Cap 13



 


22 de Novembro de 2005


 


            Harry conseguiu acudir o filho a tempo. Ele orbitou com ele até o sótão e o deitou na cama.
 




-Pai?- disse Alvo que suava de febre por causa do veneno


-Você vai ficar bem, eu prometo- disse Harry que estava curando o seu filho


-Harry, nós derrotamos...- disse Rony que ao ver Alvo na cama sangrando parou de falar


            Os Guerreiros da Luz derrotaram muitos demônios, juntamente com os anciões. Tudo parecia estar bem, até eles verem Alvo ferido na cama...


-Como ele está?- questionou Gina amedrontada


-Ele precisa descansar agora- falou Harry acariciando a cabeça do filho- A febre vai passar logo


-O que aconteceu?- questionou o Sr. Weasley preocupado


-Belthazor o atacou com a adaga negra, ela é usada pelos anjos negros para matar os anjos brancos- explicou Harry mostrando a adaga- Eu vou cuidar dele até a febre passar- disse Harry que ao olhar para a esposa- Por favor, Gina fique com James que eu fico com o Alvo


            Gina percebeu o quanto aquilo era importante para o marido e concordou com a decisão do mesmo, os demais juntamente com ela se retiram do sótão desejando melhoras para o Alvo.


-Você vai ficar bem filho, o seu pai está aqui- disse Harry colocando um pano úmido na testa do filho


-Anne, Anne, Anne- chamava Alvo delirando


-Vai ficar tudo bem, não se preocupe- falou Harry


            Assim que a febre abaixou, Alvo adormeceu e Harry continuou do lado do filho...


-Harry, trousse para você- disse Gina entregando um prato de comida para o marido


-Obrigado- sorriu Harry


-Como ele está?


-A febre abaixou


-Não é culpa sua, ele sabe- consolou Gina beijando a testa do marido- Que tal você almoçar e eu cuidar dele agora?


-Eu...


-Não- interrompeu Gina- Você precisa se cuidar também, almoce, tome um banho, aí você volta, está bem?


            Harry percebeu que não era um pedido e sim, uma ordem. Ele assentiu e obedeceu a esposa.


-O seu pai e eu te amamos Al, fique bom logo- falou Gina beijando a testa do filho


            Alvo acordou durante a noite e viu os seus pais o olhando com ternura.


-O que aconteceu? Como vim parar aqui?- questionou Alvo confuso


-O seu pai te salvou filho- respondeu Gina- E o senhor derrotou bravamente Belthazor


-Obrigado, pai- agradeceu Alvo com um belo sorriso


-Me perdoe por não ter acreditado em você- pediu Harry


-Está tudo bem pai- disse Alvo rapidamente- Você teria acreditado em mim, se eu não tivesse mentido e manipulado em tantas outras vezes...


            Harry abraçou o filho ternamente.


-Barbas? A Rainha das Trevas?- questionou Alvo preocupado


-Matei Barbas, mas a Rainha das Trevas escapou- respondeu Harry


-Não teria tanta certeza disso- sorriu Giddeon orbitando no sótão- Vocês acham mesmo que eu ia perder a chance de derrotar a Rainha das Trevas?


-Então, acabou- sorriu Alvo


-Sim- sorriu Giddeon- É evidente que surgirá outra Rainha ou Rei das Trevas, mas tudo em seu tempo... O mundo inferior terá grandes batalhas pela frente, até surgir o novo sucessor... Mas, nada que você deva preocupar agora. Talvez, no seu tempo...


-Alvo, eu acho melhor você descansar agora- aconselhou Gina


            Assim que seus pais saíram do sótão, Alvo usou a sua telecinese para pegar a sua mochila para ler o livro de “História da Magia”...


 


            Um demônio aranha que gosta de se alimentar da magia de bebês bruxos, matou o primogênito dos Potteres no dia 28 de Fevereiro de 2006. E assim, se tornou a Rainha das Trevas, a mais poderosa que já existiu.


 


            Com essa triste informação, Alvo chamou o Livro das Sombras de modo que pudesse lê-lo em sua cama...


 


O  Demônio Aranha pode absorver a energia vital de qualquer criatura mágica ou não mágica. Ele também pode absorver a magia de criaturas mágicas, em preferencial, bebês bruxos que são fontes naturais de poder. As suas garras possuem veneno que pode transformar qualquer ser vivo em um de seus seguidores.


 


“Ótimo! Eu vim para impedi-lo de se tornar um Rei das Trevas, quando consigo, um demônio aranha o mata!”- pensou tristemente Alvo


            Alvo custou a adormecer, no dia seguinte ele acordou bem cedo e leu novamente o Livro das Sombras...




Posteriormente,  localizou o seu pai no Templo Sagrado...


-Alvo!- sorriu Harry- Eu estava vendo com Giddeon como levá-lo de volta ao seu tempo...


-Não precisa, primeiro que eu sei como voltar e segundo porque James será assassinado por um demônio aranha no dia 28 de Fevereiro de 2006. Então, eu vou ficar para resolver isso- explicou calmamente Alvo


-Nossa, desse jeito o senhor terá que ficar aqui por mais tempo, receio que terá que fazer uns serviços para mim nesse tempo- disse Giddeon serenamente


-Como?- questionou Alvo surpreso


-Você irá cumprir os seus serviços de guardião e procurará por esses demônios aranha- explicou Giddeon- Reúna-se com os demais guardiões, meu jovem- pediu Giddeon


-Sim, senhor- curvou-se Alvo à contra gosto- Harry, converse com nossos familiares assim que puder


-Não se preocupe- assentiu Harry


            Alvo reuniu-se com os demais guardiões e pegou a sua missão do dia: derrotar o Demônio da Fortuna. Assim que ele leu a sua missão, orbitou no sótão e leu no Livro das Sombras...


 


O Demônio da Fortuna alimenta-se da ambição humana por dinheiro. Ele está sempre por perto das pessoas ambiciosas. É um demônio de alto nível, pois a sua fonte de poder é inabalável.


 


-Isso quer dizer que ele está entre os mortais- pensou alto Alvo que ao sentir a presença da sua mãe se aproximando fechou o livro- Oi mãe- sorriu Alvo


-Há quanto tempo está aqui no sótão?- questionou Gina


-Nem sei- respondeu Alvo dando de ombros- O Harry já conversou com vocês?


-Sim, o seu pai já conversou conosco- respondeu Gina enfatizando a palavra “pai”- Alvo, que tal o senhor descer, tomar um café reforçado e conversamos um pouco sobre:  por que o senhor insiste em chamar seu pai de Harry?


-Ok- respondeu Alvo orbitando na cozinha e encontrando com seus avós e tios- Bom dia, como vão?


-A grande questão é como você vai?- questionou Hermione


-Muito bem, tenho até trabalho- respondeu Alvo- Giddeon insistiu que eu exercesse as minhas funções de guardião enquanto ficar por aqui...


-O seu pai explicou isso também- sorriu Gina sentando-se ao lado do filho e servindo-o um prato de panquecas- Então?


-Então?- voltou à pergunta Alvo


-Qual é seu problema com seu pai?- questionou Gina fazendo a família se dispersar


-Você espantou as pessoas- riu Alvo vendo-se sozinho com a sua mãe na cozinha


            Gina bufou e cruzou os braços. Alvo fitou o prato de panquecas, pegou um garfo e uma faca, de modo a começar a comer...


-Mãe- disse Alvo calmamente- Estou com fome, depois conversamos, por favor- pediu Alvo


-Ok- concordou Gina levantando-se


            Gina ficou lavando a louça, enquanto Alvo tomava o seu café da manhã. Assim que ele terminou...


-Eu não tenho nenhum problema com o Harry desse tempo, acontece que desde que me entendo por gente, estou habituado a chamá-lo de Harry- disse Alvo tranquilamente


-Então, faça um esforço para mudar isso- pediu Gina séria- Você parte o coração do seu pai toda vez que o chama pelo nome


-Ok- deu de ombros Alvo, atitude percebida por sua mãe


-Alvo Severus- repreendeu Gina- Por favor, pense no seu pai um pouco!


-É ele que devia pensar em mim! Eu não o chamaria pelo nome se ele tivesse pensado em mim!- respondeu Alvo nervoso orbitando no sótão


            Gina suspirou tristemente e decidiu não ir atrás do filho. Enquanto isso, Alvo tentava em vão se acalmar, pois o simples fato de pensar no Harry que ele conheceu na sua época, o deixava com raiva. Então, ele pegou uma roupa limpa e foi tomar banho. Ao sair do banho, ele encontrou a sua mãe no corredor...


-Alvo- chamou Gina


            Alvo virou-se para mãe. Gina observou que ele a mirava indiferente e com os braços cruzados, indicando que não queria conversa...
 





-O que foi?- questionou Alvo revirando os olhos


-Tome cuidado- pediu Gina preocupada


-Vou ficar bem, sou o melhor- sorriu Alvo


-Pense com carinho no que conversamos á pouco, o Harry que você conheceu no seu tempo, mudou- disse Gina calmamente


            Alvo deu de ombros e orbitou primeiramente em um galpão abandonado, onde preparou uma armadilha para demônios, depois foi para uma rua sem movimento próxima ao cassino mais badalado de Londres, de modo a entrar como Arthur Corner e sentar-se em uma mesa de poker. Alvo com a sua experiência no jogo ganhou algumas rodadas e depois mudou de mesa, depois de jogo, de modo a analisar as pessoas que estavam por lá. Assim, ele aproximou-se de Benjamin Banks, um jovem de 20 anos, filho de empresário e viciado em jogo.


-Droga!- disse Benjamin assim que perdeu na roleta mais uma vez- Eu não entendo parece que você é vidente!- disse Benjamin fitando Alvo indignado


            Alvo percebeu que a sua telecinese era bem útil para ganhar o jogo, ele simplesmente movia bola de metal até o seu número. Dessa forma, ele ganhou por três vezes seguidas, mas a próxima deixaria escapar...


-Foi sorte- sorriu Alvo pegando as suas fichas


            Passado um tempo, no qual Alvo perdeu e saiu de cena, sem perder o Benjamim de vista, o Demônio da Fortuna aproximou-se da sua vítima, de modo a absorver a ambição do jovem e fortalecer-se. Contudo, o que ele não esperava, era que dessa vez, os seus planos ruiriam...  


            Alvo orbitou atrás do demônio que nem percebeu a sua chegada, só dando por si em um galpão abandonado e sem seus poderes...


-Demônio da Fortuna, enfim enjaulado- riu Alvo


-Maldito seja!


-Eu posso explodi-lo, queimá-lo ou cortar a sua cabeça, qual opção você prefere?- questionou Alvo que ao não obter resposta- Muito bem, então- disse Alvo erguendo a mão e usando a sua explosão molecular para explodir o demônio- Menos um, até que foi fácil...- pensou alto Alvo voltando para o cassino e trocando as fichas por dinheiro


“Nunca se sabe quando vou precisar do Zax”- pensou Alvo orbitando no Templo e classificando a sua missão como cumprida


-Muito bem jovem- elogiou Syrus- Em breve o senhor será informado da sua próxima missão, pode se retirar


            Alvo curvou-se, orbitou no sótão, pegou a sua mochila e guardou as 100 mil libras que tinha ganhado, juntamente com as sacolas de ouro remanescentes.   


“Espero que seja o suficiente”- pensou Alvo que ao arrumar a sua mochila, não planejara ficar tanto tempo


            Ele foi até o Livro das Sobras, releu a parte sobre o demônio aranha e orbitou na biblioteca do Templo em busca de mais informações. Assim, Alvo entrou em uma rotina de trabalho e estudo, na qual a Toca se tornou apenas um lugar de passagem ou hotel, irritando profundamente Gina...


-Ele não para em casa- reclamou Gina para Hermione


-Ele tem muito trabalho, o que ele pode fazer? As coisas mudaram...


-Ele poderia para em casa nos finais de semana, conversar comigo de vez em quando, estou com saudades, já faz três semanas que estamos assim- suspirou Gina


-Você já tentou chamá-lo? Como faz com o Harry...


-Ele não atende na maioria das vezes...


-Alvo- chamou Hermione


-Viu- disse Gina que ao ver Alvo na sala segundo depois
 





-Está tudo bem?- questionou Alvo fitando Hermione e Gina


            Gina indignou-se, mas ao ver que Alvo estava com um ferimento no pescoço...


-Está tudo bem?- questionou Gina


-Ah, isso é tranquilo- sorriu Alvo curando-se- Então? Vocês estão bem?


-A sua mãe está com saudades- explicou Hermione- Os guardiões não têm folga, não?


-Ah não- riu Alvo- Principalmente, eu... Já que estão bem, preciso ir- disse Alvo orbitando logo em seguida


-Viu, ele mal olhou para mim- disse Gina tristemente


-Acalma-se Gina, ele estava com pressa. Ele não está aqui a passeio, lembra?


            Alvo orbitou no Templo conversou com Syrus sobre a sua missão que tinha finalizado e foi para a biblioteca onde encontrou Harry. Os dois se encontravam de vez em quando, quando isso acontecia Alvo limitava-se a cumprimentar o seu pai e focar-se no livro que estava lendo...


-Boa noite- disse Alvo olhando o pai que sorriu


-Boa noite, filho


            Alvo assentiu com a cabeça e usou a sua telecinese para pegar o último livro da biblioteca sobre demônios aranhas, com as suas leituras anteriores, ele aprendeu o antídoto para o veneno delas, como derrotá-las, mas ainda não tinha descoberto como encontrá-las...


-Alvo- chamou Harry que estranhava o fato do filho não falar nada sobre os demônios aranhas- Sobre o que está lendo?


-Harry, eu estou estudando- disse Alvo revirando os olhos


-Ok...


            Passado um tempo, Alvo terminou de ler o que lhe interessava, fez umas anotações em um pergaminho e guardou o livro rapidamente com a sua telecinese. Ele fitou o pai e despediu-se.


-Espera- pediu Harry- Precisamos conversar


-Ok...


            Harry orbitou na Tower Bridge e Alvo acompanhou-o.


-Alvo, eu estou estranhando o fato do senhor não ter falado nada sobre os demônios aranhas, você não está indo atrás deles sozinho, está?- questionou Harry firme- Eles são perigosos, eu já li todos os livros sobre eles, como você...


-Meus parabéns, então- falou Alvo ironicamente


-Sem ironias e responda a minha pergunta!


-Eu ainda não sei como encontrá-los- respondeu Alvo firme- Mais alguma coisa, senhor?


-Não, dispensado- disse Harry desconfiado


-Ok- disse Alvo orbitando na toca do Zax


            Alvo, ao contrário do pai, possui contatos no mundo inferior que infelizmente, nunca tinham visto um demônio aranha, só ouvido falar. Contudo, em uma de suas visitas ao Zax, esse o apresentou ao seu irmão Rutz que é um demônio aventureiro que pega os ingredientes que o seu irmão precisa e vende para os demais. Ele tinha viajado há duas semanas e tinha acabado de retornar. 


-Guardião!- disse Zax animado ao ver Alvo- Veja quem voltou!


-Oi Zax! Rutz, como vai?- sorriu Alvo


-Bem, bem e trousse muita mercadoria que talvez o interesse- falou Rutz abrindo o saco que carregava nas costas


-Obrigado- agradeceu Alvo- Por onde andou?


-Em florestas escuras e bastante sombrias, em uma até tive a impressão de ter visto uma aranha virar uma mulher...


-Como?- questionou Alvo surpreso


-Eu não tenho certeza...


            Alvo entregou uma sacola com moedas de ouro para o demônio.


-Sim, vi, sim


-Onde? Em qual floresta?- questionou afoito Alvo


-Não saberia dizer- sorriu Rutz


-Esse é meu irmão!- sorriu Zax orgulhoso


            Alvo, contrariado, entregou mais uma sacola de ouro.


-Diga de uma vez!- mandou Alvo


-Floresta das Trevas- respondeu Rutz- Há meia noite até a sua sombra tem medo e foge


-Obrigado, eu preciso ir, estão me chamando- agradeceu Alvo orbitando na Toca


            Enquanto Alvo conversava com os demônios, ele ouvia a sua mãe o chamando  a cada minuto. Então, assim que ele orbitou na Toca...


-Onde você estava?- questionou Gina irritada


-Trabalhando- respondeu Alvo simplesmente que ao sentir a presença do pai na Toca estremeceu


-Se estava trabalhando, por que usou os seus poderes para impedir que fosse localizado?- questionou Harry firme


-Força do hábito- respondeu Alvo irônico


-Sem ironias rapaz!- mandou Harry categórico


-Responda o seu pai!- mandou Gina nervosa


            Alvo olhou temeroso para seus pais, mirou os demais familiares, sentou-se no sofá e permaneceu em silêncio.


-Estamos esperando- falou calmamente o Sr. Weasley se aproximando do neto- Alvo...


            Alvo olhou para o avô e sorriu.


-Estava no mundo inferior- falou Alvo tranquilamente- Andei conversando com os contatos que tenho por lá, mas nenhum soube dizer nada sobre os demônios aranhas... Nenhum livro fala como encontrá-los... Eu acredito que às vezes, esses demônios são capazes de assumir a forma de simples aranhas, aí, sem saber, dentro da nossa própria casa podem ter vários...


-Eu também andei pensando nisso- falou Harry pensativo


-Viram! As aranhas são monstros! Demônios! Perigosíssimas!- exclamou Rony


-Se é só isso, porque o senhor não respondeu logo o seu pai?- questionou Gina séria e desconfiada


-Porque eu não gosto que se metam na minha vida!- exclamou Alvo nervoso orbitando no sótão


            Alvo estava decidido a ir à Floresta das Trevas sozinho para estudar o local e averiguar a informação, antes de colocar a vida dos seus familiares em risco. Então, preferiu assumir o risco de não falar.


-Alvo! O que foi aquilo lá em baixo?!- questionou Harry nervoso orbitando no sótão


-Me desculpe, estou cansado- falou Alvo rapidamente- Vocês estão me esgotando- acusou Alvo- Não me deixam em paz, isso cansa!


-Ok- suspirou Harry- Mas essa é a nossa função, somos seus pais. É a nossa obrigação controlar os seus passos!


            Alvo deu de ombros.


-Alvo Severus, desça e peça desculpas- mandou Harry firme


            Alvo obedeceu, orbitando imediatamente na sala e pedindo desculpas.


-Ótimo, agora suba e fique no seu quarto- mandou Harry assim que o filho pediu desculpas para a sua mãe e demais familiares


-Como?- questionou Alvo estupefato


-O senhor está de castigo- informou Harry


-Aff- disse Alvo orbitando no sótão indignado


 


8 de Dezembro de 2005


 


            Assim que Alvo acordou, ele se assustou com o seu pai que o observava atentamente.


-Bom dia filho- sorriu Harry


-O que o senhor quer?- questionou Alvo nervoso


-Vim saber se o senhor pensou no que fez ontem?- questionou Harry firme


            Alvo revirou os olhos, atitude percebida pelo pai.


-Sim, claro- forçou um sorriso Alvo


-Mude essa atitude, não sou idiota!- exclamou Harry nervoso


            Alvo levantou-se da cama, ignorando o pai.


-Eu tenho que ir trabalhar- falou Alvo pegando umas roupas e orbitando no banheiro


            Harry respirou fundo e orbitou no templo. Um tempo depois, assim que ele sentiu a presença do filho...


-Alvo- disse Harry segurando o braço do filho- Acho bom o senhor não estar aprontando ou não respondo por mim, entendeu o recado?


-Sim, senhor- murmurou Alvo


-Ótimo, tenha um bom trabalho- disse Harry soltando o braço do filho


            Assim que Alvo finalmente conseguiu eliminar o demônio, depois de um árduo combate, reportou o fim da sua missão no templo e logo depois, orbitou na Floresta das Trevas, ele estava exausto após o combate, mas tinha que aproveitar que ainda eram 16 horas, ou seja, não era perigoso ir até a floresta sozinho.


            Ao caminhar pela floresta, Alvo usou os seus poderes para não ser localizado, assumindo o risco de tal atitude que enfureceria o seu pai... Assim que anoiteceu, Alvo passou a usar a sua espada que emitia uma luz azul à noite para iluminar os seus paços. Foi então que ele ouviu pequenos paços, olhou para o seu lado direito apreensivo e sentiu a presença de um demônio...


-Quem se atreve a invadir minha floresta?!- questionou uma voz


-Quem está aqui apareça?!- questionou Alvo nervoso


 


           
Silêncio.


            Alvo fechou os olhos e se concentrou de modo a localizar onde estava aquela voz, então percebeu que o demônio se aproximava, estava cada vez mais perto de onde estava. Assim, ele orbitou rapidamente e ficou em cima de uma árvore invisível.


-Para onde foi, jovem guardião?- questionou a voz novamente


            Alvo olhava surpreso para baixo, sem entender por que não via ninguém, mas sentia que o demônio estava lá em baixo. Antes que Alvo pudesse pensar no que iria fazer, ele ouviu o seu pai o chamando e orbitou até ele.


-Alvo Severus!- disse Harry nervoso- Estávamos preocupados, para onde o senhor foi?


            Harry e Gina observavam o filho, constando o quanto ele estava cansado e sujo.


-Ele estava em uma floresta- observou Gui pelos trajes do sobrinho


-Sim, estava- disse Alvo firme- Fui até a Floresta das Trevas, matar uns demônios por conta própria para aliviar a minha tensão


-Ok- disse Harry pensativo- Quais você matou?


-Uns de baixo calibre que nem vale a pena reportar- respondeu Alvo rapidamente


-Muito bem, então- assentiu Harry que ao ver um pequeno sorriso quase que imperceptível no rosto do filho- Reporte mesmo assim, para mim, agora!


-Como?- questionou Alvo surpreso


-Agora!- mandou Harry decidido


            Silêncio.


-Você não estava atrás de nenhum demônio para aliviar a sua tensão, você mentiu!- acusou Harry


-Sim, menti- admitiu Alvo- Mas eu estava de fato na Floresta das Trevas


-Fazendo o que?- questionou Harry nervoso


-Nada de mais, só conferindo quais criaturas das trevas têm por lá- respondeu Alvo calmamente- Percebi que lá tem uma presença maligna e resolvi conferir


-Ok- disse Harry pensativo- Por que foi lá especificamente?


-Eu não sei, resolvi passear na floresta...- sorriu Alvo


-Vá para o sótão- mandou Harry desconfiado- Ele está aprontando alguma!- disse Harry assim que Alvo orbitou


-Eu tenho certeza disso- concordou Gina- Ele estava em perigo, eu senti, por isso te chamei


-Fez bem- disse Harry orbitando no sótão- Alvo Severus, só vou perguntar mais essa vez! O que o senhor estava fazendo na floresta?


-Passeando, já falei!- respondeu Alvo nervoso


-Mentiroso!- acusou Harry pegando o filho pelo colarinho e dando um tapa bem dado na face do mesmo- Você está procurando os demônios aranhas sozinho! Não está?


-Não!- respondeu Alvo firme


-Acho bom mesmo!- disse Harry soltando o filho e retirando a capacidade de orbitar do mesmo- O senhor vai ficar sem orbitar por um tempo, até aprender a parar de mentir!


-Ótimo, como irei trabalhar?- questionou Alvo irritado


-Irei com você- falou Harry firme


-Que vá sozinho então!- retrucou Alvo


-Pare de me responder dessa forma!- disse Harry dando um novo tapa no filho e saindo do sótão logo em seguida


-AH- gritou Alvo nervoso lançando bolas de fogo pela janela


            Alvo logo ia descobrir que Harry não ia facilitar nada para ele, pois foram se passando os dias e nada de recuperar o seu poder de orbitar.


-Harry, eu exijo o meu poder de volta!- pediu Alvo nervoso


-Pode esquecer!- falou Harry firme


-Já faz uma semana!- continuou Alvo- As minhas asas estão ficando enferrujadas!- disse Alvo mostrando as suas asas que até estalaram ao serem erguidas- Por favor- pediu Alvo juntando as mãos em súplica


            Harry ao retirar o poder de orbitar do filho, tirou as asas principais do mesmo, de modo que ele não pudesse voar.


-Não- disse Harry categórico


-Ótimo!- disse Alvo nervoso- O que eu tenho que fazer para você devolver as minhas penas?!


-Eu não sou idiota Alvo- disse Harry calmo- Admita, assuma que mentiu e você voltará a voar


-Ok, então- sorriu Alvo- Oh poderoso ancião, eu menti, pronto


-Alvo!- repreendeu Harry


-Ok, ok, tá, eu fui atrás dos demônios aranhas sozinho- admitiu Alvo- Estou arrependido, então?


-Finalmente- sorriu Harry devolvendo o poder de orbitar do filho- Agora me conte o que o senhor escondeu de mim- mandou Harry sério


-Está bem...- suspirou Alvo, deixando claro os motivos que o levaram a omitir a informação da sua família


-Alvo, você tem que parar de agir sozinho- advertiu Harry


-Você sabe o quanto esses demônios são perigosos, eu não quero colocar a minha família em risco! E eu, só eu, sou o único que pode morrer!


-Não, você não pode!


-Para de ser superprotetor Harry- riu Alvo- Você não é meu pai e nunca vai ser


            Harry olhou surpreso e ofendido para o seu filho.


-Como? Ora jovem! Eu sou o seu pai e sempre serei!


            Alvo riu e orbitou na Tower Bridge.


-Por que você insisti em me chamar de Harry?


-Por favor, me deixa em paz


-Não- disse Harry firme- Eu não vou deixá-lo em paz


-Harry, entenda de uma vez por todas, se tem alguém que você tem que se importar é com o Alvo que vai nascer não comigo! Eu nunca tive alguém para chamar de pai! – disse Alvo com olhos repletos de mágoa


-Me desculpe


-Do que? Entende o quanto isso é bizarro!- disse Alvo nervoso- Eu sempre agi sozinho, nunca tive que dar satisfação de nada, aí eu chego aqui nesse tempo e vocês só sabem encher meu saco!


-Você nos mudou


-Que seja- falou Alvo dando de ombros


-Aproveite para mudar também, filho


-Posso tentar- suspirou Alvo- Afinal, você não é o Harry que tive a infelicidade de conhecer...


            Os dois ficaram em silêncio, até que Harry abraçou o filho.


-Eu te amo, pare de duvidar disso- falou Harry emocionado


-Ok, pai- disse Alvo sentindo-se mal ao ver as lágrimas do pai


-É tão difícil me chamar assim?


-Vou me esforçar- prometeu Alvo sem responder a pergunta


-Obrigado

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