O capricho do Chapéu Seletor

 Para vocês mais um capitulo, espero que gostem, e mais, compus uma musica para o Chapéu Seletor, por isso peço que leiam, e me digam o que acharam. Mas fora isso,espero que gostem desse capitulo.

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Alvo não ouvira mais nada depois disso, pois o professor de transfiguração desaparecera enquanto as crianças ainda encaravam o trem negro, após alguns minutos a massa de alunos foi se dissipando e os garotos rumaram para suas carruagens, o moreno ainda tentara inutilmente tirar alguma coisa de Hagrid, mas fora em vão o guarda caça não dissera nada, apenas a mesma coisa que Teddy, que aquele ano seria inesquecível para os alunos de Hogwarts. Na carruagem, o Sonserino permanecia em silencio, enquanto se distanciavam da estação e o trem misterioso ia ficando para trás, ele agora encarava a todos, eles conversavam sobre o que poderia ser aquele trem, o que estaria fazendo ali, mas tudo o que falavam parecia não fazer sentindo, idéias de que seria apenas um trem trouxa de passagem, a verdade é que nunca outro trem havia parado naquela estação, os trens trouxas raramente passavam por ali, e se passavam nunca parava no pequeno vilarejo que aos olhos dos trouxas era algo sem nenhum atrativo, por isso a presença de outro parado na estação de Hogsmeade que não fosse o Expresso de Hogwarts era algo muito curioso a todos os alunos. Eles finalmente chegaram ao castelo, e Alvo pode pressentir isso pelo solavanco da carruagem e sua parada brusca que jogou Alice em cima dele, os olhos da garota o encararam por alguns segundos, nunca estiveram assim tão perto um do outro, ela praticamente estava sentada em seu colo, e seus rostos estavam muito próximos, um silencio ficou por um tempo ali reinando, até que Alvo olhou para os que estavam presentes, os olhos de todos ali os encaravam, e ele sem jeito se desculpara com Alice, mesmo não tendo do que se desculpar, e os seis que ocupavam a carruagem desceram, com o garoto se perguntando, porque tantas oportunidades apareciam para ele dessa forma, e ele nunca as aproveitava, deixando que se passassem assim.

Eles entraram no castelo, e cada um tomou seus devidos lugares em suas mesas, Alvo se sentara ao lado de Scorpio e de frente para os gêmeos, o Sonserino conseguia ver o irmão do seu lugar, ele estava péssimo, e reprimiu uma careta quando viu Narcisa se despedir de Eduard que agora se dirigia a mesa da Sonserina se sentando ao lado de Raven e alguns outros alunos mais velhos.

_ é ridículo pensar que meu irmão pode namorar qualquer garota de Hogwarts e escolheu logo a idiota da Malfoy – ele escutara uma voz ao lado deles no mesmo tom arrastado e arrogante, o moreno se voltou para Scorpio e vira que o amigo também ouvira o insulto, o loiro cerrava os punhos ao redor da varinha – ainda mais uma Malfoy traidora, que está na Grifinoria, uma fracassada que nem na Sonserina entrou, está na casa me mais lhe cabe, a Grifinoria casa dos heróis sem cérebro e insignificantes – risos foram ouvidos e Alvo pode notar ainda mais maldade nas palavras daquela pessoa, ele sabia muito bem quem eram os heróis sem cérebro e insignificantes que ele falava – apesar de que na Sonserina, também existem vermes insignificantes, que apodrecessem a nossa casa, e desonram o nosso fundador, mestiços imundos, traidores do sangue, amantes de trouxas e seres de magia tão podre e sem talento algum – certo, isso era um provocação para ele e os amigos, agora ele segurava Scorpio pelo braço evitando que ele apontasse a varinha para a pessoa que falava aquelas palavras – mas eu não irei pelo mesmo caminho do meu irmão, eu saberei escolher melhor a minha garota, não ficarei com qualquer vadia que aparecer – Scorpio ameaçara se levantar mas Alvo o segurara, ele vira o amigo trincar os dentes, e uma feição de ódio lhe tomar a face, e uma veia pulsava fortemente em sua têmpora como sempre acontecia como ele estava em pleno estado de fúria contida - uma garota para mim, não pode ser apenas um rostinho bonito sem ter nada que preste, ela tem que ter algo a mais, algum conteúdo que me prenda e me chame atenção.

Um pouco distante na mesa de onde eles estavam sentados, cercado por um pequeno grupo estava aquele que provocava os quatro sonserinos, mais especificamente Alvo e Scorpio. Ao lado da grande massa corpulenta que se tornara Vicent Goyle, que no momento ria feito um leitão, estava um garoto alto e magro, de pele muito branca e rosto fino e comprido, nariz reto, um queixo pontudo e um par de olhos de um verde intenso, seus cabelos negros e brilhantes estavam grandes e ele possuía uma franja que lhe caia nos olhos, nos lábios um sorriso cínico de sempre, ele estava sentado sobre a mesa e parecia flertar com duas garotas, as gêmeas Sadie e Susan Carrow, do mesmo ano que eles, elas pareciam gostar do que ele falava pois lançavam pequeno risinhos bobos, e pela cabeça de Alvo passara o pensamento que mesmo paquerando garotas Zack Zabini conseguia ser insuportável e idiota. Scorpio conseguira se libertar de Alvo, e se erguera no banco, e os olhos se voltaram para ele que apontava uma varinha em direção a Zack.

_ cale a boca Zabini, você não tem o direito de falar essas coisas da minha irmã – disse
Scorpio – seu irmão é que deveria agradecer a Merlin por ele ter encontrado alguém como Narcisa para namorar, ele não é digno dela, e se ele a perder nunca encontrara uma garota tão boa e doce quanto a minha irmã... – todos agora pareciam prestar atenção no loiro, o professor Slughorn que trazia os alunos do primeiro ano para a Seleção parara no ato ao perceber o que acontecia.

_ que coisa linda você defendendo sua irmã Malfoy, é encantador ver como seres insignificantes como você consegue criar coragem e age por impulso – disse Zack – você não tinha nada haver com minha conversa com as Carrows e está se metendo, o que mostra o quanto sua vida é desprezível para se apegar a algo como prestar atenção a conversas alheias, e não sabe o quanto me desagrada saber que posso um dia pertencer a mesma família que você...

_ você não tem o direito de falar assim dela, por que você Zabini é um monte de merda que nunca vai ser nada na vida, que nunca terá as mesmas qualidades que a minha irmã, e que dos piores vermes que existe na Sonserina que você disse o pior deles é você – disse Scorpio – você Zabini é tudo o de pior que posso ver em uma pessoa.

_ você me aponta essa varinha como se me pudesse amedrontar – disse Zack – mas não sinto temor sabia? Pois sei que não teria coragem para lançar um feitiço contra mim, não com tantas pessoas perto... – o loiro agora olhava ao redor para os vários rostos que o observavam e seus olhos pararam sobre os de uma ruiva na mesa da Grifinoria, os olhos de Rose mostravam medo, eles pareciam piedosos lhe pedindo que parasse o que estava fazendo e esquecesse, ele desviou sua visão da garota agora encarando o chão e por fim se deixou sentar no banco, seus amigos pareciam mudos assim como o restante do salão o único que se manifestara fora Zabini, após soltar um riso vitorioso continuara se discurso - eu sabia... Você é um covarde mesmo Malfoy... E sempre será um covarde – Scorpio o encarava pelo canto dos olhos – um covarde assim como o seu pai.

Aquilo fora a gota para que o garoto tornasse a se erguer e sua varinha se voltasse para Zack Zabini com um brilho verde na ponta, Alvo nunca vira a cara que o amigo tinha, era de assustar até mesmo um dementador, seu olhar era tempestuoso e emanava um brilho sinistro no mais puro ódio, sua mão direita apertava fortemente a varinha que rigidamente se mantinha no ar, ele subira sobre no banco e agora seus olhos fitavam diretamente o adversário e de sua garganta uma voz dura e raivosa saira.

_ Nunca... – disse Scorpio respirando pesadamente – mais fale que meu pai é um covarde, nunca mais chame meu pai de covarde... – ele agora gritava pausadamente cada palavra – você não tem o direito de chamá-lo assim... – ele fizera um a aceno de varinha e lança o feitiço – Serpensórtia.

O que viera a seguir fora muito rápido, mesmo para os olhos atentos a cena, a cobra saltara da ponta da varinha de Scorpio voando ameaçadora na direção de Zabini já com as presas a mostra pronta para atacar a face do bruxo, mas o moreno colocara seu braço esquerdo na frente da face para protegê-la e a serpente ali pregou os dentes se enroscando ao redor do mesmo. Zabini caira no chão agora se contorcendo de dor sem nem ao menos tentar tirar a cobra que ainda estava presa em seu braço, ele foi cercado por uma massa de alunos que o olhavam se debater no chão enquanto choramingava como um bebê, Goyle parecia paralisado apenas vendo o rapaz se contorcer no chão, as Carrows mostravam feições preocupadas, mas não ousavam em ajudar o garoto.

_ meu braço, socorro, me ajudem, vou morrer... – disse Zabini no chão choramingando muito – você... – ele vira Scorpio na roda de alunos que o cercavam – você me envenenou, posso morrer por sua causa.

Alvo agora podia ver com clareza a cobra, era uma naja real albina, ela estava enrolada em todo o antebraço do rapaz, e com as presas ao redor do pulso, muito sangue jorrava dali deixando as vestes dele ensopadas. Eduard surgira da multidão pedindo passagem do lado de Alvo e Scorpio passando por eles para chegar até o irmão, se ajoelhou ao seu lado e com um aceno de varinha e um feitiço não-verbal fizera a cobra desaparecer em fumaça, assim como os professores, McGonagall aparecera ao lado dos outros professores, o circulo se desfez, apenas os alunos mais corajosos permaneceram em pé a encará-la, nesse caso Scorpio e os seus amigos. Os olhos da diretora encaravam o loiro que não parecera se deixar intimidar por aquilo, ele a encarava diretamente, e na mesma intensidade.

_ eu não estou enxergando... Estou cego, o veneno esta me matando... Olha para isso, estou sangrando, e muito... Obrigado Malfoy por me dar uma morte tão horrível como essa – disse Zabini ainda choramingando e a professora lhe encarara no chão com um olhar que fizera ele ficar serio um momento deixando toda aquela manha de lado.

_ silencio garoto, você está fazendo esse show todo à toa – disse Salvatore com o mesmo tom frio e duro, na sua voz rouca e profunda – se seu irmão não tivesse acabado com a cobra diria que ela tinha mais chances de morrer envenenada que você.

_ Professor Salvatore... – disse McGonagall e Salazar se calou – pois bem, eu não posso deixar de dizer que estou decepcionada com os dois, são alunos do terceiro ano e ficam agindo como se ainda fossem crianças, espero que ainda possamos recuperar essa noite que vocês estragaram com sua briga infantil que foi criada por suas desavenças pessoais, agora, não darei a vocês as detenções que lhes cabem por isso, mas não escaparam impunes – ela olhara para Eduard Zabini ajoelhado ao lado de Zack – Zabini, pegue o Sr. Malfoy e seu irmão e os leve a minha sala, aguardaram lá para que tenhamos uma conversa após o jantar, mas antes passe na ala hospitalar para que o garoto possa ser tratado por causa dessa mordida de cobra.

_ sim professora McGonagall – disse Eduard com uma voz fria e séria, ele levantara o irmão bruscamente do chão lhe puxando pelo braço ferido, fazendo que o irmão soltasse um pequeno choramingo de dor – conversaremos depois sobre isso também Zackeus, em particular – fora o que Alvo ouvira quando os dois passaram por ele, seus olhos encararam por um tempo o monitor, ele via que ele mais do que todos se mostrava chateado e irritado com tudo aquilo – me acompanhe Scorpio – ele falara quando passara por Scorpio.

_ você pagara muito caro por isso Malfoy – Alvo pode ouvir novamente Zack ameaçar Scorpio que ficara mudo, ignorando-o, eles passaram ao lado dos primaristas e Lily olhara para o loiro, ela estava preocupada e o garoto lhe sorrira como forma de mostrar que estava bem e acabar com sua preocupação.

_ agora, todos voltemos à seleção das casas – disse McGonagall retornando a mesa dos professores sendo seguida por todos, Alvo também se sentara assim como os seus amigos na mesa da Sonserina – Horacio – o professor que ainda seguia com os olhos o monitor e os dois sonserinos que iam pelo grande corredor nem notara a diretora chamando-o – Horacio... – ele então despertara e guiara as crianças para dentro do salão.

Alvo sorrira quando Lily passara por eles ao lado de Chloe, Tiago do outro lado do salão fazia o mesmo, mas a ruiva não parecia se importar com os olhares dos irmãos, e continuara caminhando em frente, havia mais rostos conhecidos para serem selecionados, Hugo Weasley, irmão de Rose, ia logo atrás da prima e da loira, ao seu lado a irmã de Alice, Augusta Longbottom, que lembrava em muito a irmã mais velha. Um chapéu fora colocado sobre um pequeno banco no centro, muitos primaristas pareceram decepcionados, Alvo entendia isso, afinal, muitos pais tinham a brilhante tradição de não contarem aos filhos como é a seleção o que faz com que eles bolassem milhões de idéias mirabolantes de como seria, seus pais nunca fizeram isso, ainda bem, Alvo acharia meio decepcionante se pensasse que seria algo grandioso que na verdade nada mais é que uma avaliação simples feita por alguém que pode ver sua mente, da boca do chapéu uma voz saira.

E assim se iniciou a seleção, com o Professor Horacio Slughorn lendo em um grande pergaminho vários nomes que foram chamados, e Alvo se pegava tentando se lembrar da canção que o chapéu seletor cantara em seu primeiro ano, e não conseguia por mais que quisesse, se perguntando se havia tido uma canção, pois ele realmente não conseguia se lembrar dela.

_ Augusta Longbottom – disse o professor e a garota caminhara até o chapéu.
Após cerca de dez ou vinte segundos o chapéu deu sua decisão.

_ LUFA-LUFA

Alice recebia a irmã em sua mesa, a abraçando calorosa, os olhos dela e de Alvo se cruzaram trocando alguns pequenos sorrisos. Alvo se perguntava se também receberia em sua mesa a irmã, era uma possibilidade bem pequena, mas mesmo assim, era uma possibilidade. Mais alguns nomes foram chamados, até que Lily fora chamada.

_ Lílian Luna Potter – dissera Slughorn com um sorriso

A ruiva caminhara até o pequeno banco, cada passo que dava parecia uma vitoria, afinal o nervosismo a dominava, ela respirara fundo quando sentara no banco e o chapéu foi colocado em sua cabeça, e uma voz conversou apenas com a Lily.

_ ah... Uma Potter, há algum tempo atrás eu diria que vocês eram fáceis de serem selecionados, mas agora, não tenho tanta certeza – falava o chapéu seletor em sua cabeça, e Lily entendeu que ele se referia a Alvo está na Sonserina – agora vejamos o que existe em você, dentro de sua cabeça... – a garota desviara os olhos agora encarando o chão o chapéu parecia analisá-la em silencio – curioso... muito curioso...

_ o que existe de curioso em mim? – disse Lily confusa, só faltava o chapéu dizer que ela não se encaixava em nenhuma casa e que voltasse de onde veio.

_ Você possui muita semelhança com seus irmãos, no entanto, é tão diferente de ambos – disse o chapéu dentro da cabeça de Lily, a ruiva agora buscava olhares conhecidos pelo salão, ela olhara para Tiago na mesa da Grifinoria, o garoto parecia tenso com o olhar fixo nela, quando reparara que a irmã a olhava sorriu e a ruiva retribuiu com um sorriso tímido, seus olhos continuaram a andar pelo salão agora pela mesa da Sonserina e eles pararam sobre o seu irmão Alvo e ao lado dele agora no lugar que pertencia a Scorpio estava Lysander, o loiro lhe sorria e ela não pode deixar de sorrir, no entanto um sorriso maior do que deu a Tiago – vejo um temperamento forte, muito forte, mas um coração bondoso, no entanto, gosta de ser independente, odeia qualquer tipo de injustiça e é sincera acima de tudo... Encaixaria muito bem em Lufa-lufa... Por outro lado, possui grandes ambições, um grande desejo de se provar, sangue frio para tomar decisões, e não mede esforços para alcançar seus objetivos, talvez Sonserina, apesar de que com esse coração indomável, essa coragem imensa, e o gosto por quebrar regras, Grifinoria talvez a acolhesse muito bem... Mas vejo algo em você maior do que isso, um gosto por aprender, a busca pelo eterno conhecimento, um talento e uma paixão pelas sete artes, dotada de uma mente sem limites, Inteligente... Talentosa... Bela... Ah... Tenho minha decisão – Lily estalara seus olhos encarando agora todo o salão principal por inteiro – você se dará muito bem na CORVINAL.

Lily retirara o chapéu e caminhara até a mesa da Corvinal recebendo aplausos de seus colegas de casa, onde se sentou ao lado de outros primaristas que já haviam sido selecionados, seus olhos agora encontravam o de Tiago que a encarava não podendo esconder a surpresa, a ruiva tivera medo de decepcionar o rapaz por não ir para a mesma casa que ele, no entanto o ruivo dera de ombros, e sorrira, aplaudindo a irmã assim como todos os outros do salão. Alvo também a aplaudia, ele estava feliz pela irmã, olhou ao lado e viu um pouco de decepção nos olhos de Lysander, ele se inclinara e sussurrara ao ouvido do loiro.

_ você esperava que ela viesse para a Sonserina não? – disse Alvo despertando o loiro que parecia refletir.

_ não, quero dizer, um pouco... – disse Lysander ainda um pouco sem graça – mas sua irmã merece a Corvinal, é uma boa casa... – o loiro se lembrava quando a três anos atrás ele queria ir para aquela casa, agora imaginava como seria se tivesse caído nela, talvez, estivesse agora do lado de Lily, ou talvez se ele tivesse caído lá ele nem a conheceria, pois havia uma grande chance de não se tornar amigo de Alvo – espero que ela faça grandes coisas lá... Estou feliz por sua irmã Al.

_ você é um grande cara Lysander, espero que a Lily repare nisso algum dia – disse Alvo – antes você como cunhado que qualquer um... – ele dera uns tapinhas no ombro do amigo que rira – só não quero que ela sofra... Ela gosta do Scorpio você sabe não?

_ ela deixa isso bem claro, nessas partes ela lembra o Tiago apaixonado pela Narcisa – disse Lysander rindo sem graça – apesar de que até mesmo você deixa claro que gosta da Alice, mas não admite a ninguém, isso é o que diferencia você de seus irmãos.

_ o assunto não sou eu e ela, e sim a Lily e o Scorpio, será que ele não percebeu que
minha irmã gosta dele? – disse Alvo.

_ isso eu não sei – disse Lysander desanimado.

_ olhem a Chloe vai ser selecionada – disse Lorcan chamando a atenção de ambos para a seleção que continuava.

A garota loira andara até o chapéu seletor a passos curtos e vacilantes, ela parecia mais nervosa que Lily, ela encarava o chão quando andava e se sentou no pequeno banco, colocando o chapéu rapidamente na cabeça, fora então que uma onda de risos rodou pela sala, e Alvo compreendia o que acontecia, a garota havia colocado o chapéu virado ao contrario. Como não podia deixar de ser a mesa da Sonserina não perdoou o ocorrido e varias pessoas lançaram comentários maldosos, o moreno pode ouvir alguns ao longo da mesa.

_ alguém avise a garota para virar o chapéu certo, como ela foi cometer um erro desses? – disse uma voz de uma garota que ele reconheceu como de Kelly Houng que estava do lado de seu novo namorado Yathoshi Roccato, um bruxo transferido de uma escola japonesa, ele era muito pálido e magro, de cabelos negros e lisos em um corte de muito semelhante a de uma banda antiga bruxa de pouco sucesso Os Beatles, e com um par de óculos escuros de aros redondos que nunca tirava, o que deixava ele com um ar de descolado e misterioso, ele era o novo artilheiro da Sonserina desde que Wagner Krum se formara – nem mesmo um trasgo montanhês cometeria tanta burrice assim, como ela conseguiu entrar em Hogwarts? Olhe para ela parece um elfo domestico assustado, patético...

_ cale a boca Houng, é da minha irmã que está falando – disse Raven Skeeter se erguendo da mesa, mas sendo puxada novamente a sentar pelos colegas – limpe sua boca imunda sua piranha antes de falar alguma coisa da minha irmã, você nunca em sua vidinha miserável vai chegar tão perto do que é minha irmã, nem mesmo aos pés dela ouviu bem sua porca gorda... – ela sorrira ao ver que Kelly Houng parecia ofendida – ah... não faça essa cara você sabe que apenas disse a verdade... perder uns quilinhos faz bem de vez em quando sabia? – a oriental não era gorda, na verdade estava no peso ideal, mas como toda a garota preocupada com a beleza, aquilo para ela fora suficiente para ela parecer entrar em pânico.

_ Yan – disse Kelly se virando para o namorado – você acha que estou gorda? – como sempre Roccato permanecera em silencio como uma rocha fria de gelo – nem sei porque ainda tento falar algo com você... – ela fizera uma voz chorosa e ficara emburrada como uma criança pequena, ao lado do namorado que parecia fora de orbita, com o pensamento distante.

Alvo voltou seu olhar para a seleção, Chloe havia colocado o chapéu corretamente agora, no entanto parecia muito envergonhada, isso era nítido no fato de seu rosto está vermelho, e agora piorava, pois todos estavam com os olhares nela, ela olhava para as pessoas que sussurravam, e pequenos risinhos que surgiam nas mesas.

_ se aquiete criança, não precisa se envergonhar – disse o chapéu seletor tentando confortá-la, até então ele permanecera em silencio, o que aumentava ainda mais a preocupação dela, ela pensava não ser boa para nenhuma casa – é uma garota curiosa senhorita Skeeter, estive a analisando cuidadosamente, seu coração é puro e verdadeiro, seria muito boa em Lufa-lufa... Possui um grande talento, e inteligência nada má também... Corvinal lhe faria bem... Mas algo me diz, por alguma estranha razão que você devia ser colocada em outra casa que não essas... – a garota com os olhos lacrimosos agora olhava para a Sonserina com uma intensa dor, era a mesa de onde vinham o maior som de risadas e cochichos – não criança... Apesar de seu pai ter sido dessa casa você não ira para ela, não, meus planos são outros para você... Você pode achar um erro essa decisão que tomarei hoje, me amaldiçoara talvez, dizendo que cometi um erro, mas nunca me enganei, dentro de você... Em seu coração existe um leão adormecido, uma coragem imensa reprimida pela insegurança, um leão que só você poderá desperta-lo, e isso ocorrera na hora certa... Mas isso dependera de você... – Chloe agora entendia a decisão, ela olhara assustada para o salão e para uma das mesas em uma das pontas – sim menina... É esta a sua mesa... Agora se levante e vá para a GRIFINORRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRIA.

O grito no salão principal ecoara no mais profundo dos silêncios, ela se levantara, tremula, e andara alguns degraus com o chapéu ainda na cabeça tendo que retornar metade do caminho para devolvê-lo ao professor Slughorn sem graça e com o rosto mais vermelho de vergonha que ele já vira, ele podia notar que a garota chorava, e isso lhe partia o coração, pelo pouco que conhecia de Chloe sabia que era uma boa garota, e que não merecia passar por aquilo. Os únicos barulhos no salão inteiro eram os passos da garota, aquilo era horrível, nem a Grifinoria aplaudia sua nova aluna, Alvo pensara em levantar e puxar palmas, mas alguém fizera isso antes dele. Sentado ao seu lado direito, um loirinho se levantara, com suas vestes amarrotadas como sempre e o cabelo um pouco grande e despenteado, o gêmeo olhara o irmão confuso assim como todos ao redor, fora então que Lorcan começara a aplaudir, palmas que ecoaram solitárias, e Chloe parecia o encarar espantada, o moreno sorrira como o amigo se levantando, e o acompanhando assim como Lysander fez, mais adiante na mesa da Sonserina Raven fazia o mesmo, seus amigos se juntaram a ela, na mesa da Grifinoria Rose se levantava e ao lado de Fred, Tiago, Roxanne, Molly e Frank aplaudiam a garota. Na mesa da Lufa-lufa Alice e Augusta faziam o mesmo, e na mesa da Corvinal Lily puxava as palmas, logo todos do salão a aplaudiam, eram palmas fortes e potentes, que haviam acabado com o silencio do lugar, a diretora McGonagall teve que intervir para que a seleção continuasse, e assim foi até o ultimo nome ser chamado.

_ Hugo Weasley – disse o professor Slughorn sorrindo para o ultimo garoto que permanecia ali, o ruivinho que era o irmão de Rose, Alvo encarara a garota na mesa da
Grifinoria, e via sua expressão preocupada e atenta a ele que caminhava tranqüilo e confiante ao chapéu seletor.

A verdade era que Alvo sabia que Hugo não tinha muitas chances de ser um Grifinorio como pensava, ele sempre sonhou com essa casa, no entanto, dificilmente iria para lá, ele sabia disso, mas nunca dissera ao primo, a verdade é que até agora apenas os filhos de seu tio Jorge é que foram inteiramente para a Grifinoria, os outros primos se dividiram entre as casas, Molly fora para a Grifinoria, mas sua irmã mais nova Lucy que entraria na escola dali alguns anos com toda a certeza ira para a Corvinal como a mãe, ambas são extremamente parecidas, e Victorie fora para a Lufa-lufa, mesmo ele suspeitando que a garota pedira para ir para essa casa para acompanhar Teddy, Dominique e Louis estudavam em Beauxbatons para infelicidade de seu pai Gui Weasley, pois nunca os Weasleys haviam ido para uma escola que não fosse Hogwarts. O Sonserino agora olhava o primo apreensivo, fora quando a boca do chapéu se abriu e dela saira a decisão.

_ CORVINAL – disse o chapéu espantando Alvo.

O moreno esperava que o primo fosse para a Lufa-lufa, devido a suas qualidades, aquilo fora realmente espantoso e inesperado. O ruivinho andara rapidamente para a mesa da Corvinal que o recebia com palmas, ele parecia extremamente mal humorado e Alvo pode ter certeza de ouvir algo como “pedaço de trapo imundo e idiota...” sair da boca do garoto. Assim que chegou Lily lhe abraçou carinhosa, era bom saber que não ficaria sozinha em sua casa, Hugo pareceu corar até as orelhas com o abraço, na mesa da Sonserina Lysander fuzilava o ruivo com o olhar e cerrava fortemente as mãos de raiva, Alvo olhara e não pode deixar de rir.

_ você vai ficar realmente com ciúmes do HUGO com a Lily? – disse Alvo em meio a risos enfatizando bem o nome do primo, ele fora fuzilado pelo gêmeo com o mesmo olhar assassino que ele dirigia ao ruivo – fala sério, o Hugo não gosta da Lily, pode ficar sossegado, ele tem uma queda pela Augusta, a irmã da Alice.

McGonagall então se ergueu, e todos fizeram silencio absoluto, a diretora quando constatou que todos prestavam a devida atenção começou a falar:

_ Bem vindos alunos novos a Hogwarts, que a partir de agora será como uma segunda casa a vocês – disse McGonagall – esse ano a escola sofrera algumas pequenas mudanças em seu corpo docente, como todos aqui devem saber uma tragédia se abateu sobre nós, durante as férias de verão enquanto fazia uma viagem a Romênia a nossa professora Cassandra Moonstar teve um triste acidente infortuno que a levou a morte – a diretora parecera falar essas palavras com um pouco de ironia o que levou Alvo a concluir que ela não acreditava que tivesse sido um acidente – desse modo assumindo o cargo de Defesa Contra a Arte das Trevas teremos o professor Salazar Salvatore – o Auror se erguera em sua cadeira e encarara a todo o salão que permanecera mudo, seus olhos pareceram parar sobre Alvo e um pequeno sorriso se formou, um sorriso sinistro - e ano passado como todos sabem o professor Flitwick veio a anunciar sua aposentadoria que foi realmente confirmada esse ano, desse modo, atendendo a nós, sobre as indicações e recomendações do antigo professor, nos temos a Professora Stella Glanvill – ela assim como Salvatore também se erguera para se apresentar – mas não só essas mudanças que Hogwarts sofrera esse ano, o Ministério da Magia em sociedade com outras Autoridades de países mágicos, decidiu por sua vez que uma antiga atividade envolvendo a três maiores escolas de magia e bruxaria da Europa terá sua nova edição na França, após cerca 25 anos desde a ultima edição que ocorreu em nossa escola, desse modo, todos nos estaremos indo para Beauxbatons daqui a duas semanas onde nossa escola ira competir no Torneio Tribuxo - todos bateram palmas escandalosas, menos Alvo que ainda estava um pouco abalado com tudo isso, afinal de contas, o ultimo torneio fora marcado pela morte de um dos campeões e pelo retorno de Voldemort, um calafrio lhe atingiu e os pêlos da sua nuca se arrepiaram – o meio de transporte que nos levara até a França será o trem negro do ministério, que sofreu as devidas modificações dadas pelos nossos professores, agradeço especialmente ao professor Teddy Lupin que entre todos foi o que mais trabalhou no trem negro ao meu lado, realizando os feitiços de transfiguração necessários – todos bateram palmas e o professor se levantou para agradecer – agora se todos me permitem tenho que cuidar de dois alunos que se encontram em minha sala, desejo a Todos vocês um bom jantar – e a comida surgira nas mesas e a diretora se retirara.

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