A Destruição do Penúltimo Horc
Harry, após o jantar nas cozinhas, chegou tarde à Sala Comum dos Gryffindor e já todos estavam deitados e provavelmente a dormir. O rapaz-que-sobreviveu subiu para os dormitórios com um sorriso nos lábios e, esquecendo-se de o tirar, foi assim que adormeceu.
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Quarta-feira amanheceu. Harry lembrando-se do que tinha acontecido no dia anterior sentiu-se mais feliz do que nunca. Naquele momento ele tinha quase tudo o que sempre desejara. Ele tinha uma família perfeita, amigos magníficos e uma namorada linda. Só faltava uma coisa para ele se sentir realmente feliz: paz. "Espero que a consiga ter em breve". - pensou o moreno. Levantou-se logo e foi tomar um banho refrescante para ficar bem acordado. Não se podia dar ao risco de adormecer pois já tinha faltado às aulas no dia anterior.
Depois do banho vestiu-se e saiu para o café da manhã. No caminho encontrou-se com Justin Finch-Fletchley e com Ernie McMillan, dois Hufflepuffs que participavam no Exército de Dumbledore e bons amigos de Harry. O rapaz seguiu com eles até ao Salão Principal e sentou-se na mesa dos Hufflepuffs. Mais tarde Luna Lovegood e Cho Chang vieram juntar-se a eles.
-Novidades sobre ontem? - perguntou Harry aos quatro amigos pois tinham sido eles a fazer os turnos com mais alguns Gryffindors.
-Nada. - responderam os quatro juntos.
-É muito estranho. Eles andam a rondar Hogsmeade mas não fazem ataques. - comentou Ernie em voz baixa.
-Eu sei mas mesmo assim temos de estar preparados. Eles podem não estar a atacar porque o querem fazer em grande. - sugeriu Cho também num murmúrio.
-Estamos preparados. O Hagrid e O Growp estão alertas e a vigiar os portões e também a Floresta Proibída. Nós, o ED, estamos a rondar os corredores e todas as passagens que dão para Hogsmeade e até para Diagon-All. Os professores também fortaleceram as defesas da escola e Tonks chamou aurors. Eles estão posicionados em Hogsmeade, discretamente claro, para que os Devoradores não pensem que estamos a desconfiar. - explicou Harry - Bom, eu tenho que ir avisar os professores das novidades, apesar de não serem nenhumas e vou também saber se aconteceu mais alguma coisa em Hogsmeade. Depois falamos.
Harry foi até à mesa dos professores e aceitou o sumo de abóbora que Tonks lhe estendia.
-Obrigado. - agradeceu Harry deixando-se cair numa cadeira ao lado de Albus que ainda não tinha sido ocupada pelo professor de poções.
-Que se passa? Pareces desanimado. - constatou Minerva sentada do outro lado do filho.
-Todos os alunos que rondam a escola e as passagens dizem que não se passa nada. - informou o moreno - Há novidades de Hogsmeade? - perguntou Harry olhando por trás do pai para Tonks.
-Não, absolutamente nada. Isto não é nada bom. - preocupou-se a metamorfomaga.
-Também acho. - concordou o rapaz-que-sobreviveu - Mudando de assunto, acho que descobri uma maneira de destruir o horcrux que há no Chapéu Selecionador sem destruir o chapéu.
-A sério? - perguntou Minerva espantada mas também um pouco envergonhada depois de se lembrar do que tinha acontecido no dia anterior e de como ela havia sido parva para com Harry.
-Sim. - continuou o moreno sorrindo para a professora de Transfiguração como se disse-se que já tinha esquecido o acontecido.
-E como é? - perguntou Lupin.
-Da mesma maneira que o medalhão foi destruído. - respondeu Harry - Com o líquido que o Snape produziu.
-Sabes, até seria uma ideia muito boa. Mas onde é que tu pensas que vamos arranjar aquela poção? Com certeza não achas que vamos marcar uma reunião com aquele verme paralhe pedir amavelmente que nos empreste a poção que quase matou o teu pai. - lembrou Reamus irritado.
-Calma Moony. - pediu o rapaz - Uma coisa de cada vez. E não, podes ter a certeza que não pertendo pedir quaisquer favores àquele... traidor. - finalizou ele cerrando os dentes com a última palavra. Não era, de todo, aquela palavra que ele queria dizer mas, como estava perante os pais, que eram o diretor e a sub-diretora, ele conteu-se. Os outros quatro pareceram saber exatamente o que o jovem queria chamar ao ex-professor de poções pois Tonks e Lupin abafaram uma gargalhada e Dumbledore e McGonagall deram-lhe um breve olhar de cautela. (N/A: O que será que Harry lhe queria chamar? Deixo isso para a vossa imaginação mas não me importo nada que compartilhem comigo nos comentários ahah. Desculpem. Voltando à história...)
-Então diz lá como é que pensas conseguir a poção. - continuou Albus com curiosidade, assim como os outros.
-Vamos ao armazenamento de poções do Snape. Acho que apesar de ele não querer ter nada a ver com aquilo, e por isso ele não assinou aquele bilhete, ele deve ter guardado um pouco da poção para que se desse mesmo resultado ele pudesse ficar com uma parte dos louros e talvez até pensasse que conseguiria absolvição dos crimes que cometeu a mando do mestre. - explicou Harry baixinho.
-Isso é brilhante. Mas vindo de ti não esperava nada diferente. - comentou o diretor olhando com orgulho para o filho.
-Eu... obrigado. - agradeceu Harry baixando os olhos e com as bochechas a queimar perante o elogio recebido.
-Então, à tarde depois das aulas vamos procurar a poção? - sugeriu o lobisomem.
-Sim, eu não posso mesmo faltar a mais aulas nenhumas. - concordou o moreno.
-Por falar em aulas, tenho de ir andando. Vou dar aulas agora uns sexto-ano. Gryffindors e Slytherins finalmente estão a começar a deixar-se de briguinhas parvas. - constatou Minerva sorrindo agradecida.
-Foi por o Malfoy se ter ido embora de certeza. - opinou Lupin - Bom, eu também tenho de ir.
-E eu também. - disse Harry olhando para o relógio que usava no seu pulso.
-Boas aulas. - desejou Albus ao filho.
-Obrigado. - agradeceu Harry abraçando o velho feiticeiro e indo ter com os amigos para irem juntos para as aulas.
-Para ti também Minerva. - disse o diretor dirigindo-se à namorada. Esta também agradeceu e discretamente deu um beijo na bochecha do homem.
-Hum hum. - tossiu Lupin.
-E para ti Reamus. - desejou Dumbledore mais uma vez rindo.
-Obrigado. - agradeceu Moony sorrindo e saindo com Minerva.
-Parece que ficámos só nós. - constatou Albus para Tonks. - Que me dizes de um chá? - perguntou ele oferecendo o braço à metamorfomaga. Ela aceitou-o e respondeu sorrindo - Parece-me uma ótima ideia.
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O dia passou rapidamente. As aulas decorreram normalmente e depressa acabaram. A última aula de Harry foi Defesa Contra as Artes das Trevas (DCAT). Albus, Minerva e Tonks vieram ter com ele e com Reamus à sala para depois irem para os aposentos do diretor onde Harry chamou Aberforth e Bull pelo espelho de duas faces. O moreno, ao lembrar-se de Aberforth lembrou-se também que queria falar com o pai e tomou nota mentalmente para falar com ele à noite. Assim que os amigos chegaram, os cumprimentos foram feitos e eles seguiram para as masmorras. Entraram na despensa onde se guardavam as poções e tal não foi o espanto quando com um simples "Accio poção destruidora" do rapaz-que-sobreviveu uma poção verde veio rapidamente até à mão dele.
-Ele não pôs feitiços protetores? Estranho. - comentou o rapaz.
-Ele deve ter posto, mas acho que a tua magia é mais forte que eles. O que me lembra que temos que começar com os treinos. - lembrou-se de repente Dumbledore.
-Bem, então do que estamos à espera? - inquiriu Bull
-Vamos. - concordou Aberforth.
Chegados à sala do diretor, Harry adiantou-se e retirou o Chapéu Selecionador da prateleira colocando-o em cima da secretária do diretor. Harry pegou na poção mas antes que pudesse sequer tirar a rolha de cortiça do tubo de ensaio, Minerva caminhou até ele e pegou na poção.
-Só para te mostrar que nenhum objeto é mais importante que tu. - explicou a professora de Transfiguração perante o olhar questionador do rapaz.
Harry, emocionado, afastou-se, unindo-se aos outros.
Minerva destapou a poção e despejou-a para o velho chapéu. Despejou-a para 1000 anos de tradição, sorrindo, sem se importar se o chapéu em si seria destruído ou não.
Quando a poção tinha sido toda despejada, os outros observaram, com enorme satisfação, um fumo preto em forma de caveira a sair do chapéu, isso queria dizer que o horcrux tinha sido destruído. A alegria parou imediatamente quando Harry caiu de joelhos com a cabeça pendida para a frente e com as mãos a apertar firmemente os joelhos.
-Harry! - murmurou Albus deixando-se cair ao lado do filho. Minerva fez a mesma coisa e seguidamente os outros também se baixaram e amontoaram-se à sua volta.
Harry respirava fracamente. A cicatriz parecia que estava prestes a abrir-se e ele não conseguia abrir os olhos sem que lhe parecesse que o chão estava a girar. O moreno usou a sua habilidade de Occlumens natural pois ele já sabia que se não o fizesse iria fazer uma pequena visita à mente de Tom Riddle. Ao tentar proteger-se gastou toda a energia que lhe restava e, sem conseguir evitar, desmaiou. Só não caiu no chão porque Aberforth o segurou antes disso acontecer. Albus pegou no rapaz e saiu em direção à enfermaria, seguido de perto pelos outros. Chegado lá, deixou Harry na parte reservada da enfermaria e entrou a correr nos aposentos de Madame Pompfry.
-Albus! - exclamou ela surpreendíssima. - Mas que raio...?!
-Poppy...Harry...! - tentou explicar-se o diretor sem fôlego.
No entanto não foi preciso dizer mais nada para que ela fosse a correr para onde os outros estavam. Entrou no pequeno quarto e logo começou a trabalhar.
-Alguém me explique o que aconteceu. - pediu a curandeira enquanto administrava poções ao rapaz e lhe lançava vários feitiços não-verbais.
Bull começou a explicar o que tinha acontecido. Relatou tudo em cerca de 5 minutos.
Poppy apontou a varinha para a porta e lançou-lhe um feitiço silenciador. Em seguida começou a falar:
-Eu acho que ele se sentiu fraco por o horcrux ter sido destruído. Não sei porque foi exatamente com este horcrux mas sem duvida que esse é o motivo da sua fraqueza. Ele não teria desmaiado mas acho que o Harry percebeu que se ele se sentiu assim então Quem-Nós-Sabemos também se deveria sentir. Como não queria entrar na mente dele usou Occlumência e gastou o resto da energia que tinha, desmaiando.
-Quando é que ele acorda? - perguntou Albus sem tirar os olhos do rosto de Harry.
-Bem, uma vez que o esgotamento mágico, neste caso, não foi muito mau, diria amanhã. - respondeu Poppy.
-Posso passar a noite com ele? - perguntou Albus.
-Bem... está bem. - concordou a senhora mas vendo que os outros iam fazer a mesma pergunta acrescentou para eles - Mas só porque é o diretor.
-Ok. - cedeu Lupin contrariado - Vamos jantar às cozinhas?
-Sim. - murmuraram todos.
-Não vens, Albus? - perguntou Minerva ao ouvido do namorado.
-Não, eu quero ficar com ele. - respondeu Albus beijando-a.
-Está bem. - concordou McGonagall suspirando. Aproximou-se do filho e deu-lhe um beijo na testa. Para depois se voltar novamente para o velho feiticeiro.
-Boa noite. - deselhou-lhe.
-Boa noite. - retribuiu Dumbledore.
Os outros murmuraram também despedidas e saíram.
Albus passou a noite inteira com Harry e sempre a olhar para ele, sem fechar os olhos por mais de 5 segundos.
-Quando é que tu páras de me pregar sustos assim, filho? - sussurrou o diretor ao ouvido do moreno.
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OI! Lamento não ter postado antes mas estive em Madrid e o pc não cabia na mala. Vou postar menos pois agora tenho testes mas vou continuar a tentar postar um cap. por semana. Bom, -1 horcrux. Só falta um agora.
Deusa, quanto à tua dúvida acerca do cap. anterior. Aquele tal livro era digamos um diário do próprio Dumbledore em que este contava a sua vida. Contudo, Harry só leu aquela pagina de tao admirado que estava. O diretor enfeitiçou-o e colocou-o na ala reservada mas como Harry era seu filho conseguiu passar pelos encantamentos e é isso. Estou a pensar fazer uma short fic só para mostrar o que dizia essa página de diário.
Bom, comentem e divirtam-se a ler a minha fic.
H.D.
Comentários (2)
Deusa, antes de mais obrigado pelo comentário. Honestamente eu não sei se farei do Harry um horcrux. Tenho de pensar muito bem no que isso mudaria a história que eu já tinha construído na minha cabeça. Já que já tenho uma aprovação então vou fazer mesmo a tal short fic mas em principio só quando acabar esta fic. Mais uma vez obrigadoBjH.D.
2012-11-12Menos 1!!! Mas tadinho do Harry... a razão disso seria o fato do proprio ser uma horcrux? Se vc usar essa parte da historia vai ser um choque imenso para essa familia...Obrigada por responder minha duvida e eu acho que seria muito legal se você fizesse mesmo uma short fic sobre esse diario.
2012-11-12