Nova Casa e Confidencialidades

Nova Casa e Confidencialidades
*****************************************
-Bom-dia. - cumprimentou Harry assim que conseguiu perceber onde estava e com que estava.


-Bom-dia. - retribuiu Albus.

A manhã de quinta-feira amanheceu um pouco fria. O céu estava coberto de nuvens, vendo-se pouco de um azul acinzentado.


-Como te sentes? - perguntou, preocupado, o grande feiticeiro ao filho.


-Bem. Não precisava de ter passado a noite aqui comigo. - respondeu Harry. 


-Não queria que acordasses sozinho. - explicou-se o diretor olhando diretamente nos olhos do rapaz.


-Afinal, o que é que aconteceu?

Albus começou a explicar-lhe tudo acabando na parte em que ele tinha desmaiado Harry tinha desmaiado.


-Porque é que eu desmaiei quando o horcrux no chapéu foi destruído? - perguntou Harry curioso ao pai.


-Eu acho que foi porque já o tinhas tido em ti. Quando foste selecionado para a casa dos Gryffindor e quando o chapéu adentrou a tua mente. É claro que ele fez isso com muitas mais pessoas mas, estamos a aproximar-nos do fim. Aquele era o penúltimo horcrux e acho que assim como tu, ele também sentiu. Mas eu sei que tu pensas-te nisso assim que tentaste usar Occlumência. - respondeu o diretor sorrindo.


-Podemos ir embora? - perguntou o moreno obviamente farto de estar deitado.


-Claro. - respondeu Albus rindo - Vou só avisar Poppy. Podes ir vestindo-te.

Albus saiu e Harry levantou-se. Com um aceno de mão, já estava vestido.


-Então, vamos? - perguntou o feiticeiro com barbas.


-Sim! - exclamou Harry puxando o pai para fora da enfermaria. 


-Calma! Tanta pressa porquê, meu rapaz? - espantou-se o diretor tentando não rir.


-Só queria sair dali. - explicou o rapaz-que-sobreviveu. - Estou com fome.


-Vamos às cozinhas. Eu também ainda não tomei o pequeno-almoço. - lembrou-se Dumbledore.

Andaram até às cozinhas e quando chegaram foram recebidos por uma plateia de elfos a perguntar se queriam isto ou aquilo. Sentaram-se calmamente e a desfrutar da paz.
Rapidamente uma grande travessa cheia de comida veio até eles.


-Então, só falta Nagini. - comentou Harry mais para si do que propriamente para o outro.


-É. Tens alguma ideia de como a apanhar? - perguntou Albus.

Harry acabou de beber o sumo, terminando assim o (grande) pequeno-almoço e respondeu - Ou na batalha final ou então numa entrada secreta na Sede dos Devoradores da Morte.


-Tens noção que a segunda hipótese é um acto suicída não é? Além disso não sabemos onde é a Sede. - lembrou Dumbledore.

Harry ficou em silêncio após isso. A verdade é que estava mesmo a cogitar a hipótese de entrar furtivamente no esconderijo de Voldemort e dos seus seguidores. Contudo, era melhor que ninguém soubesse, principalmente os pais, porque iriam tentar diluir essa ideia da sua cabeça. 

Saíram das cozinhas após uma pequena discussão sobre se Harry iria ou não às aulas:


-Eu estou bem. E além disso já faltei a aulas suficientes. - argumentava o moreno.


-Não e não! Tu não vais às aulas o tempo que eu achar necessário! Eu perfiro que tu percas aulas que te sintas mal. É para o teu bem! - contra-argumentava o pai.

"Não sabia que ele era tão protetor!" pensava Harry.

O diretor sorriu ao ouvir o que o filho pensava dele. Ultimamente ele ouvia alguns dos pensamentos de Harry. Dumbledore sabia que era porque eles estavam a criar uma relação cada vez mais pai e filho, mais profunda. Ele sabia também que tinha  que conversar com o rapaz sobre isso.


-Bem, já que não posso ir às aulas, acho que vou descansar um pouco para o dormitório. - disse o rapaz-que-sobreviveu.


-Harry! - chamou Albus quando o moreno já se ia virar - Sobre isso do dormitório... importas-te de antes vires comigo ao meu escritório para eu te mostrar uma coisa?


-Claro que não. - concordou o filho curioso.

Eles foram até à sala do diretor. Quando entraram Harry não viu nada de anormal. Albus começou então a dirigi-lo para uma escada que dava para os quartos. O rapaz estranhou mas continuou a seguir o pai. Ele nunca tinha ido ali apesar de passar muito tempo no escritório. 
As escadas terminaram, indo dar a um corredor. O corredor tinha várias portas. Dumbledore caminhou até uma porta com um "A" gravado em ouro branco uma fênix à sua volta. Depois, olhou para a porta ao lado e Harry seguiu-lhe o olhar. 
A porta era igual à anterior mas em vez de ter um "A" tinha um "H".


-Quando soube que ia ser teu pai, fiz este quarto. Na esperança de que algum dia tu o quisesses usar. - explicou Albus em voz baixa e com os olhos rasos de água.

Harry foi em frente e abriu a porta, também emocionado.
O quarto era muito bonito. Era gigante e muito parecido com o dormitório dos Gryffindor. Tinha uma graande janela o que possibilitava uma visualização de todo o terreno de Hogwarts. Tinha também uma secretária entre duas estantes cheias de livros de todos os tipos. Logicamente, tinha uma cama também muito grande, a colcha era vermelha e tinha um leão dourado mesmo ao centro. Havia uma mesinha de cabeçeira e uma comoda douradas. Tinha também uma lareira, um sofá e duas poltronas. Havia mais duas portas. Uma de um lado do quarto e outra oposta à de entrada. Harry calculava que uma delas fosse uma casa-de-banho privada.


-Queres vir viver comigo? - perguntou Albus, ansioso, caminhando até ao filho que ainda estava imóvel de costas para ele.

Harry virou-se pasmado e abraçou o pai fortemente enquanto deixava uma lágrima de felicidade cair. O diretor correspondeu ainda esperando pacientemente a resposta:


-Quero.


-Queres? - perguntou o velho feiticeiro parecendo surpreendido, afrouxando o abraço para que pudesse olhar para o moreno


-Claro! Quando posso vir para aqui? - perguntou o rapaz-que-sobreviveu entusiasmado.


-Agora! - respondeu Dumbledore abraçando mais uma vez o filho - Posso ir buscar as tuas coisas à torre dos Gryffindor, se quiseres. 


-Não é preciso. - respondeu Harry divertido com o entusiasmo do pai - Passo lá depois do almoço.


-Está bem. Desculpa o meu estado é só que estou mesmo muito feliz que tenhas aceite o meu convite. - desculpou-se Albus.


-É, eu já tinha percebido. - afirmou Harry.


-Queres ver o resto da casa? - perguntou Albus.


-Claro! - exclamou o moreno.

Dumbledore explicou a Harry que a outra porta, que ele não sabia para que servia, ia dar diretamente ao seu próprio quarto. Conduziu o filho até ao corredor e mostrou-lhe onde iam dar aonde iam dar as outras portas. Havia outro quarto, uma biblioteca que era do mesmo tamanho que a de Hogwarts e uma sala de jantar. O diretor mostrou também ao rapaz o seu quarto que também tinha as cores dos Gryffindor.


-Só falta uma porta. - informou o velho feiticeiro dirigindo o rapaz-que-sobreviveu até ela.
A porta era de madeira preta e tinha várias gravuras. Antes de entrarem Albus explicou para que servia aquela porta:
 

-Estive a pensar nos teus treinos e decidi que seria melhor serem aqui do que na Sala das Necessidades pois há muita gente que conhece aquela sala. Então criei este quarto que é exatamente igual à Sala das Necessidades. Assim até é mais fácil pois corremos menos riscos do Aberforth e do Bull serem vistos quando vierem para te ajudar.


-Aberforth. - sussurrou Harry. Aquele nome despertou novamente a pergunta que ele já tinha esquecido. Já tinha adiado por muito. - Posso fazer-lhe uma pergunta um pouco... pessoal?


-Claro. - concordou Dumbledore curioso. - Qual é?


-O que é que se passou entre si e o Ab?

Albus arqueou as sobrancelhas.


-Não precisa de me contar. É só porque reparei que ele estava zangado consigo quando o fomos interrogar ao Cabeça de Javali e no outro dia ao almoço ele disse que "poderia ter mais sobrinhos se alguém não  tivesse privado disso" dirigindo-se a si. - lembrou Harry. 

Albus conduziu Harry novamente ao seu quarto e sentou-se no sofá pedindo ao filho que fizesse o mesmo.
Estando os dois confortáveis, o diretor começou a contar sobre a sua infância. Sobre Grindelwald, sobre Ariana e sobre a sua sede de poder.  Quando acabou estava a chorar. Relembrar tudo aquilo era sempre horrível. 


-A culpa não foi sua. - veio a voz suave de Harry ao seu lado e os braços do filho ao seu redor.


-Como é que sabes? - perguntou Dumbledore.


-Sei. Sei que não mataria ninguém se não fosse mesmo necessário. Sei que não foi você que matou a sua irmã mesmo que inconscientemente ou involuntariamente. - garantiu o rapaz apertando o abraço.

******************************************
OI! 
Aqui está o capitulo! Espero que gostem. Eu não relatei a história do Albus porque acho que a conhecem. Deusa eu respondi ao teu cmentário com outro no capitulo anterior. Apreciem a fic e o capitulo e por favor por favor por favor por favor(...) COMENTEM!
Obrigado a todos/as os/as leitores/as e obrigado especialmente a Ana Marisa e Deusa Potter que até agora têm sido as únicas a comentar alguns dos meus capitulos.
Bjs e abraços


H.D.

Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.