Uma Varinha Mágica Lendária



Episódio 11
Uma Varinha Mágica Lendária


 


     Entraram na lojinha de varinhas do Senhor Olivaras. Hagrid agachou-se e passou pela porta, mas Snorlax era largo demais e teve que ser colocado de volta na pokébola.


     Um sininho tocou quando entraram e logo surgiu o fabricante e vendedor de varinhas por entre as prateleiras que ficavam atrás do balcão da loja. Um Wobbuffet estava em cima de uma escada, remexendo entre caixinhas sobre uma alta prateleira, que pareciam caixas de sapato. Harry olhou do velhinho para o pokémon.


    - Estávamos mesmo, eu e meu pokémon, nos perguntando quando seria a sua visita, senhor Potter. –disse o velhinho. –Ah, eu sei o que você está pensando, o Wobbuffet não precisaria estar ali em cima da escada procurando o que ele quer, poderia simplesmente usar os seus poderes psíquicos para ver o que está dentro das caixas. Mas ele é tão velho quanto eu e de tanto trabalhar nessa loja perdeu o jeito de ser pokémon, deve até pensar que é um humano, como nós. –O velhinho parecia achar graça na situação.


     Harry perguntou-se, pela primeira vez, por quantos anos um pokémon poderia viver. Será que os pokémons dos bruxos viviam mais? Será que somente os pokémons dos bruxos esperariam 11 anos em um ovo para nascer?


     - Seus olhos são como os olhos da sua mãe. Alguém já lhe disse isso? –O velhinho sorriu para Harry.


      - Puxa vida, Harry, Olivaras tem razão. –Disse Hagrid, animado. – Você é parecidíssimo com o seu pai, mas os olhos são os da sua mãe.


      Harry sentiu-se feliz de ouvir aquilo.


     - Uma varinha. Sim, uma varinha para Harry Potter, o menino que sobreviveu. O que temos aqui? –Perguntou-se o senhor, vasculhando as prateleiras. –Sabe, Harry, seus pais um dia me procuraram para obter suas primeiras varinhas. O núcleo da varinha de sua mãe era feito de pelos de Clefefairy. Ah, me lembro que naquele dia ela estava acompanhada por seu pokémon, um meigo Cleffa. Quando bati os olhos no pokémon, tive uma intuição e fui direto naquela varinha! Oras, que coincidência! A varinha que a escolheu tinha a essência do seu próprio pokémon...


      Parecia que o senhor Olivaras falava mais para ele próprio do que para Harry. De fato, Harry não entendia bem o que ele estava falando.


      - Hagrid, as varinhas são feitas de pelos de pokémons? –perguntou Harry, curioso.


     - E também de penas. Na verdade, o núcleo da minha varinha, quando eu tive uma, era de folhas da galhada de um Sawsbuck de verão.


     Harry ficou impressionado. No instante seguinte caiu a ficha de que descobriu uma coisa nova sobre sua mãe: Ela teve um Cleffa. Será que as duas estiveram sempre juntas em Hogwarts? E depois? Será que havia evoluído? Harry sentiu-se triste novamente por não poder ter conhecido sua mãe e seu pokémon.


     - Aqui está. –disse Olivaras. –Uma varinha para você testar. Talvez você seja igual sua mãe, essa varinha é feita de pena de Hoothoot.


     - Hooooo!!! –protestou a corujinha do ombro de Harry, com um olhar reprovador. Não gostou nada daquela idéia de usarem penas de Hoothoot para fazerem varinhas. Olhou para o velhinho com um olhar que dizia: “Eu te desafio a tentar roubar minhas penas para fabricar varinhas!”.


     Harry olhou para o pokémon, sorrindo, e como se pudesse ler o seu olhar, disse:


     - Ninguém vai te despenar para fazer varinhas, Hoothoot.


      - Pegue a varinha e aponte para aquele vaso ali no canto da loja. –orientou Olivaras.


      Foi o que fez. Entretanto, Harry mal havia movimentado e um estranho vento gelado entrou na loja, ainda que não tivesse janela alguma aberta. O vento apagou todos os archotes, deixando-os no escuro.


     Wobbuffet suspirou e em seguida lentamente arrastou a escada de archote em archote, acendendo com algum equipamento mágico nas mãos que fazia fogo.


      - Hum! Isso não é um bom sinal. –Disse Olivaras, tomando de volta a varinha – Não, essa varinha não.


      Hoothoot pareceu satisfeita.


      - Bom, talvez você seja igual foi o seu pai... Testou quase todas as varinhas da loja até encontrar a que lhe servia: pena de Xatu.


     Harry testou mesmo diversas varinhas, como seu pai. Bigodes de Raticate. Pelo da cauda de um Ninetales. Pólem de Vileplume. Cipó de Bulbassaur. Escamas de Feebas. Até mesmo cera derretida de Litwick. Em todas elas, acontecia algo que Olivaras chamava de um mau sinal.


     O velho Wobbuffet era quem mais sofria com aquilo. Um vaso quebrado pra ele juntar os cacos. Caixinhas derrubadas das estantes, para ele recolocar no lugar. Os archotes apagados outra vez. E lá ia ele outra vez arrastando a escada.


     Até que o próprio Wobbuffet tomou uma atitude. Foi até uma estante e voltou com uma caixinha. Quando Olivaras a abriu, fez uma cara de espanto.


     - Puxa vida, Wobbuffet, eu já devo estar gagá! Como não pensei nisso antes? É trágico mas... Por que não? Talvez seja o destino!


     Olivaras estava começando a assustar Harry.


     - Harry, você já ouviu falar dos pokémons lendários?


     - Oras, Olivaras, é claro que o menino ouviu falar dos lendários! Pokémons raros, extremamente poderosos, cuja origem e paradeiros são incertos e rodeados por lendas... –Disse Hagrid, sorridente.


      - Já ouvi alguma coisa... –respondeu Harry, imaginando que rumo tomaria aquela conversa.


       - Mas você já viu algum? E você Hagrid?


       Harry negou com a cabeça e dessa vez Hagrid não riu, mas pareceu desconcertado:


       - Bem eu... Certa vez na floresta eu ouvi um rugido... Poderia ter sido mais um Ursaring, mas na verdade eu senti que era um Suicune, sabe, eu fique todo arrepiado e tudo mais...


      - Bem – disse Olivaras –Certa vez, em um amanhecer, eu abri a janela e vi que o céu estava diferente. Era o amanhecer mais lindo que eu já tinha visto. Tinha o vermelho, o amarelo, o alaranjado... No horizonte, onde a noite ainda partia, havia o anil, o verde e o púrpura. Eu fiquei tão emocionado! E então, de repente, eu entendi o porque. O pokémon lendário, dono do arco-íris Ho-oh cruzou os céus, passando bem por cima da minha casa.


       - Uau! –disse Harry, sem palavras.


      - Pois bem! Ele deixou cair, bem no meu quintal, duas penas. As penas mais lindas que eu vi em toda a vida. Eu juro, tinha todas as cores nelas. Aquilo sim eram penas!


       Hoothoot piou ofendida e decidiu que não gostava mesmo do velho vendedor de varinhas. Virou o rostinho, recusando-se olhar uma vez mais para a cara daquele que ela considerava um patife.


     - Então eu fabriquei duas varinhas, pois eu entendi que o Ho-oh tinha deixado elas para que eu assim fizesse. Sabe, raras vezes aparece na história do mundo bruxo varinhas que foram feitas com, em seu núcleo, a essência de um pokémon lendário. Mas as varinhas não pertenciam a mim. Pertenceriam a quem elas escolhessem. Um dia, um menino entrou na loja e levou a primeira varinha.


      - Quem foi esse menino? Deve ter sido alguém especial... –disse Harry animado com a história. Mas então ele viu que o olhar de Olivaras era gelado e triste. –Espera... Quem era esse menino?


       - Esse menino, Harry, cresceu, e com aquela varinha ele deixou essa cicatriz na sua testa.


       Então Harry compreendeu. Ficou assombrado.


      - Voldemort! –declarou ele.


      - Valha-me Deus, Harry! –protestou Hagrid. –Não fale o nome dele!


       - Pegue, garoto. Talvez seja o destino. Talvez você esteja destinado a possuí-la! Talvez ela seja a gêmea boa. –E sorriu, estendendo a varinha para Harry.


      Harry ficou assombrado com a situação. Será que seria aquela a sua varinha? Mas o que significaria aquilo?


        Bastou Harry pegar a varinha para que algo extremamente mágico acontecesse na loja.


       Um perfume suave invadiu o local, e luzes coloridas irradiaram da varinha iluminando tudo. Harry foi invadido por uma sensação de alegria e paz. Aquilo só poderia ser um bom sinal.


     Depois de tudo Harry percebeu que Olivaras sorria alegremente, mas não para ele, e sim para hoothoot.


     Harry tomou a corujinha nas mãos e então ele teve uma agradável surpresa: sua cor havia mudado. Ela não era mais um hoothoot comum, mas sim um hoothoot shiny. Suas penas marrons se tornaram de um amarelo escuro, parecia ouro.


     - Ah, o poder do Ho-oh! Eu nunca havia visto uma coisa dessas acontecer antes! Um pokémon comum se tornar shiny! Mas se apenas uma pena deste pokémon pode fazer isso, o que ele mesmo não pode fazer? –falou Olivaras, emocionado.

   E Harry mais uma vez abraçou forte sua corujinha, sentindo que agora ela era ainda mais especial, enquanto a pobrezinha piava em protesto.


   


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Comentários (1)

  • Ash Potter

    Apesar de as varinhas mágicas não serem feitas das criaturas mágicas da J.K. como nos livros, essas criaturas existem. Centauros, hipogrifos, dementadores, veelas, lobisomens, todos existem... Alguns fabricantes de varinhas fabricam varinhas tradicionais, depelo de unicordio e fenix... mas nosso Olivaras aqui prefere fazer varinhas de pokémons UHAUHSUAH... vou tentar nao deixar a história confusa, uma vez que existem pokemons e criaturas magicas... abraços.

    2012-08-09
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