Surpresa Pokémon no Gringotes
Episódio 8
Surpresa Pokémon no Gringotes
Harry, Hagrid e o grande Snorlax andavam pela rua mais incrível que o menino vira em toda a sua vida. Era a rua principal do Beco Diagonal.
A rua tinha tudo que um bruxo poderia precisar. Loja de vestes com longas capas e chapéus, de varinhas mágicas, loja de vassouras voadoras e também de artefatos mágicos. Havia ainda lojas e carrinhos de doces encantados que, segundo Hagrid, eram infinitamente melhor que qualquer doce de trouxa.
Harry viu muitos bruxos. Velhos, novos, altos, baixos... e muitos andavam com seus pokémons. Entretanto, ninguém andava com um pokémon tão grande quanto Snorlax.
- O pobrezinho também tem direito de esticar as pernas, não é seu grandalhão? –disse Hagrid, animado, após tirar o pokémon de uma pokébola que Harry percebeu que não era comum: tratava-se de uma Heavy Ball, ou pokébola peso, que servia para pokémons pesados.
Naquela manhã Harry viu Snorlax com outros olhos. Nem parecia mais aquele pokémon de ar feroz que tentou comer Duda. Quando passaram ao lado de uma pequena bruxa que tinha aparentemente seis anos e chorava porque seu sorvete tinha caído no chão, o grandalhão pegou o caminhãozinho de sorvete com uma mão só e ofereceu a ela.
O vendedor ficou desesperado, mas a menina achou graça e começou a rir. Hagrid fez Snorlax colocar o caminhão de sorvete no chão novamente, e comprou um novo para e menina, e também um para Harry e um para Snorlax, que jogou direto para o fundo da garganta.
O sorvete era mágico, dizia o vendedor. Nem no deserto mais quente aquele sorvete derreteria e lhe escorreria pelos dedos das mãos, como faziam os sorvetes dos trouxas. E Harry pudera confirmar que aquilo era verdade. Poderia demorar o tempo que fosse, o sorvete nunca derretia.
Volta e meia alguém o reconhecia por sua cicatriz. Faziam reverências, louvores, e alguns fugiam espantados, murmurando pragas. Harry lembrou-se da velha bruxa do dia anterior e sentiu um calafrio.
Haviam chegado ao beco através de uma porta no fundo do bar. A porta dava para um muro, mas quando Hagrid tocara alguns tijolinhos específicos, todos puseram a saltar para o lado dando passagem para a rua dos bruxos.
- Aqui estamos Harry –disse Hagrid depois de percorrerem quase a rua toda - nossa primeira parada. Gringotes, o banco dos bruxos!
Era um edifício branco, com portas douradas, que se erguia sobre as lojinhas do beco.
Ao entrarem, Harry ficou maravilhado ao ver os pequeninos trabalhadores do local: Duendes.
- Uau! –disse Harry. –É incrível!
Os duendes ergueram levemente os olhos das pilhas de papéis que examinavam. Alguns curiosos com Harry, outros mais preocupados com o Snorlax grandalhão.
E circulando pelo local havia pokémons que Harry nunca tinha visto pessoalmente. Um pequenino Axew equilibrava uma pilha de papel três vezes maior que ele. Um Gible parecia muito concentrado contando moedas e um Bagon escrevia furiosamente alguma coisa que um Duende ditava para ele.
É que todos esses pokémons são dragões, e pelo menos entre só trouxas eles são muito raros.
- Hagrid eu nunca tinha visto um único pokémon dragão na vida! –comentou Harry, boquiaberto.
- Entre os bruxos eles também são muito raros, Harry, mas os duendes do Gringotes têm dragões aos montes! Dizem que enormes pokémons dragões guardam os cofres do Gringotes, além dos diversos encantamentos e armadilhas. Só um louco tentaria roubar esse lugar! –Explicou Hagrid. –Ah, mas pokémons dragões me fascinam! Eu te garanto que se houvesse um em qualquer canto da floresta de Hogwarts, eu já teria pego! Não sei onde se escondem essas criaturinhas!
Caminharam ao longo do grande salão até o duende que ditava para o Bagon.
- Viemos visitar o cofre do Sr. Harry Potter. –Anunciou Hagrid.
Hagrid já havia dito a Harry que seus pais haviam lhe deixado uma certa quantia de ouro, o suficiente para ele até que terminasse Hogwarts, se o men ino fosse moderado.
- O senhor tem a chave? –perguntou o Duende, erguendo uma sobrancelha.
- Em algum lugar... –respondeu Hagrid. E atrapalhadamente começou a procurar a chave nos bolsos do casado até encontrar. –Eu também devo te entregar essa carta, é do professor Dumbledore. É sobre você-sabe-o-que, que está no cofre setecentos e treze.
O duende recebeu a carta e a chave, acenando com a cabeça. Harry achou muito misterioso aquele assunto do cofre setecentos e treze.
Em seguida chamou um outro duende chamado Grampo, que lhes levaria até o cofre.
Para seguir pela passagem por onde se achavam os cofres, Hagrid precisou colocar Snorlax na pokébola.
Caminhavam por corredores escuros, e estreitos, que por vezes eram cruzados por trilhos. Grampo andava ao lado de seu pokémon, um Charmander. O pequeno Charmander segurava o próprio rabinho diante de si próprio como se fosse um archote para iluminar o caminho.
Harry sabia que Charmander não era um dragão como muitos pensavam, mas de qualquer forma não era um pokémon comum.
Por fim embarcaram em um vagonete que disparou a descer pelos trilhos. Harry percebeu que eles estavam no subterrâneo.
Depois de descerem por alguns minutos, o vagonete parou e eles desceram.
Com Grampo e Charmander os guiando chegaram diante de uma maciça porta de um cofre. O duende abriu e aguardou do lado de fora enquanto Harry e Hagrid entraram.
- Uau! –disse Harry, ao ver as pilhas de moedas de ouro, prata e bronze.
- É tudo seu, Harry. –disse-lhe Hagrid. –Vamos pegar o suficiente para você comprar os materiais, e um pouco a mais para você comprar o que quiser.
Harry coletava algumas moedas quando viu uma discreta bolsa de couro entre algumas moedas de prata. Ela parecia ter algo volumoso dentro, e Harry com curiosidade a pegou e a abriu.
Quase caiu para trás quando viu: era um ovo de pokémon!
- Olha só o que você achou – disse Hagrid, emocionado. –Mal posso acreditar! Bem me lembro, quando você nasceu seu pai dissera que você seria um grande bruxo e que precisaria de um pokémon especial. Então ele passou muitos dias a procura do que seria um pokémon especial para você. Agora eu vejo que ele tinha conseguido encontrá-lo.
Os olhos de Harry estavam cheios de lágrimas.
Harry sabia que um ovo de pokémon era algo especial. Algo que precisava ser cuidado com carinho e proteção, afagado às vezes, guardado com coração até que nascesse. Por isso aquele ovo permaneceu todos aqueles anos no cofre do Gringotes e não havia chocado, pois não havia quem cuidasse dele.
Harry não sabia que pokémon era, mas também não se importava. Era o pokémon que o pai havia escolhido para ele. Esse seria para sempre o pokémon mais especial de Harry e o menino abraçou o ovo como se abrassasse um velho amigo enquanto lágrimas escorriam pelo seu rosto.
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