Acertando os Ponteiros



Cap XIX - Acertando os Ponteiros


 
***
 


A festa de casamento de Harry e Gina estava, sem dúvidas, melhor do que se poderia imaginar. Muitos sorrisos, muita diversão, muita música e pessoas animadas que não paravam um único minuto de se divertirem.


A maioria das pessoas já sorria tão alto que era engraçado até para os que estavam próximos. Era óbvio que a grande quantidade de whisky de fogo e hidromel já estava subindo a cabeça da maioria dos convidados.


Harry e Gina, que já havia aberto a mão da calda do vestido, caminhavam entre os convidados agradecendo a presença de todos e distribuindo aos convidados a alegria que era mais do que visível nos olhos, expressões e sorrisos dos dois.


Jorge, Gui e mais dois ruivos riam abertamente de um Carlos completamente vermelho. As piscadelas que o cabelereiro convidado para a festa lhe davam o estava deixando cada vez mais encabulado, e os irmãos e primos não estavam realmente ajudando em nada com aqueles comentários sem graça. O ruivo estava prestes a lançar feitiços silenciadores em todos eles.


Os pais de Hermione sorriam animados enquanto conversavam com os pais de Rony. Hagrid e Maxime estrondavam o chão cada vez que tentavam dançar um pouco. Minerva estava bem mais contida e olhava de esguelha de olho para os meio gigantes e os recriminava junto com os demais convidados.


Ao longe, era possível ver Filch e Madame Pince conversando como se recriminassem a todos. Fleur ainda corria em busca de Victorie que insistia em aprontar ao lado de Teddy.


Próximo a uma banca cheia de salgados e doces variados, erguida magicamente para os convidados, estava um casal que chamava a atenção de algumas poucas pessoas. O rapaz alto, magro, mas com ombros largos havia deixado o terno de lado e o cabelo vermelho brilhava contrastado com uma cabeleira cor de chocolate, alisada magicamente.


 


- E então - Rony começou enquanto dançavam - Gostando da festa?


- Sim - Hermione respondeu em meio a um sorriso - Tudo está simplesmente lindo.


- O nosso casamento será ainda mais bonito.


- Rony...


- Tudo bem Mione, eu sei que você se sente confusa e tem medo do que possa acontecer assim como eu. - ele sorriu - Eu vou te esperar. Eu vou esperar que você tenha certeza que quer tentar novamente, e vou ser o homem mais feliz de todo o universo quando isto acontecer, mas por favor, não se afaste mais de mim.


- Rony - ela tinha a voz fraca - Eu amo você, e você sabe - ele sorriu novamente - Não adianta negar ou fingir. Mas eu não sei se é este o momento certo de tentarmos alguma coisa. Eu... Bem, eu tenho medo, muito... Tenho medo de chorar, medo de me desiludir, de me desesperar novamente... De ver tudo acabar e não poder fazer nada.


- Eu sei Mione, e mesmo que não acredite, eu entendo você. Não vou te pressionar a nada, nunca faria algo sem que você quisesse, mas quero que estejamos juntos um do outro, sem mentiras e sem rodeios, independente de qualquer coisa, tudo bem?


- Tudo bem - ela sorriu aliviada - Eu vou ficar um pouco com meus pais agora.


- Posso ir com você?


- É melhor não. Pelo menos por enquanto.


- Tudo bem - ele sorriu.


- Rony - ela falou ainda em seus braços. As bochechas esquentaram - Me desculpe por ontem.


- Desculpar o que? - ele foi sincero na pergunta e ela suspirou antes de continuar.


- As coisas que te falei. Te acusei sem sentido quando sabia que nada do que falava era verdade. Eu me sinto envergonhada por isto.


- Eu te entendo Hermione - ele a olhou nos olhos segurando em seu queixo - E sei que você tentou se esconder criando uma barreira entre nós, e esta foi a primeira que você encontrou.


- É... - ela sentiu a face esquentar ainda mais - Foi bem isto mesmo.


- Tudo bem - ele sorriu.


- Obrigada - ela sorriu e saiu ao encontro dos pais.


 


[...]


 


- Então meu amor - a mãe perguntou - Fizeram as pazes?


- Não mamãe, mas conversamos amigavelmente.


- Gosto muito do Ronald minha filha - o pai adiantou-se - E sei que vocês se amam. Lembram muito sua mãe e eu quando namorávamos.


- É... - Hermione concordou olhando o ruivo que a paquerava de longe com uma taça na mão - A mamãe contou sobre o namoro conturbado de vocês.


- Por isto - o pai continuou - eu tenho certeza que serão muito felizes juntos. Muito mais que sua mãe e eu.


- Espero papai... - Hermione suspirou.


- E então? - Harry e Gina apareceram na mesa dos três - Estão se divertindo?


- Muito Harry - a mãe de Hermione respondeu - Está tudo muito lindo. Estão de parabéns.


- Obrigada Ivana - Gina agradeceu sorridente - É um prazer ter os pais da nossa melhor amiga compartilhando um momento tão especial de nossas vidas.


- E é um prazer ter a satisfação de fazermos parte disto tudo - Petter emendou.


- Fiquem a vontade - Harry sorriu e eles continuaram o percurso de atender aos convidados.


 


A música tocava animada no mp3 emprestado pelo pai de Hermione e magicamente alterado para não parar de tocar e manter-se sempre em uma altura agradável a todos. Os Weasley dançavam animados no salão e nos arredores do jardim.


Gui agora tinha Victorie sonolenta nos braços e a barriga de Fleur aparecia bem mais agora que estava sentada e mais relaxada. Devia ter mais ou menos o mesmo tempo de gestação que Audrey.

Molly estava muito mais que animada, bem menos estressada, e fazia uma dança estranha com o marido no meio do salão, o que estava garantindo risadas animadas de muitas pessoas.


O senhor Lovegood olhava curioso para o jardim, e do jardim para o céu. Deveria certamente está pensando algumas de suas loucuras divertidas e tinha agora o apoio de Luna, que sorria empolgada enquanto o pai lhe contava algo.


Neville estava sentado com Hanna na mesma mesa em que estavam há pouco Lilá e Simas, que agora dançavam ao som da batida animada que tocava, enquanto os dois que permaneceram namoravam discretamente.


Jorge seguia aprontando com Charles, que já estava com a face vermelha, não se sabia de raiva ou de pura vergonha. Aproximou-se de uma das primas e começou a dançar, em uma tentativa frustrada de se afastar do irmão, embora não tenha dado muito certo, porque Jorge puxou Angelina para dançar e continuou a provocar o irmão.


Percy e Audrey conversavam animados com tia Muriel: Como era possível que alguém simpatizasse com ela? Só mesmo o Percy. A velha centenária cutucava com a bengala as pernas de todo e qualquer ruivo que tivesse a infelicidade de se aproximar dela, e depois de um tempo e algumas bengaladas, a mesa estava a esmo das demais.


 


Depois de algumas horas de festa e diversão, Gina anunciou que iria jogar o buquê. O alvoroço foi geral. Dezenas e dezenas de cabeleiras avermelhadas contrastavam com uma ou outra cabeça castanha ou loira. Todas faziam escândalo para pegar o buquê de rosas que a ruiva jogaria logo mais.


Todas menos uma moça de cabelos cor de chocolate que permanecera após o convite sentada ao lado dos pais como se nada de mais interessante houvesse realmente acontecido. E ela permaneceria ali, muito bem acomodada, se logo em seguida não tivesse ouvido a noiva falando em alto e bom som, provavelmente após um feitiço de sonorização:


 


- Só vou jogar o buquê quando todas as solteiras estiverem aqui.


- Mas estamos - Angelina gritou.


- Não, não, não - Gina sorriu maquiavélica e Hermione sentiu a face queimar ainda sem virar-se para encarar a amiga ruiva - Ainda há uma sentada.


 


Todos olharam para ela e ela sentiu-se fuzilada pelos olhares que recebeu das moças de pé, ao pé do altar, que agora era um palco esperando o grande momento. Sentiu a face esquentar e sabia que estava violentamente corada.


Resolveu então fingir e deixar para lá. Era muito mais que provável que elas prosseguissem sem ela quando percebessem que ela realmente não pretendia participar daquele momento.


 


- Vem logo Mione - ouviu Angelina gritar e desejou um buraco para se enfiar. Revirou os olhos ouvindo os gritinhos desesperados das outras moças que esperavam.


 


Não acreditava em simpatias e nada dessas crendices tolas. Podiam continuar sem ela, mas ela conhecia a ruiva e não queria ser atacada por quase um cento de solteiras desesperadas por um casamento.


Levantou-se ainda envergonhada e engoliu em seco sentindo um buraco gelado no estômago ao perceber que era o centro das atenções. Apressou o passo para que chegasse perto das demais ainda mais rápido, e assim não ser mais observada. Foi adentrando entre as outras e sentiu-se segura entre algumas moças bem mais altas que ela.


 


- Então é um - Gina virou-se de costas e maneava o buquê como se fosse jogá-lo por cima da cabeça.


- E é dois - o coro de vozes se intensificou e Hermione cruzou os braços desejando ardentemente que a amiga parasse com tanto teatro e jogasse de uma vez.


- E é três - Gina jogou o buquê e algo inesperado aconteceu. As rosas se partiram formando mais alguns buques menores em tamanhos diferentes que caíram nas mãos de Angelina, Padma e duas ruivas. O maior buque, do qual os outros se partiram, caiu certeiro nos braços da garota de cabelo cor de chocolate, que sentiu a face esquentar.


- É isso ai gente - Gina voltou a falar com a voz aumentada - Eu fiz um feitiço no meu buque - ela sorriu vendo a cara de espanto das outras - Estive com minha mãe algumas vezes no Beco Diagonal e encontrei um feitiço que faria o buque seguir a tradição de forma verdadeira.


“O que acontece é que eu aprimorei o feitiço para que ele mostrasse quais os casamentos aconteceriam aos presentes até o dia que completar um ano do meu casamento, ou seja, 29 de agosto do ano que vem”.


“Se vocês observarem, as que pegaram o buque encantado tem cada um deles em tamanhos diferentes. A ordem dos tamanhos é a ordem em que os casamentos irão acontecer, logo a que pegou o menor buque será a última a casar no período deste um ano, e a do buque maior será a primeira, então, parabéns as noivas...” - Gina sorriu novamente e com a ajuda de Harry desceu do palco em que estava.


 


Hermione porém, voltou atônita para a mesa que dividia com os pais, e ao sentar depositou o buque sobre a mesa. Estava envolvida em seus pensamentos e sentia-se realmente estranha, sem saber se acreditava ou não na brincadeira da amiga.


 


- Mione - ela acordou quando Angelina sentou-se na cadeira a sua frente mais afoita que o convencional. Os olhos brilhavam mais emocionados que quando ganhava alguma partida de quadribol - Você será a primeira a se casar - a morena tinha um sorriso enorme nos lábios fitando o buque sobre a mesa - Serão cinco casamentos - Angelina continuou - O último será o da Padma, seguido pela Melissa, depois eu, a Lucy e você. Você será a primeira. Isso é muito legal.


- Seria se tivesse ao menos um namorado. Essas coisas são apenas crendices Angelina. - Hermione falou sem muita alegria ou fé.


- Mas e o Rony? - a morena continuou e Hermione a olhou alarmada - Tenho certeza que tudo vai se acertar entre vocês e trate de casar senão atrasa os nossos casamentos.


- Certo - Hermione continuava meio distante - Farei isto.


- Foi muito legal esse feitiço da Gina... Parabéns amiga - Angelina abraçou a morena e saiu.


- Você não acredita mesmo nisto não é mamãe? - Hermione perguntou para a mãe que lhe sorria animada.


- Meu bem - a mãe falou - Eu vi a minha única filha fazer o controle da TV flutuar aos três anos de idade e fazer os ursinhos de pelúcia que tinha ganharem vida para brincar com ela. Vi quando ela recebeu uma carta de uma tal Escola de Bruxaria de Hogwarts aos 11, ser considerada a bruxa mais esperta de sua idade e ajudar os amigos a destruir o bruxo mais maligno que já existiu nos dois mundos, então... - ela sorriu - Sim meu bem, eu acredito.


 


Hermione realmente não sabia o que pensar nem como argumentar com a mãe. Revirou os olhos e olhou em volta. Observou e viu as outras moças que haviam pego o buque sorrindo animadas com seus namorados, noivos e parentes. O sorriso de Angelina e Jorge ia, então, de orelha a orelha.


Num ponto mais afastado ela viu Rony, que a olhava com carinho e admiração, e lhe sorriu ao perceber que os seus olhos se encontraram. Ele continuava a flertar com ela em distância, e ela não poderia negar que estava achando a atitude do ruivo espetacular.


A morena sorriu, levantou-se ao encontro do ruivo. Ela o amava, era fato, e ele sabia. Todos sabiam. Não dava mais para esconder. Pegou a taça da mão do rapaz que a observava encantado colocando-a sobre uma mesa e o puxou para a pista de dança novamente.


Embalada nos braços dele, dançaram calmamente uma canção de batida lenta. Ela então se inebriou com o perfume tão discreto e familiar que exalava dele. Inspirou profundamente e acomodando-se em seus braços, a cabeça deitada em seu peito, falou para que ele ouvisse.


 


- Eu quero Ron.


- Como? - ele não acreditou que ela falasse sobre o que ele pensava.


- Eu quero tentar. - ela sorriu olhando-o nos olhos.


- Certeza? - ele tentou controlar o impulso de sair gritando pelos terrenos da Toca.


- Sim - ela sorriu ainda mais.


 


E por um breve momento, o casal mais focado da noite deixou de ser o de noivos. O beijo que Rony e Hermione trocaram no meio do salão chamou a atenção de todos os presentes, provocando risinhos e alivio nas moças que tinham agora ainda mais fé em seus buques.


 


 


O.O


 


 


Ahhhhhh Merlin, tá acabando mesmo agora. Só tem dois ou três capítulos mais pra frente... Feliz demais com o resultado dessa fic, e ainda mais feliz por vocês estarem acompanhando ao meu lado


Obrigada mesmo!!


 


 


Cenas do Próximo Capítulo...........




 


- Cara - Rony começou durante uma folga do trabalho - Não faço ideia do que comprar para Hermione.


 


- Por que não dá um livro? - o moreno perguntou sem muita emoção.


 


- Porque um livro é muito normal. Todo mundo dá livros pra ela. Queria dar uma coisa diferente.


 


- Pede ela em casamento então - Harry riu ao ver a expressão de desagrado do amigo.


 


- Você sabe que decidimos ir com calma, então não enche quatro olhos.


 


- E pra que me pede sugestões se não quer ouvir, sua cenoura gigante.


 


- Ah... - Rony virou-se vermelho - Você não é nada romântico Potter. Não sei como a Gina te suporta.


 


- Sou romântico com quem precisa - o moreno respondeu - E sei agradar muito bem sua irmã se quer saber... - ele sorriu.


 


- Não, eu não quero - Rony respondeu enraivecido - Não seja ridículo. Não preciso e nem quero saber o tipo de agrado que você dá pra Gina.


 


- Então não insulte - Harry tinha a face animada - Mas porque então você não pede ajuda pra Gina?


 


- É... Eu pensei nisso. Nem sei o porquê de ter tentado perguntar pra você. Depois elas dizem que eu é que sou o legume insensível.


 


- Não sou insensível...


 


- Tá bem, tá bem - Rony ficou constrangido e Harry riu ainda mais - Só tenho dois dias para comprar alguma coisa realmente significante.

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Comentários (2)

  • willi santana

    owt!!! que fofura este capitulo, bichinha da mione, morreu de vergonha!!! mas tudo bem, foi por uma otima causa!!! e esse ron super compreensivo, heim??? que perfeição!!! pena que ta acabando, eu adoro essa fic!!

    2012-09-24
  • Lana Silva

    Ahhhhhhhhhhhhhhhhhh tipo eu fiquei aquiii muito feliz lendo o capitulo. Não sabia se ria ou se pulava de felicidade *---------------* ahhh flr, só mais três capitulos ? Tipo eu fico até nervosa com isso, mas tô amando então não posso reclamar kkkk nossa, a ultima parte do capitulo me fez ficar mega feliz *-* a Mione aceitou ter algo com ele - também se ela não aceitasse um bando de leitoras malucas pelo Ron iam querer dá um sacode na Mione kkkkkkkkkkkkkk. Essa ideia dos buquês foi tipo perfeitaaaaaaaaa *-* eu simplesmente amei, se existisse um feitiço desses na vida real aiai, as mulheres iriam pirar de vez, ainda mais quando os buquês caissem nas mãos delas...Por isso que a Gina insistiu tanto para que a Mione fosse para lá kkkkkkkkkkkkk tipo, fiquei com vergonha junto com a Mione, se fosse eu, nossa ia ficar morrendo, Gina bate aqui \obeijoos flr *-* 

    2012-09-13
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