Chapter III-II
Chapter III-II – Lambdadelta.
Parte 1
Quando Harry acordou no domingo de manhã, levou algum tempo para se lembrar da razão pela qual se sentia tão infeliz e preocupado. Então, a lembrança da noite anterior o engolfou. Ele se sentou e afastou as cortinas da cama, com a intenção de falar com Rony, forçar Rony a acreditar nele - mas encontrou a cama do amigo vazia; obviamente já fora tomar o café da manhã.
Harry se vestiu e desceu a escada circular para a sala comunal. No instante em que apareceu, os colegas que já haviam terminado o café, mais uma vez, prorromperam em aplausos. A perspectiva de chegar ao Salão Principal e encarar o restante dos colegas da
Grifinória, todos o tratando como uma espécie de herói, não era nada convidativa; mas era isso ou ficar ali encurralado pelos irmãos Creevey, que lhe acenavam freneticamente para que fosse se juntar a eles. Assim, dirigiu-se resolutamente ao buraco do retrato.
Ele desceu, atravessando depressa o saguão, sem olhar para o Salão Principal, e pouco depois estava caminhando pelos jardins em direção ao lago, onde o navio de Durmstrang, ancorado, se refletia escuramente na água. Ele não estava prestando atenção por onde estava andando, e como resultado, acabou esbarrando em alguém. Ele ficou um pouco surpreso quando foi ver em quem ele tinha esbarrado. Tinha longos cabelos loiros e olhos prateados, alem de usar um colar de rolhas de cerveja amanteigada. Que, por algum motivo, Harry achou que a deixava ainda mais bonita, mas ele logo espantou esses pensamentos enquanto estendia a mão para ajudá-la a se levantar, o que a menina prontamente aceitou.
- Me desculpe por isso, você se machucou?
- Estou bem, obrigada. Não foi culpa sua, eu é que não estava prestando atenção.
- Não, eu também não estava prestando atenção. – Depois de alguns segundos em silencio, eles começaram a rir. Era estranho, por que ele estava rindo?
- Então vamos só esquecer isso, que tal? – Ela pergunta sorrindo gentilmente, ao que Harry apenas acena com a cabeça, fazendo a menina sorrir mais ainda.
- Ah sim, prazer em conhecê-lo, me chamo Luna, Luna Lovegood.
- O prazer é meu, me chamo Harry, Harry Potter.
E após isso, eles ficaram um tempo conversando ali, e nesse tempo, ele conseguiu descobrir algumas coisas sobre Luna. Ela estava no terceiro ano na Corvinal, seu pai era editor de uma revista chamada Pasquim, e Luna adorava pudins. Eles também falaram sobre algumas criaturas que Harry nunca havia ouvido falar, como Nargules. Era bem agradável conversar com Luna, mas, infelizmente, aquele momento não durou muito, pois logo eles tiveram que seguir cada um o seu caminho.
Parte 2
Se Harry pensou que as coisas iam melhorar uma vez que se acostumasse à idéia de ser campeão, o dia seguinte lhe provou que estava enganado. Ele não poderia evitar o resto da escola quando voltasse às aulas - e era visível que o resto da escola, tal como seus colegas da Grifinória, achavam que Harry se inscrevera para o torneio. Ao contrário dos garotos de sua Casa, porém, os outros não pareciam estar bem impressionados.
Os da Lufa-Lufa, que normalmente conviviam em excelentes termos com os alunos da Grifinória, tinham se tornado bastante frios. Uma aula de Herbologia foi suficiente para demonstrar isso.
Ficou claro que os alunos da Lufa-Lufa achavam que Harry roubara a glória do seu campeão; um sentimento talvez exagerado pelo fato de que a Lufa-Lufa raramente conquistava alguma glória, e Cedrico era um dos poucos que lhe dera alguma, tendo uma vez derrotado a Grifinória no quadribol. Ernesto Mcmillan e Justino Finch-Fletchley, com quem Harry habitualmente se dava tão bem, não falaram com ele, embora os três estivessem re-envasando bulbos saltadores na mesma caixa - embora tivessem rido de modo bem desagradável quando um dos bulbos saltadores escapuliu da mão de Harry e bateu com força no rosto do garoto. Tampouco Rony estava falando com Harry. Hermione se sentou entre os dois, procurando a custo manter uma conversa, e embora os dois lhe respondessem normalmente, evitavam se olhar. Harry achou que ate a Profa Sprout parecia estar distante com ele - mas, afinal, ela era a diretora da Lufa-Lufa.
Em circunstâncias normais, o garoto teria ficado ansioso para ver Hagrid, mas a aula de Trato das Criaturas Mágicas significava também rever os alunos da Sonserina a primeira vez que estaria cara a cara com eles desde que se tórnara campeão.
Previsivelmente, Malfoy chegou à cabana de Hagrid com o conhecido sorriso desdenhoso atarraxado no rosto.
- Ah, olha só, pessoal, é o campeão - disse ele a Crabbe e a Goyle no instante em que se aproximou de Harry o bastante para ser ouvido. – Trouxeram os cadernos de autógrafos? É melhor pedir um agora porque duvido que a gente vá vê-lo por muito tempo... Metade dos campeões do Torneio Tribruxo morreu... Quanto tempo você acha que vai durar, Potter? Aposto que só os primeiros dez minutos da primeira tarefa.
Crabbe e Goyle deram risadas para agradá-lo, mas Malfoy teve que parar por aí, porque Hagrid surgiu dos fundos da cabana, segurando uma torre instável de caixas, cada uma contendo um enorme explosivim. Para horror da turma, Hagrid começou a explicar que a razão pela qual os bichos tinham andado se matando era o excesso de energia acumulada, e que a solução era cada aluno pôr uma coleira em um bicho e levá-lo para passear um pouco. A única vantagem desse plano foi distrair Malfoy completamente.
- Levar essa coisa para passear um pouco? - repetiu ele enojado, olhando para dentro de uma das caixas. - E onde exatamente você quer que a gente amarre a coleira? No ferrão, no rabo explosivo desse treco?
- No meio - respondeu Hagrid, fazendo uma demonstração. - Hum... é, vocês talvez queiram calçar as luvas de couro de dragão, assim como uma precaução a mais. Harry, venha até aqui me ajudar com esse grandalhão...
A verdadeira intenção de Hagrid, no entanto, era falar com Harry longe do restante da turma.
Ele esperou até todos terem se afastado com os explosivins, depois se virou para o garoto e disse muito sério:
- Então... Você vai competir, Harry. No torneio. Campeão da escola.
- Um dos campeões - corrigiu-o Harry.
Os olhos de Hagrid, negros como besouros, pareciam muito ansiosos sob as sobrancelhas desgrenhadas.
- Não faz idéia de quem o meteu nessa fria, Harry?.
- Você acredita então que não fui eu que me inscrevi? - perguntou Harry, escondendo com esforço o arroubo de gratidão que sentiu ao ouvir as palavras de Hagrid.
- Claro que acredito - resmungou Hagrid. - Você diz que não foi você e eu acredito em você, e Dumbledore acredita em você e tudo.
- Eu bem gostaria de saber quem foi - disse o garoto com amargura.
Parte 3
A aula de Poções sempre fora uma experiência terrível, mas ultimamente chegava quase a ser uma tortura. Ficar trancado em uma masmorra durante uma hora e meia com Snape e os alunos da Sonserina, todos decididos a castigar Harry o máximo por se atrever a ser campeão da escola, era a coisa mais desagradável que ele poderia imaginar. Já aturara uma sexta-feira, com Hermione sentada ao seu lado, entoando entre dentes "Não ligue, não ligue, não ligue", e ele não conseguia ver por que esta seria melhor.
Quando ele e a amiga chegaram à porta da masmorra de Snape depois do almoço, encontraram os alunos da Sonserina esperando à porta, cada um deles usando um distintivo no peito. Por um instante delirante, Harry pensou que fossem distintivos do F.A.L.E. - mas logo viu que todos continham a mesma mensagem em letras vermelhas luminosas, que brilhavam vivamente no corredor subterrâneo mal iluminado.
Apóie CEDRICO DIGGORY o VERDADEIRO campeão de Hogwarts.
- Gostou, Potter? - perguntou Malfoy em voz alta, quando Harry se aproximou. - E isso não é só o que eles fazem, olha só!
E apertou o distintivo contra o peito, a mensagem desapareceu e foi substituida por outra, que emitia uma luz verde:
POTTER FEDE
Os alunos da Sonserina rolaram de rir. Cada um deles apertou o distintivo também, até que a mensagem POTTER PEDE estivesse brilhando vivamente a toda volta do garoto. Ele sentiu uma onda de calor subir pelo pescoço e o rosto.
- Ah, engraçadíssimo - disse Hermione com sarcasmo a Pansy Parkinson e sua turma de garotas da Sonserina, que riam mais gostosamente do que quaisquer outros. - É realmente engraçadissimo.
Rony estava parado encostado à parede com Dino e Simas. Ele não estava rindo, mas tampouco defendia Harry.
- Quer um, Granger? - perguntou Malfoy, oferecendo um distintivo a Hermione. - Tenho um monte. Mas não toque na minha mão agora, acabei de lavá-la, sabe, e não quero que uma sangue ruim a suje.
Uma parte da raiva que Harry vinha sentindo havia dias pareceu romper um dique em seu peito. Ele apanhou a varinha antes que conseguisse pensar no que estava fazendo. As pessoas em volta se afastaram correndo, recuaram pelo corredor.
- Harry! - gritou Hermione em tom de aviso.
- Anda, Potter, usa - disse Malfoy em voz baixa, puxando a própria varinha. – Ushiromiya não está aqui para proteger você agora, usa, se tiver peito...
Por uma fração de segundos, eles se encararam nos olhos, depois, exatamente ao mesmo tempo, os dois agiram.
- Furnunculus!- berrou Harry.
- Densaugeo! - berrou Malfoy.
Feixes de luz saíram de cada varinha, colidiram em pleno ar e ricochetearam em ângulo - o de Harry atingiu Goyle no rosto e, o de Malfoy, Hermione. Goyle berrou e levou as mãos ao nariz, de onde começaram a brotar furúnculos enormes e feios – a garota, chorando de dor, apertou a boca.
- Mione! - Rony correu para ela para ver o que acontecera.
Harry se virou e viu Rony tirando a mão de Hermione do rosto. Não era uma visão agradável. Os dentes da frente da garota - que já eram maiores do que o normal - cresciam agora a um ritmo assustador; a cada minuto a garota se parecia mais com um castor, pois seus dentes se alongavam, ultrapassavam o lábio inferior em direção ao queixo - tomada de pânico, ela os apalpou e soltou um grito aterrorizado.
- Que barulheira é essa? - perguntou uma voz suave e letal. Snape chegara.
Os alunos da Sonserina gritavam tentando dar explicações.
Snape apontou um dedo longo e amarelado para Malfoy e disse:
- Explique.
- Potter me atacou, professor...
- Atacamos um ao outro ao mesmo tempo! - gritou Harry.
- ... e ele atingiu Goyle, olhe...
Snape contemplou Goyle, cujo rosto agora lembrava a ilustração de um livro doméstico sobre cogumelos venenosos.
- Ala hospitalar - disse o professor calmamente.
- Malfoy atingiu Hermione! - disse Rony. - Olhe!
O garoto obrigou Hermione a mostrar os dentes a Snape – ela se esforçava ao máxiximo para escondê-los com as mãos, embora isso fosse difícil, porque agora tinham ultrapassado o seu decote. Pansy Parkinson e as outras garotas da Sonserina se dobravam de rir em silêncio, apontando para Hermione pelas costas de Snape.
Snape olhou friamente para Hermione e disse:
- Não vejo diferença alguma.
Hermione deixou escapar um lamento, seus olhos se encheram de lágrimas, ela deu meia-volta e correu, correu pelo corredor afora e desapareceu.
Foi uma sorte, talvez, que Harry e Rony tenham começado a gritar com Snape ao mesmo tempo; sorte que suas vozes tenham ecoado tão forte no corredor de pedra, porque, na confusão de sons, ficou impossível o professor ouvir exatamente os nomes de que o xingaram. Mas ele captou o sentido.
- Vejamos - disse, na voz mais suave do mundo. – 50 pontos a menos para a Grifinória e uma detenção para cada um, Potter e Weasley. Agora, entrem ou será uma semana de detenções.
Os ouvidos de Harry zumbiram. A injustiça daquilo o fez desejar amaldiçoar Snape, desintegrá-lo em mil pedacinhos nojentos.
Ele passou pelo professor e se dirigiu com Rony para o fundo da masmorra, largando com força a mochila sobre a carteira. Rony tremia de raiva, também - por um instante, pareceu que tudo voltara ao normal entre os dois, mas, em vez disso, Rony se virou e se
sentou entre Dino e Simas, deixando Harry sozinho na carteira.
Do lado oposto da masmorra, Malfoy deu as costas para Snape e comprimiu o distintivo, rindo-se, O POTTER PEDE lampejou mais uma vez pela sala.
Harry se sentou e ficou encarando Snape quando a aula começou, visualizando coisas horríveis acontecendo ao professor... se ao menos ele soubesse executar uma Maldição Cruciatus...
Parte 4
Várias coisas haviam acontecido naquela noite, primeiro, Harry havia descoberto que ele teria que passar por um dragão durante a primeira tarefa. Segundo, ele havia falado com Sirius na lareira da sala comunal da Grifinória. E terceiro... Ele estava agora em uma espécie de espaço vazio encarando uma menina que parecia um tanto mais nova que ele, tinha cabelos loiros curtos e olhos vermelhos, e usava um curto vestido rosa, a parte dianteira dele ia até um pouco acima de suas coxas, enquanto a parte de trás quase tocava o chão. Ela também usava uma boina da mesma cor, olha para essa menina lhe dava uma vontade inexplicável de comer doces.
-Err... Quem é você?
-Que rude, não sabe que deve se apresentar antes de perguntar o nome de alguém? – Ela perguntou falsamente emburrada, mas com um brilho divertido em seus olhos.
-Certo então, me chamo Harry, Harry Potter, e você?
-Ah, eu me chamo Lambdadelta.
-Então, err... Lambdadelta... Onde estamos, e o que quer comigo?
-Nós estamos dentro da sua mente, e eu vim aqui para te dizer algumas coisas que você pode gostar de saber.
-Como o que?
-Como, o nome da pessoa que colocou o seu nome no cálice de fogo, e sobre algumas profecias que falam sobre você.
Comentários (1)
Finalmente a Luna apareceu!!!Por Merlin quem é a ggarota do sonho que nome mais estranho.
2012-06-14