Batalha de Grandalhões



Episódio 5
Batalha de Grandalhões





     - Papai enlouqueceu, não foi? –perguntou Duda para a mãe.


     Tia Petúnia não respondeu, mas sua expressão demonstrava que ela também parecia compartilhar da opinião do filho.


     Valter dirigiu por horas, até um hotel que ficava no meio do nada. O grito que ele soltou quando, minutos depois, uma carta fora colocada por baixo da porta do quarto, deixara os ouvidos de Harry com um zumbido que durava até aquela hora.


     O tio amassou aquela carta e no mesmo instante colocou todo mundo no carro de novo. Dirigiu por mais algumas horas até parar naquele local em que se encontravam, perto do litoral. Ele desceu do carro e já havia se passado alguns minutos desde que se fora.


     - Eu quero ir pra algum lugar que tenha TV! –Dizia Duda, quando o tio reapareceu. Trazia um sorriso demoníaco no rosto.


     - Achei um lugar perfeito! Nunca vão nos encontrar lá...


     - Querido, você não acha que seria melhor nós voltarmos para casa? –sugeriu Petúnia timidamente.


     Valter não pareceu ouvi-la.


     - Vamos, vamos! –dizia, entusiasmado.


     Todos desceram do carro. Chegarem na praia e Harry viu o que o mar estava feroz e o céu, tempestuoso. Vários Wingulls voavam contra o vento uivante rumo aos seus abrigos. Era sinal de tempestade.


     - Aquele gentil senhor concedeu que seu Lapras nos transportasse até aquele rochedo. –e apontou para um rochedo que se escuro, no meio no mar, que de vez em que podia ser visto embaçado através do nevoeiro.


     Um senhor de aparência amedrontadora estava na beira da praia, e ao seu lado estava seu Lapras. Tanto o senhor quanto o pokémon não pareciam muito seguros de que fosse uma boa idéia pegar o mar naquela hora, mas o velho fora bem pago pelo tio e era isso o que lhe importava.


     Ao perceber que cruzariam o mar, todos arregalaram os olhos e Geodude quis fugir. Virou as costas e saiu, rumando para o carro.


     - Seu medroso! Volta pra pokébola! –dissera-lhe Duda.


     O Lapras era razoavelmente grande, e todos montaram no casco em suas costas. Só não era suficientemente grande para um tio Valter e um Duda de uma vez! O pokémon parecia estar sofrendo bastante durante a travessia. Ainda bem que Harry era pequeno e magricela e a tia era só ossos.


     Harry não conseguia entender o porquê de tudo aquilo. Os tios sempre foram tão normais! Detestavam tudo o que fosse anormal. Por que o tio agora agia como um louco?


     E o que, afinal, havia de tão importante naquelas cartas que Harry não poderia saber?


     Chegaram no rochedo, e por fim em um barracão abandonado eem ruínas. Ládentro era frio e poeirento.


     Tio Valter acendeu uma fogueira e ao redor dela ficou ele, a tia e o sobrinho, e Harry foi espantado para longe. Deram-lhe mais fino cobertor e a menor porção da ração que o tio havia comprado.


     Quando deitou no chão duro e frio, Harry lembrou-se tristemente de que, à meia noite, seria o dia de seu aniversário de onze anos.


     Ele só pensava em como queria que tudo fosse diferente. Como queria que seus pais fossem vivos. Eles lhe fariam uma festa de aniversário com um bolo. Mas o que importava é que ele estaria com eles! Eles até deixariam ele ter pokémons. Harry seria um grande treinador!


     Então, quando ele finalmente adormeceu, um barulho ensurdecedor veio da porta. BAN! BAN! Alguém batia.


     - Não! Não pode ser! –gritou o tio, pondo-se em pé, totalmente fora de si. –Chegou a hora de eu mostrar pra eles que não se mexe com os Dursley! Vai, Rhyperior!!


     Poucas vezes Harry vira Rhyperior, porque afinal, o pokémon era grande demais para perambular pela casa como o Geodude de Duda. Ele era maior que o tio, em altura e largura. Todo de pedra, com seus amedrontadores chifres na testa, e suas mãos com furos nas palmas, de onde ele disparava pedras como balas de canhão.


     - Rhyyyyyyyyyyyyyyyy!! –urrou o pokémon, pondo-se diante da porta.


     Por cinco segundos que mais pareceram a Harry longos minutos, não mais batidas na porta. E no instante seguinte, ela foi posta abaixo.


     O homem que entrou pela porta era um gigante! Nem o tio era tão grande, pensou Harry. Ele dera alguns passos, fechando o guarda-chuva e reclamando descontraidamente da tempestade que caía lá fora, quando ergueu os olhos e viu o Rhyperior. Rhyperior e o gigante eram da mesma altura.


     - Ora, ora... –disse o gigante, colocando a mão no bolso do casaco. -seus trouxas babacas, acharam mesmo que poderiam impedir que Harry recebesse a carta? Ah, olá Harry! –disse o gigante sorrindo para ele como se eles já se conhecessem à muito tempo.


     - Você me conhece? –Perguntou Harry, confuso.


     - Claro! Quem não conhece o nome de Harry Potter? Hahaha... Depois do que você fez, Harry...


     Harry permaneceu com a cara de quem não entendia bulhufas. Então a expressão simpática de Hagrid desapareceu para dar lugar a uma medonha expressão de revolta. Opa, gigante zangado! Pensou Harry, com calafrio.


     - Vocês não contaram a ele. –Disse Hagrid, olhando para os tios.


     - Tínhamos esperança! Esperança de que se nós o deixássemos em casa, longe das outras pessoas, que ele poderia ser normal, que ele poderia ser gente como nós...


     - Trouxas estúpidos! Então o garoto nunca soube de nós?


     - Soube o quê?? –gritou Harry, desesperado.


     - Você é um bruxo, Harry! Você nunca fez coisas que não poderiam ser explicadas? Seu sangue é mágico Harry. Seus pais eram bruxos, eles foram mortos pelo bruxo mais terrível de todos os tempos, mas naquela mesma noite você o derrotou sendo ainda um bebê, e ficou apenas com essa sua cicatriz... e agora chegou a idade de você ir para a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts.


     Harry tocou sua cicatriz. Tudo o que ouvia era uma loucura, mas explicava um bocado. Os Dursley mentiram para ele o tempo todo.


     - Agora tire seu Rhyperior da minha frente Sr. Dursley.


     - Você não vai levar o menino! Não vou permitir! –bradou o tio.


     - Se você prefere assim, eu e meu pokémon vamos te dar uma lição!


     Valter engoliu seco enquanto o gigante tirou de dentro do casaco uma pokébola.


     - Mostra pra ele, Snorlax!


     Então Harry vira o maior pokémon de toda a sua vida. Ele era mais gordo que o tio e seu Rhyperior juntos. E parecia ser mais alto até que o gigante. Ele poderia ser fofinho, se não fosse pela expressão dura em seu rosto, mirando o Rhyperior em sua frente com ódio.


     - Rhyperior, acabe com ele! –Ordenou o tio.


     Então, como bolas de ganhão, pesadas rochas foram atiradas a toda velocidade das mãos do Rhyperior.


     O Snorlax era gordão, porém mais rápido do que parecia. Com seus punhos fortes, despedaçava pedra após pedra. Quando não conseguiu destruir uma, ela afundou-se em sua grande pança e foi bizarramente arremessada de volta, a toda velocidade.


     Rhyperior foi surpreendido, porém conseguiu despedaçar a pedra com um chifre de sua testa.


     - Agora, Snorlax! Você sabe o que fazer! –gritou o gigante.


     Snorlax deu pesados passos em direção ao Rhyperior, que correu em direção ao Snorlax. Os dois grandalhões se encontraram, e após se chocarem, Rhyperior caiu para trás. E então, Snorlax jogou-se sobre ele.


     Fim da luta. Snorlax rolou para o lado e tudo o que restava era um Rhyperior esmagado, respirando lentamente.


     - Volte, Rhyperior. –Disse o tio, com um gemido.


     - Tome, Harry –disse o gigante. –Essa carta é sua.


     Então, Harry finalmente tinha a carta em mãos, e dessa vez o tio não iria tirar dele.


     Harry estava prestar a conhecer então um mundo mágico. O mundo ao qual ele pertencia. Ao qual pertencera seus pais.


     Com alegria, rasgou e abriu o envelope.


 
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Comentários (4)

  • Ash Potter

    Vo me preocupar em consultar a listinha de ataques dos pokémon enquanto narro uma batalha pra não dar mancada kkkkkkAinda estou pensando sobre como eu vou colocar as TM e HM na história. Tem coisas dos jogos que eu to quebrando a cabeça aqui pensando em como adicionar na história do Harry Potter, da mesma forma que tem elementos da saga do Harry que eu ainda não sei como farei pra adaptar para os pokémons rsrsrs...Por isso os comentários são tão bem vindos :)Mas estou um pouquinho adiantado com a fic, e já decidi dois Pokémons do Harry... mas vou pensar com carinho sobre o Riolu e o Zurua :) uahuah... Abraço

    2012-07-24
  • Accelerator

    Que isso, não precisa agradecer ou se desculpar :) qualquer um erra uma vez ou outra, só estou curioso se vão ter TM/HM e se tiver como eles vão funcionar, e tambem sobre o Pokémon inicial do Harry (Gostaria muito se fosse um Riolu ou um Zorua mas quem decide é você ;) )

    2012-07-24
  • Ash Potter

    Oi Accelerator, muito obrigado por comentar e por votar, e seja bem vindo :) Obrigado pelos elogios hehe. Eles me animam muito.Perdão por esse erro rs... vou ter mais cuidado na hora de narrar as batalhas. É inevitável não errar uma vez ou outra, mas prometo que me esforçarei pra evitar que isso aconteça hehe.Sinta-se a vontade para me comentar sempre que quiser, abraço :)

    2012-07-24
  • Accelerator

    ótima fic, muito bem escrita ea adaptação tambem ficou boa. Só tem um erro, esse ultimo ataque do Snorlax parecia o Body Slam que é um ataque do tipo normal, e eles são pouco efetivos contra tipos pedra como o Rhyperior.

    2012-07-24
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