O Ataque dos Pokémons Voadores
Episódio 4
O Ataque dos Pokémons Voadores
O incidente na exposição pokémon causou a Harry o mais longo castigo de sua vida. Ficou trancado no armário por semanas, saindo apenas quando tia Petúnia o chamava para o serviço doméstico, e nesses momentos a tia inspecionava cada passo seu.
Ele também tinha horas definidas para ir ao banheiro e tio Valter dissera a Duda que ordenasse que seu Geodude que lhe desse pedradas caso o menino desse alguma escapada fora do horário.
Entretanto, Duda trapaceava. Mesmo quando era o horário de Harry ir ao banheiro, o brutamonte o perseguia, com seu Geodude a cuspir pedras. Harry estava todo roxo e dolorido.
Então, passaram-se aquelas semanas e Harry pôde voltar a se juntar à mesa no café da manhã. Tio Valter gostava de ler o jornal matinal à mesa então pediu à Duda que pegasse a correspondência.
- Peça ao Harry. – ordenou o menino.
- Harry, pegue a correspondência.
- Peça ao Duda. –arriscou ele.
- Duda, ordene a seu Geodude que dê pedradas em Harry exatamente entre as...
- Ok, já estou indo!!! –Disse Harry, levantando em um pulo.
Ao chegar ao capacho, pegou a correspondência: o jornal que o tio assinava, uma carta escrita por sua tia Guida e, tamanha foi a sua surpresa, quando viu que havia um envelope em seu nome.
Tratava-se de um envelope feito de pergaminho pardo. Era grosso e pesado. Estava selado com um belo brasão, onde quatro pokémons circulavam uma grande letra “H”. Os pokémons eram um Arcanine, um Sandslash, um Swellow e uma Arbok.
Quem escreveria para Harry? Ele freqüentava a mesma escola que Duda, mas não tinha amigos lá –Duda se encarregava disso. Se alguém quisesse ser amigo de Harry, iria ser perseguido pela escola junto com Harry. Harry sabia também que não tinha outros familiares a não ser os malvados Dursley. Mas estava ali, diante dos seus olhos: “Para o senhor Potter, O Armário Sob a Escada, Rua dos Alfeneiros 4, Little Whingining Surrey”.
- Depressa, moleque! –ordenava o tio, que tinha pressa de ler o seu jornal.
Harry passou pela mesa, deixando nas mãos do tio o jornal e nas mãos da tia a carta de Guida e se retirava discretamente quando...
- Geeoo... Geooo...
- O que agora sua pedra estúpida? –Disse a voz de Duda às suas costas. -Ei! Espera! Pai, mãe, Harry tem uma carta!
“Geodude dedo-duro”, pensou Harry mais uma vez.
- Uma carta? Quem escreveria pra ele? Harry, me dê já esse envelope... –Disse Valter, pondo-se em pé.
- É minha! –protestou ele.
Fupppp... uma pedrada no estômado. Harry caiu de joelhos.
- Bom trabalho Geodude! –disse Duda.
Correu e pegou a carta das mãos de Harry... mas no mesmo instante, Valter tirou a carta das mãos dele.
- Eiii! –protestou o moleque birrento – Eu quero ler essa carta!
- Eu... quero ler... porque...a é minha! –arfou Harry, ainda recuperando o ar.
Mas o tio não cedeu nem mesmo aos protestos de Duda. Estava branco e gelado, com uma expressão de terror no rosto.
- Petúnia... –gemeu ele.
Ela pegou a carta. Abafou um gritinho.
- O que faremos? Valter? –perguntou ela, tremula.
- Minha carta! Me dá! –protestava Harry.
- SAIA! SAIAM OS DOIS! HARRY PRO ARMÁRIO, DUDA JÁ PRO QUARTO! –Berrou o tio.
O Tio nunca falou assim com Duda. O menino ficou vermelho de tanta raiva e surpresa.
- Mãe!!! –protestou.
- Duda, OBEDEÇA! Suba, já! –dissera-lhe Petúnia. – E você, o que ainda faz aqui? –completou, virando-se para Harry com uma expressão mortal no rosto.
Harry foi pro seu armário aos prantos. O que havia naquela carta que pudesse causar aquela reação nos tios?
Nos dias que se passaram, diariamente chegavam cartas pra Harry na correspondência, mas nem ele, nem Duda conseguiam por as mãos em nenhuma delas.
Aparentemente tio Valter ficou tão espantado com a carta ser endereçada ao armário de Harry que decidiu mudá-lo para o quarto pequeno que ficava no segundo andar da casa.
- Se eles souberem que o mantivemos todos esses anos num armário... –ouvira o tio sussurrar para Petúnia, minutos antes de entrar na cozinha para o café.
Harry perguntava sobre as cartas, protestava, mas os tios o repreendiam e não lhe explicava nada.
Seja quem for que estivesse enviando as cartas, sabia que Harry não as estava recebendo, e certo dia, num café da manhã, um Taillow entrou voando pela janela e deixou uma carta dentro do prato de cereais de Harry. Mas ele não fora rápido o suficiente. O Tio pegou a carta.
A partir daquele dia as janelas passaram a ficar permanentemente fechadas. E então, dois dias depois, foi pela chaminé que entrou um Pidove e lançou outra carta.
- Ahhhh! –gritou a tia Petúnia de susto.
Tio Valter pegou a carta e queimou-a no fogão. No mesmo dia selou a chaminé.
Então, certo dia, para o terror da tia petúnia, aconteceu o ataque. Os pokémons voadores não tinham por onde entrar e então estilhaçaram as janelas. Pidgeottos, Spearows, Starlys... invadiram a casa em dezenas, todos depositando cartas diante de Harry.
- DUDA! VOCÊ E ESSE SEU POKÉMON, FAÇAM ALGUMA COSIA!
Valter bem sabia que as pedras de Geodude poderiam ser bem eficientes contra pokémons voadores, mas Duda, assim como Harry, estava curioso demais para saber o que estava na carta e ordenou a seu Geodude que conseguisse uma para ele, ao invés de abater as aves.
Os pokémons não atacavam os donos da casa. Rapidamente passou pela cabeça de Harry que a pessoa que os enviava não queria que ninguém fosse ferido.
Tio Valter agarrou Duda com um braço, Harry com outro, ao mesmo tempo que gritava à tia Petúnia:
- Já chega! Pegue algumas roupas e feche a casa, vamos sumir daqui em cinco minutos!
E tanto Harry quanto Duda ficaram sem por as mãos em carta nenhuma. Minutos depois estavam no carro do tio e Harry não fazia idéia de qual seria o seu destino.
xxxx
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!