O Misterioso Slowking
Episódio 7
O Misterioso Slowking
No meio da madrugada, Harry entrou com Hagrid no que o gigante havia dito que seria O Caldeirão Furado.
Haviam deixado o rochedo voando numa incrível motocicleta voadora.
Enquanto voavam, Hagrid lhe contava que, se tivesse terminado a escola, poderia aparatar, que é desaparecer de um lugar e aparecer em outro, o que seria muito mais prático por causa daquela tempestade.
Então Harry lhe perguntou porque ele não havia terminado a escola mas Hagrid dissera que a resposta para a pergunta era muito complexa e que Harry tinha muitas outras coisas para se preocupar de saber no momento. Então Hagrid lhe contou que no mundo bruxo havia um banco, chamado Gringotes. Que havia um Ministério da Magia. Que havia uma prisão, chamada Azkaban. E contara-lhe muitas outras coisas.
Por fim, Hagrid lhe contara do seu destino, o Caldeirão Furado.
- Um bar de bruxos em Londres? Mas como fazem para manter os... os trouxas longe? –Perguntou Harry, ainda estranhando o uso do termo “trouxas”.
- Usamos um feitiço anti-trouxas. Todos os trouxas quando passam em frente ao bar enxergam um barzinho mixuruca caindo os pedaços e desejam estar longe dali o quanto antes.
- Incrível! –Respondeu Harry.
- Mas eu te garanto, não conheço lugar melhor para tomar uma boa cerveja amanteigada. Ah, esta é uma bebida muito popular entre os bruxos! Além do mais, o bar é uma passagem para o beco diagonal, o lugar onde encontraremos tudo o que você precisa. O Caldeirão também é uma hospedaria, então podemos passar a noite o resto da noite, afinal você deve estar muito cansado.
Mas Harry não sentia cansaço. Sua cabeça estava à mil. Ele havia sido salvo dos Dursley e, mais do que isso, descobrira que era um bruxo e estava indo para uma escola de magia! E então ele lembrou de fazer uma pergunta que era crucial:
- E eu poderei ter pokémons?
- Mas é claro, Harry! Uma coisa trouxas e bruxos têm em comum: todos amam os pokémons! –disse Hagrid, sorrindo-lhe. E parou – É aqui, o Caldeirão Furado!
O Caldeirão Furado era escuro e de aparência miserável, e haviam alguns bruxos sentados por ali, com grandes canecos nas mãos.
Harry observou, encantado, um caneco voando do balcão do atendente até um bruxo numa mesa afastada, nas penumbras. O atendente empunhava uma varinha mágica. Harry perguntou-se se ele teria uma também.
Por entre as mesas, um Lickitung limpava e também servia.
Ninguém olhou pra eles quando entraram.
- O de sempre, Hagrid? –perguntou o atendente.
- Hoje não, Tom. Hoje estou a serviço de Hogwarts.
Tom olhou de Hagrid para Harry e o menino viu quando o homem demorou-se por um momento em sua cicatriz.
- Mas eu não acredito! É Harry Potter!
E nesse momento Harry teve atenção de todos. Alguns se levantaram de seus lugares para vê-lo de perto e o saudavam com palavras como: “Não acredito que pude conhecê-lo”, e “O menino que sobreviveu, que grande prazer Sr. Potter”.
Então, um rapaz pálido, com um turbante na cabeça, se aproximou, seguido de perto por seu pokémon, um Slowking. O rapaz o olhava com um solene temor e fez uma reverência. O Slowking tinha um estranho sorriso no rosto ao olhar para Harry, mas nada fez além de fitá-lo penetrantemente.
- Ora, vejam só –disse Hagrid –Se não é o professor Quirrell! Harry, este será o seu professor em Hogwarts de Defesa Contra as Artes das Trevas. É o primeiro ano que irá ministrar a disciplina.
- É um p-p-prazer, Senhor Potter! –gaguejou o professor.
- Prazer em conhecê-lo, Senhor. –respondeu Harry.
- Vo-você vai vi-vi-sitar o beco di-diagonal, certo? Comprar to-todas as coisas? Deve ter esperado mu-muito por esse dia!
- Na verdade não, senhor. Até este dia eu não sabia nada sobre ser um bruxo.
O queixo de todos caiu.
- Ah, mas Harry com certeza recuperará o tempo perdido, não é Harry? –falou Hagrid, animado.
Então, das sombras surgiu uma voz. A voz era gelada e causou calafrios.
- Então é o menino que derrotou o Lorde das Trevas... Eu não quero estar na sua pele quando o mestre voltar, não mesmo...
O coração de Harry disparou de susto. Havia mesmo bruxos que aguardavam pelo retorno do terrível bruxo que assassinara seus pais.
- Ora, cale-se sua bruxa insolente! –respondeu Hagrid. –Como ousa falar assim com o garoto que salvou a todos nós?
- O Lorde das Trevas retornará, escute o que eu digo, e irá atrás da sua pele Sr. Potter...
- Ba-basta! Ni-ninguém fala assim co-com um aluno-no meu! –Protestou Quirrell. – Ponha-se pa-para fora de-desse lugar, antes q-q-que eu mesmo o faça!
A bruxa levantou-se de seu lugar e começou a andar lentamente por entre as mesas.
Harry pôde vê-la. Ela era velha, com longos cabelos grisalhos e uma verruga no nariz. Da exata maneira que Harry sempre imaginou as bruxas.
Então a bruxa parou, olhou para Harry e começou dizendo:
- Eu teria cuidado se... se... se f-f-foss-sse... v-v-v...
Repentinamente a bruxa começara a gaguejar. Colocou as mãos na garganta. Arregalou os olhos. Não entendia o que se passava.
- Ma-ma-mas o-o-oqqq...que... ?...?
Harry olhou ao seu redor e viu que Slowking, o pokémon do professor Quirrell, olhava fulminantemente para a bruxa, e seus olhos brilhavam.
Harry sabia que Slowking era um pokémon psíquico e pokémons psíquicos podiam fazer coisas inimagináveis com a mente. E dessa vez ele estava confundindo o cérebro da bruxa, de maneira que ela passou a falar gaguejando.
- Vá, sua bru-bru-bruxa horrenda! E nu-nunca mais torne a di-dirigir a pa-palavra a est-t-te garo-to! –disse Quirrell.
Sem mais meia palavra, a bruxa deixou o bar.
- Harry, não tenha medo. –Disse-lhe Hagrid – A bruxa velha já está gagá! Desde que você derrotara Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado, ele nunca mais foi visto entre os bruxos.
“Mas desde aquele dia que eu também não sou visto entre os bruxos e hoje voltei a ser.” Pensou Harry sombriamente.
Harry olhou para Slowking e o vira novamente com aquele sorriso no rosto. Era um sorriso de satisfação, Harry concluiu. Parecia um sorriso malvado. Mas como poderia?
Harry pensava que pokémons não eram bons ou maus, mas apenas leais aos princípios de seus mestres. Geodude por exemplo não era mau, mas apenas leal a Duda...
- Ela vai ficar assim gaguejando para sempre? –perguntou Harry.
- U-u-ma v-v-vez que me-meu Slowking me-mexe com a ca-cabeça de alguém, di-dificilmente pode-se fazer uma reversão! Vê-veja a mim, estava eu e Slowking apenas ter-treinando telepa-pa-patia, e então eu fi-fiquei assim!
- Bom,foi um prazer te encontrar aqui professor Quirrell, mas Harry e eu precisamos subir e dormir até o sol nascer, o que não falta muito não é? Teremos um longo dia amanhã... Tom, nos veja um quarto.
- Claro, -respondeu Tom –Lickitung os levará até um quarto vazio...
- Fo-foi um pra-prazer Sr. Potter. Te vê-vejo em Hogwarts.
Harry sorriu para o professor, e então seguiu o Lickithung de Tom junto com Hagrid, com pensamentos demais na cabeça.
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