Chapter IV-II
Chapter IV-II – Climax
Parte 1
Harry não podia ter ficado mais surpreso. Aquela menina, Lambdadelta, sabia quem tinha colocado seu nome no cálice? Então por que ela só apareceu agora? Quando ele pensou em perguntar, a menina recomeçou a falar.
- Eu sei que você deve ter varias perguntas, mas primeiro eu vou te falar o que eu vim dizer... Deixe-me ver...– Enquanto ela falava, o lugar foi mudando aos poucos, logo, ele era uma pequena sala circular roxa com algumas cadeiras encostadas na parede e uma mesa no centro. Sem demora, a loira se sentou antes de continuar a falar. – Primeiro eu vou te contar sobre a sua profecia... Como ela era mesmo? Ah, lembrei, era mais ou menos assim... Aquele com o poder de vencer o Lorde das Trevas se aproxima... Nascido dos que o desafiaram três vezes, nascido ao terminar o sétimo mês... E o Lorde das Trevas o marcará como seu igual, mas ele terá um poder que o Lorde das Trevas desconhece... e um dos dois deverá morrer na mão do outro pois nenhum poderá viver enquanto o outro sobreviver... Aquele com o poder de vencer o Lorde das Trevas nascerá quando o sétimo mês terminar...E é isso.
Vários pensamentos passaram pela mente de Harry, mas, “é isso” não era um desses. Ele estava um pouco confuso, ele não foi mencionado nem uma vez, como pode aquela profecia ser sobre ele? Ele não demorou a expressar esses pensamentos a menina a sua frente.
- Ah, mas ai é que está; essa profecia não menciona ninguém em especial, e a pessoa que a contou a Voldemort só ouviu metade dela, e também tem o trecho que diz “Nascido dos que o desafiaram três vezes” Só havia duas famílias que se encaixavam nessa descrição, e que tinham filhos que iriam nascer no fim do sétimo mês: Os Potter, e os Longbottom, Voldemort escolheu atacar os Potter, não se sabe o motivo, talvez por você ser um mestiço como ele, enfim, ao tentar te matar, ele acabou te marcando. Você entendeu até aqui. – Vendo a confirmação de Harry, Lambdadelta continuou a falar. – Eu sei que você deve estar confuso, mas, antes de te deixar ir, eu tenho que te contar que foi que colocou o seu nome no cálice de fogo... O nome dessa pessoa é...
Parte 2
Naquele dia, Harry havia ficado para trás durante o fim da aula de Defesa Contra as Artes das Trevas, Lambdadelta havia lhe dito para procurar ou Battler ou Beatrice, e lhes pedir para checar seu nível de magia, e procurar por possíveis bloqueios, ele teria ignorado o que ela disse; se não tivesse encontrado uma abobora ao lado de sua cama, com um bilhete que dizia
Não se esqueça de fazer o que eu te disse.
Lambdadelta.
E aqui estava ele agora, contando ao Ushiromiya sobre o sonho que ele tivera na noite passada. Após a explicação, ele concordou em ajudar, e pediu a Harry que ficasse no centro da sala.
- Agora, fique parado enquanto eu vou medir seu nível mágico, existem três níveis, azul, verde e vermelho, azul é acima da média, verde é na média, e vermelho é abaixo da média, eu vou lançar um feitiço rápido que ira fazer a medição, está pronto? – Harry apenas acena com a cabeça antes de Battler Le lançar um feitiço roxo que fez com que uma aura azul o envolvesse.
- E com isso eu terminei a leitura, agora eu vou procurar por bloqueios de magia, o feitiço de procura pode ser rápido ou lento, isso depende de quantos e quais bloqueios você tem, está pronto? – Outra confirmação, outro feitiço, dessa vez um prateado.
Harry esperou cinco, dez, vinte minutos e nada, quando finalmente se passou uma hora, o feitiço pareceu se completar, Battler o encarava de boca aberta.
- Me diga... Como é que você ainda está respirando? – Harry ficou confuso com aquela pergunta, e isso deve ter ficado óbvio, pois o Ushiromiya logo começou a explicar.
- Harry... Você tem SETENTA E SETE bloqueios de magia, e isso sem contar os nove selamentos em suas habilidades, e mais dois drenos de magia que estão alimentando sabe-se lá o que. – Agora era a vez de Harry ficar surpreso. Setenta e sete bloqueios? E ele ainda tinha mais habilidades que estavam seladas? O que era isso? E o que é que estava sugando sua magia?
- Se você quiser, eu posso tirar isso tudo de você. – Ofereceu Battler, não demorou muito para Harry aceitar a oferta, então o ruivo pediu que ele o esperasse ali, antes de sair apressado pela porta.
Não demorou muito e Battler voltou acompanhado de Beatrice. Parece que ela já estava sabendo do que acontecia, pois assim que chegou ficou a vários passos de distancia de Harry, enquanto apontava a varinha para o mesmo.
-Eu vou retirar os bloqueios selos e drenos que colocaram em você, vai doer um pouco, mas logo passa. Enquanto eu tiro os bloqueios, Beato vai monitorar seu nível mágico, está pronto? – Assim que recebeu a confirmação, Battler começou a trabalhar. No começo, a dor foi infernal, a cada feitiço que Battler lançava para tirar um dos bloqueios, Harry sentia como se ele lentamente cravasse uma faca em seu corpo, e a retirasse de forma mais lenta ainda, mas com o tempo a dor foi diminuindo, apenas para aumentar de uma vez no décimo bloqueio.
-Nível de magia 000456370 e aumentando.
E, a partir do trigésimo bloqueio, a dor só piorava, e no quinquagésimo bloqueio, Harry estava começando a achar que enlouqueceria, quando finalmente começou a diminuir. Ao chegar ao penúltimo bloqueio, tudo o que estava na sala começou a se quebrar, enquanto chamas negras envolviam Harry, sem o queimar.
-Nível Mágico, Endless Nine... E isso faltando mais um bloqueio... Apenas, o que é esse garoto. – Dizia Beatrice com surpresa evidente na voz. Fazendo Battler quase errar o ultimo feitiço em surpresa.
No momento em que o ultimo bloqueio foi retirado, chamas negras envolveram toda a sala, e um par de asas surgiram nas costas de Harry. Uma tinha penas brancas e a outra tinha penas negras. Ambas elas estavam acorrentadas com correntes vermelhas, correntes essas que não demoraram a se partir. Os olhos de Harry estavam, por falta de uma descrição melhor, uma confusão. Eles não paravam de mudar de forma e de cor, enquanto o próprio Harry murmurava algo que ninguém conseguia entender. Correntes vermelhas surgiram por todo o corpo de Harry, apenas para serem despedaçadas. Com um alto grito, que fez as paredes tremerem, Harry desmaiou, ao mesmo tempo em que uma espécie de fumaça escura saia de sua testa, do lugar em que sua cicatriz deveria estar.
Parte 3
E mais uma vez Harry estava no espaço vazio. Mas, dessa vez, ele não estava com Lambdadelta, e sim com uma pessoa que parecia idêntica a ele.
- Quem é você? – Foi tudo o que ele conseguiu dizer, fazendo o “Harry” a sua frente começar a rir.
- Eu? Eu sou apenas a personificação dos seus poderes e memórias, afinal, alguém tem que te ensinar a controlá-los, mas se precisa mesmo me chamar de algo, então eu gostaria que me chamasse de Lúcifer. – Levou algum tempo para Harry finalmente reconhecer o nome.
- Lúcifer... Esse é o nome da... – Mas, Lúcifer ergueu a mão pedindo silencio, impedindo Harry de continuar falando.
- Sim, eu estou ciente de que alguém anda usando meu nome, mas, não sabe que é possível que duas pessoas compartilhem o mesmo nome? – Ele dizia com uma estranha calma, e até mesmo um pouco de diversão na voz. – Enfim, agora que finalmente desbloqueou seus poderes, está na hora de aprender a usá-los, e é para isso que eu estou aqui.
- Como assim? Você vai me ensinar? – E pela segunda vez naquele dia, as palavras de Harry fizeram Lúcifer rir.
- Não, isso demoraria tempo demais, eu vou te passar todo o meu conhecimento, mas, eu já aviso que, você deve restringir um pouco do seu poder, afinal, seu corpo ainda não agüenta todo ele. Mas chega de papo, você tem que ir antes que aquele velho enxerido te entupa de bloqueios de novo, adeus. – E sem dizer mais nada, Lúcifer se tornou uma pequena esfera de luz roxa, e entrou no peito de Harry.
Assim que Harry acordou, ele percebeu que estava na ala hospitalar. Só não se sabe se foi pela decoração, ou pelos gritos que vinham do outro lado da porta. E não houve tempo para descobrir, pois logo a porta foi aberta, e pela mesma entraram o prof. Dumbledore, a Prof. Minerva, o Prof. Ushiromiya e Beatrice.
- Que bom que está acordado Harry, eu estava ficando preocupado com você. – Disse Dumbledore, e no mesmo instante, a cabeça de Harry começou a doer levemente, e, graças ao conhecimento de Lúcifer, ele pode perceber imediatamente o que acontecia... O diretor estava tentando entrar em sua mente.
- Então... Por que está tentando invadir a minha mente? – Perguntou Harry com magoa na voz e no olhar. Dumbledore pareceu surpreso por um instante, mas logo voltou ao normal. E, ignorando os olhares dos outros três, ele continuou.
- Agora Harry, o que foi que aconteceu? Eu soube que você perdeu o controle da sua magia.
- É claro que ele perdeu o controle seu velho maldito. – Rosnou Battler encarando Dumbledore com um misto de raiva e descrença – Você queria o que? Você encheu o garoto de inibidores, não é de se espantar que ele tenha se descontrolado quando eu os retirei. – Escusado seria dizer que Harry e Minerva estavam surpresos, Harry nunca esperou isso de Dumbledore, por que ele iria bloquear sua magia?
- Por favor Battler, que prova você tem de que eu coloquei os inibidores em Harry?
- Não tente me fazer de tolo, aqueles inibidores tem a sua assinatura mágica, literalmente. E também, você é o único que poderia ter feito tal coisa. Mas, tem uma coisa que eu não consigo entender... Por que você fez isso? Ele tinha tantos bloqueios que não deveria nem conseguir respirar, e enquanto ele perdia o controle, eu consegui identificar mais três rastreadores. E também notei que um dos drenos em sua magia era uma Horcrux, possivelmente de Voldemort. – A cada palavra de Battler, Dumbledore ficava mais assustado, ele se virou para Harry, e viu tudo o que não queria ver em seus olhos.
Medo, magoa, descrença, traição.
Estava feito, Harry Potter havia perdido totalmente a confiança em Alvo Dumbledore, e por hora pelo menos, não havia mais nada que o diretor pudesse fazer alem de se desculpar e ir embora. Não era para aquilo ter acontecido, embora fosse bom que a Horcrux dentro de Harry não existisse mais, assim ele não iria precisar morrer, mas agora ele poderia acabar se tornando outro Lord das Trevas, e isso, ele não podia permitir.
Parte 4
Durante o resto dos dias que se passaram, Harry treinou para poder se acostumar com seus novos poderes, até que chegou o dia da primeira tarefa, ele estava nervoso, afinal, não sabia se podia derrotar um dragão em seu estado atual.
- Harry! Que bom! - exclamou Bagman alegremente, virando-se para olhá-lo assim que Harry entrou na tenda onde ele estava junto com os outros campeões. - Entre, entre, fique à vontade!
Bagman por alguma razão parecia um personagem de quadrinhos grande demais, parado ali entre os campeões pálidos. Trajava as antigas vestes do Wasp.
- Bom, agora estamos todos aqui, hora de dar a vocês informações mais detalhadas! - disse ele animado. - Quando os espectadores acabarem de chegar, vou oferecer a cada um de vocês este saco
- ele mostrou um saquinho de seda púrpura e sacudiu-o diante dos garotos -, do qual vocês irão tirar uma miniatura da coisa que terão de enfrentar! São diferentes... hum... As variedades, entendem. E preciso dizer mais uma coisa... Ah, sim... Sua tarefa será apanhar o ovo de ouro!
Harry olhou à sua volta. Cedrico acenou a cabeça para indicar que compreendera as palavras de Bagman, e então recomeçara a andar pela barraca; parecia ligeiramente esverdeado. Fleur Delacour e Krum não tiveram a menor reação. Talvez achassem que iriam vomitar se abrissem a boca; sem dúvida essa era a sensação do próprio Harry.
Mas pelo menos os outros tinham se voluntariado para ser campeoes... E pouco depois, ouviram-se centenas e mais centenas de pés passando pela barraca, seus donos excitados, dando risadas e fazendo piadas... Harry se sentiu tão isolado da multidão como se pertencesse a uma espécie diferente. Então - lhe pareceu que transcorrera apenas um segundo - Bagman estava abrindo a boca do saquinho púrpura.
- Primeiro as damas - disse ele, oferecendo-o a Fleur Delacour. Ela enfiou a mão trêmula no saquinho e retirou uma minúscula e perfeita figurinha de dragão - um Verde-Galês. Tinha o número "dois" pendurado ao pescoço. E Harry percebeu, pelo fato de Fleur não ter demonstrado o menor sinal de surpresa, mas, ao contrário, uma decidida resignação, que ele concluíra certo: Madame Maxime contara à garota o que a aguardava.
O mesmo se aplicava a Krum. Ele tirou o Meteoro-Chinês vermelho. Tinha o número "três" pendurado ao pescoço. Ele sequer piscou, apenas olhou para o chão.
Cedrico enfiou a mão no saquinho e retirou o Focinho-Curto sueco cinza-azulado, o número "um" pendurado a o pescoço. Sabendo o que sobrara, Harry meteu a mão no saquinho de seda e tirou o Rabo-Córneo húngaro e o número "quatro". O dragão abriu as asas quando o garoto o olhou e arreganhou os dentes minúsculos.
- Bom, então está decidido! - disse Bagman. - Cada um de vocês sorteou o dragão que irá enfrentar e a ordem em que cada um fará isso, entendem? Agora, vou precisar deixá-los por um momento, porque vou fazer a irradiação. Sr. Diggory o senhor é o primeiro, só o que tem a fazer é entrar no cercado quando ouvir o apito, certo?
Comentários (1)
Bom é claro q vc não ia dizer quem colocou o nome dele no calice!!!Mas oq ele realmente é?E pq o Diretor fez todos os bloqueios.
2012-06-16