que assim como o marido estava extremamente ferida – escolha, ou você nos ajuda, ou vera sua mulher morrer bem na sua frente sem poder fazer nada – ele falara essa parte quase num sussurro próximo o ouvido do homem, ele suspirara se sentindo derrotado e o comensal sorrira – vou considerar isso um sim – ele fizera sinal para os bruxos, que até então queimavam as casas vizinhas e cada um com um aceno de varinha fizera com que as chamas se extinguissem e as casas pareceram intocadas, com nenhum sinal de que estavam sendo incendiadas, uma ilusão, pensara Skeeter – vamos... – ele pegara o homem pelos ombros e aparatara com ele dali, todos os comensais fizeram o mesmo deixando para trás apenas uma casa destruída.
Tiago acordara com Fred lhe abrindo os olhos contra sua vontade e iluminando sua vista por alguns momentos o cegando, ele gemera de dor, aquilo era horrível, como se suas retinas estivessem sendo queimadas, o primo ria, e aumentara as gargalhadas quando vira o olhar fuzilador que o ruivo lhe dirigia. Para então sorrir com uma falsa cara de inocente, coisa que nunca aquele Grifinorio fora.
_ algum problema primo? – disse Fred – talvez agora perceba o quanto prazeroso é ser acordado dessa forma – Tiago olhara confuso para então entender, ele fizera a mesma coisa com o outro para acordá-lo aquela vez do acampamento, e aquela fora a vingança, muito tardia, mas vingança.
_ vamos, a Dommy está esperando – disse Fred fazendo sinal para que ele o seguisse até a janela onde ele pode notar barulhinhos de pedrinhas sendo jogadas contra o vidro, o moreno abrira e ambos encararam uma ruiva vestida com uma grande capa – vamos nessa – ele saira pela janela e o mesmo fizera Tiago.
_ qual é o problema das donzelas? Eu por acaso interrompi o sonho de beleza de vocês? – disse Dominique em meio a risos – bem, espero que estejam preparados Sirs, pois teremos uma noite cheia.
Dominique os levara até um grande galpão localizado um pouco longe de onde ficavam, era grande e feito de madeira pintado de vermelho e com detalhes em branco, um tradicional seleiro de fazenda dos tipos que se vêem em filmes trouxas, estava trancado com um grande cadeado de ferro, ela tocara com a varinha, mas nada acontecera, e tornara a fazê-lo, mas nada novamente acontecera. Fred rira das tentativas da prima de abrir o cadeado com mágica, o que de certa forma incomodou a ruiva.
_ eles devem ter feito o cadeado para ser a prova desses feitiços – disse Dominique – o que é meio obvio agora deles terem feito já que não é a primeira vez que tento entrar ai dentro.
_ permite que eu tente my Lady? – disse Fred com seu melhor ar de Lorde britânico esnobe, a garota dera de ombros e deixara que ele tentasse – nem tudo se resume à mágica, se lembre disso – o rapaz retirara um clipe de papel do bolso e o abrira, em seguida o encaixara no buraco do cadeado – às vezes a maior mágica está aqui... – ele apontara para a cabeça em meio a sorriso maroto percebera com um pequeno ruído a fechadura se abrindo, e ele mostrara o pesado cadeado para a garota – às vezes sou tão perfeito que me amo – ele lançara o cadeado para Tiago que estava impressionado.
_ sempre tive curiosidade para descobrir como você faz isso – disse Tiago – mas nunca te perguntei como você tinha aprendido a arrombar fechaduras, cadeados, trancas...
_ agradeço isso ao meu pai que sempre me disse que mesmo alguns bruxos precisam aprender truques dos trouxas – disse Fred – e alguns truques são bem uteis – ele e Tiago abriram as portas do seleiro revelando estábulos onde alguns cavalos alados ficavam, ambos não puderam deixar de soltar uma exclamação frente aquilo.
_ lindos não? – disse Dominique rindo das caras bobas deles – são os cavalos vindos da ilha de Creta, são Pegasus puros, criados por um criador de criaturas mágicas de lá – ela alisava a crina brilhante do cavalo - foram dados a vários anos para puxarem a carruagem de Beauxbatons devido a sua força, e são verdadeiro xodó, como os trouxas dizem, da Madame Máxime – ela pegara uma sela pendurada e colocara nele – o que acham de dar uma volta?
Os garotos trocaram olhares e ambos exibiram sorrisos marotos com concordando com a proposta que fora feita. Agora cavalgavam pelos jardins noturnos da escola, Dominique ia a frente deles, a ruiva parecia ter muita habilidade em montaria, pois conseguia fazer seu cavalo correr muito rápido, e os rapazes tentavam alcançá-la quando ambos finalmente estavam conseguindo, ela os olhara lançando um sorriso maroto, e com um movimento nas rédeas fizera seu Pegaso abrir as asas e levantar vôo, ao perceber o que a garota havia feito os grifinorios repitiram e com isso logo os três haviam alcançado os céus. O vento batia em seus rostos, Fred gritava extasiado com os braços abertos atitude que Tiago imitara, não era como voar de vassoura, podia ter certeza disso, não sabia o que significava aquilo, talvez a sensação de liberdade, uma paz para não dizer felicidade, era algo que ultimamente ele não sentia, era bom ter aquilo de volta mesmo que fosse por pouco tempo. Eles agora sobrevoavam a praia que ficava aos limites de Beauxbatons e os rapazes puderam ter uma vista melhor do mar mediterrâneo, Dominique fizera que o cavalo descesse com um puxar nas rédeas e os outros a imitaram, a garota agora tocava com a ponta dos dedos a água, para então subir um pouco e seguir rumo à praia acompanhada dos primos. Eles agora caminhavam um pouco pela areia montados nos cavalos.
_ esse lugar é lindo não acha? – disse Dominique para Tiago, ela sorrira – você não pode ver o mar de Hogwarts pode?
_ não, eu sempre me perguntei o motivo de você não estudar lá – disse Tiago encarando a ruiva – você nunca nós disse...
_ bem, vamos dizer que tem certas pessoas lá que não gosto de conviver – disse Dominique – por isso preferi vir para cá.
_ está falando da Molly? – disse Tiago e a ruiva ficara muda – nunca entendi essa briga de vocês, essa raiva uma da outra é idiota... Desde que éramos crianças é assim.
_ você iria se surpreender se soubesse o motivo – disse Dominique séria – e não sei como seria sua reação, você poderia rir, é com certeza faria isso.
_ ela não sente mais raiva de você sabe disso não? – disse Tiago – ela só não veio por causa do namorado, ela preferiu ficar com ele, por que não me diz agora sobre isso? – Dominique ficara calada – tudo bem, vou levar isso como um não.
_ você não ia querer saber o que é ok? – disse Dominique um pouco irritada.
_ como pode ter certeza? Eu ia sim, se isso fosse explicar o motivo de tantas brigas entre vocês duas e o fato de você odiar a Inglaterra e preferir estudar aqui a Hogwarts – disse Tiago irritado – os motivos para você nunca mais ter pensado em passar as férias n’A Toca...sim, eu adoraria saber o motivo – Dominique o encarara, mas antes que disse algo Fred chegara.
_ ei galera, eu não quero cortar a conversa de vocês, mas estou com um pouco de fome – disse Fred os alcançando – o que acham de voltarmos hein? Comermos alguma coisa.
Eles retornaram para o castelo, após deixar os cavalos no seleiro, onde Dominique lhes mostrou a cozinha, não muito diferente de Hogwarts, apesar de um ar mais sofisticado como se fosse a de um restaurante francês, mesmo assim ainda possuía dezenas de elfos domésticos, que serviram a eles muito educadamente enquanto eles sentavam em uma pequena mesa e olhavam Fred comer com a cara mais feliz do mundo o que sobrara da sobremesa do jantar que acontecera mais cedo aquela noite. Quando Fred terminara, os garotos se despediram dos elfos que ainda insistiram que eles levassem algo para a viagem, estavam andando em direção a porta de saída do castelo quando ouviram ruídos metálicos, e Dominique paralisara, os dois a encararam confusos para então ela pronunciar.
_ As sentinelas – disse Dominique e começara a correr pelos corredores sendo seguida de perto por seus primos – são eles que vigiam a escola a noite, e estão perto – Tiago olhara para trás e vira, muitas armaduras de um metal reluzente que marchavam em direção a eles, eles traziam lanças afiadas e espadas, e o garoto tentara imaginar o que os sentinelas fariam se eles fossem pegos.
Fora então que eles se aproximaram ainda mais mesmo assim estavam longe, apenas dando para serem ouvidos os ruídos metálicos de sua marcha, pois os três já estavam exaustos para correr, olhara para os primos, e disse em meio à respiração difícil, Dominique parecia estar em choque, não conseguia mais se mover, caindo de joelhos cansada e ofegante.
_ a esconda – disse Fred se referindo a Dominique – vou tentar me livrar dos nossos amiguinhos de lata – o ruivo fizera um sinal positivo e puxara a prima para dentro de uma porta que acabou por ser um armário de vassouras, Tiago pudera ver pela fresta o moreno se dirigindo para o lado do corredor em que as sentinelas vinham.
Ele voltara seu olhar para Dominique, ela parecia melhor, ele não conseguia a ver muito bem a pouca luz que tinham entrava pelas frestas da porta. Ele tentava ouvir Fred, e conseguia ao longe ouvir pequenos ruídos de corpos metálicos caindo no chão, armaduras despedaçando, tilintar de um metal contra o outro, ele olhara sorrindo para a ruiva, o primo parecia está se dando bem contra as sentinelas.
_ isso sim é uma noite em tanto – disse Tiago rindo para então se voltar para Dominique – faz tempo que não me sinto assim tão bem, obrigado Dommy – a garota sorrira fracamente, mas ainda sim parecia um pouco triste, para não dizer mal, e o ruivo notara isso – algum problema?
_ Tiago, sobre aquilo que me perguntou na praia... Sobre a minha briga com a Molly, essa nossa rincha – disse Dominique e o garoto ia concordando com a cabeça – você nunca quis saber o motivo disso tudo? Nunca se quer passou pela sua cabeça o que seria?
_ não, deveria? – disse Tiago – você vai me contar o que é?
_ sim, vou sim – disse Dominique respirando fundo – quando éramos pequenas, eu e a Molly... Nos... Bem, você sabe que nunca tivemos nada em comum uma com a outra não é mesmo? – Tiago concordara – só tínhamos uma coisa em comum, que nesse caso viria a ser o gosto por meninos.
_ fala sério – disse Tiago soltando uma pequena risada – você já foi afim do Frank?
_ não – disse Dominique achando aquilo um absurdo – foi antes da Molly pensar em olhar para o Frank, antes mesmo de termos idade suficiente para ir para Hogwarts ou Beauxbatons – ela respirara fundo – éramos duas crianças na época, mas o que sentíamos por esse garoto era muito forte... pois fez com que desenvolvêssemos um ódio uma pela outra, sempre competindo pela atenção dele.
_ e quem viria a ser esse garoto? – disse Tiago receoso, e com uma voz um tanto hesitante – ele por acaso não seria... – ela confirmara com um aceno de cabeça, o garoto não podia acreditar naquilo.
_ você nunca olhou para nós como namoradas, sempre nos viu apenas como suas amigas ou então apenas suas primas – disse Dominique que tentara não demonstrar o quanto difícil eram aquelas palavras, seus olhos estavam marejados mas ela não iria chorar na frente dele.
_ por que nunca me contaram? – disse Tiago passando a mão sobre seu rosto.
_ e isso mudaria alguma coisa? – disse Dominique se aproximando dele, ambos estavam muito próximos um do outro, e pela primeira vez Tiago via o quanto bonita a garota realmente era, seus olhos de um azul elétrico intenso como um céu limpo de um belo dia de verão, não eram como os olhos azuis cinzentos como uma tempestade como os de Narcisa, mas ao o atraia neles, e fez com ele se aproximasse ainda mais dela, e o que fizera a seguir fora algo inesperado, ele fizera com que seus lábios se aproximassem dos dela, e fora isso que acontecera.
Dominique ficara por alguns minutos sem corresponder ao beijo, mas finalmente começou a fazer isso, se deixando se abraçada por ele e o mesmo ele fizera, ela lhe envolvera pela cintura fazendo com que ela ficasse mais próxima, ela lhe abraçara pelo pescoço, e com o passar do tempo, ele fora intensificando o beijo, e ela lhe apertava mais contra seu corpo, ambos asseavam por aquilo, mas por diferentes motivos, Tiago há tempos não ficara com uma garota, na verdade desde que conhecera Narcisa não fizera, talvez agora isso viesse a tona, e a vontade de recuperar o tempo perdido, toda aquela intensidade. Fora então que a porta do armário de vassouras se abriu e ambos nem perceberam.
_ olha quem diria que armaduras velhas seriam difíceis de derrubar – disse Fred que ainda não os encarava – Filth perto delas perde feio... – ele então notara que os dois se beijavam, e o garoto não pode deixar de ficar surpreso com aquilo, sua boca se abrira e fechara algumas vezes, e ele não sabia ao certo o que fazer, estava surpreso, impressionado, e qual era aquele outro sentimento que agora possuía? Era raiva e remorso, um ódio imenso, uma vontade louca de bater em ambos, ele estava com ciúmes era isso? Estava com ciúmes de Dominique? Ele não podia... não, certamente não era isso, pensara.
Os dois se separaram finalmente do beijo, e se encararam por alguns segundos para então perceber que Fred estava ali, Tiago sorrira sem graça e Dominique o encarava com surpresa.
_ vamos, temos que voltar para o trem – disse Fred com uma voz esbagaçada e virara as costas – deixarei que se despeçam, até mais Dominique.
_ até mais Dominique – disse Tiago que dera um pequeno selinho nela e saira, gritando para que o primo esperasse por ele, e assim o fez, e novamente ela o encarara.
Ela o encarava, seu olhar triste, algo que nunca vira em Fred, e aquilo a machucava muito, ele desviara o olhar dos dois quando fora encarado por ambos, por que se sentia tão mal? Vê-lo daquela forma era horrível, se sentia como se tivesse culpa daquilo, mas por que sentia culpa? Não estavam fazendo nada errado, Fred deveria entender o que acabara de acontecer e ficar feliz, mas a atitude dele, o modo como ele agira, estava a matando, ela e o primo sempre foram amigos, nunca ele havia ficado daquele modo com ela, era quase como decepção. Não sabia ao certo o que fazer agora, estava feliz por ter beijado Tiago, mas se sentia péssima pela atitude de Fred, como se sentisse culpada, mas do que ela deveria sentir culpa? De ter beijado um garoto que sempre gostara? Ela decidira parar de pensar sobre aquilo e seguiu para seu dormitório, ela seguiu pelos corredores até chegar em uma das torres onde ficava o dormitório das meninas, onde se deitara sem se preocupar em tirar as vestes que usava, e buscara no criado mudo uma poção para dormir sem sonhar, desse modo logo caira no sono, e naquele momento tudo desaparecera de sua mente.
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