Maldições Imperdoáveis
Já havia se passado alguns dias desde que haviam chegado a Hogwarts, não fora fácil para nenhum dos irmãos Potter esquecer a conversa que haviam tido aquela noite, principalmente para Alvo, que via aos poucos que diferente do que geralmente acontecia com o ruivo, Tiago parecia piorar a cada dia, parecia estar definhando frente ao namoro de Narcisa, soubera pelos professores que o Grifinorio parecia não se esforçar como antes fazia nas aulas, e por Fred que lhe contara que o rapaz parecia nem mesmo animado em aplicar peças, estavam a quase uma semana na escola, e não haviam recebido uma detenção, isso só mostrava o quanto uma garota pode acabar com a vida de um cara, fazendo com que ele mergulhasse na mais profunda depressão.
O ruivo ainda tivera o azar de ter a primeira aula com o professor novo de Defesa Contra as Trevas, a sala se modificara de como ela era na época da antiga professora, agora ela possuía carteiras individuais infiltradas uma atrás da outra, e espalhada pela sala haviam quadros, quadros de criaturas das trevas tais como inferis, dementadores, vampiros, e na maioria deles o bruxo se mostrava em desvantagem, havia mesmo um em que ele que um era estraçalhado por um lobisomem, eram retratos antigos, e em alguns mostravam as maldições mais famosas, e é claro, que o fato daquela sala estar toda fechada apenas iluminada com velas que flutuavam dava um ar fúnebre aquele local.
Os alunos ainda comentavam sobre cada uma das figuras retratadas, Fred comentava algo com Tiago sobre em uma delas um bruxo invocar Dementadores com a varinha, mas o ruivo estava muito cansado, e após escolher devidamente seu lugar desabara nele, fechando os olhos e encostando a cabeça sobre a mesa, tentando inutilmente dormir, mesmo assim não respondera ao primo quando este o chamou. Uma porta se abriu ao fundo da sala, iluminando um caminho pelo qual um homem caminhou, sua sombra parecia deslizar pelo caminho de luz esguia enquanto seu dono caminhava, e os barulhos de alunos tomando seus lugares num apavoramento sem tamanho parecia lhe causar um prazer imenso, e um sorriso brotara em seus lábios para se desfazer ao observar que alguém parecia muito ocupado para notar sua presença, ele se aproximara sorrateiramente de uma das carteiras e de seu ocupante, um Grifinorio debruçado sobre ela, sua cabeleira avermelhada e bagunçada, fora o que lhe denunciara, ele sabia quem era aquele garoto, e não o perdoaria pela sua atitude.
Tiago sentiu algum bruscamente lhe puxar os cabelos fazendo com que ele se sentasse na cadeira devidamente e bruscamente, com sua expressão de raiva olhara para quem fizera aquilo, e a primeira visão para seu espanto fora um imenso olho branco e uma cicatriz horrível numa face bela e jovem, porem desfigurada, um sorriso dominava aquele rosto, e ele sentira ainda mais ódio daquele sorriso maior até a dor que sentia.
_ Bom Dia Bela Adormecida – disse Salvatore com sua voz rouca e profunda – talvez queira se unir a nós agora não é mesmo senhor Potter? - ele usava ironia e sarcasmo em cada palavra, fora é claro o ar debochado que usava – deixe para dormir em uma aula que não seja a minha... se quer dormir espere a aula de Historia da Magia para fazer isso – ele soltara os cabelos de Tiago, mas o garoto teve a sensação de que o professor lhe arrancara alguns cabelos – não sei como é com os outros professores Potter... mas em minha sala, você terá que se comportar como um aluno de verdade, não como esse ser desprezível que é diariamente, mostre um pouco de respeito comigo e seus colegas, e a esse lugar que você chama de escola, e talvez prove a mim que possui um pouco de dignidade, o que acho pouco provável – ele agora encarava Tiago nos olhos – o que tem a me dizer sobre isso Potter... vai se comportar em minhas aulas?
_ sim – disse Tiago lançando um olhar furioso a Salvatore.
_ sim o que? – disse Salvatore tentando disfarçar o prazer que sentia naquele momento.
_ sim professor... – Tiago praticamente cuspira a ultima palavra com ódio.
_ bem, vamos então começar a aula e agradeça por esse ano por causa do torneio não vai haver a competição das casas do contrario a Grifinoria teria perdido 25 pontos por sua causa – disse Salvatore caminhando até a frente da sala e se dirigindo a todos – esse ano, vocês irão prestar os NIEMS e eu na minha função de professor, devo prepará-los para eles, começaremos com uma revisão do que estudaram nos anos anteriores e tentaremos juntar isso com a matéria que provavelmente caira na prova – Salazar encarava Tiago que parecia meio avoado – está prestando atenção Potter? – ele acenara com a cabeça tristemente e Salvatore parecera gostar da cara do garoto – excelente, espero que vocês estejam anotando tudo que estou dizendo – ele olhara severamente para a sala e rapidamente pergaminhos eram desdobrados e penas riscavam – bem, aqui é onde começaremos nossa aula, hoje falaremos sobre as Maldições, existem Três Imperdoáveis – ele olhou para ver se Tiago escrevia e quando isso se confirmou continuou dizendo – vamos tornar as coisas interessantes, vou mostrar a vocês como cada uma funciona – ele olhara para uma garota loira sentada a sua frente – você, garota diga seu nome – ela dera um salto afinal de contas o professor havia batido em sua carteira fazendo com que ela derrubasse o tinteiro sobre o que escrevia.
_ Narcisa Malfoy – disse a loira encarando o professor que sorrira em deboche.
_ parece então que escolhi uma pessoa perfeita para falarmos sobre maldições – disse Salvatore com sarcasmo e ironia – Malfoy... me de um nome de uma das maldições imperdoáveis...
_ senhor... Eu... – disse Narcisa sentindo que toda a sala a olhava, era nítido aquilo, pois todos sabiam do passado da sua família com as trevas inclusive o professor, e ela notara isso na forma como dissera seu nome – Imperius...
_ seu pai lhe contou sobre ela não é mesmo? – disse Salvatore e a garota concordou, o professor sorrira malignamente – desconfiei, Draco Malfoy sabe muito bem como essa maldição funciona – ele andara até a mesa e descobrira o aquário que ali estava revelando três sapos apontando a varinha para ele e lançando a maldição fazendo com que ele pulasse para fora da caixa de vidro em um salto mortal e enquanto manipulava o anfíbio que agora dava piruetas, e o professor falava - Imperius, o bruxo que a lança tem em mãos a vontade da vitima, a conquista de suas opiniões, capaz de dar ordens ao bruxo e esse cumprir sem perguntas, a pessoa que está sobre ela se vê obrigada a fazer o que lhe é ordenada de forma forçada mais sem questionar – ele agora fazia o sapo saltar sobre uma vela acesa, até que parara sobre ela e começara a queimar, a pele do sapo sucumbia ao fogo enquanto ele esperneava - sendo capazes de se matar – e o sapo em chamas fora tirado de cima do fogo já morto - ou matar a outras pessoas – Tiago pode perceber feições de nojo das garotas pelo sapo que o professor assara na frente dos alunos – e de fazerem coisas que em plena consciência nunca seriam capazes de fazer, características de alguém sobre essa maldição: o olhar vago, como se estivesse em orbita e voz vacilante, mole. Os bruxos sobre essa maldição podem se livrar dela se tiverem força de vontade, são poucos os que conseguem resistir a Imperius, talvez mais tarde possamos fazer um teste com vocês para saber quem tem essa habilidade. Agora, vamos para a próxima – ele olhava para um garoto sentado a frente com um distintivo de monitor chefe, ele parecia ainda encarar a vela ao qual o anfíbio cozinhara – um monitor chefe... Interessante – ele então percebera que o professor estava próximo dele – seu nome rapaz? – ele engolira em seco antes de se pronunciar.
_F- Frank Longbottom, professor... – disse o garoto e Salvatore sorria.
_ como um dos mais valorosos Aurores que já tivemos – disse Salvatore rindo – vamos Frank, como neto de Aurores e filho de um professor deve saber uma das maldições – Frank falara, mas quase inaudível – pode repetir mais em voz alta para que eu ouça assim como todos?
_ C-Cruciatus – disse Frank pesadamente encarando o chão, ele não era inseguro como o pai era em época de escola, Tiago sabia muito bem que o amigo não era assim, mas o monitor chefe assim como todos ali, pareciam intimidados com o professor.
_ Excelente – disse Salvatore retornando a sua mesa e pegando um dos sapos no aquário para então se virar ao rapaz – Longbottom... não gostaria de ver como a maldição funciona mais de perto?
_ Frank – disse Molly tentando impedir o namorado mas este se levantara e caminhara até a frente da sala.
_ isso não vai acabar bem – disse Fred para só Tiago ouvir e esse concordou.
Frank se aproximara vacilante próximo a mesa e encarara o anfíbio, que assim como ele lhe encarou com seus olhos saltados, e soltando grandes coaxos, ele lembrara ao garoto seu antigo animal de estimação quando era mais novo, Trevis, um sapo verde brasileiro, que se perdera a muito tempo graças a Fred que o soltara no lago, fora então que fora desperto dessas lembranças quando a voz do professor gritando o feitiço soou aos seus ouvidos, e a sua frente o sapo se debatia, suas pernas encolhidas e seu corpo se contorcendo, ele saltava sobre a mesa, mas não eram saltos normais, eram saltos desesperados para escapar, e bramidos agudos eram emitidos por ele. O garoto parecia imóvel ali vendo aquilo de perto, Tiago sabia o que se passava dentro da mente do rapaz, seus avôs de quem ele e a irmã haviam herdado os nomes, haviam sido torturados até a insanidade por aquele feitiço ainda na época da primeira guerra, ele tinha quase certeza de que o amigo os via ali no lugar do sapo, se debatendo de dor. Os olhos de Frank pareciam tremer frente a cena, mas estavam fixos nela, pela sua face que perdera a cor rapidamente agora escorria suor, e ele cerrara os punhos fortemente. Fora então que Tiago percebeu que devia fazer alguma coisa, mas alguem fizera primeiro.
_ Pare, o senhor está fazendo mal a ele – disse Eduard se levantando de sua carteira – será que não percebe isso... – o olhar do Sonserino se cruzara com o de Tiago e esse fizera algo que nunca pensou que faria que era concordar com Zabini.
_ Olhe para ele, veja o estado que ele está já – disse Tiago só então o professor o desviara o olhar do sapo, o encarando, e sorrira sinistramente – que espécie de professor é você? Como pode fazer algo desse tipo? Ele não estava se sentindo bem em ver isso e você continuou fazendo.
_ meus modos de ensino são diferentes de seus demais professores, Potter – disse Salvatore – eu sou um Auror – ele dissera dando grande destaque a ultima palavra – e como tal, eu sei mais que ninguém nessa sala sobre DCAT, do contrario não seria contratado para ensiná-los... e não é você que vai mudar meu jeito Potter – ele agora parecia ameaçador – vocês nesses últimos anos, devem ter tido professores que, quiseram esconder de vocês a verdadeira realidade no mundo lá fora, pois eu digo, não é faz de conta ou ficção, é um mundo cruel, onde a qualquer momento qualquer um de vocês pode encontrar algum bruxo das trevas que lhes farão algum mal, desculpe se eu apenas quero abrir os olhos de vocês para isso senhor Potter... – ele se voltara para Frank que ainda encarava o sapo que parecia morto – pode se sentar Longbottom.
_ s-sim professor – disse Frank caminhando vacilante até seu lugar.
_ Cruciatus – disse Salvatore - a maldição da dor, da tortura, ela faz um homem são ser levado à loucura após horas sendo vitima dela, a demência que ela causa é permanente, e irreversível, e precisasse se praticar muito, quanto maior a pratica do bruxo que a lança, maior a intensidade...
Frank dera alguns passos para então se desabar ao lado de sua carteira, se apoiando a ela para não ir ao chão, rapidamente Tiago se erguera e tentara levantar o monitor, ele colocara o braço direito do rapaz sobre seu ombro, mas Frank desmaiara, ele tentara caminhar amparando o amigo, com certa dificuldade, mal conseguindo se levantar ao lado dele, para então levantá-lo com a ajuda de Eduard Zabini que colocara o braço esquerdo do rapaz em volta de seu pescoço, ambos se encararam por alguns minutos, o Grifinorio e o Sonserino, para então se voltarem ao professor que parecia alheio a tudo, continuando a explicar sobre a maldição Cruciatus.
_ Professor – dissera Zabini mas não fora ouvido e ele continuou a explicação.
_ e também é necessário querer causar dor, querer o sofrimento da vitima do contrario não surtira efeito e essa maldição não tem contra feitiço capaz de fazê-los superar a dor – disse Salvatore ignorando o chamado dos rapazes - mas já ouvi boatos que dois bruxos, dois comensais da morte, são imunes a dor provocada por esse feitiço, o porque se perguntam, isso se deve que ambos praticavam essa maldição diariamente, tendo como vitimas eles mesmos, um torturava o outro – ele desviou o olhar, encarando agora Tiago que trazia os olhos raivosos - pergunte ao seu pai Potter, talvez ele te conte quem são esses bruxos.
_ Professor Salvatore, o Frank está realmente mal – disse Tiago entre dentes e com ódio na voz, o que fez Salazar rir dele – precisamos ir a enfermaria.
_ só depois que eu os liberar, e só estarão liberados no final da aula – disse Salvatore disfarçando um sorriso cínico.
_ como é que é? – disse Tiago sem acreditar.
_ isso mesmo que ouviu Potter – disse Salvatore – agora vamos a vocês dois rapazes – ele olhava para Eduard e Tiago – apesar de que, se os senhores me responderem o nome da ultima maldição... Eu os libero, agora Potter e Zabini – ele olhava para os dois – respondam a pergunta, são três maldições – ele se aproximava dos dois – Cruciatus, Imperius, e a ultima senhores... – ambos se encararam e responderam ao mesmo tempo.
_ Avada Kedavra – disseram os dois ao mesmo tempo, e um sorriso se formara no rosto de Salazar que apontara para o ultimo sapo ainda no aquário e murmurara e uma luz verde saira arrebentando o vidro e matando o anfíbio instantaneamente – podemos ir agora... – dissera Tiago - professor – completara entre dentes o ruivo.
_ sumam da minha frente – disse Salvatore – e depois me digam se ele ficou bem.
Os dois caminhavam até a porta com certa dificuldade, o peso de Frank desmaiado dificultava e muito ambos, apesar de que já era mais fácil carregá-lo com ajuda do que sozinho, pensou Tiago. Enquanto arrastavam o monitor chefe para a enfermaria, eles podiam ouvir o professor explicar sobre a ultima maldição.
_ a ultima maldição, Avada Kedavra – disse Salvatore – a maldição da morte, quando atingindo por esse feitiço você simplesmente morre, sem nenhum dano externo, ou interno, seu coração somente para de bater, e seu cérebro de funcionar, esse é mais cruel de todas as três Imperdoáveis, sendo sua pratica um passaporte só de ida para Azkaban, não se sabe nenhum feitiço que lhe possa proteger dessa maldição, mas o mais estranho é que, uma pessoa foi atingida por ela, duas vezes uma quando era um simples bebê e outra já quase um adulto – ele sorrira ao perceber que Tiago virara o rosto para encarar o que ele dizia – todos aqui devem saber seu nome? Assim como sabem que um dos filhos dele está aqui nessa... – ele olhara sorrindo para Tiago – sala... – o ruivo voltou-se para a porta a abrindo ao lado de Zabini.
Alvo e os amigos sonserinos caminhavam pelo corredor, após uma aula de poções na qual Lorcan quase causara um grave acidente grave, pois ao acrescentar um pouco a mais de larvas varejeiras do que a pedida naquela poção causa a explosão do caldeirão. Por sorte não causara um dano muito grande, apenas que a sala teria que ser pintada novamente, e que eles teriam que tomar um bom banho, Scorpio ainda ria da cara que o professor fizera ao dispensá-los, em meio aquela fumaça negra que ainda saia do caldeirão carbonizado do loirinho enquanto fortes tosses afligiam o velho Slughorn, ele abrira a porta ordenando que todos saíssem, Lorcan ainda sorrira para o professor frente a cara nervosa que este possuía, Alvo rira assim como Scorpio, o único que não parecia muito feliz com aquela historia toda era Lysander que trazia uma carranca mal humorada, em meio a gosma verde que se espalhava por suas vestes e cabelos, assim como em todos os outros três.
_ o melhor de tudo foi que todos ficaram sujos com essa coisa – disse Scorpio apontando para as próprias roupas cobertas com aquela gosma verde – Zabini, Goyle e as Carrows pareciam extremamente furiosos, mas não fizeram nada, Lorcan você é demais, tivemos azar de sentarmos perto deles e ficar ouvido àquele idiota falar do braço dele, me poupe, nem foi tão grave assim foi apenas uma cobra...
_ uma cobra que lhe rendeu uma detenção – disse Lysander serio, ele ainda não aceitava de Scorpio receber uma detenção logo no primeiro dia - tem sorte de não ganhar uma detenção Lorcan, você devia tomar mais cuidado, ainda bem que não machucou ninguém... – o loirinho apalpava as vestes desesperado, não estava nem prestando atenção no discurso do irmão – você está me ouvindo Lorcan?
_ Andy... Ele sumiu – disse Lorcan sem acreditar – eu não quero perder o Andy Jr., não da mesma forma que o Scorpio – Alvo então notara que ele falava dos sapos – essa não, ele não pode ter... – ele parara de repente e encarou Lysander que ficou o olhando sem entender – não se mexe – ele levara à mão a cabeça do gêmeo e retirara dali banhado pela grossa camada verde de gosma o sapo – achei... Nunca mais fuja dessa forma hein? – ele virara o sapo para si falando com ele e recebendo um coaxo em resposta.
_ isso me fez querer ainda mais um banho – disse Lysander com uma careta – como pode gostar dessa coisa – ele apontava para o sapo – é desprezível, alias, só você para gostar de animais desse tipo, nojentos e estranhos, e isso não se trata apenas de criaturas desse tipo, você também se interessa pelas mágicas não?
Lorcan havia capturado quatro sapos no lago negro, e botara seu nome e o dos amigos neles, Alvo II morrera sufocado em uma caixa sufocado pela falta de buracos, Scorpio II que era um sapo pequeno verde claro morrera ao saltar dentro de uma poção que ele preparava, e que acabou por explodir assim como aquela ultima, Lorcan Jr. um sapo se olhos saltados e que adorava coaxar morrera ao ser esmagado por um balaço, o loirinho o guardava em seu bolso, e esquecera, durante um jogo de Quadribol. Após perder três sapos de formas tão terríveis, ele cuidava de Andy Jr. de forma muito paternal, e isso fazia com que ele ficasse muito preocupado com os vários sumiços dele.
_ a e falando em detenções, adivinham com qual professor estou tendo a minha? – disse Scorpio parecendo muito animado, diferente do que parecia noites atrás – é com o Hagrid, cara isso nem pode ser chamado de detenção, é bem tranqüilo sabem? O que me irrita é que o Zabini foi “ Incapacitado de fazer grandes esforços devido ao braço machucado” – ele falara com uma voz mole e bem suspeita – até parece que está assim tão mal – ele voltara a falar normal novamente só que em tom revoltado – por isso ira ajudar Madame Pince a catalogar os exemplares novos, anotando todos no livro de registro, o que me anima um pouco... – ele sorrira – ficar com aquela ratazana velha de biblioteca em meio a livros empoeirados e com um trabalho chato e cansativo, cara, eu queria vê-lo nesses momentos... – todos riram do sorriso de criança que surgira nos lábios de Scorpio – mas enfim... como não posso, Hagrid me disse para convida-los, quer mostrar para vocês uma coisa...
_ uma coisa? – disse Lorcan com um brilho nos olhos feito uma criança – o que?
_ eu sei o que é – disse Scorpio sorrindo vitorioso – mas ele disse para não contar – o brilho nos olhos sumira e uma cara emburrada surgira – tenho ajudado Hagrid com eles nesses últimos dias...
_ eles quem? – disse Alvo.
_ vão descobrir... – disse Scorpio – então vão? Podem usar a capa de invisibilidade do Alvo para sair do castelo, e você pode pedir emprestado o mapa do maroto com seu irmão cara... – ele se voltara para o moreno que parecia refletir sobre isso – então, o que me dizem?
_ certo, topamos, hoje à noite? – disse Alvo e o loiro confirmou com a cabeça – certo, tenho que me encontrar com o Tiago antes...para pedir o mapa então.
_ cara, eu adoro pegar detenções com o Hagrid, é muito divertido – disse Lorcan – a gente fala de dragões, gigantes, e outras criaturas mágicas, ele é um dos melhores professores aqui... Meu favorito.
_ ele também gosta muito de você Lorcan, da para sentir isso – disse Alvo.
_ deve ter ficado tão desapontado de não ter pegado detenção né? – disse Lysander com um tom irônico – já que gosta tanto assim de detenções – ele fuzilara o irmão com os olhos – você podia ter matado alguém hoje, ai ao invés de uma detenção com o Hagrid, você ganharia de presente uma expulsão – ele falara duro – e ainda por cima, estamos fedendo como se um trasgo tivesse vomitado na gente – ele tentava limpar os óculos em vão.
_ não reclame senhor resmungão, logo chegaremos a um banheiro e poderemos nos limpar – disse Alvo.
Os quatro andavam pelo corredor, quando olhando pelo corredor ele viu Tiago ao lado de Eduard carregar alguém que parecia desmaiado a caminho da enfermaria, nisso ele reparou que o garoto desacordado era Frank Longbottom, irmão de Alice, ele se perguntou se algo de grave havia acontecido, ele olhou os amigos e viu que os três assim como ele também observavam a mesma cena que ele, até que os Septanistas desapareceram no corredor.
_ o que será que aconteceu com o Frank? – sussurrara Scorpio para Alvo.
_ eu não sei, mas não parece bem – disse Alvo – também se estivesse bem ele não estaria sendo carregado.
Eles então entraram em um banheiro, após várias reclamações de Lysander sobre como aquela gosma ia secar e eles perderiam as vestes que apodreceriam, o primeiro banheiro que encontraram foi um que ficava no sexto andar, onde estavam, e qual foi à surpresa quando deram os primeiros passos para dentro e encontraram outros alunos do terceiro ano, igualmente sujos assim como eles, que os fuzilaram com o olhar, Alvo sabia que eles os consideravam culpados, e isso era nítido em seus olhos enraivecidos, antes que Lorcan que estava à frente falasse algo, eles o tiraram dali, não queriam receber azarações dos colegas de turma. Comprovando que o banheiro naquele lugar estava totalmente ocupado, resolveram descer três lances de escada, para poderem usar o banheiro abandonado do terceiro andar, onde ninguém estaria. Alvo estava meio receoso de usar aquele banheiro, pois era o banheiro da murta que geme, e a fantasma mostrava ser uma grande fã do quarteto sonserino, e apaixonada por eles, o que era estranho, pois fora Lorcan todos pareciam dar pouca atenção a ela, o moreno se lembrava que dos quatro ele era seu favorito e por quem era mais apaixonada, deviam ser seus olhos verdes, ou a incrível semelhança com seu pai que faziam que ela sentisse assim tanto carinho assim por ele. Nas pias os garotos limpavam os cabelos retirando a gosma, que parecia ser densa e espessa demais para descer pelo ralo, Lysander limpava os óculos com um pano molhado, e Alvo pode notar o contorno do desenho dos aros nem seu rosto, o moreno evitara a rir, afinal há dois anos ainda usava óculos, mas após que um feitiço errado que Tiago lhe lançara em seu segundo ano, a sua vista parecera se corrigir, e ele não precisou mais usá-los, mas claro que quase morreu com o feitiço que o ruivo usou, e sempre lembrava ao Grifinorio disso. Eles já haviam retirado as vestes e tentavam limpa-las na pia ficando os quatro só de cuecas, eles podiam muito bem usar as varinhas, mas por se tratar do que restara de uma poção, e sendo uma poção um item mágico, a varinha não poderia funcionar contra aquilo, eles sabiam já haviam tentado, mas em vão. Fora quando alguém surgira irrompendo do espelho e parando frente a frente com Alvo, a garota devia ter em torno de treze anos, vestia o uniforme da Corvinal, possuindo os cabelos negros e lisos presos a duas marias-chiquinhas e um par de óculos de aros redondos, era pálida, e possuía um brilho espectral azul, e um ar fantasmagórico em si, era transparente, como todos os espíritos têm que ser, e flutuava a mais de meio metro do chão.
_ olá Alvo – disse Murta com uma voz que considerava doce o suficiente – há quanto tempo não vem me visitar, estava sentindo falta de companhia por aqui...
_ desculpe, é que temos andado ocupados a noite – disse Alvo sem graça pelo olhar que recebia da Murta e se lembrando das aulas secretas que tinham no dormitório.
_ ah... Ainda estudando para serem Animagos? – disse Murta que surpreendeu a todos – aposto como você Alvo vai acabar como um gato – ela passava a mão fria e gélida no rosto do rapaz – pois dizem que o animal que nos tornamos é baseado em nossa personalidade, e você Al é muito fofo, tão bonito... E charmoso – agora Lysander e Scorpio pareciam segurar as risadas, pois o moreno começava a corar – não se esqueçam de quando conseguirem uma transformação completa eu vou querer ver...
_ Murta... Como você descobriu que estamos estudando para sermos Animagos? – disse Lysander – você tem espionado a gente? – ela fizera uma cara triste, é ela tem nos espionado, novamente, completou o gêmeo mentalmente, ele ainda se lembrara do susto que levara quando notou que a fantasma o observava tomar banho.
_ sim... Vocês não têm vindo mais me ver e eu senti saudades de vocês meninos – disse Murta envergonhada.
_ também sentimos sua falta Murta – disse Lorcan fazendo a fantasma sorrir, diga só por você, pensaram os outros três.
_ mas vejam só o que temos aqui... Garotos, vocês estão tão apresentáveis hoje – disse Murta, flutuando até o teto para poder ver a todos com mais atenção, todos apenas de cueca – gostei do visual novo, vão lançar uma nova moda... É podem dizer o que quiserem do Quadribol, mas ele sabe deixar os jogadores em forma – os quatro coraram.
_ Murta... – disse Scorpio vacilante – você não tem nada melhor que fazer?
_ estou no meu banheiro – disse Murta – para onde eu iria? Não tenho mais nada para fazer do que ficar nesse lugar...
_ visite seu tumulo... Deve ser interessante isso – disse Lysander – leve umas flores, se quiser pagamos por elas... – Murta descera voando rapidamente parando a poucos centímetros do rosto do loiro.
_ o claro, isso parece engraçado não é? – disse Murta chorando com uma voz extremamente arrasada – vocês... Sonserinos sempre tão maus... Sabem como magoar alguém...
_ Murta... Ele não quis te ofender – disse Lorcan colocando a mão no ombro transparente da garota, quis sim, pensaram os outros três – e nem todos os sonserinos são maus...
_ não apenas 100% - disse Murta ainda com a voz lamuriada – e se não fosse por um Sonserino e seu bichinho de estimação EU NÃO ESTARIA MORTA – Alvo sabia que ela se referia a Voldemort – então, desde minha morte tenho suportado piadinhas como essa e as pessoas riem, riem da pobre Murta-Que-Geme, condenada a assombrar esse banheiro velho e sujo... Sempre chorando, sempre se queixando, sempre reclamando pelos cantos e se lamentando pela morte horrível que teve... e ainda vem ME DIZER QUE SONSERINOS NÃO SÃO MAUS? Certo, eu concordo, não são apenas eles que são maus TODOS OS ALUNOS DESSA MALDITA ESCOLA SÃO, MAUS E CRUEIS – ela tentara sair mas o loirinho se pôs na frente – saia da frente Lorcan...
_ nem todas as pessoas más Murta, apenas são cruéis as vezes, isso acontece, todos somos crueis e magoamos as pessoas de vez em quando, desculpa se meu irmão te magoou, eu sei que ele está arrependido – “ não estou não”, pensou Lysander – olhe para mim, eu sou sonserino, e me diz se eu sou mau... você me acha uma pessoa má Murta? – a fantasma balançou a cabeça em negação – eu sabia, então pare de chorar, não quero que chore ok? – ele limpava as lágrimas transparentes que rolavam pelos olhos dela.
_ você é tão bom Lorcan... – disse Murta soltando sorriso – diferente do seu irmão... Que não sabe como tratar uma garota – nesse momento Lysander sussurrara “que garota?”, mas apenas Alvo escutou – você é muito especial Lorcan – ela então fizera algo que nenhum dos quatro esperara e beijara o loirinho que estalou os olhos – até mais... – ela fizera um carinho no rosto de Lorcan usando o que parecia uma voz charmosa – para vocês também rapazes – ela olhara para eles, cada um possuía uma cara de espanto, e ela rapidamente sumira por parede adentro soltando risinhos sem graça.
Lorcan ficou parado, sua boca estava meio escancarada e ele tinha o olhar fixo na parede pela qual a fantasma passara, ele tocara os lábios com a ponta dos dedos, estava em choque isso era nítido, foi então que todos começaram a rir, e Scorpio o abraçou o amigo pelos ombros e em meio a risos.
_ só você mesmo para dar seu primeiro beijo com um fantasma – disse Scorpio.
O dia passara rapidamente, Alvo havia dito que queria falar com Tiago depois do jantar, e assim foi ele explicara que precisava do Mapa do Maroto, e apesar de ter sido difícil convencer ao ruivo a emprestar, por fim conseguiu e agora próximo as escadas moveis que levavam a torre da Grifinoria o mais velho explicava ao Sonserino como funciona o mapa, mesmo que isso não fosse necessário.
_ você se lembra das palavras que ativam o mapa não? – disse Tiago pela quinta vez desde que o irmão viera lhe pedir o mapa emprestado e Alvo revirara os olhos – sabe ou não?
_ “Juro solenemente não fazer nada de bom” – disse Alvo encarando Tiago que parecera mais aliviado.
_ e as que desativam o mapa? – disse Tiago e Alvo bufara, o ruivo já estava sendo chato, ele era muito cuidadoso com aquela coisa – sabe não é? – o sonserino ficara quieto – as palavras são...
_ “Malfeito feito” – os dois responderam em uníssono – eu sei Tiago, pode ficar tranqüilo – disse Alvo – vai me emprestar?
_ toma... – disse Tiago a contra gosto entregando o mapa mas antes de Alvo pega-lo tirou o pergaminho – você sabe que não pode deixar nenhuma outra pessoa vê-lo a não ser você e os seus amigos, não deixe o Fitch pega-lo por favor, e não o danifique, não o rasgue, não o queime, não o molhe...
_ pensei que estivesse protegido contra essas coisas – disse Alvo confuso.
_ sim, mas nunca se sabe – disse Tiago – não o perca, não deixem que o perca, não deixe ninguém alem de você tocá-lo – Alvo o encarou com uma cara de tédio – certo, os outros podem, só não vai deixar o Lorcan tocá-lo, eu o acho bacana e tudo, mas não confio nele para ficar com o Mapa do Maroto...
_ certo pode levá-lo – disse Tiago mas antes pegou o pedaço de pergaminho dobrado e o beijou – papai vai sentir saudades, mas sei que logo vai voltar para mim – Alvo dera um tapa na cara, por Merlin, pensou, é só um mapa – toma... – Alvo pegou sem exitação – cuidado viu, não com o Mapa, você tenha cuidado com você mesmo, saindo assim de noite...
_ você também sai de noite – disse Alvo.
_ eu sei, mas como seu irmão mais velho, eu tenho que dar esses conselhos – disse Tiago bagunçando os cabelos do irmão – até mais seu pequeno pirralho da Sonserina – ele sorrira maroto e lhe piscara o olho – boa sorte com sua aventura noturna...
Tiago se aproximara do retrato da mulher gorda, e após constatar que o irmão já estava longe ele disse a senha e entrou dando de cara com um salão comunal lotado, Frank estava em um canto sentado no chão próximo a lareira do seu lado estava Molly, que parecia tentar animar o namorado, ele ainda estava um pouco abalado, e quando passou pelos dois pode ouvir algumas coisas que conversavam.
_ eu achei que ver a maldição me faria superar o que aconteceu, saber como ela realmente funciona... – disse Frank rindo sem graça – agora pareço um idiota fraco...
_ você não é fraco Frank – disse Molly beijando o namorado carinhosamente.
_ eu e meu pai vamos visita-los quase sempre, e é horrível vê-los daquele jeito, eles não sabem quem eu sou, não reconhecem meu pai, nem conseguem falar direito – disse Frank – é irreversível isso, eles ficaram assim até a morte...
_ sinto muito – disse Molly se acochegando nos braços dele – deve ser difícil para você...
_ é, mas para meu pai é mais difícil – disse Frank – quando eu vi aquele sapo se contorcendo de dor, eu imaginei meus avôs, imaginei a eles sendo torturados... quando me formar, quero ser um curandeiro, poder ajudar pessoas como eles, tentar descobrir um jeito de tratar-los... – ele sorria, mas então o sorriso se desfez – mesmo que eu não consiga descobrir como curá-los a tempo...
_ não pense nisso amor – disse Molly beijando o namorado novamente – não gosto de te ver assim, você vai melhorar?
_ com você aqui do meu lado – disse Frank deitando Molly no tapete e deitou sobre ela rindo levemente – como fui merecer alguém como você assim na minha vida – ele a beijara em meio a sorrisos – eu te amo.
Frank e Molly, eles eram um dos casais que Tiago mais admirava, estavam sempre juntos, ela sempre o apoiando, ele sempre se dedicando a ela com todo o amor que tinha, talvez se agisse dessa forma, se tivesse aberto seu coração para Narcisa, eles estariam assim, abraçados, namorando em frente à lareira, por um momento imaginou como se fossem ele e ela ali no lugar dos monitores. O ruivo sentara ao lado de Fred, que testava uma de suas novas invenções, ele cumprimentara o primo com um aceno de cabeça e voltara a trabalhar, fora então que notara o olhar de Tiago e abandonara o que quer que fosse que trabalhava.
_ qual o problema? – disse Fred mas antes que ele falasse algo ele já entendeu tudo – quer saber? – ele parecia levemente irritado com aquela situação que se encontrava o primo - Talvez você precisa conversar com alguém que não seja eu... – ele se erguera e se dirigiu a Narcisa que trabalhava em alguma tarefa numa mesa do outro lado da sala, Tiago encarara confuso, até que o moreno retornou com a garota – como disse o Tiago precisa conversa com você... – ele praticamente empurrara a garota para se sentar ao lado do ruivo no sofá – precisam acertar algumas coisas... Enquanto isso, eu tenho que fazer umas coisas mais importantes – os dois viram ele cruzando o salão comunal novamente próximo a lareira onde passou a rodear Frank e Molly que namoravam ali próximos ao fogo.
_ você é a coisa mais importante na minha vida Molly, você me faz muito feliz nem sabe quanto – disse Frank e ela o beijara, fora quando Fred apareceu saltando sobre o casal cortando o clima deles – Weasley, o que esta fazendo?
_ impedindo você de ultrapassar os limites com a minha priminha caro Frank, apesar de adorar a idéia de ver a Molly grávida e o tio Percy surtando com isso – disse Fred sorrindo imaginando a cena – mas precisava acabar com essa pouca vergonha no salão comunal, francamente às vezes tenho medo pois tenho mais noção e razão as vezes que é estranho.
_ você está é com ciúmes Fred – disse Molly – admita...
_ se o Frank tivesse pegando uma garota gostosa eu teria ciúmes, mas é você que ele esta pegando – disse Fred indignado – apesar de que... – ele sorrira malicioso para a prima - tenho que admitir, você tem melhorado um bocado nesses últimos anos Molly...
_ tira os olhos dela Weasley – disse Frank com tom enciumado - antes que eu o faça tirar a força, arrancando seus olhos – Fred sorrira maroto, ele adorava ver Frank com ciúmes – e vai ser nada confortável para você isso...
_ que é isso Frankezito – disse Fred fazendo rosto falsamente chocado – ela é minha prima, eu nunca iria pensar em algo assim, é estranho esse lance de namoro entre primos, e outra, eu não ia ter saco para agüentar como sogro o tio Percy, fala serio, eu não quero ter um cara daqueles como sogro, o meu sogro será alguém legal, não um velho rabugento – Frank e Fred riram, enquanto Molly fechava a cara.
Do outro lado do salão Tiago e Narcisa riram, eles haviam usado a invenção que Fred trabalhava para ouvir toda a cena, era uma variante das orelhas extensíveis, mas se podia escutar o som mesmo estando a longas distancias, o primogênito de Jorge havia herdado dele o gosto pelas invenções e logros, e buscava melhorar os antigos ainda mais. Tiago encarara o primo que agora tentava desviar dos ataques que sofria de Molly com uma almofada, ele sabia o que Fred queria, ele queria que ele e Narcisa conversassem, que se acertassem, por isso a trouxera até ali, o ruivo encarou a garota pelo canto dos olhos e reparou que ela o encarava, ele a encarou, viu aqueles olhos, os mesmo olhos da garota na Floresta do Deão, e junto com aquela imagem vieram as imagens de Eduard Zabini ao lado de Narcisa, os dois juntos, namorando, dançando, as palavras de Luciana na estação, de uma hora para a outra sentia raiva dela, muita raiva, não queria conversar, não queria ela assim tão perto dele, não podia suportá-la assim tão perto, era horrível ter-la assim tão perto e saber que ela pertence a outro .
_ olá Potter – disse Narcisa desviando o olhar e com a voz tentando ser simpática – parece que desde que chegamos não temos a oportunidade de conversar.
_ é eu sei – disse Tiago frio e seco - então? Como vão as coisas? – retirando uma garrafa de cerveja amanteigada e a bebendo – o namoro deve está muito interessante – ele falou ironicamente e frio.
_ sei que não gosta de Eduard, mas tente entender que ele é meu namorado – disse Narcisa com uma voz fria – e não vou terminar com ele por causa do seu ciúme bobo.
_ meu ciúme bobo? Narcisa, eu sempre fui afim de você, nunca escondi isso de ninguém, sempre busquei te conquistar, mas quando vi que não te teria tão rapidamente assim daí deixei que o tempo passasse e você se desse conta – disse Tiago falando em um tom já um pouco mais alto que o normal – mas parece que tem sido em vão, afinal, o primeiro que aparece você já vai se jogando para cima dele.
_ isso não é verdade, eu e o Ed nos conhecemos desde que éramos crianças por conta da nossa família, admito que nunca nos demos bem mas nesse ultimo ano acabamos por nos entender – disse Narcisa mas foi interrompida.
_ eu sei dessa historia ok? Você já a me contou se não se lembra? – disse Tiago irritado – mas o que não entendo é como foi se apaixonar pelo Zabini, por que foi ficar com ele e não comigo? – ele praticamente gritava chamando a atenção de todos, Narcisa se levantara e o encarara ainda sentado.
_ venha, não quero fazer um show para todo o salão comunal – disse Narcisa estendendo a mão, mas ele recusou em pega-la – olha aqui Potter, você quer conversar comigo não? Se quiser falar realmente desse assunto vamos ter essa conversa em outro lugar – ela o levantara bruscamente e o puxava a caminho do quadro da mulher gorda – e vocês – ela se voltara para todos que observavam a cena, calados - voltem a fazer o que estavam fazendo, pois não vai ter mais briga alguma para olharem – ela saira e o salão como se despertasse de um sono começou a ter varias conversas que comentavam o acontecido ali.
Do lado de fora, eles agora caminhavam pelos corredores lado a lado, até que Narcisa parou em frente a uma parede e após passar três vezes em frente dela uma porta surgiu e ela arrastou Tiago para dentro da Sala Precisa, que agora possuía um aspecto muito semelhante ao Duende Irlandês, só que vazio, e ela o levou até uma mesa próxima onde ambos se sentaram um de frente para o outro, Narcisa parecia ter o mesmo ar frio que de costume, e parecia incrivelmente seria.
_ o que você quer para me trazer aqui? – disse Tiago agora mais calmo.
_ queria um lugar onde ninguém ouvisse seus escândalos Potter, francamente isso tudo é vontade de chamar atenção? – disse Narcisa de forma severa – aposto como todos devem estar pensando que eu e você já tivemos algo e vão contar para o Eduard, você me tratando daquela maneira me fez parecer uma vagabunda, uma vadia Potter, coisa que eu não sou.
_ tem certeza que não é? – disse Tiago falando seco e recebendo um tapa bem estalado de Narcisa no rosto – certo – ele encarara ela e respirara fundo – eu mereci isso.
_ sim mereceu, olha, eu sei que você tem esses sentimentos por mim – disse Narcisa – e respeito isso, sei que devia ter-te contato, desculpa se ficou magoado com tudo isso.
_ Sim, devia mesmo – disse Tiago – você não imagina o quanto estou horrível por você não ter me contado antes, se ia namorar outro cara que não fosse eu, eu teria que saber – ele soltara um pequeno riso sem graça – você não sabe o quanto estou magoado e ferido por dentro – ele respirara fundo – não sabe mesmo, e quanto a serem apenas sentimentos, Narcisa, são muito mais que simples sentimentos – ele passava a mão pelo seu rosto – será que não entende o que sinto por você? Por Merlin, eu gosto tanto de você, sempre estive ao seu lado, aqui para te apoiar, isso não foi importante?
_ você é um grande amigo Tiago, eu reconheço isso – disse Narcisa retirando a mão dele em seu rosto e a apertando forte com a sua – não quero que sofra assim, você não merece.
_ eu não mereço? Claro que não mereço, tenho sido um cara ótimo nesses últimos anos, melhorei muito desde que te conheci – disse Tiago – e você consegue me fazer sofrer, me fez chorar como uma criança aquele dia no St. Mungus quando me apresentou ele como seu namorado – Narcisa o encarou espantada, ele chorara, ela não sabia disso – sim, eu chorei, por Merlin, como você foi se apaixonar por ele?
_ Tiago, eu sinto muito não queria te fazer sofrer – disse Narcisa parecendo triste – eu não sei como as coisas ficaram tão confusas de repente, eu estou mal, mal por te ver assim.
_ você tem pena de mim – disse Tiago – isso que é pena, e eu tenho uma noticia para você Narcisa – ele a encarara nos olhos se aproximando de seu ouvido – fique com sua pena, eu não quero, odeio que sintam pena de mim.
_ não é pena – disse Narcisa – mas e se for? Você tem agido de uma forma que quer que as pessoas sintam pena de você, Tiago, você está se acabando, está péssimo, age como se fosse o fim do mundo ter me perdido.
_ e foi Narcisa, foi o fim do meu mundo, o fim da minha vida, você é o sentido de tudo para mim – disse Tiago e a loira parecia abalada com aquilo – desculpe – ele falara tristemente – desculpe, se eu nunca fui um homem perfeito, o qual você pudesse amar, mas Narcisa, você é a mulher perfeita para mim, mesmo com seus defeitos, até eles eu adoro – ele rira sem graça – talvez seja tarde, mas preciso te dizer, Eu te amo Narcisa Black Malfoy, desculpe se demorei tanto para te dizer isso, mas é que não me julgava preparado para usar essas palavras.
_ T-Tiago... E-eu não sei o que dizer... – disse Narcisa tremula e Nervosa desviando o olhar dele – n-não esperava isso de você.
_ eu sei o que você pode me dizer, diga que me ama assim como eu te amo – disse Tiago fazendo com que ela o encarasse – que não ama o Zabini e que vai deixar-lo para ficar comigo...
_ e-eu não posso Tiago, isso é muito confuso para mim, eu não sei o que te dizer – disse Narcisa – não sei o que sinto realmente pelo Eduard e por você, é muito confuso... Você não entenderia como minha cabeça tem andado ultimamente, eu... Não sei o que quero, não sei o que sinto... não posso te dar nada até descobrir o que quero.
_ não diga mais nada – disse Tiago – você já tomou sua decisão, e não foi ficar comigo – ele se levantara rumando para a porta – eu precisava conversar com você antes de tomar uma decisão Narcisa, e a decisão foi que eu vou te esquecer, tentar te arrancar do meu coração para sempre – ele abrira a porta e se voltara para ela que possuía os olhos já marejados – seja feliz com o Zabini, é tudo que peço, pois eu vou buscar ser feliz sem você – ele passara a porta a batendo.
Narcisa sentira as lagrimas rolarem pelo seu rosto, se deixando deitar a cabeça sobre a mesa por onde seus cabelos cobriram, ela não entendia o motivo de seu coração estar doendo tanto naquele momento, ela se sentia péssima, pelo pub vazio que havia se tornado a Sala Precisa o som do choro da garota ecoou, seus soluços, ela ficara ali, chorando até pegar num sono e adormecer. Tiago andara pelos corredores, quando passara pelo retrato da mulher gorda rapidamente sem se preocupar com os olhares, fora então que subira as escadas e ao chegar ao seu dormitório se trancou indo buscar uma garrafa de hidromel e um engradado de cerveja amanteigada que ele e Fred haviam roubado da cozinha, e passou a noite bebendo, já que aquela noite não conseguiria dormir, buscara na bebida sua companheira noturna, como era naquela ultima semana, ele bebia para conseguir pegar no sono, bebia para esquecer, bebia simplesmente para reconfortá-lo, mas nem isso parecia afastar-la de sua cabeça, o que ele não queria, mas não admitia para si, ele então ficara só, não se importando com seus colegas de quarto, que vieram algum tempo depois bater na porta querendo entrar, não se importara se no dia seguinte iria estar mal por conta da bebida, ele não se importava com nada aquele momento, apenas em tentar vencer a dor que sentia naquele momento, a dor da rejeição.
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Notas finais: O que acharam da aula do Salvatore? Eu achei legal, digasse de passagem, acho personagens como eles bem interessantes de se escrever.
O primeiro beijo do Lorcan? Sim, eu sei foi com a Murta,um fantasma, alguem morto, mas precisava ser uma garota diferente. Ah, só uma nota, nenhum casal dessa fic vai dar o primeiro beijo um com o outro ok? Só avisando para vocês não me punirem depois, por que faço isso? Mais realidade na minha opinião.
Tiago se declarando para a Narcisa? O que acharam? Adorei escrever essa parte, e para as garotas que estão com raiva dela, e agora devem ter ficado mais que nunca, mas tentem enteder o lado dela.
Comentários (1)
sohwwwwwww o capitulo!!!!!!!!!!!!!!!!!vem ca a garota que te os olhos iguais da Narcisa é a Luciana não é????????ela fez alguma coisa com a irmã pra ela ficar com o Zabini né???uma poção ou um feitiço??????ela sai dessa e fica com o Tiago né???????e qual é o plano dos Zabinis?????????o que eles estão tramando
2012-08-14