Conversas entre irmãos
Alvo não conseguira comer direito aquela noite, ele olhava para Tiago na mesa da Grifinoria que parecia ter a mesa sensação horrível que ele, e os dois mesmo sem pronunciar nada se levantaram cada um da sua mesa e saíram do salão principal. O ruivo esperava o irmão em um dos corredores próximos, ele estava sentado na escada que levava a torre da Grifinoria, ele olhara no mapa do maroto se ninguém se aproximava, e foi quando viu o irmão surgindo no mapa e caminhando até ali. O ruivo retirara uma garrafa de cerveja amanteigada das vestes, e a desarrolhando virou-a na boca, era a terceira só aquela noite, ele rira ao se lembrar, aquilo era fraco demais para ele se embebedar, mas o suficiente para ele relaxar um pouco, e também o que estava fazendo ele se sentir bem aquele momento, fora quando sentiu algo explodir sua garrafa, ele levantara assustado e irritado, olhando ao redor, fora quando olhara para o mapa que permanecera jogado no chão, ele rira, e então abaixara a varinha.
_ por Merlin, Alvo eu quase que te mato sabia? – disse Tiago e a sua frente Alvo despia a capa da invisibilidade – sabia que não devia ter a dado a você, depois do trabalho que deu roubá-la do cofre do papai e trocado por outra?
_ devia parar de beber tanto assim... antes que acabe viciando nisso - disse Alvo apontando com a varinha o que antes era uma garrafa de cerveja amanteigada - não quero que meu irmão se torne um bebado, alcoolatra...
_ não estou pretendendo me tornar um alcoolatra, fique certo disso... eu sempre tive controle sobre a bebida - o ruivo limpava nas vestes a mão molhada pela bebida – enfim, você veio aqui por que tínhamos que conversar não é mesmo?
_ eu não gosto dessa idéia do torneio – disse Alvo se sentando do lado do irmão – não sei, tenho um mau pressentimento sobre ele, o que você acha sobre ele?
_ eu vou ser sincero com você Al – disse Alvo – também não curti essa idéia, mas pelo que o papai falou, o Kingsley só esta realizando ele por causa de um acordo que quer fazer com o ministério Francês e o Búlgaro, é uma estratégia política que ele criou, meio que um modo de juntar os três ministérios e torná-los mais próximos, por esses 25 anos não houve outro torneio por conta que nosso ministro não concordava com isso, ele assim como todos ainda acha arriscado, afinal, uma pessoa morreu a ultima vez que ele foi realizado.
_ você disse que o papai falou isso para você – disse Alvo confuso – mas quando foi isso? Quero dizer, você sabia que isso ia acontecer?
_ sabia, papai me contou após o jantar de aniversario dele – disse Tiago .
Flashback on.
Tiago entrara no escritório do pai, era uma grande sala escondida no final do corredor do térreo, eles entraram a sala não era muito grande, tinha uma mesa de trabalho com tudo em seu devido lugar graças a Monstro, pois o ruivo sabia que o pai não era a pessoa mais organizada que existia, havia cinco poltronas naquele lugar, duas estavam em frente a lareira que crepitava um fogo verde, o que é estranho pensou Tiago, e as outras três se encontravam juntas a mesa, havia ainda umas estantes com livros, uma mesa com alguns objetos que desde que se conhece por gente seu pai sempre disse para ele não tocar, pois eram objetos que apenas Aurores e pessoas autorizadas podiam mexer, havia algumas fotos bruxas da família espalhadas pelo lugar, nas paredes e sobre a lareira. Harry então tomara se lugar em sua poltrona atrás da mesa do escritório, Tiago se sentou de frente para o pai, e ambos permaneceram num silencio profundo até que o ruivo parecera começar a ficar sem paciência com tudo aquilo.
_ pai? – disse Tiago e Harry que até então parecia estar distante com seus pensamentos se voltou para o filho, endireitando os óculos na face – por que estamos aqui exatamente?
_ quero ter uma conversa com você – disse Harry – mas precisamos esperar que eles cheguem.
_ eles quem? – disse Tiago quando ouviu um barulho atrás dele e se voltara para observar o que era, pelas chamas verdes da chaminé, via rede de flu, vinham algumas pessoas que foram saindo uma atrás da outra, ele reconheceu a primeira pessoa que saiu como sendo Fred, agora sim estava muito confuso, pensou, fora quando Rony e Jorge também saíram da chaminé – certo... – disse o rapaz que parecia estar entendo alguma coisa agora, com um sorriso na face – vamos entrar para a Ordem da Fênix então? Somos maiores de idade como vocês disseram que aconteceria, vamos nos tornar membros? – Harry parecia achar um pouco de graça e soltara um pequeno riso – espera um pouco, não vamos ser membros? O senhor disse que...
_ eu sei o que disse Tiago, mas não é sobre isso que quero conversar com vocês – disse Harry quando moreno se sentara ao lado do primo, Jorge e Rony se encostaram a mesa de braços cruzados e rostos sérios, o que era estranho principalmente para o pai de Fred que sempre tinha um ar brincalhão, os dois ruivos pareciam encarar os garotos o que fez um pequeno calafrio passar por Tiago, ele estava com medo do que iria ouvir – recebemos uma noticia do ministro essa manhã, todos vocês devem saber o que é o torneio tribruxo não é mesmo? – os dois septanistas grifinorios confirmaram com a cabeça – claro que sabem, eu contei como foi a minha participação no ultimo realizado – o chefe dos Aurores respirara fundo – Kingsley após tantos anos decidiu juntamente com os ministérios da França e da Bulgária ressuscitarem esse evento, ele não queria, por anos tem tentado evitar isso, mas sofremos uma depressão no nosso sistema financeiro, desde que houve a fuga em Azkaban alguns anos, muitos bruxos que faziam doações ao ministério pararam, lógico que não sobrevivemos só de doações, mas isso se mostrou um problema, e não falamos apenas em dinheiro como também a imagem do ministério, a imagem de Kingsley foi afetada com isso, e as pessoas tem falado em até retira-lo do cargo.
_ retirar o Ministro? Fala sério? Kingsley fez muito pela comunidade bruxa, isso não conta? Apenas por que algo aconteceu e ele nem sabia que ia acontecer ele se torna um péssimo dirigente? – disse Tiago revoltado, ele conhecia o ministro e tinha uma grande admiração por ele – então, esse tal torneio é uma forma de melhorar a imagem dele? – e Harry balançara a cabeça afirmativamente – então Hogwarts recebera alunos de Beauxbatons e Durmstrang?
_ não, o evento acontecera na França – disse Harry e os dois ficaram confusos – o ministro francês, ficou de ajudar Kingsley se ele votasse a favor do torneio tribruxo ser realizado em Beauxbatons.
_ ou seja, Kingsley se vendeu? – disse Fred que recebera um olhar de censura de Jorge – mas é verdade, ele se vendeu para aquele francês.
_ tente entender que Kingsley não tinha opção, e foi melhor dessa forma – disse Rony – era isso ou esperar que daqui alguns meses ele fosse deposto e o ministério continuasse afundando cada vez mais até lá, e outra acha mesmo que ele fez isso de boa? O Kingsley também tem orgulho, nos falamos com ele e podemos dizer que arrasado é pouco para defini-lo.
_ certo, e o que estamos fazendo aqui? – disse Tiago, ele sabia pelo olhar do pai o que viria, mas preferia ouvir dele próprio – o que temos haver com esse torneio?
_ queremos pedir que não coloquem seus nomes no cálice, ambos são maiores de idade então qualquer um dos dois tem idade para entrar nesse torneio – disse Harry – mas pelo bem de vocês quero que vocês não pensem em hipótese alguma participarem.
_ por quê? O que tem de mal em participar? Da ultima vez eu sei que Cedric Diggory morreu – disse Fred ainda com a voz mostrando um pouco a sua confusão – mas foi por causa de Voldemort – Rony parecera sentir um calafrio com a menção daquele nome, mesmo que passasse anos e ele mesmo o usasse, ele às vezes se pegava com essa mesma sensação – ele atraiu tio Harry para uma armadilha, e o Diggory foi morto, só que isso foi a muito tempo, não temos mais um Lord das Trevas por ai querendo matar alguém – Tiago desviara o olhar, ele nunca contara dos sonhos que raramente tinha com um homem que parecia ser líder de um bando de comensais.
_ o que tem de mal em participar Fred, é que as provas do torneio são arriscadas, não que você e seu primo não tenham competência para realizá-las, eu sei que tem – disse Jorge sorrindo levemente ao filho e novamente tomando uma feição séria – mas temos comensais ai fora, Rodolfo Lestrange e os outros não foram capturados ainda, e nos não sabemos o que eles planejam, talvez vingança pela morte de Rasbatan – Tiago percebera o pai parecer ficar chateado com a menção do nome do comensal morto – e que melhor maneira do que seqüestrar ou mesmo tentar matar alguem próximo a Harry? Seu primo ou até mesmo você Fred, pois ele sabe o quanto mesmo não sendo filho dele, ele sente uma grande admiração por você, e quanto uma perda de um de vocês deixaria nossa família aflita, mesmo agora o torneio tendo as devidas seguranças que buscaram que nenhum campeão se machuque, claro que o ultimo também teve, e isso não evitou que acontecesse – ele terminara de falar e o silencio reinara até ser quebrado por Tiago.
_ eu não irei participar desse torneio pai, tem a minha palavra - disse Tiago sério.
_ eu também não irei participar – disse Fred parecendo um pouco contrariado.
_ muito bem, era isso que tínhamos a falar, agora, sobre fazerem parte da Ordem – disse Harry e os dois pareceram animados, e o Auror pode ver seus olhos brilharem – conversaremos sobre isso na formatura de vocês – os dois pareceram decepcionados.
_ não é justo isso sabia Tio Harry? – disse Fred mal humorado – Teddy entrou para a Ordem com 16 anos, DESESSEIS ANOS, ele era mais novo que a gente na época – ele enfatizara bem a idade do metamorfomago – e os senhores estão nos enrolando desde o ano passado, dizendo que somos muito novos, mas se bem me lembro não eram tão velhos assim quando entraram para a Ordem.
_ Teddy era muito mais maduro que vocês na época, e sabia exatamente no que estava se metendo, a Ordem da Fenix quando foi fundada tinha como objetivo o combate aos comensais da morte e a Voldemort, mas agora temos outras funções, desde que Kingsley se tornou ministro, nos somos uma força especial do ministério que é independente dele na maioria das coisas, mas os auxilia quando necessário em missões que muitos julgam de grande perigo – disse Harry encarando o sobrinho nos olhos friamente – e partir do dia que perceberem que entrar para a Ordem é muito mais que um status, ou seja, lá o que pensem que isso significa, estarão dentro, mas enquanto continuarem agindo feito crianças será impossível serem aceitos por mim e pelos outros comandantes – Harry juntamente com McGonagall e Kingsley eram os três comandantes da Ordem da Fênix – e vamos dar esse assunto por encerrado.
_ caramba Potter, não precisava ser assim tão duro com o meu filho – disse Jorge – ele agora teve um dos sonhos destruídos por você, ele agora sabe que nunca ira fazer parte da Ordem, pois nunca vai ser o senhor seriedade como o papai aqui – ele apontara para ele mesmo com o sorriso mais cínico que existia e todos riram – mas eu concordo com o Harry meu filho, mas sabe o que acho? Que vocês não estão preparados ainda, é uma obrigação muito grande, e vocês não tem responsabilidade para receber um manto tão pesado como é o de ser um membro da Ordem, sabendo que podem ser convocados a qualquer momento para uma missão.
_ eu já entendi pai – disse Fred emburrado, se deixando afundar na poltrona de braços cruzados e Jorge passara a mão pelos cabelos do filho como se faz com uma criança de oito anos.
_ então conversa encerrada? Podemos ir para casa? – disse Rony e Harry assentira com a cabeça – ótimo, mamãe está fazendo o jantar, acho que ainda dá tempo de pegar alguma coisa...
_ então se apresse, pois se conheço mamãe ela não vai servir nada enquanto o “Roniquinho” estiver fora, né querido? Fofinho da mamãe – disse Jorge apertando uma das bochechas do irmão e fazendo uma voz de quem fala com um bebê e todos riram.
_ pare com isso Jorge – disse Rony batendo na mão do irmão e corando até as orelhas.
_ quando vai deixar de morar com os nossos pais Rony? Você já não acha que passou da idade disso não? – disse Jorge com uma voz questionadora com um pouco do tom brincalhão que geralmente usava, ele sempre provocava o irmão fazendo essa mesma pergunta de vez em quando.
_ papai e mamãe estão velhos Jorge, não vou deixar eles sozinhos naquela casa sem ninguém para cuidar deles – disse Rony, como sempre dizia e o irmão revirara os olhos.
_ isso para mim, é medo de deixar o ninho, papai e mamãe não são velhos gagas Rony, eles sabem se cuidar – disse Jorge com um tom cansado – papai ainda trabalha no ministério, e mamãe depois desses anos todos começou a escrever – era verdade, Molly Weasley começara a escrever livros que ensinavam pequenos truques domésticos e feitiços que pudessem ajudar em tarefas diárias, às vezes também escrevia sobre culinária, os livros vendiam bem, o suficiente para ajudar em casa, como se precisasse afinal, o marido, o filho e a nora trabalhando no ministério e os três tinham salários muito bons – agora vem me dizer que isso não indica que eles estejam bem? As vezes maninho – disse Jorge colocando o braço ao redor do irmão – o passarinho tem que deixar o ninho, e voar sozinho pelos ares... – ele sorrira encarando o vazio enquanto Rony retirava o braço dele de seu ombro e caminhava até a lareira – um dia verá que estou certo.
Rony não falara nada, passando pelas chamas verdes e desaparecendo, o irmão mais velho sorrira maroto, ele adorava tirar o outro ruivo do serio. Ele piscara para Harry se despedindo e comentando algo sobre Rony não suportar a verdade, ou algo assim, ele passara pelo sobrinho e lhe bagunçara os cabelos, coisa que Tiago não suportava que o tio fizesse, o homem fizera um sinal com a cabeça para o filho dizendo para que ele o seguisse. Jorge se posicionara e tomara o mesmo caminho que o outro, atravessando as chamas, mas rumo as Gemialidades Weasley, e a sua casa que ficava sobre a loja no Beco Diagonal. Fred se despedira de Tiago e de Harry e também desaparecera quando fora consumido pelas chamas verdes, pai e filho ficaram se calando novamente no maior dos silêncios, fora quando Harry se levantara.
_ tem algo que quero te dar já a algum tempo, e acho que tem idade suficiente para isso – disse Harry tirando de uma das gavetas da mesa um molho de chaves – sabe do que são não? – os olhos do ruivo tomaram uma expressão de espanto, ele sabia do que eram aquelas chaves, mas nunca imaginara o pai dando a ele, não daquela forma – sim Tiago, estou te dando as chaves da moto do Sirius – ele as arremessara ao filho que pegara no ato mostrando seus reflexos de apanhador, ele rira levemente ai ver a cara do filho – depois do ataque no Largo Grimmauld a três anos ela sofreu alguns danos, mas você e o Fred podem consertá-la, sei que podem... – Harry piscara para o filho, Tiago compreendia que aquele era uma forma de comprá-lo para que não quebrasse a promessa que havia feito, ele sorriu para o pai em concordância, ele não precisava de uma motocicleta para que cumprisse o que tinha dito, ele a cumpriria, mesmo não tendo ganhado presente algum... Mas já que ganhara... O ruivo arremessara as chaves no ar retornando a pegar com um sorriso maroto nos lábios, e agora brincava com ela entre os dedos.
Flashback off.
_ e foi isso, estou proibido de participar desse torneio assim como o Fred – disse Tiago ao irmão que o encarava agora parecendo refletir sobre aquela historia toda – algum problema Alvo?
_ eu acho estranho esse negocio dos comensais, tipo, eles ficaram quietos esses últimos anos, acho que não iam querer agir agora – disse Alvo receoso – apesar de que... Eles foram os responsáveis pelo ataque que sofremos na Floresta do Deão.
_ como sabe disso? – disse Tiago confuso.
_ eu... não sei se devo te contar, você não vai acreditar mesmo – disse Alvo rindo sem graça e recebera um olhar serio do irmão – certo... – respirara fundo – eu tenho tido alguns sonhos as vezes, sonhos com eles, os comensais, com o local onde estão e com quem os lidera, são sonhos confusos, e sem sentido algum, mas no ultimo que tive foi no St. Mungus após o ataque, fora esse sonho que me despertara, era sobre uma...
_ uma garota, uma garota encapuzada e de mascara – disse Tiago com a voz descrente e Alvo parecia surpreso mas concordava com a cabeça – ela anunciava ao líder deles que... havia feito o que lhe fora ordenado, mas no entanto falhara na missão.
_ isso, e depois o líder deles disse algo sobre ele poder ensinar ela tudo que precisa saber, que ela tinha talento e que um dia poderia chegar a rainha, ou algo do tipo... – disse Alvo de uma vez e se pondo de pé e Tiago se levantara encarando o irmão com um rosto serio – não me lembro de ter te contato esse sonho...
_ não contou – disse Tiago sombrio – eu sonhei a mesma coisa, mas sempre achei que fossem apenas sonhos, por isso nunca contei ao papai, pois não queria preocupa-lo, mas se você tem sonhado essas coisas também quer dizer que... – o ruivo parecera ficar surpreso e espantado pelo rumo que a conversa ia levando – que é real.
Um barulho estava sendo ouvido vindo dos corredores, e Tiago constatara pelo mapa do maroto que os alunos estavam deixando o salão principal rumo aos dormitórios, e que aqueles sons eram da multidão Grifinoria que se dirigia a torre, o ruivo se despedira do irmão e subira as escadas, o Sonserino se cobriu com a capa e se dirigiu ao seu salão comunal que ficava nas masmorras. Alvo esperara alguém entrar para que assim pudesse ir para os dormitórios, ele não sabia a senha, afinal, não esperara até o final do jantar e todos os sonserinos já haviam entrado, o moreno se deixara cair ao lado da armadura negra que guardava a entrada, ele respirara fundo, e já ia fechando os olhos, pensava que teria que dormir ali escondido pela capa que um dia fora de seu pai, quando ouvira passos vindo pelo corredor escuro, e uma intensa luz se aproximava revelando três sombras que caminhavam em direção a armadura. Ele então vira, Eduard Zabini seguia a frente iluminando o caminho com sua varinha, ele ainda tinha a mesma carranca seria, logo atrás vinham Scorpio parecendo realmente bravo mas mesmo assim conseguia conte-la juntamente com a vontade de bater no outro terceirista, Zack que vinha falando na cabeça dele, seu braço estava enfaixado e em uma tipóia, ele falava varias provocações e seu irmão mais velho sempre brigando com ele, dizendo para que parasse, isso foi até estarem próximos a armadura negra, ela possuía um escudo com o brasão da Sonserina e um par de espadas uma em cada mão, o monitor tocara com a ponta dos dedos sobre o olho da Serpente no brasão e dissera.
_ Fogo Maldito – disse Eduard e a porta se abrira dando entrada aos três garotos, juntamente o invisível Alvo.
Scorpio subira as escadas rapidamente, deixando os dois irmãos para trás, eles ficaram em silencio se encarando, e Eduard fizera sinal para que eles se sentassem, o fogo crepitava iluminando vagamente o salão comunal, os olhos de ambos se cruzaram, olhos verdes assim como o de Alvo, no entanto mais escuros, um verde semelhante ao que se encontra no brasão da Sonserina, era um silencio horrível, e mesmo que Alvo se sentisse mal de ficar ali e observar a conversa que ainda não se iniciara entre os irmãos, algo lhe dizia para permanecer, que era ali que devia estar, e assim invisível ficou a sondar-los próximo as escadas.
_ me explique o porquê de tudo aquilo... – disse Eduard serio e encarando o garoto nos olhos e Zack rira cinicamente enquanto se deixava afundar na poltrona – sabe Zackeus, é esse tipo de atitude sua que às vezes me irrita, o simples fato de provocar o Scorpio, pensei que por eu estar namorando a Narcisa você poderia tentar ser mais simpático com ele para variar, e aquelas coisas que disse, sobre a Narcisa e o Sr. Malfoy, se não gosta deles tudo bem, mas não mostre seu desprezo por eles em publico, sabe o quanto mal isso pode ficar para mim? – agora o caçula ria como se aquilo fosse engraçado, mesmo o tom de seu irmão mais velho não está para brincadeiras – o que há de tão engraçado Zackeus?
_ você encarnou direitinho o papel de namoradinho apaixonado e protetor – disse Zack com uma voz zombeira – que lindo, não é a toa que no Expresso vinham pessoas me dizer que você e a Malfoy eram o casal de ouro de Hogwarts – ele rira ao que o irmão parecera tomar uma cara de culpa o que Alvo não entendeu ao certo o porquê – mal sabe eles os reais motivos para que vocês estejam namorando, que há mais do que eles podem imaginar... – ele rira novamente e Eduard o encarara, Alvo agora se aproximava lentamente deles para ouvir melhor o que falavam, fazia isso sem perceber.
_ você devia tomar cuidado com suas palavras Zackeus – disse Eduard com uma voz sinistra – se a verdade por trás do plano surgir, você sabe o que pode acontecer a todos nos, a mim, você, nossos pais... É importante que eu a conclua com sucesso, e ela apenas se iniciou com eu conseguindo conquistar Narcisa...
_ mas nem isso fez sozinho, teve ajudar, e sabe que essa pessoa vai te cobrar mais tarde isso não? – disse Zack e Eduard pareceu nervoso parecendo se lembrar de algo que Alvo não sabia o que era, ele agora estava bem próximo mais ou menos quatro metros da lareira – e sabe que ela vai cair na real um dia e se perguntar por que está com você...
_ sei, espero que até lá já tenha feito tudo o que devo fazer – disse Eduard encarando a lareira com um olhar triste – eu sinto... Pena dela... Sabe? Antes de... Nós começarmos a namorar, ela era tão diferente do que é, era mais alegre, tinha aquele ar mandão, aquele jeito sério dela, aquela voz fria e distante, era engraçado ver o modo como desviava de mim durante as férias do ano passado, sempre dizendo para eu parar de segui-la, que era para eu deixá-la em paz, esse jeito que muitas pessoas odeiam, mas que ao mesmo tempo atrai outras, ela é uma garota incrível, agora entendo o Potter gostar dela, pois a Narcisa mesmo se fazendo de uma garota durona, ela não é nada disso, atrás daquela muralha que ela tem ao redor dela, tem um coração imenso - Zack olhava para ele segurando um riso - tenho pena de ver o que ela se transformou por minha causa, uma mulher triste, confusa, ela está bem quando estamos sozinhos, mas quando ele aparece, ela muda, acho que ela sofre ao lado dele quando o vê, ela sofre ao lado dele, fica confusa quando percebe que está com outra pessoa e não ele, eu faço ela sofrer Zackeus, Narcisa Malfoy sofre e é por minha causa... E eu não me sinto bem vendo o sofrimento dela... É doloroso... - Zack rira, como se Eduard tivesse dito algo muito engraçado, como se a maior das piadas tivesse sido contada, ele gargalhava escandalosamente como um louco.
_ Por Merlin... – disse Zack tentando respirar, pois o fôlego lhe faltava – você se apaixonou de verdade por essa garota – Eduard permanecera em silencio ao olhar o fogo – ah... Meu irmão, Narcisa Malfoy nada mais é do que uma peça do jogo, acha mesmo que ela em circunstancias normais iria olhar para você? – ele tornara a rir, e Alvo sentira raiva do garoto, ele conseguia ser cruel até mesmo com o próprio sangue – o que quero dizer, é para que não se iluda, não deixe o que sente atrapalhar a missão que lhe foi dada – ele lhe colocara a mão nos ombros – você não pode se iludir meu irmão, amar quem não te ama de verdade é algo horrível, e também isso interfere nos planos, você pode por tudo a perder se ficar apaixonado por ela, deixe a paixão para os tolos... Tudo que conseguira com ela se amá-la é ter seu coração partido, e por tudo a perder... Tudo que foi conquistado até agora.
_ eu às vezes penso que nem devia ter entrado nessa... mas é um caminho sem volta – disse Eduard passando a mão sobre o braço esquerdo – quando se entra não se pode sair, e quando se sai, é quando se morre... – ele encarara o irmão e ele parecia refletir igual a ele.
_ eu queria que pudéssemos escolher nosso próprio destino – disse Zack com um tom desanimado – mas ele foi escolhido para nós sem perguntar se concordávamos com ele.
_ você tem esperança ainda Zackeus – disse Eduard fazendo o irmão encará-lo - não precisa seguir pelo mesmo caminho que eu.
_ quem decidiu isso? – disse Zack rindo sem graça – você? Não podemos apagar o que foi escrito em fogo Eduard – o garoto se levantara indo em direção as escadas, Alvo teve que dar um pulo para o lado para que ele não esbarrasse nele que estava sobre a capa da invisibilidade.
_ mas você pode esquecer o que foi escrito, e reescrever novamente como quiser, seja o próprio senhor do seu Destino – disse Eduard e se levantara encarando o irmão – não deixe que os outros o escrevam por você – Eduard passara na frente do irmão subindo as escadas, sozinho, Alvo subiu as escadas, deixando um garoto a refletir sobre as palavras ditas, enquanto encarava o fogo.
Alvo subira as escadas e abrira a porta do quarto, ele olhara para as camas, Lorcan dormia encolhido em meio às cobertas, e Lysander como sempre fazia fechara a cortina do dorsal da cama, impedindo qualquer um de vê-lo dormindo, há essas horas estariam treinando Animagia, mas era o primeiro dia e como sempre todos estavam cansados, ele caminhava pelo quarto semi escuro, se não fosse pela conversa que havia tido com seu irmão, e não ficasse a sondar a dos outros com a capa da invisibilidade talvez também estivesse dormindo, ele escutava o barulho do chuveiro ligado, e constatou que Scorpio devia estar tomando banho para esfriar a cabeça. O moreno se dirigia para sua cama e já ia despindo a capa da invisibilidade quando viu o loiro sair do banheiro e um Scorpio ainda molhado e com o roupão e uma toalha secando os cabelos, ele resmungava, certamente amaldiçoando a Zack Zabini pela detenção que receberam, e Alvo prestara intenção nas palavras do amigo.
_ como aquele desgraçado pode falar mal do meu pai? – disse Scorpio enquanto vestia o pijama – e pensar que ainda guardamos o maldito segredo deles, se não tivesse prometido meu pai que não contaria para ninguém jogaria na cara dele tudo que sei, diria para todos do salão principal ouvir... Ai veríamos como ele ficaria frente a todos, aquele idiota maldito – fora quando Alvo tirara a capa da invisibilidade e Scorpio levara um susto – por Merlin, quanto tempo está ai Al?
_ desde que saiu do banho – disse Alvo encarando o amigo inquisidor – que segredo é esse do Zabini? – Scorpio permanecendo em silencio agora se sentando na cama com o pijama devidamente vestido – vamos, me diga, que segredo é esse do Zabini que se não fosse pelo seu pai você gritaria para todos?
_ eu não posso te contar Alvo – disse Scorpio encarando o chão – papai me fez jurar que não contaria para ninguém isso, ele não me perdoaria se eu o revelasse assim.
_ é sobre a Narcisa e o Eduard? – dissera Alvo timidamente e Scorpio o olhara espantado e ao mesmo tempo confuso.
_ não... – disse Scorpio com uma voz de espanto e surpresa – de onde tirou uma idéia dessas? – Alvo ficara em silencio não queria falar por enquanto da conversa que ouvira no andar de baixo – esse segredo é bem mais antigo do que o namoro dos dois... – o moreno continuara olhando para ele com o mesmo olhar questionador – você não vai me deixar em paz até eu te dizer né? – disse Scorpio em tédio.
_ não – disse Alvo com uma voz simples, tentando não dar um sorriso maroto.
_ me prometa que não dirá nada – disse Scorpio seriamente – para ninguém, não é uma historia que se deva sair por ai espalhando, é um segredo não é mesmo?
_ prometo – disse Alvo sincero.
_ seu pai deve ter falado para você que meu pai foi um comensal da morte não? E que recebeu a marca negra quando tinha 16 anos e juntamente com isso a missão de matar Dumbledore? – disse Scorpio simples tentando esconder um pouco a insatisfação de falar aquilo sobre Draco, e Alvo acenara positivamente, ele encarava o amigo com um olhar surpreso, sabia o quanto era duro ele falar aquilo sobre o próprio pai, nunca haviam entrado naquele assunto por isso, o clima que isso ia causar – pois bem... Ele não foi o único a receber a marca negra com essa idade, juntamente com ele o pai do Goyle também recebeu, assim como alguém de nome Crabbe que morreu na Batalha de Hogwarts, o idiota morreu por causa de não saber controlar o feitiço que lançou, era um idiota imenso e burro... não tem muita diferença para o Goyle que conhecemos – ele rira sem graça e então retornara a encará-lo - e um quarto... Esse ninguém sabia que possuía a marca, seu nome era Blasio Zabini.
_ Blasio Zabini? O pai deles? – disse Alvo surpreso, ele não esperava por isso – mas então por que ele vive se gabando que o pai não foi um comensal da morte como o seu, se realmente foi?
_ como disse, ninguém sabia que ele era um comensal da morte, a família dele era boa não tinha nenhum passado com as trevas, ele não era um garoto marcado como meu pai e os outros três, que tinham quem os levasse para as trevas – disse Scorpio se referindo ao próprio avô que incentivara Draco, quase forçando o filho a seguir o caminho das trevas - ninguém o levou para o lado de Voldemort, Blasio Zabini fora por opção própria, e de acordo com meu pai assim como ele o Sr. Zabini não gostava de ser um comensal da morte, se arrependeu da idéia estúpida que teve em se unir a eles, fora embora em meio à guerra, mesmo antes do negocio do seu pai aparecer “morto” – ele fizera aspas com as mãos – bem antes do Lord das Trevas – ele falara o nome com ironia e sarcasmo – ordenar que suas tropas se retirassem dando uma hora, ou até o nascer do sol para que seu pai se entregasse, eu não lembro ao certo – Alvo então percebera, que assim como ele, Scorpio crescera ouvindo sobre a Guerra que seus pais haviam lutado, mas cada um em lados opostos – enfim... ele pediu ajuda para meu pai ajudá-lo a fugir e assim fez.
_ então, ninguém sabe que ele é um comensal da morte? – disse Alvo e Scorpio assentira com a cabeça – por quê? Por que seu pai guarda um segredo desses? Um segredo que não é dele?
_ por amizade... – disse Scorpio parecendo levemente triste – Zabini e meu pai são melhores amigos, era a única pessoa em quem confiava, e em quem sabia que guardaria o segredo, você deve estar se perguntando por que poucas pessoas sabiam que ele era um comensal da morte? – Alvo realmente estava pensando naquilo, e acenara positivamente com a cabeça – não eram poucas pessoas que sabiam, a maioria que sabe é que morreu naquele dia, e Blasio ficou como se fosse apenas mais um estudante fugindo de Hogwarts aquele dia, como a maioria da Sonserina fez – Alvo se lembrava da historia da batalha, e uma das partes que seu tio Rony sempre enfatizava, era que todos os sonserinos saíram do castelo, não participando – papai, sabia que não teria paz pelo resto da vida, sempre sendo lembrado como um ex-servo do Lord das Trevas, ele sabia que também sofreríamos com isso por sermos seus filhos, que seriamos perseguidos, e sofreríamos preconceito por isso, talvez, fosse por isso que ele guardou o segredo, para não estragar a vida do seu melhor amigo e da família que ele construiria, ele não poderia dar uma vida digamos tranqüila para nós, somos pessoas marcadas... Nascemos assim, ele não queria a mesma coisa para o Eduard e o Zack, ele não queria que eles fossem descriminados com eu e minhas irmãs – ele agora parecia ficar revoltado – mas parece que o idiota do Zabini não vê isso, não vê que temos em mãos algo preciso sobre a família deles, e vem me provocando, vem me atormentando por anos, ele deve saber que eu sei sobre o pai dele, mas parece que isso não importa, quantas vezes me deu vontade de esfregar na cara dele isso, de gritar para toda a escola que Blasio Zabini é um comensal da morte, mas pela promessa que fiz ao meu pai não devo fazer, devo permanecer calado – os olhos azuis cinzentos do loiro se encontraram com os do moreno – você também tem que ficar calado, agora você também guarda esse segredo.
Alvo então concordara, em sua cabeça agora havia varias questões que ainda tentava entender, varias duvidas se formaram, a conversa de Zack e do irmão no salão comunal, que missão ele teria que cumprir, o que ele havia feito com Narcisa para ela aceitar namorar com ele, o que aquele namoro tinha de tão especial, não sabia se deveria falar com Tiago sobre aquilo, decidiria isso outro dia. O moreno se deitara em sua cama e ficara fitando o teto, retirando os óculos e os colocara no criado mudo ao lado da varinha, a sua vista se tornara embaçada, e ele tentara dormir, mas era muito difícil, tinha sido uma noite muito cheia, descobrira que ele e o irmão sonhavam com as mesmas coisas de vez em quando, que o seu pai proibira Tiago e Fred de participarem do torneio tribruxo, pois temia que acontecesse algo com algum dos dois, ouvira uma conversa muito estranha entre Eduard e Zack Zabini, e Scorpio lhe revelara um segredo obscuro de alguem que eles detestavam, mas que tinham que guardar por conta de Draco Malfoy ter o feito jurar que o guardaria, e tinha o torneio tribruxo, ele ainda não gostava da idéia, era algo que não o animava muito. Então tentara se lembrar de coisas positivas, se lembrou de Zabini choramingando no chão como uma menininha por conta da cobra que Scorpio conjurara, ele riu ao se lembrar da cena, e é claro, apesar do torneio não lhe agradar muito, ele iria para a França, quer dizer, achava isso, e conheceria Beauxbatons, e finalmente Alvo adormecera.
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Notas Finais: só um aviso, eu estou seguindo a historia do livro ok? Por isso de ninguem saber que o Blasio Zabini é um comensal da morte, no livro ele não acompanhava o Malfoy até a sala precisa, era o Goyle e o Crabbe, sendo esse ultimo o causador do incendio, não o primeiro, só para deixar claro, mas sei que vocês devem ter lido o livro. NÃO existe qualquer referencia a Blasio ser um dos seguidores do Lord das Trevas, está ai o porque de eu colocar que ninguem sabia, acho que ficou legal assim.
bem, é isso, espero que tenham gostado.
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