Cap 14



 


15 de Dezembro de 2005


            Assim que Harry e Alvo terminaram de conversar na sala, eles foram para a cozinha e encontraram Gina...


-Então, o Alvo pode orbitar novamente?- questionou Gina que tinha escutado a coversa


-Sim- respondeu Alvo sorridente


-Então se comporte- falou Gina séria fitando Alvo que estremeceu


            Gina olhou para o marido.


-Continua de olho nele- pediu Gina firme de modo que Alvo escutasse- Ele vai voltar a trabalhar sozinho, então você sabe que há grandes chances dele resolver procurar o demônio aranha sozinho...


-Não se preocupe- falou Harry calmamente abraçando a esposa e depois a beijou


            Alvo revirou os olhos, bebeu um gole de café e depois orbitou no Templo Sagrado. Ele estava ansioso para trabalhar sozinho e para visitar os seus contatos no mundo inferior.


-Alvo- chamou Harry assustando o filho


-Sim- respondeu Alvo cruzando os braços indicando que não queria papo


-Assim que terminar a sua missão, me encontre para podermos continuar as buscas na Floresta das Sombras


-Pai- disse Alvo descruzando os braços- Nesses dias que passamos juntos, nós fomos lá e não encontramos nada... Isso é inútil... Não percebe?


-Nos encontramos na biblioteca sagrada- disse Harry orbitando


-Aff- suspirou Alvo


            Alvo cumpriu a sua missão do dia e foi até a biblioteca, pois não queria problemas com seu pai e justo no dia que tinha voltado a orbitar.


-Pai, eu estou na biblioteca- chamou Alvo olhando para o relógio- São 13 horas


            Se tinha algo que Alvo odiava, era esperar, então ele pegou um livro qualquer usando a sua telecineses e começou a lê-lo para passar o tempo.


-13h 30- lamentou-se Alvo revivendo as suas memórias- Ele não vem- levantou-se Alvo orbitando no mundo inferior nervoso


-Nossa que cara é essa!- assustou-se Zax


-Onde está o seu irmão?


 -Estou aqui- respondeu Rutz


-Você sumiu- disse Zax apreensivo com a fisionomia do amigo


-Me desculpe- disse Alvo dando-se conta do quanto estava furioso- Rutz, você encontrou alguma aranha que se transformou em mulher ultimamente?


-Não, que coisa esquisita- respondeu Rutz- Mas, ouvi dizer que...


            Alvo jogou uma sacola de ouro para Rutz.


-Elas gostam de lugares escuros e sombrios... Mas quando se sentem ameaçadas mudam-se...


-Hã- disse Alvo pensativo compreendendo que não encontraria os demônios na Floresta das Sombras


-Tome cuidado, pois elas são espertas e muito venenosas- disse Rutz demonstrando que sabia do que estava falando


-Você tem mais alguma informação que possa me ajudar a encontrar esses demônios?- questionou Alvo


-Não, mais eu conheço alguém que tem essas informações...- sorriu Rutz estendendo a mão


            Alvo deu uma sacola de moedas de ouro.


-Mais- pediu Rutz- Isso é pouco para eu falar...


            Alvo deu mais uma sacola.


-Mais- sorriu Rutz


-Acho bom esse informante ser bem útil!- disse Alvo nervoso dando a sua última sacola com moedas de ouro


-Obrigado- agradeceu Rutz


-Então?


-Me encontre aqui hoje à noite, vou guiá-lo até o informante


-Que horas?


-Três horas da manhã


-Combinado- disse Alvo orbitando na biblioteca bem a tempo de encontrar seu pai


-Me desculpe- disse Harry assim que chegou- Então? Vamos


-Sim, senhor


            Os dois vasculharam a Floresta das Sombras e voltaram para a Toca no horário do jantar...


-Então?- questionou a Sra. Weasley- Encontraram o demônio aranha?


-Não- respondeu Harry pesaroso


-Eu avisei que seria inútil- disse Alvo dando de ombros


-Alvo, está bem, o que o senhor sugere?- questionou Harry nervoso cruzando os braços


-Procurarmos em outros locais que apresentam perfil semelhante ao da Floresta das Sombras- respondeu Alvo calmamente- Mas, por enquanto vamos jantar estou faminto- cortou Alvo


            Todos se sentaram a mesa para jantar, o Sr. e a Sra. Weasley, Harry, Gina e Alvo, aquele era como em qualquer outro dia da semana, mas nas sextas e nos finais de semana a casa enchia com todos os Weasleys e Scamanders.


            Após o jantar, Alvo subiu para o sótão e ficou lendo o Livro das Sombras...


-Alvo, já está tarde, filho- disse Gina entrando no sótão e vendo o filho em pé estudando


-Sim, já vou dormir...


-Boa noite- disse Gina abraçando o filho- O seu pai já foi para o templo, ele vai encontrá-lo logo pela manhã


-Ok- assentiu Alvo- Boa noite mãe- sorriu Alvo que assim que Gina saiu do quarto, foi até a sua mochila e abriu-a, constatando que as suas moedas de ouro tinham acabado, mas ainda tinha o dinheiro que ganhou no cassino- Merda, aqueles dois estão me falindo...


            Alvo armou o despertador para às 2 h 40, separou uma blusa branca e a calça jeans que vestiria logo que acordasse e deitou-se na cama. Assim que o despertador tocou, ele o destruiu com a explosão molecular, pois odiava despertadores e acordar tão cedo...


-Ah Rutz, seu safado- pensou alto Alvo vestindo-se e orbitando logo em seguida no mundo inferior


-Pontual- riu Rutz- Vamos, me siga


            Alvo ficou invisível e imperceptível, de modo a seguir Rutz em segurança pelo mundo inferior. Eles ficaram andando por um bom tempo, até que pararam em frente a uma escada que levava para uma casa abandonada.


- Jennifer - chamou Rutz apreensivo- Sou eu


            Assim que Alvo viu Jennifer se espantou com o fato dela ser uma mulher aparentemente comum, bem bonita, com o rosto suave que podia encantar qualquer homem...



-Rutz- sorriu Jennifer- A que devo a honra?


-Você se lembra do guardião que eu te falei?


-O que te dar sacolas de ouro por informações?


-Esse mesmo


-Sim, claro que sim


-Então, ele precisa da sua ajuda


-Da minha ajuda?


-Sim, ele quer saber sobre suas irmãs


-Eu não sei do que você está falando!- gritou Jennifer


- Jennifer, você não pode negar o que é!


-Sim, mas posso mudar! Eu me recuso a me alimentar de seres humanos!


-Sim, então esse guardião quer saber como encontrar as suas irmãs


-Eu fui exilada por me recusar a me alimentar de humanos. Só me alimento de animais...


-Sim, mas você sabe como encontrá-las? Não sabe?


-Certamente, eu sempre sei, mas o que ele quer com elas?


-Eu não sei


-Volta quando souber


-Quero destruí-las- disse Alvo aparecendo do nada- Aí você poderá viver em paz e iniciar uma nova era


-Bom, eu não sei- disse Jennifer temerosa- Elas irão me destruir


-Não, se eu destruí-las antes- disse Alvo seguro de si e passando segurança para Jennifer


-Bom, eu...- disse Jennifer pensativa e admirando o belo guardião que estava na sua frente- Elas são minhas irmãs agora...


 -Elas te exilaram e algo me diz que você não nasceu assim- disse Alvo que estava se questionando como uma bela moça se tornara um demônio aranha


-Por favor, vá, preciso pensar- pediu Jennifer emocionada


 -Ok- disse Alvo orbitando no sótão e ao olhar para o relógio percebeu que já eram 6 horas, então orbitou na sala e sentou-se no sofá pensativo



“Se ela não me falar por bem, falará por mal”- pensou Alvo decidido- “Ela foi infectada, só pode... Ela é boa, sinto isso... Meu Deus me ajude a cumprir a minha missão...”


            Alvo ficou pensando na Jennifer, a beleza dela o encantara...


“E se ela for um demônio aranha novo, será que posso curá-la com um antídoto?”


            Alvo adormeceu pensando em Jennifer, acordando com a sua mãe o chamando...


-Alvo- chamou Gina acariciando a cabeça do filho


- Jennifer - sussurrou Alvo


-Alvo- chamou Gina novamente acordando o filho


-Mãe?- disse Alvo abrindo os olhos e dando-se conta que adormeceu na sala- Que horas são?


-8 horas- respondeu Gina cruzando os braços séria- O senhor passou a noite fora de casa?


-Não- riu Alvo


-Então, por que está na sala?


-Acordei cedo, mas acabei dormindo aqui... Esquisito não?- riu Alvo coçando a cabeça


-Quem é Jennifer?


-Quem?


-Alvo!


-Não faço ideia- respondeu Alvo rapidamente e orbitando no templo para mais um dia de trabalho


            Após o trabalho, Alvo orbitou na casa abandonada que estava Jennifer e assim que a viu teve certeza do quanto aquela jovem o encantara...



-Boa noite- disse Jennifer


-Boa noite- falou Alvo


            Os dois ficaram em silêncio se observando...


-Eu posso ajudá-lo- disse Jennifer quebrando o silêncio- Mas...


-Mas?


-Eu gostaria de saber se você pode me ajudar...- suspirou Jennifer- Me curar


            Nesse instante, Jennifer se aproximou do Alvo que estremeceu diante da aproximação.


-Há um antídoto- falou Alvo com dificuldade


-Verdade?- questionou Jennifer empolgada


-Sim- sorriu Alvo


-Obrigada- sorriu Jennifer- Nem sei como agradecer ou talvez saiba- disse Jennifer sedutora segurando a blusa do Alvo


-Eu vou preparar o antídoto e volto para te buscar- corou Alvo desvencilhando


-Vou aguardá-lo- sorriu Jennifer dando uma bela piscada para Alvo que após pegar os ingredientes para o antídoto, orbitou no sótão e se assustou com o Harry sentado na sua cama- Pai? O que está fazendo aqui?


-Me perguntando, por que o meu filho andou sumido... O senhor sabe que horas são?


-Meia noite- respondeu Alvo- Por quê?


-O senhor está agindo por conta própria, sem deixar rastros, desde as 20 horas, horário que o senhor reportou a conclusão da sua missão- disse Harry firme- Onde o senhor estava?


-Eu estava procurando os ingredientes para o antídoto contra o veneno dos demônios aranhas- respondeu Alvo abrindo a sua mochila e retirando os ingredientes- Vou preparar a poção se o senhor permitir- disse Alvo sério


-Alvo Severus Potter, o senhor não ficou o tempo todo atrás desses ingredientes!- disse Harry severamente- Venha até aqui- mandou Harry


            Alvo se aproximou do pai temeroso.


-Olha nos meus olhos e me diga onde o senhor estava- pediu Harry firme


-No mundo inferior com Zax e Rutz- respondeu Alvo firme- Estava ouvindo as aventuras do Rutz, sabe como é, ele fala muito- riu Alvo


-Ok- disse Harry desconfiado- Vá deitar-se, amanhã teremos muito trabalho pela frente


-Sim, senhor- assentiu Alvo que assim que Harry saiu do sótão foi preparar o antídoto


            No dia seguinte, após um bom banho, Alvo foi para cozinha, encheu uma caneca de café e ficou conversando com o seu avô.


-O seu pai está desconfiado que o senhor anda trabalhando sozinho- falou Arthur


-É mesmo?- corou Alvo quase imperceptível


-Sim e pelo jeito ele está certo...


            Fez-se silêncio no qual a casa encheu-se com Weasleys, Scamanders e Alvo percebeu que era sábado. Assim que terminou de cumprimentar a todos, ele foi em direção à escada, mas foi interrompido por seu pai...


-Aonde o senhor vai?- questionou Harry orbitando na sala do nada


-Terminar o antídoto- respondeu Alvo


-Algo me diz que ele já está pronto e no seu bolso- falou Harry firme


-Até mais Harry- riu Alvo orbitando na casa abandonada onde estava Jennifer


-Bom dia guardião- sorriu Jennifer encantadora


-Está pronta?- questionou Alvo


-Sempre- sorriu Jennifer falando onde estavam os demônios aranhas


-Aqui está o antídoto- disse Alvo entregando-o


-Não, eu vou com você, elas são poderosas- falou Jennifer firme


-Ok- sorriu Alvo segurando-a pelo braço e orbitando com ela no sótão


-Não é aqui- disse Jennifer confusa e adormecendo assim que Alvo encostou a sua mão em seus olhos


            Alvo colocou-a em sua cama e a fez ingerir o antídoto.


-Durma bem- sorriu Alvo se assustando com a porta se abrindo estrondosamente e com um Harry enfurecido orbitando no sótão- A cavalaria chegou- riu Alvo


-O que um demônio estava fazendo aqui?!- questionou Harry furioso


-Primeiro, ela acabou de tomar o antídoto daqui a dois minutos ela será humana. Segundo, graças a ela eu vou destruir os demônios aranhas. Terceiro, quem tocar em um fio de cabelo dela irá se arrepender de ter nascido- disse Alvo firme surpreendendo seus familiares


-Ela é um demônio aranha?- questionou Rony


-Era- respondeu Alvo fazendo Rony desmaiar e ser acudido pelos irmãos- Ela se chama Jennifer é humana como nós, ela é uma bruxa que foi infectada ao sair do Gringotes há 2 semanas, por se recusar a se alimentar de humanos, foi banida


-Como você a encontrou? Como você sabe disso?- questionou Harry vermelho de raiva


-Eu tenho as minhas fontes, você sabe disso


-Por que não me contou?- questionou Harry nervoso


-Estou contando agora- respondeu Alvo firme


-Alvo- chamou Jennifer despertando- Que estranho... Eu não sinto mais as... Alvo você me deu o antídoto?!
 


-Sim- respondeu Alvo


-Mas, eu ia batalhar com você!- falou Jennifer emburrada


-Como? Você não conseguia usar seus poderes plenamente devido a sua dieta, você ia morrer- falou Alvo firme


-Obrigada- sorriu Jennifer


-Seja bem vinda- sorriu Alvo


-Qual é seu nome?- questionou Gina fitando Jennifer


-Bom, me chamo Jennifer Glasgow, fui atacada guando saia do banco, foi horrível- disse Jennifer pálida- Os meus pais devem estar arrasados...


-Não se preocupe, posso deixá-la na sua casa- falou Alvo prontamente


-Mesmo?


-Qual é o nome deles?


-John e Mary- respondeu Jennifer


-Localizados- sorriu Alvo- Venha


            Jennifer se levantou e abraçou Alvo que orbitou no quarto da Jennifer.


-Bela casa- sorriu Alvo


-Obrigada- sorriu Jennifer abraçando Alvo- Você pode passar por aqui quando quiser


-Jennifer, eu tenho uma noiva- falou Alvo firme lembrando-se da Anne


-Nossa- corou Jennifer- Me desculpe, eu acho...


-Não se preocupe- disse Alvo dando um último abraço na Jennifer e mudando a memória dela desde o ataque que sofrera


            Ele orbitou em frente à casa da Jennifer e sentou-se nos degraus pensativo, pois se lamentava do que tinha feito com a sua família... Novamente agira sozinho, mas era tudo para o bem dos seus familiares... Ele tinha que protegê-los...



            Alvo orbitou na sala da Toca onde estavam seus familiares que estavam furiosos com a sua conduta.


-Foi mal, eu devia ter contado sobre ela, mas não deu, eu não pensei direito- falou Alvo sentando-se em uma poltrona desolado



-A grande verdade é que desde que a vi, não deu para pensar muito...- suspirou Alvo fazendo com que a garrafa de whisky fosse até a sua mão com  a telecinese


-Espera rapaz- disse Arthur tirando a garrafa de whisky da mão do neto- Nada disso- repreendeu- Está tudo bem Alvo- sorriu Arthur- Ela é uma jovem muito bonita que deixaria qualquer homem assim e não se censure por isso...


-Obrigado- sorriu Alvo se levantando e abraçando o seu avô que tirou um peso das suas costas


-No mais, rapaz- disse Arthur severo- Ninguém aqui gostou da sua atitude que insiste em não mudar


-Percebi que o clima está pesado- suspirou Alvo- Pensem que eu que tenho experiência com demônios, de lidar com eles. Além disso, eu optei por voltar para cá ao em vez de ir sozinho e tal...


            Silêncio.


-Só hoje que eu fiquei sabendo da localização dos demônios aranhas...- disse Alvo que diante de um novo silêncio- Relatou minimamente como encontrou Jennifer


-Rutz te levou até ela?- questionou Harry


-Sim, senhor- disse Alvo- Aí ela ficou de pensar se ia me ajudar ou não, então ontem nos encontramos e acertamos os detalhes...


-De uma forma bem caliente, imagino- brincou Jorge deixando Alvo envergonhado


-Jorge!- disse Gina nervosa


-Desculpa- riu George- Continua


-Então, hoje a encontrei, ela me deu a informação que eu queria e eu entreguei o antídoto- finalizou Alvo firme


-Muito bem- disse Harry cruzando os braços- Então, o senhor fez isso tudo, nas nossas costas?


-Pai, se eu tivesse contado antes, não teria dado certo


-Como você sabe?- questionou Harry


-Porque você não sabe negociar com demônios- acusou Alvo- Eu os conheço muito bem, por isso tenho muitos informantes, além de saber como simular ser um...


-Muito bem, faremos o seguinte, o senhor vai ficar na Toca com as mulheres e crianças, enquanto eu os guerreiros da luz enfrentamos os demônios aranhas- falou Harry firme


-O que?!- disse Alvo surpreso e indignado- Vocês não podem me excluir assim!


-Viu? É assim que nos sentimos- pontuou Harry


            Então, Alvo percebeu o que o Harry queria.


-Entendi me desculpem- pediu Alvo sinceramente- Acontece que eu quero protegê-los, esse é o problema...


-Então, não seja super protetor- falou Harry com um pequeno sorriso e abraçando o filho


-Posso ir com vocês?- pediu Alvo com um tom de súplica na voz


-Claro- sorriu Harry

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