No Alçapão



Capítulo de Gaby e Gi
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No último capítulo:


– Ok, eu leio.


Harry arqueou uma sobrancelha enquanto Snape pegava o livro com um olhar de desgosto.


''No futuro,''


–- Mas isso já não está no futuro? – perguntou Sirius fazendo todos encarar ele – Que?


''Harry nunca conseguiria lembrar''


–- Mas você tem uma ótima memória – gemeu Mione


–- Você não está querendo falar dos exames não é? – trovejou uma ruiva braba – Não é!?


–- Não.


James riu com a resposta curta e desafiante do filho.


''muito bem como conseguiu prestar seus exames''


–- Harry!Você disse que não tinha nada a ver com os exames!


–- Poderia deixar seu amiginho sangrento ler?


Lily olhou Harry.


Harry olhou Lily.


James olhou de Lily para Harry.


Sirius espirrou.


–- Desculpe,mã não tem nada a ver COMPLETAMENTE com os exames.


''enquanto esperava Voldemort irromper a qualquer instante pela porta.''


–- Oh... – soltou Lily,compreendimento tingindo seu rosto


– HARRY JAMES POTTER!Esse não é o sentimento que se deve ter com seus exames tão per...


Harry jogou uma almofada em Sirius.


Sirius pulou quando um gato branco grasniu em suas pernas.


Sirius chutou o gato.


Snape revirou os olhos.


''Contudo, os dias foram se passando lentamente e não havia dúvidas de que Fofo continuava vivo e bem seguro atrás da porta trancada.''


–- Claro que ele estaria seguro! - zombou Lene. – Ele tem três cabeças!


–- Imagino que isso seja o suficiente para protegê-lo. – falou Sirius fingido-se de sério.


–- Não queremos que nosso pequenino fofo se machuque. – concordou Lene.


Todos os outros olhavam aquilo Poker Face.


''Fazia um calor de rachar, principalmente na sala das provas escritas. Os alunos tinham recebido penas novas e especiais para fazê-las, previamente encantadas com um feitiço anti-cola.''


–- Eu sempre me perguntei...


–- ...O que poderia acontecer...


–-...Caso a pessoa quebrasse o feitiço anti-cola...


Os marotos se entreolaram


–- A pessoa ganharia um premio.E receberia a nota mais alta. – falou Sirius,em um tom quase zombador,enquanto James e Remus riam.


(N/Gabbs(AnmyS2): Acho que vi isso em outra fic,não é?)


''Houve exames práticos também.''


–- Claro que houve – zombou Snape se auto-cortando – Como você quer aprender mágica sem praticar?


Todos do presente trocaram olhares.


–- Nada a comentar – falou Harry


''O Prof. Flitwick os chamou à sala de aula, um a um, para verificar se conseguiam fazer um abacaxi sapatear na mesa.''


–- Esse feitiço sempre me deixou confusa – falou Alice


–- Por quê? – perguntou Hermione


–- Hmm, tipo, você não vai ter que fazer um abacaxi sapatear depois, vai?


''A Profª. McGonagall observou-os transformarem um camundongo em uma caixa de rapé e conferiu pontos pela beleza da caixa,''


James riu e balançou a cabeça ainda rindo.


''e os descontou quando a caixa tinha bigodes.''


–- Mas... Bigodes são tão fofos (N/Gabbs: Eu tbm acho *-* obs: prefiro caveiras u.u)


''Snape deixou-os nervosos,''


–- Como sempre – falou Neville, e riu nervoso


Frank e Alice lhe deram olhares estranhos, e James mordeu os lábios, observando como Harry fechava os olhos e respirava lentamente.


''bafejando em seu pescoço enquanto tentavam se lembrar como fazer a Poção do Esquecimento.''


–- Que coisa mais irônica...


''Harry fez o melhor que pôde,''


–- Isso é bom – acentiu Lily.


''tentando ignorar''


Lily semicerrou os olhos.


''as dores lancinantes que sentia na testa e que o incomodavam desde a ida a Floresta.''


–- Já isso não é bom – falou Sirius imitando Lily.


''Neville achou que Harry estava com uma crise de nervos''


Harry riu.


–-Era o que todos achavam! – se defendeu Neville.


'' provocada pelos exames, porque Harry não conseguia dormir,''


– E não foi a última vez – falou Ron


–- O que você quer dizer com isso? – Perguntou Lene


–- Que ele não conseguiu dormir depois...


Todos riram, e Snape e Régulos reviraram os olhos.


''mas a verdade''


–- ENTÃO VAMOS DESCOBRIR POR QUE O HARRY NÃO CONSEGUE DORMIR! – gritou Sirius


– AWWNN,O Harryzito...


–-... Anda tendo...


–-... Pesadelos?


Falaram os gêmeos, o rosto de Harry escureceu.


– Ou anda tendo sonhos safadinhos – cantarolou Sírius maliciosamente, no que Harry se engasgou com a saliva, enquanto muitos riram.


– EU TINHA 11 ANOS! – gritou desesperado, e corado.


Sírius deu de ombros, e Harry quase implorou para que Snape continuasse a leitura.


''é que seu antigo pesadelo''


Os gêmeos fizeram pose, e riram.


Mal esperavam eles se sentirem mal em breve...


''o mantinha acordado, só que agora estava pior que nunca, pois havia nele uma figura encapuzada que pingava sangue.''


–- Oh. – ofegou Lily


–- Ah, cara...


Os gêmeos Weasley estavam mais vermelhos que seus cabelos, eles murmuraram desculpas para Harry.


''Talvez fosse porque eles não tinham visto o que Harry vira na Floresta,''


–- É... Uma boa sugestão.


'' ou porque não tinham cicatrizes que queimavam na testa,''


Ron e Hermione coraram, mas não disseram nada.


''mas Rony e Hermione não pareciam tão preocupados com a Pedra quanto Harry.''


–-Bem... Pensando bem, Harry, nenhuma criança normal estaria tão preocupada com a Pedra como você.- disse Alice.


–- Está me chamando de anormal? – Harry levantou as sobrancelhas.


–-Er...


Harry riu acompanhado dos outros, enquanto o rosto de Alice ficava mais vermelho.


''A lembrança de Voldemort sem dúvida os apavorava,''


–-Mas é claro!


''mas não os visitava em sonhos, e estavam tão ocupados com as revisões que não tinham muito tempo para pensar no que Snape ou qualquer outro podia estar aprontando.


–- Hmm... – Lily umedeceu os lábios. – Eu quero falar com você, Harry.


Harry levantou as sobrancelhas.


–- Agora?


–- Agora.


Harry deu um sorrisinho distraído (lembrando vagamente Luna, pensou Neville) e se levantou, sendo acompanhado de sua mãe, que puxou seu pai, que deu um empurrão em seu padrinho, que cutucou seu 'Tio'.


(Remus, ok?)


Os cinco caminharam até a biblioteca em que Harry encontrara a passagem secreta (Harry olhou nervoso) e se sentaram nos pufes do salão.


–- Harry... – Lily começou. Sua voz não estava em um tom repreendedor, nem em um tom admirador, ela estava preocupada. E triste. —Eu... Eu sei que você já passou por muita coisa... Não me interrompa, por favor. – Lily inspira fundo, e Harry fecha sua boca, seus olhos verdes brilhando, olhando com ansiedade para sua mãe. – Eu sei que não quer nos contar como, talvez para nos poupar, não sei, e isso não importa agora...


A voz de Lily desapareceu, e Sirius pigarreou.


–- Harry a gente só quer ver você bem.


–- Eu estou bem. – falou o moreno, os olhos brilhando mais ainda,um sorriso bem-humorado no rosto.—Eu estou aqui, e estou bem.


–- Mas isso não acabou! – falou James, eles estavam tão sincronizados, pensou Harry, como se tivessem ensaiado... Mas... Não, só parecia saber o que o outro queria dizer pelo fato... Pelo fato de sentirem a mesma coisa. – Os livros, vai chegar um momento, no futuro muito mais na frente, que você ainda não viveu... E se... Se...


–- Harry, a gente não quer te ver sofrer. – sussurrou Remus. – Você é forte. Você émaduro, não negamos isso, mas você não é imune a dor. Não é imune ao sofrimento... E você já sofreu tanto...


–- Não queremos ver você sofrer mais.


Harry franziu a testa.


–- Não estou entendendo, não querem ler o livro, é isso?


(N/Giio: Isso aí rapaziada, acabou fic u.u o povo cansou de ler. ~le Bia e Gabbs me batendo~ PORRA NINGUÉM MAIS TEM HUMOR POR AQUI?! Mentira ¬¬~


–- Oh!Claro que não!Claro que vamos ler o livro!


–- O que queremos dizer, é que você pode...Não, você deve confiar na gente.


–- Eu confio em vocês!


Sirius riu e negou.


–- Sabemos disso, filhote... O que o Prongs quis dizer é que... Você deve se abrir pra gente. Nós te amamos, Harry, te amamos mesmo, e Merlim!, Como amamos! Só queríamos dizer que...


–- Que você pode ser menor de idade, Harry...


–-Mas eu...


–-... E eu falo dos livros, por que sei que você continuará fazendo coisas... Hm... Nem tanto... Normais para outras crianças da idade, só queremos o seu bem, e se você tiver que correr contra o tempo para salvar alguém, por que acha que tem que fazer isso ,faça, mas por favor, não ouse nos deixar! – Lily sentia as lagrimas em seus olhos – Não nos deixe...


–- Nos deixe informado, Harry. A medida do bastante, ok?


Harry deu um sorriso para a sua família. Ele também sentiu as lágrimas quentes correrem pelo seu rosto, e a sua frente, como um espelho, outro par de olhos verdes também chorava silenciosamente.


–- Eu amo vocês.


Lily soluçou alto e correu para os braços do filho, James veio depois e Sirius e Remus juntos. Todos abraçados, uma verdadeira família.


–- Eu... Eu acho que é melhor voltarmos...


Todos concordaram e voltaram para os olhares curiosos caídos sobre Harry e Lily, que vinham abraçados ao lado de um sorridente James.


Snape franziu a testa e continuou quando o grupinho feliz se sentou.


''O último exame foi de História da Magia.''


–- O mais chato por ultimo? – brincou Sirius, ainda sorrindo feito bobo.


–- História da Magia não é chato. – resmungou Hermione, e Lily apenas riu, concordando com a menina.


''Uma hora respondendo a perguntas sobre velhos bruxos gagás que inventaram caldeirões auto-mexíveis''


–- O que você estava dizendo mesmo, Hermione? – brincou Harry


''e estariam livres,''


–-LIIIIIBBEERRRRDDDDDAAAAADDDD DDDDEEEEE! – cantou Lene feito doida, oppss... Feito a pessoa normal e disciplinada que é.


Sirius, os gêmeos e Ron bateram palmas.


''livres por uma semana maravilhosa até saberem os resultados dos exames.''


Todos (exclua Snape, Hermione e Lily) gargalharam.


–- Frase maravilhosa, Harry! – cantarolaram os gêmeos em uníssono.


''Quando o fantasma do Prof. Binns mandou-os descansar as penas e enrolar os pergaminhos, Harry não pôde deixar de dar vivas com os colegas.''


–- Claro que não. – riu Frank.


–- Eu te chamaria de anormal se você não fizesse... NÃO PERA.


Harry revirou os olhos, sorrindo, para Alice.


— Foi muito mais fácil do que pensei — comentou Hermione,


–- Então a prova foi difícil?


–- Não muito, só cansativa... Mas bem, todos sabem como Hermione é.


Hermione corou e jogou uma almofada em Harry, o que fez Lily dar um pulo para longe e no instante seguinte Harry estava todo pintado de rosa.


Primeira reação do grupo: 'WTF'


Segunda reação do grupo: 'O HARRY TA ROSA!HAHAHAHAHAHA'


Terceira reação do grupo: 'Essa mansão me assusta'


Quarta reação do grupo (leia-se Ranhoso): 'Será que eu posso ler?'


''quando eles se reuniram aos numerosos alunos que saíam para os jardins ensolarados — Eu nem precisava ter aprendido o Código de Conduta do Lobisomem de 1637 nem a Revolta de Elfric, o Ambicioso.''


–- Uau.


–- Sabe Hermione, acho que você é muito inteligente... Mas você realmente força a barra.


Harry e Ron bufaram ambos lembrando-se de seu terceiro ano.


''Hermione sempre gostava de repassar as provas depois, mas Rony disse que isso o fazia se sentir mal.''


–-APOIADO! APOAIDO!


''Assim, caminharam até o lago e se sentaram à sombra de uma árvore. Os gêmeos Weasley e Lino Jordan faziam cócegas nos tentáculos de uma lula gigante, que tomava sol na água mais rasa.''


James poker face.


–- Por que a Lula estava tomando sol!?


–- Vai ver queria pegar uma corzinha...


~Ba tum tass~


''— Acabaram-se as revisões — suspirou Rony, contente, esticando-se na grama — Você podia fazer uma cara mais alegre, Harry, temos uma semana inteira até descobrir se nos demos mal, não precisa se preocupar agora.


Harry esfregava a testa.


— Eu gostaria de saber o que significa isso! — explodiu aborrecido — Minha cicatriz não para de doer, já senti isso antes, mas nunca com tanta freqüência.''


Lily olhou intrigada com aquilo, mas não disse nada.


''— Procure Madame Pomfrey — sugeriu Hermione.''


–-Sério Mione?


–-Desculpe...


''— Eu não estou doente — respondeu Harry — Acho que é um aviso... significa que o perigo está se aproximando...''


–- ... James, você poderia me dizer se há sangue de vidente em sua arvore genealógica?


Harry revirou os olhos, e deu língua para Ron, que lhe jogou outra almofada, alarmado, Harry recebeu o impacto no rosto, e, em vez de parecer um bicho, objeto, pessoa, ou o deixar colorido, a almofada tirou toda a cor de rosa.


Ninguém comentou nada.


–- Vamos fazer um trato, sim?Nada de jogar almofadas um no outro!


Todos concordaram.


''Rony não conseguiu se preocupar, estava quente demais.''


–-Uau, o clima realmente vai te impedir. – bufou Neville.


''— Harry, relaxe. Hermione tem razão, a Pedra está segura enquanto Dumbledore estiver por aqui. Em todo o caso, nunca encontramos nenhuma prova de que Snape tenha descoberto como passar por Fofo. Ele quase teve a perna arrancada uma vez, não vai tentar outra tão cedo. E Neville vai jogar Quadribol na equipe da Inglaterra antes que Hagrid traia Dumbledore.''


–- Hey! – gritou Frank e Alice, mas Neville riu.


–- Boa, ruivo.


''Harry concordou, mas não conseguiu se livrar da sensação que o atormentava de que esquecera de fazer alguma coisa, algo importante. Quando tentou explicar o que sentia, Hermione disse:


— Isso são os exames. Acordei a noite passada e já tinha lido metade dos meus apontamentos sobre Transfiguração quando me lembrei que já tínhamos feito a prova.''


–- Não acho que o que Harry sinta seja nada perto disso.


''Harry tinha certeza de que a sensação de inquietude não tinha nada a ver com os estudos.''


–- Viu?


–- Ah, meu bom Deus, cale a boca Sirius!


''Acompanhou com os olhos uma coruja planar pelo céu azul em direção à escola, uma carta no bico. Hagrid era o único que lhe mandava cartas. Hagrid jamais trairia Dumbledore. Hagrid jamais contaria a ninguém como passar por Fofo... jamais... mas...''


Todos, exceto o trio, pareceram alarmados.


–- Oh não...


–- O que você está pensando Harry?


–- Hagrid nunca trairia Dumbledore!


–- Nunca!


–- Deixem Snape continuar.


Harry piscou surpreso com suas próprias palavras.


''Harry pôs-se de pé de um salto.


— Onde é que você está indo? — perguntou Rony sonolento.''


–- Não acho boa ideia você dormir ai, Ron. – falou Remus, um tanto pálido.


''— Acabei de me lembrar de uma coisa — estava branco — Temos que ver Hagrid agora.


— Por quê? — ofegou Hermione, correndo para alcançá-lo.''


–-Harry corre muito rápido!


–- Muito mesmo!


–- Agradeçam à Duda e sua gangue, graças à eles, eu tive uns anos de trino. – disse Harry.


Os marotos rosnaram, parecendo meio animalescos, por algum motivo desconhecido.


~ironia off.


''— Vocês não acham um pouco estranho — disse Harry, subindo, às carreiras, a encosta gramada — Que o que Hagrid mais quer na vida é um dragão, e aparece um estranho que por acaso tem ovos de dragão no bolso, quando isso é contra as leis dos bruxos? Que sorte encontrar Hagrid, não acham? Por que não percebi isto antes?''


–- WOW!Você pensa rápido.


–- Nem tão rápido...


–-Esqueça isso, continue Snape!


''— Do que é que você está falando? — perguntou Rony,''


–-E é claro que Ron não entendeu.


A sala riu.


'' mas Harry correndo pelos jardins em direção à floresta, não respondeu.''


–- Sangrentamente rápido. – grunhiu Rony.


''Hagrid estava sentado em um cadeirão na frente da casa: tinha as pernas das calças e as mangas enroladas e descascava ervilhas em uma grande tigela.''


–- Um dia normal, apenas mais um dia, mas um trio pequenino chegou para interromper essa paz... A paz mundial...(8'


–- Meu Merlin...


''— Olá — disse, sorrindo — Terminaram os exames? Têm tempo para um refresco?''


–- ERA SÓ MAIS UM DIA NORMAL! MAS UM TRIO PEQUENINO ACABOU COM A PAZ, A PAZ MUNDIAL! SEUS OLHOS ARREGALADOS! (8'...


''— Temos, obrigado — disse Rony, mas Harry o interrompeu.''


–- SUA PRESSA INSISTENTE!(8'


— Não, estamos com pressa,''


–-Oh, sua pressa insistente!(8)


''Hagrid, preciso lhe perguntar uma coisa. Sabe aquela noite que você ganhou o Norberto? Que cara tinha o estranho com quem você jogou cartas?''


–- SEU INTERROGATORIO! SUA DESCONFIAÇA! O TRIO PEQUENINO BUSCOU INFORMAÇÃO! (8)


— Não lembro — respondeu Hagrid com displicência — Ele não quis tirar a capa...


Viu os três fazerem cara de espanto e ergueu as sobrancelhas.''


–-AH, OS PEQUENINOS!


Lily massageava a cabeça, meu bom Deus...


''— Não é nada de mais, tem muita gente esquisita no Cabeça de Javali, o pub do povoado. Podia ser um vendedor de dragões, não podia? Nunca vi a cara dele, ele não tirou o capuz.''


–-AH,OS PE... espera, no Cabeça de Javali?


–- É um ato normal por lá. – falou Harry, feliz que Lene se distraiu.


''Harry se abaixou ao lado da tigela de ervilhas.


— O que foi que você conversou com ele, Hagrid? Chegou a mencionar Hogwarts?''


–- Você faz as perguntas certas Harry... Isso é surpreendente...


''— Talvez — disse Hagrid, franzindo a testa, tentando se lembrar — É... ele me perguntou o que eu fazia e eu respondi que era guarda-caça aqui... depois perguntou de que tipo de bichos eu cuidava... então eu disse... eu disse também que o que sempre quis ter foi um dragão... então... não me lembro muito bem... porque ele não parava de pagar bebidas para mim... deixa eu ver.. ah, sim, então ele disse que tinha um ovo de dragão, e que podíamos disputá-lo num jogo de cartas se eu quisesse... mas precisava ter certeza de que eu podia cuidar do bicho, não queria que ele fosse parar num asilo de velhos... então respondi que depois do Fofo, um dragão seria moleza...


— E ele pareceu interessado no Fofo? — perguntou Harry, tentando manter a voz calma.''


Remus piscou surpreso.


''— Bom... pareceu... quantos cachorros de três cabeças a pessoa encontra por ai, mesmo em Hogwarts? Então contei a ele que Fofo é uma doçura se a pessoa sabe como acalmá-lo, é só tocar um pouco de música e ele cai no sono...''


Todos gemeram.


–- Oh... Hagrid... – gemeu Lily com carinho.


''Hagrid, de repente, fez cara de horrorizado.


— Eu não devia ter-lhe dito isto! — exclamou — Esqueçam que eu disse isto! Ei, aonde é que vocês vão?''


–- Salvar o mundo, o que mais? – disse Sírius, como se narrasse um desenho das meninas superpoderosas. (N/Gio: não perguntem, coisas da minha cabeça de fã ;') )


''Harry, Rony e Hermione não se falaram até parar no Saguão de Entrada, que parecia muito frio e sombrio depois da caminhada pelos jardins.


— Temos de procurar Dumbledore — falou Harry — Hagrid contou àquele estranho como passar por Fofo e quem estava debaixo daquela capa era ou o Snape ou o Voldemort, deve ter sido fácil, depois que embebedou Hagrid. Só espero que Dumbledore acredite na gente. Firenze talvez confirme, se Agouro não o impedir. Onde é a sala de Dumbledore?''


–-Ahhh! Péssimo momento para eu me orgulhar de que você nunca foi mandado lá...


''Eles olharam a toda volta, na esperança de ver uma placa apontando a direção certa. Nunca alguém lhes havia dito onde trabalhava Dumbledore, tampouco conheciam alguém que tivesse sido mandado à sala dele.''


–-Nós deveríamos... – disse Fred.


–-... Sentir-nos honrados... – continuou Jorge.


–-... Ou dignos de pena, Harryzito? – terminaram os dois.


–- Ah, calem a boca vocês dois. —riu Harry.


''— Acho que teremos de... — começou Harry, mas inesperadamente ouviram uma voz do outro lado do Saguão.


— Que é que vocês estão fazendo aqui dentro?


Era a Profª. Minerva McGonagall, carregando uma pilha de livros.''


–-AH!Minnie! Ela vai ajudar vocês! Contem a ela! – Lily respirou mais tranquila.


Ela percebeu que todos a encaravam.


–- O que?


James lhe deu um selinho e riu.


–- Você acabou de chama-la de Minnie, Lily-Flor.


Snape voltou a ler, apertando o livro com força, antes da resposta de Lily.


''— Queremos ver o Prof. Dumbledore — disse Hermione enchendo-se de coragem, pensaram Harry e Rony.''


–- Ou então perguntem sobre o professor Dumbledore, também é uma ideia.


''— Ver o Prof. Dumbledore? — a Profª. McGonagall repetiu, como se isso fosse uma coisa muito suspeita para alguém querer fazer — Por quê?''


–- 'Por quê?'... Não sei se seria exatamente bom se vocês contarem a ela...


''Harry engoliu em seco. "E agora?"


— É uma espécie de segredo — disse, mas desejou na mesma hora que não tivesse dito, porque as narinas da Profª. McGonagall se alargaram.''


Os marotos gemeram.


–- Péssimo passo, Harry.


''— O Prof. Dumbledore saiu faz dez minutos — informou ela secamente — Recebeu uma coruja urgente do Ministro da Magia e partiu em seguida para Londres.


— Ele saiu? — exclamou Harry frenético — Agora?


— O Prof. Dumbledore é um grande mago, Potter, o tempo dele é muito solicitado.


— Mas é importante.


— Alguma coisa que você tenha a dizer é mais importante do que o Ministro da Magia, Potter?''


–- Uau, eu não acho que ela quis dizer isso...


–- Não importa.


''— Olhe — disse Harry, mandando a cautela às favas — Professora... é sobre a Pedra Filosofal...''


Alguns riram nervosos.


–- Você está a deixa-la confusa.


''Seja o que for que a Profª. McGonagall esperava, certamente não era isso. Os livros que levava despencaram dos seus braços, mas ela não os apanhou.''


–- Wow! Harry! Você deixou Minerva McGonagall chocada!


''— Como é que vocês sabem? — deixou escapar.''


–- Ah, vamos, eles são o trio de ouro. – Regulus revirou os olhos


''— Professora, acho... que Sn... que alguém vai tentar roubar a Pedra. Preciso falar com o Prof. Dumbledore.


Ela o olhou com uma mescla de choque e desconfiança.''


–-Desconfiança?! —as sobrancelhas de James estavam quase desaparecendo sob seus cabelos. – E do que exatamente ela está desconfiando!?


''— O Prof. Dumbledore volta amanhã — disse finalmente — Não sei como descobriu sobre a Pedra, mas fique tranqüilo, não é possível ninguém roubá-la, está muitíssimo bem protegida.


– Tanto que três alunos do primeiro ano conseguiram passar pela segurança. – murmurou Harry, para que só os do passado escutassem.


— Mas, professora...


— Potter, sei do que estou falando — curvou-se e recolheu os livros caídos — Sugiro que vocês voltem para fora e aproveitem o sol.


Mas eles não voltaram.


– Porque V0C3S 540 V1D4 L0K4. – disse Fred.


— É hoje à noite — disse Harry, quando teve certeza de que a Profª. McGonagall não podia mais ouvi-los — Snape vai entrar no alçapão hoje à noite. Ele já descobriu tudo o que precisa e agora tirou Dumbledore do caminho. Foi ele quem mandou aquela carta, aposto que o Ministro da Magia vai levar um choque quando Dumbledore aparecer.''


Snape grunhiu, ele realmente não fez isso... Fez?


''— Mas o que é que podemos...


Hermione perdeu a fala.


Harry e Rony se viraram, Snape estava parado ali.


— Boa tarde — disse com suavidade.


Eles o encararam.


— Vocês não deviam estar dentro do castelo num dia como este — falou com um sorriso estranho e torto.''


–-SNAPE ESTÁ SORRINDO!? – Sirius caiu da cadeira. – MASOQ!?


Snape revirou os olhos.


''— Estávamos... — começou Harry, sem fazer idéia do que ia dizer.


— Vocês precisam ter mais cuidado. Andando por aqui assim, as pessoas vão pensar que estão armando alguma coisa. E Grifinória realmente não pode se dar ao luxo de perder mais nenhum ponto, não é mesmo?''


–-Você sabe, você não está realmente ajudando. – resmungou Harry.


''Harry corou. Viraram-se para sair, mas Snape os chamou de volta.


— E fique avisado, Potter, se ficar perambulando outra vez à noite, vou providenciar pessoalmente para que seja expulso. Bom dia para vocês.''


–- Como eu disse.


''E saiu em direção à Sala dos Professores.


Lá fora, nos degraus de pedra, Harry virou-se para os outros.


— Certo isto é o que vamos fazer — cochichou com urgência — Um de nós tem que ficar de olho no Snape, esperar do lado de fora da Sala dos Professores e segui-lo se ele sair. Hermione é melhor você fazer isso.


— Por que eu?''


–-O que? Não está na cara?


''— É óbvio — disse Rony — Você pode fingir que está esperando pelo Prof. Flitwick, sabe, como é, — e fazendo voz de falsete — "Ah, Prof. Flitwick. Estou tão preocupada, acho que errei a questão catorze b..." ''


A sala inteira (sinta-se a vontade para excluir Snape) riu.


–- Boa.


''— Ah, cala a boca — disse Hermione, mas concordou em vigiar Snape.


— E é melhor ficarmos no corredor do terceiro andar — disse Harry a Rony — Vamos. ''


–-Ótimo...


James deu um sorrisinho para Harry, ele tinha um bom plano.


''Mas aquela parte do plano não funcionou. Assim que chegaram a porta que separava Fofo do resto da escola, a Profª. McGonagall apareceu de novo, e desta vez perdeu as estribeiras.''


–-Ah...não acredito...


— Suponho que você ache que é mais difícil alguém passar por você do que por um pacote de feitiços! — esbravejou — Chega de bobagens! E se eu souber que você voltou aqui outra vez, vou descontar mais cinqüenta pontos da Grifinória! É, Weasley, da minha própria Casa!''


–- Wow, ela está ficando realmente insana!


''Harry, e Rony voltaram à Sala Comunal. Harry acabara de dizer "pelo menos Hermione está na cola de Snape", quando o retrato da Mulher Gorda se abriu e Hermione entrou.''


–-Não! – houve um gemido coletivo.


''— Sinto muito, Harry — lamentou-se — Snape saiu e me perguntou o que eu estava fazendo, então disse que estava esperando Flitwick, e Snape foi buscá-lo, e me mandei, não sei aonde ele foi.''


–-Imagino que Flitwick deve ter pensado que Snape criou um pouco de humor, afinal. – riu Sirius sob sua respiração.


''— Bom, então acabou-se, não é? — disse Harry.


Os outros dois olharam para ele. Estava pálido e seus olhos brilhavam.''


–- Você me assustou cara, mas o que realmente me deixou assustado foi... – disse Rony.


–- Sua determinação. – assentiu Mione.


''— Vou sair daqui hoje à noite e vou tentar apanhar a Pedra primeiro.''


Lily gemeu, ela temia isso, ela sentia que isso iria acontecer, ora, ela não queria seu filho em perigo!


''— Você ficou maluco! — exclamou Rony.''


–-Louquinho – concordaram algumas pessoas da sala, pálidas.


''— Você não pode! — disse Hermione — Depois do que a Profª. McGonagall e Snape disseram? Vai ser expulso!


— E DAÍ? — gritou Harry — Vocês não percebem? Se Snape apanhar a Pedra, Voldemort vai voltar! Vocês não ouviram contar como era quando ele estava tentando conquistar o poder? Não vai haver Hogwarts para nos expulsar! Ele vai arrasar Hogwarts, ou vai transformá-la numa escola de magia negra! Perder pontos não importa mais, vocês não entendem? Acham que ele vai deixar vocês e suas famílias em paz, e Grifinória ganhar o Campeonato das Casas? Se eu for pego antes de conseguir a Pedra, bem, vou ter que voltar para os Dursley e esperar Voldemort me encontrar lá. É só uma questão de morrer um pouquinho depois do que teria morrido, porque eu nunca vou me aliar aos partidários da magia negra! Vou entrar naquele alçapão hoje à noite e nada que vocês dois disserem vai me impedir! Voldemort matou meus pais, estão lembrados?''


Lily sentiu seus olhos ficarem úmido imediatamente.


–- Grande... Grande discurso, Harry.


–- Sim, influenciador. Muito influenciador.


–-Oh... – Lily abraçou Harry. – Não... Não... Não se machuque...


– Er... Mãe? Isso já passou.


Cabô momento fofo.


''E olhou zangado para eles.


— Você tem razão, Harry — disse Hermione com uma vozinha fraca.''


–-Você parecia um verdadeiro adulto, Harry. - Sorriu Mione.


''— Vou usar a Capa da Invisibilidade, foi uma sorte tê-la recuperado.


— Mas ela dá para esconder nós três? — perguntou Rony.


— Nós... nós três?''


–- Vocês vão com ele? – piscou Régulus.


–- Claro que sim!


Disseram Ron e Mione ao mesmo tempo em que Sirius e Remus:


–- É o que faríamos!


''— Ah, corta essa, você não acha que vamos deixar você ir sozinho?


— Claro que não — disse Hermione com energia — Como acha que vai chegar à Pedra sem nós?''


–-Cade sua modéstia,Mione?


Harry riu,ainda sendo esmagado pela mãe.


''- É melhor eu dar uma olhada nos meus livros, talvez encontre alguma coisa útil.


— Mas se formos pegos, vocês dois vão ser expulsos também.


— Não se eu puder evitar — disse Hermione séria — Flitwick me disse em segredo que tirei cento e vinte por cento no exame. Não vão me expulsar depois disso.''


–- O que... Como-Como é que se tira...


–- Depois eu explico para você. – falou Mione, com um ar indiferente.


''Depois do jantar os três se sentaram, nervosos, a um canto do Salão Comunal. Ninguém os incomodou, afinal nenhum aluno da Grifinória tinha mais nada a dizer a Harry. Esta era a primeira noite que isto não o incomodava. Hermione folheava seus apontamentos, esperando encontrar um dos feitiços que queriam anular. Harry e Rony não falavam muito. Pensavam no que estavam prestes a fazer. A sala foi-se esvaziando, à medida que as pessoas iam se deitar.


— É melhor apanhar a capa — murmurou Rony, quando Lino Jordan finalmente saiu, se espreguiçando e bocejando.


Harry correu até o dormitório às escuras. Puxou a capa e então seus olhos bateram na flauta que Hagrid lhe dera no Natal. Meteu-a no bolso para usá-la em Fofo, não se sentia muito animado a cantar.''


–-Mas você canta tão bem! – Disse Gina, e Harry corou.


–- Ah, o Harryzito canta bem? – disseram os gêmeos.


–- Vocês já pararam pra pensar que ele pode ter cantado apenas para a irmã de vocês? SOZINHOS? – perguntou Dorcas.


Os gêmeos ficaram vermelhos.


– POTTER! SEU...


E Snape voltou à leitura, para impedir palavras de baixo calão.


''E correu de volta ao Salão Comunal.


— É melhor vestirmos a capa aqui para ter certeza de que cobre nós três, se Filch vir os pés da gente andando sozinhos...


— O que é que vocês estão fazendo? — perguntou uma voz a um canto da sala.


Neville saiu de trás de uma poltrona,''


Neville corou, só agora percebendo como atrapalhou o trio.


''agarrando Trevo, o sapo, que parecia ter feito uma nova tentativa para ganhar a liberdade.


— Nada, Neville, nada — respondeu Harry, escondendo depressa a Capa às costas.


Neville olhou bem para aquelas caras cheias de culpa.


— Vocês vão sair outra vez.


— Não, não, não — disse Hermione — Não vamos, não. Por que você não vai se deitar, Neville?


Harry olhou para o relógio de parede junto à porta. Não podiam se dar ao luxo de perder mais tempo, Snape talvez estivesse naquele instante mesmo tocando para adormecer Fofo.


– Dá pra parar de fala como se fosse eu? – disse Snape,


– Quem garante que não é? – disse Frank.


– Quem garante que é? – Disse Snape.


– VAMOS VOLTAR A LER? – disse Alice.


— Vocês não podem sair — disse Neville — Vocês vão ser pegos outra vez. Grifinória vai ficar ainda mais enrolada.


— Você não compreende — disse Harry — Isto é importante.


Mas Neville estava claramente tomando coragem para fazer alguma coisa desesperada.


— Não vou deixar vocês irem — disse, correndo a se postar diante do buraco do retrato — Eu... eu vou brigar com vocês.


Neville corou.


— Neville — explodiu Rony — Se afaste desse buraco e não banque o idiota...


Rony corou.


— Não me chame de idiota! Acho que você não devia estar desrespeitando mais regulamentos! E foi você quem me disse para enfrentar as pessoas!


– Ui, essa doeu em mim – disse Régulus.


— Foi, mas não nós — respondeu Rony exasperado — Neville, você não sabe o que está fazendo.


Ele deu um passo à frente e Neville largou Trevo, o sapo, que desapareceu de vista.


— Vem, então, tenta me bater! — disse Neville, erguendo os punhos — Estou esperando!


Harry voltou-se para Hermione.


— Faz alguma coisa— pediu desesperado.


– Sempre sobra pra mim – disse Hermione divertida.


Hermione se adiantou.


— Neville — disse ela — Eu realmente lamento muito.


Ela ergueu a varinha.


— Petrificus Totalus! — falou, apontando para Neville.


Os braços de Neville grudaram dos lados do corpo. As pernas se juntaram. Com o corpo inteiro rígido, ele balançou no mesmo lugar e, em seguida, caiu de cara no chão, duro como uma pedra.


– Mas lembre-se Neville, pelo menos ela sente muito – disse Jorge, no que muitos riram.


Hermione correu para desvirá-lo. Os maxilares de Neville estavam trancados de modo que ele não podia falar. Somente os olhos se moviam, mirando-os aterrorizados.


— O que foique você fez com ele? — sussurrou Harry.


— O Feitiço do Corpo Preso — respondeu Hermione infeliz — Ah, Neville, me desculpe.


– Tudo bem – disse Neville.


— Tivemos de fazer isso, Neville, não temos tempo para explicar — disse Harry.


– Ok...


— Você vai entender mais tarde — disse Rony, enquanto passavam por cima dele e se envolviam na Capa da Invisibilidade.


– ENTENDI! – disse Neville. Alguns riram.


Mas deixar Neville deitado imóvel no chão não parecia um bom presságio.


Alice bufou.


No estado de nervosismo em que estavam, cada sombra de estátua lembrava Filch, cada sopro distante do vento parecia o Pirraça assombrando-os. Ao pé do primeiro lance de escada, encontraram Madame Nor-r-ra, esquivando-se sorrateira quase no alto.


— Ah, vamos dar um pontapé nela, só desta vez — cochichou Rony no ouvido de Harry, mas Harry balançou a cabeça. Enquanto subiam cautelosamente contornando a gata, Madame Nor-r-ra virou os olhos de lanterna para eles, mas não fez nada.


– Acho que no fundo ela sempre agradeceu mentalmente pelos não-chutes de vocês. – disse Remus.


– É, porque na nossa época, o Sírius não pensava assim, e ela sempre chamava o Filch... - disse James olhando ameaçador para Sírius, que deu de ombros.


Não encontraram mais ninguém até chegarem à escada para o terceiro andar. OPirraça se balançava a meio caminho, soltando a passadeira para as pessoas tropeçarem.


– Ele também faz isso na nossa época – disse Lene revirando os olhos.


— Quem está aí? — perguntou de repente quando se aproximaram. E apertou os olhos negros e malvados — Sei que está aí, mesmo que não consiga vê-lo. Você é um vampiro, um fantasma ou um estudante nojento?


– Vampiros podem entrar em Hogwarts? – perguntou Alice, meio assustada.


E ergueu-se no ar e flutuou, tentando ver alguém.


— Eu devia chamar o Filch, eu devia, se alguma coisa está andando por aí invisível.


Harry teve uma idéia repentina.


– Essas são as melhores. – disse Remus.


— Pirraça — disse num sussurro rouco — O Barão Sangrento tem suas razões para andar invisível.


– uuh, Harry Troll – disse Fred.


Pirraça quase caiu, em choque. Recuperou-se a tempo e saiu planando a trinta centímetros dos degraus.


Muitos ali riram.


– Eu pagaria para ver o Pirraça assim – disse Lene.


— Desculpe, Sua Sanguinidade, Sr. Barão, Cavalheiro — disse untuoso — Falha minha, falha minha, não o vi, claro que não, o senhor está invisível. Perdoe o velho Pirraça essa piadinha, cavalheiro.


– Ui, olha o medo do poltergeist!


— Tenho negócios a tratar aqui, Pirraça — cochichou Harry — Fique longe deste lugar hoje à noite.


— Vou ficar, cavalheiro, pode ter certeza de que vou ficar — prometeu o Pirraça, erguendo-se no ar outra vez — Espero que os seus negócios corram bem, Barão, não vou perturbá-lo.


E, partiu ligeirinho.


A maioria aplaudiu Harry.


— Genial Harry! — cochichou Rony.


Alguns segundos depois estavam lá, no corredor do terceiro andar e a porta já fora aberta.


Olhares desconfiados para Snape,


— Bom, aqui estamos — disse Harry baixinho — Snape já passou por Fofo.


– Ou não né – disse Snape, com um pouco de esperança.


A visão da porta aberta por alguma razão parecia causar neles a impressão do que os aguardava. Debaixo da Capa, Harry se virou para os outros dois.


– Lá vem ele – disse Rony revirando os olhos.


– Lá vem ele com o quê? – perguntou Dorcas.


– Querer fazer as coisas perigosas sozinho, para 'nos poupar' – respondeu Mione com voz de tédio.


Harry ficou emburrado, enquanto vários reviravam os olhos.


— Se vocês quiserem voltar, não vou culpá-los. Podem levar a Capa, não vou precisar dela agora.


James fingiu levar uma facada no coração.


— Não seja burro — respondeu Rony.


— Vamos com você — disse Hermione.


– UM POR TODOS! – disse James.


– E TODOS POR UM! – disseram os Marotos.


Harry empurrou a porta.


Quando a porta rangeu baixinho, chegaram aos seus ouvidos rosnados surdos. Os três focinhos do cachorro farejaram furiosamente em sua direção ainda que o bicho não pudesse vê-los.


— O que é isso nos pés dele? — sussurrou Hermione.


— Parece uma harpa — respondeu Rony — Snape deve tê-la deixado ai.


– OU NÃO! – disse Snape.


— Ele acorda no momento que se deixa de tocar — disse Harry —Bom, aqui vai...


Levou a flauta de Hagrid aos lábios e soprou. Não era realmente uma música, mas as primeiras notas os olhos da fera começaram a se fechar. Harry nem chegou a tomar fôlego.


– Os Potter têm talento natural para qualquer coisa Harry, claro que você conseguiria tocar uma flauta – disse James, no que todos, menos Harry e James, reviraram os olhos.


Lentamente, os rosnados do cachorro cessaram, ele balançou nas patas e caiu de joelhos, depois se estirou no chão, completamente adormecido.


– Tipo o Pedro depois que chega do almoço. – disse James.


Ninguém do presente falou nada, o clima ficou tendo, mas Snape resolveu continuar a leitura.


— Continue tocando — Rony preveniu a Harry enquanto saiam de baixo da Capa e deslizavam para o alçapão.


Sentiram o bafo quente e fedorento do cachorro ao se aproximarem de suas cabeçorras.


— Acho que vamos conseguir abrir a porta — disse Rony, espiando por cima do dorso do cachorro — Quer entrar primeiro, Hermione?


– Sempre a Hermione – disse Hermione.


– Porque você é demais Mione – disse Rony, logo depois corando, quando todos fizeram: oown, com seu comentário.


— Não, eu não!


— Tudo bem — Rony cerrou os dentes e passou com cautela pelas pernas do cachorro.


E abaixando-se puxou o anel do alçapão, que se abriu.


— O que é que você está vendo? — perguntou Hermione, ansiosa.


— Nada... só escuridão... não tem como descer, teremos que nos jogar.


– Jogue-se, como se não houvesse amanhã, viva o hoje, o céu é o limite! – disse Lene com os olhos brilhando.


Silêncio.


– Lene? – começou Sírius.


– Oi?


– Tomou seu remedinho hoje?


– Que remedinho Cachorro?


– Aquele... Er... Especial?


Lene jogou uma almofada em Sírius, apesar do trato, mas ele desviou, e a almofada chocou-se contra a parede, que ficou amarelo com bolinhas roxas.


– Minha casa – choramingou James.


Harry, que continuava a tocar a flauta, fez sinal para atrair a atenção de Rony e apontou para si mesmo.


— Você quer ir primeiro? Tem certeza? — disse Rony — Não sei qual é a profundidade dessa coisa. Dá a flauta para Hermione manter Fofo adormecido.


– Tudo a Hermione – disse Hermione divertida.


Harry passou a flauta a ela. Naqueles minutinhos de silêncio, o cachorro rosnou e se mexeu, mas no instante que Hermione começou a tocar, ele tornou a cair em sono profundo. Harry passou por cima de Fofo e espiou pelo alçapão. Não viu nem sinal de fundo. Baixou o corpo pelo buraco até ficar pendurado pelas pontas dos dedos.


Então olhou para Rony no alto e disse:


— Se alguma coisa acontecer comigo, não me siga. Vá direto ao Corujal e mande Edwiges ao Dumbledore, certo?


— Certo.


— Vejo você daqui a pouco, espero...


– Positividade 10 hein? – disse Frank, Harry deu de ombros.


E Harry soltou os dedos. Um vento frio e úmido passou rápido por ele, que foi caindo, caindo, caindo e...


– MORREU! – gritou Sírius assustando a todos.


Snape revirou os olhos e continuou.


PAM.


Com um baque engraçado e surdo ele bateu em alguma coisa macia. Sentou-se e apalpou à volta, os olhos desacostumados à escuridão. Parecia que estava sentado em uma espécie de planta.


– Ou está no céu. – disse Sírius.


— Tudo bem! — gritou para a claridade do tamanho de um selo lá no alto, que era o alçapão aberto — A queda é macia pode pular!


Rony seguiu-o imediatamente. Caiu esparramado ao lado de Harry.


— O que é isso? — foram suas primeiras palavras.


— Sei lá, uma espécie de planta. Suponho que esteja aqui para amortecer a queda. Venha, Hermione!


A música distante parou. Ouviu-se um latido alto do cachorro, mas Hermione já pulara. Ela caiu do outro lado de Harry.


— Devemos estar a quilômetros abaixo da escola — comentou.


— É realmente uma sorte que esta planta esteja aqui — disse Rony.


Régulus revirou os olhos.


– É óbvio que a planta está ali para amortecer a queda.


– Até porque se fosse sorte... – Harry deixou a frase no ar.


— Sorte!— gritou Hermione — Olhem só para vocês dois.


Ela se levantou de um salto e lutou para chegar à parede úmida. Teve de lutar porque, no momento em que chegou ao fundo, a planta começou a se enroscar como as gavinhas de uma trepadeira em volta dos seus tornozelos.


–... Isso não aconteceria – terminou Harry.


Quanto a Harry e Rony, suas pernas já tinham sido bem atadas por longos galhos sem que eles notassem.


Hermione conseguira se desvencilhar antes que a planta a agarrasse para valer. Agora observava horrorizada os dois meninos lutarem para se livrar da planta, mas quanto mais se esforçavam, mais depressa e mais firme a planta se enrolava neles.


— Parem de se mexer! — mandou Hermione — Sei o que é isso. É visgo do diabo!


– VIVA À SABE-TUDO! – gritou James.


– Se que adianta saber o nome? COMO SE LIVRA DISSO? – gritou Sírius.


— Ah fico tão contente que você saiba como se chama, é uma grande ajuda — resmungou Rony, tentando impedir que a planta se enroscasse em seu pescoço.


Rony e Sírius trocaram olhares cúmplices.


– FOGO! – gritou Lily, como se pudesse ajudar.


— Cala a boca, estou tentando me lembrar como matá-la! — disse Hermione.


– Chupa! Ela é foda e sabe como fazer isso! – disse Lene animada.


— Bom, anda logo, não consigo respirar! — ofegava Harry, lutando com a planta que se enroscava em torno de seu peito.


— Visgo do diabo, visgo do diabo... o que foi que a Profª. Sprout disse? Gosta da umidade e da escuridão...


— Então acenda um fogo! — engasgou-se Harry.


– Isso aí filho! Dá um abraço! Orgulhe a mamãe – disse Lily abraçando Harry, que estava corado.


Todos tentavam abafar as risadas.


— É... é claro... mas não tem madeira... — lamentou-se Hermione, torcendo as mãos.


A maioria gritou: MAS O QUÊ? E DAÍ?!


Mione corou.


— VOCÊ ENLOUQUECEU? — berrou Rony — VOCÊ É UMA BRUXA OU NÃO É?


– Faça você então! – disse Régulus.


— Ah, certo! — disse Hermione e, puxando a varinha, sacudiu-a, murmurou alguma coisa e despachou um jato daquelas chamas azuis que usara em Snape contra as plantas.


Os do passado chegaram à conclusão que era melhor se acostumar com a genialidade de Mione, porque parecia que ela só aumentaria durante os sete livros.


Em questão de segundos, os dois meninos sentiram a planta afrouxar e se encolher para longe da luz e do calor. Torcendo-se, ela se desenrolou dos corpos dos meninos, que puderam se levantar.


— Que sorte que você presta atenção às aulas de Herbologia, Hermione — disse Harry, quando se juntou a ela ao pé da parede, enxugando o suor do rosto.


– Só herbologia? – perguntou Fred sarcástico.


— É — comentou Rony — E que sorte que Hermione não perde a cabeça numa crise, "não tem madeira", francamente.


– Cala boca roniquinho, ela pelo menos salvou a vida de vocês, e não entrou numa crise: MIONE FAÇA ALGUMA COISA – disse Jorge.


Rony corou.


— Por ali — disse Harry, apontando um corredor de pedra que era o único caminho que havia.


– O que dificulta a escolha do caminho – disse Snape sendo irônico.


Só o que podiam ouvir além de seus passos eram os pingos abafados da água que escorria pela parede. O corredor começou a descer e Harry se lembrou deGringotes. Com um sobressalto, lembrou-se dos dragões que, segundo diziam, guardavam os cofres-fortes no banco dos bruxos. Se topassem com um dragão, um dragão adulto... Norberto já fora bastante ruim.


— Você está ouvindo alguma coisa? — Rony cochichou.


– O seu cochicho talvez? – disse Remus.


Harry apurou os ouvidos. Um farfalhar acompanhado de ruído metálico parecia vir de um ponto mais adiante.


— Você acha que é um fantasma?


— Não sei... para mim parecem asas.


— Há luz à frente, estou vendo alguma coisa se mexendo.


– Sempre há uma luz no fim do túnel – disse Lene.


Chegaram ao fim do corredor e depararam com uma câmara muito iluminada, o teto abobadado no alto. Era cheia de passarinhos, brilhantes como jóias, que esvoaçavam e colidiam pelo aposento. Do lado oposto da câmara havia uma pesada porta de madeira.


— Você acha que nos atacarão se atravessarmos a câmara? — perguntou Rony.


— Provavelmente — respondeu Harry — Eles não parecem muito bravos, mas suponho que se todos mergulhassem ao mesmo tempo... bom, não tem remédio... vou correr.


Tomou fôlego, cobriu o rosto com os braços e atravessou a câmara correndo. Esperava sentir bicos afiados e garras atacando-o a qualquer minuto, mas nada aconteceu. Alcançou a porta incólume. Baixou a maçaneta, mas a porta estava trancada.


– Vocês não acharam realmente que seria tão fácil, não é? – perguntou Régulus.


O Trio deu de ombros.


Os outros dois o seguiram. Fizeram força para abrir a porta, mas ela nem sequer se moveu, nem mesmo quando Hermione experimentou o seu feitiço Alorromora.


— E agora? — perguntou Rony.


— Esses pássaros... não podem estar aqui só para enfeitar — disse Hermione.


– Alguém pensa – disse Lily levantando os braços para o teto.


Eles observaram os pássaros voando no alto, brilhando.


– Brilhando?- disseram alguns?


Brilhando?


– Sim Snape, entendemos que você não entendeu, agora continue lendo. - Disse Sírius.


Snape revirou os olhos.


– É o que o livro diz Black.


— Eles não são pássaros! — Harry exclamou de repente — São chaves! Chaves aladas, olhe com atenção. Então isso deve querer dizer... — e olhou à volta da câmara enquanto os outros dois apertavam os olhos para enxergar o bando de chaves no alto — Olhe! Vassouras! Temos que apanhar a chave da porta.


– Ahhh – entenderam agora.


Mas eram centenas!


Rony examinou a fechadura.


— Estamos procurando uma chave bem grande e antiga, provavelmente de prata, como a maçaneta.


– Oh meu Mérlin! – disse Jorge.


– O Rony sabe pensar! – exclamou Fred.


Rony bufou.


Cada um apanhou uma vassoura e deu impulso no ar, mirando o meio da nuvem de chaves. Tentaram agarrá-las, mas as chaves encantadas fugiam e mergulhavam tão rápido que era quase impossível apanhar uma. Mas não era à toa que Harry era o mais jovem apanhador do século. Tinha um jeito para localizar coisas que os outros não tinham.


– Claro. Talentoso como o pai. – disse James, no que todos reviraram os olhos.


Depois de um minuto trançando pelo redemoinho de pernas, ele notou uma chave grande de prata que tinha uma asa dobrada, como se já tivesse sido apanhada e enfiada de qualquer jeito na fechadura.


James conjurou um dedão de espuma com os dizeres: POTTERS ARRAZAM, e abanou com ele um pouco.


— Aquela ali! — gritou para os outros — Aquela grandona... ali... não... lá...


– Decida-se! – disse Gina.


com as asas azul-forte. As penas estão todas amassadas de um lado.


Rony precipitou-se na direção que Harry apontava, bateu no teto e quase caiu da vassoura.


– Habilidade Potter – disse Snape com um sorrisinho sarcástico, e, para sua surpresa, todos exceto James, Harry e Sírius riram.


James resolveu não revidar... Por Lily. E a paz mundial, digo, da sala.


— Temos que cercá-la! — gritou Harry, sem tirar os olhos da chave com a asa danificada — Rony, você cerca por cima. Hermione, fica embaixo


– HUMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMM – disseram a maioria, e o casal corou.


Corou muito.


Muito mesmo.


Deu pra entender?


Ah... É porque eles coraram MUITO.


Enfim.


e não deixa ela descer,


– Mas é bom! – disse Sírius malicioso.


– 11 ANOS! – gritaram os dois.


e eu vou tentar pegar.


– Outra menina? – arriscou Sírius.


– SÍRIUS! – gritou Gina, vermelha.


– Ui, senti ciúmes. – disse Jorge.


E vai ter mais, pensou Harry, com medo dos próximos livros.


Certo, AGORA!


Rony mergulhou, Hermione disparou para o alto, a chave desviou-se dos dois e Harry partiu atrás dela, a chave correu para a parede, Harry se curvou para frente e, com uma pancada feia, prendeu-a contra a pedra com a mão.


– Ai!


Os vivas de Rony e Hermione ecoaram pela câmara. Eles pousaram em seguida e Harry correu para a porta, a chave a se debater em sua mão. Enfiou-a na fechadura e virou-a, deu certo. No instante em que ouviram o barulho da lingüeta se abrindo, a chave tornou a alçar vôo, parecendo agora muito maltratada depois de ter sido apanhada duas vezes.


— Estão prontos? — Harry perguntou aos dois, a mão na maçaneta da porta. Eles fizeram um sinal afirmativo com a cabeça. Ele escancarou a porta.


A câmara seguinte era tão escura que não dava para ver absolutamente nada. Mas, ao entrarem nela, a luz inesperadamente inundou o aposento, revelando uma cena surpreendente.


Estavam parados na borda de um enorme tabuleiro de xadrez atrás das peças pretas, que eram todas mais altas do que eles e talhadas em um material que parecia pedra. De frente para eles, do outro lado da câmara, estavam dispostas as peças brancas. Harry, Rony e Hermione sentiram um leve arrepio, as peças brancas e altas não tinham feições.


– Uau – murmuraram a maioria.


— Agora o que vamos fazer? — sussurrou Harry.


– Danças Macarena, EEEE MACARENA! – disse Lene sarcasticamente, dançando.


— É óbvio, não é? — falou Rony — Temos que jogar para chegar ao outro lado da câmara.


Os gêmeos fingiram surpresa, para o irmão, que revirou os olhos.


Por trás das peças brancas eles podiam ver outra porta.


— Como? — perguntou Hermione, nervosa.


– Com tacos de basebol – disse Régulus.


— Acho que vamos ter que virar peças.


Ele se dirigiu a um cavalo preto e esticou a mão para tocar seu cavaleiro. No mesmo instante, a pedra ganhou vida. O cavalo pateou o tabuleiro e seu cavaleiro virou a cabeça protegida por um elmo pata olhar Rony.


— Temos que nos unir a vocês para chegar ao outro lado?


O cavaleiro preto confirmou com a cabeça.


Rony virou-se para os outros dois.


— Isto exige reflexão — disse — Suponho que a gente tenha que tomar o lugar de três peças pretas...


Harry e Hermione ficaram quietos, observando Rony refletir.


– O Rony sendo o que pensa do grupo, é a vida não tá fácil pra ninguém. – disse Gina, Rony tacou-lhe uma almofada, e ela ficou com um zíper na boca.


– Legal – disse o ruivo, mas Harry desfez o feitiço, libertando uma ruiva revoltada que gritava bastante.


Minutos depois...


Finalmente ele disse:


— Agora não vão se ofender, mas nenhum dos dois é tão bom assim em xadrez...


— Não estamos ofendidos — interrompeu Harry depressa — Diga o que vamos fazer.


– Rony no comando! Vai Weasley! – disseram os gêmeos, que fizeram dedões de espuma, para competir com James.


— Bom, Harry, você toma o lugar daquele Bispo e, Hermione, você fica ao lado dele substituindo a Torre.


– Você poderia ter sido mais romântico, e fazê-la ser a rainha né paspalho! – disse James.


Rony deu de ombros, mais corado ainda.


— E você?


— Vou ser o Cavaleiro.


– Nesse caso, a Hermione poderia ter sido a Dama, ou o Rony ser o Rei, com a Mione como rainha – disse Gina refletindo.


As peças pareciam estar escutando, porque ao ouvir isso um Cavaleiro, um Bispo e uma Torre deram as costas às peças brancas e saíram do tabuleiro, deixando três casas vazias, que Harry, Rony e Hermione ocuparam.


— No xadrez as brancas sempre jogam primeiro — explicou Rony, observando o tabuleiro — É...olhem...


Um Peão Branco avançara duas casas.


– E foi dada o inicio da partida – disse Frank com voz de narrador de quadribol/futebol.


Rony começou a comandar as peças pretas. Elas se mexiam em silêncio indo aonde eram mandadas. Os joelhos de Harry tremiam. E se perdessem?


– Positivo como sempre – falou Neville.


— Harry, ande quatro casas para a direita em diagonal.


O primeiro choque de verdade que levaram foi quando o outro Cavalo foi comido.


– Os animais, são uns bicho interessante, imagina só com é, o sexo dos elefantes... Digo cavalos. – disse Jorge, no que vários riram dessa versão da música dos Mamonas Assassinas. (N/Gio: nem sei se é assim :x sorry.)


A Rainha Branca esmagou-o no chão e arrastou-o para fora do tabuleiro, onde ele ficou deitado imóvel, de borco no chão.


— Eu tinha que deixar isso acontecer — disse Rony, parecendo abalado — Assim você fica livre para comer aquele Bispo, Hermione, ande.


– Mione, Mione, olha a safadeza. – disse Sírius, mas calou-se com o olhar mortal que Hermione lançou-lhe.


Todas as vezes que eles perdiam uma peça, as peças brancas não mostravam piedade. Dali a pouco havia uma coleção de peças pretas inertes encostadas à parede. Duas vezes, Rony reparou, em cima do lance, que Harry e Hermione estavam em perigo. Ele próprio disparou pelo tabuleiro comendo quase tantas peças brancas quanto as pretas que haviam perdido.


Os gêmeos balançavam seus dedões de espuma.


— Estamos quase chegando — murmurou de repente — Me deixem pensar... deixe-me pensar...


– PENSE!


A Rainha Branca virou o rosto vazio para ele.


— É... — continuou ele baixinho — É o jeito... preciso me sacrificar.


– Mas o quê?


— Não! — Harry e Hermione gritaram.


— Isto é xadrez! — retorquiu Rony — A pessoa tem que fazer alguns sacrifícios! Dou um passo à frente e ela me come,


Sírius lançou um olhar malicioso, e maldoso em direção do ruivo, que devolveu com um olhar ameaçador. Isso não era brincadeira para com ele.


isso deixa você livre para dar o xeque-mate no Rei, Harry!


James balançou seu dedão de espuma.


— Mas...


— Você quer deter Snape ou não?


– SAI DO MEU PÉ! – gritou o citado.


— Rony...


— Olhe, se você não se apressar, ele já terá apanhado a Pedra!


Não havia opção.


– ANDA LOGO!


— Pronto? — perguntou Rony, o rosto pálido, mas decidido — Então vamos, agora, não se demore depois de ganhar a partida.


Ele avançou e a Rainha Branca o atacou. Golpeou Rony com força na cabeça com o braço de pedra e ele caiu com estrondo no chão. Hermione gritou, mas continuou parada em sua casa. A Rainha Branca arrastou Rony para um lado. Ele parecia ter sido nocauteado.


As meninas arfaram preocupadas.


Trêmulo, Harry se deslocou três casas para a esquerda. O Rei Branco tirou a coroa e jogou-a aos pés dele.


– Salve Mestre Harry – brincaram os gêmeos.


Os meninos tinham ganhado o jogo. As peças se afastaram para os lados e se curvaram, deixando o caminho livre para a porta em frente. Com um último olhar desesperado para Rony, Harry e Hermione se precipitaram para a porta e para o corredor seguinte.


— E se ele...?


— Ele vai ficar bem — disse Harry, tentando convencer a si mesmo —


– O Harry? Sendo positivo? MERLIN! – disse Neville.


Que é que você acha que vai acontecer agora?


— Tivemos o feitiço da Sprout, o Visgo do Diabo. Flitwick deve ter encantado as chaves. McGonagall transfigurou as peças de xadrez para lhes dar vida. Faltam o feitiço de Quirrell e o de Snape.


Todos encaram Snape, que apenas continuou a ler.


Tinham chegado à outra porta.


— Tudo bem? — cochichou Harry.


— Vamos.


Harry empurrou a porta para abri-la.


Um fedor horrível entrou por suas narinas, fazendo os dois puxarem as vestes para cobrir o nariz.


– Ou seja, realmente, o Snape passou por ali. – disse Sírius, no que recebeu algumas risadas.


Snape não revidou.


Por Lily.


Com os olhos lacrimejando, eles viram, deitado no chão diante deles, um trasgo ainda maior do que o que tinham enfrentado, desacordado e com um calombo ensangüentado na cabeça.


– Uma coisa a menos para fazer. – disse Neville.


– Acho que agora só falta o desafio do Snape, considerando que isso foi o do Quirrel. – disse Remus.


Mais olhares para Snape.


— Que bom que não precisamos lutar contra este aí — sussurrou Harry, enquanto, cautelosamente, saltavam por cima da perna maciça do trasgo — Vamos, não estou conseguindo respirar.


Harry abriu a porta seguinte, os dois mal se atreviam a olhar o que vinha a seguir, mas não havia nada muito assustador ali, apenas uma mesa e sobre ela sete garrafas de formatos diferentes.


— É o de Snape — disse Harry — O que temos de fazer?


Suspense.


Ao cruzarem a soleira da porta, imediatamente irromperam chamas atrás deles. E não eram chamas comuns tampouco, eram roxas. Ao mesmo tempo, surgiam chamas pretas na porta adiante. Estavam encurralados.


— Olhe! — Hermione apanhou um rolo de papel que havia ao lado das garrafas.


Harry espiou por cima do seu ombro para ler o papel:


O perigo o aguarda à frente, a segurança ficou atrás,


Duas de nós o ajudaremos no que quer encontrar,


Uma dos sete o deixará prosseguir,


A outra levará de volta quem a beber,


Duas de nós conterão vinho de urtigas,


Três de nós aguardam em fria para o matar,


Escolha, ou ficará aqui para sempre,


E para ajudá-lo, lhe damos quatro pistas:


Primeira, por mais dissimulado que esteja o veneno,


Você sempre encontrará um à esquerda do vinho de urtigas,


Segunda, são diferentes as garrafas de cada lado,


Aliás, se você quiser avançar nenhuma é sua amiga,


Terceira, é visível que temos tamanhos diferentes,


Nem a anã nem a gigante leva a morte no bojo,


Quarta, a segunda à esquerda e a segunda a direita


São gêmeas ao paladar, embora diferentes a vista.


– Oi? – disse Frank.


– um enigma – disse Lily sorrindo.


Hermione deixou escapar um grande suspiro e Harry, perplexo, viu que ela sorria, a última coisa que ele tinha vontade de fazer.


Alguns encararam Hermione como se ela fosse louca.


— Genial! —disse — Isto não é mágica, é lógica, uma charada, a maioria dos grandes bruxos não tem um pingo de lógica, ficariam presos aqui para sempre.


– Porém, eu não sou um bruxo qualquer – disse Snape, e ele parecia segurar para não fazer alguma coisa.


— E nós também, não?


– Bitch, please, você está com a Hermione ao seu lado, ela dá conta disso. – disse Alice.


Mione corou, mas sorriu.


— Claro que não. Tudo o que precisamos está aqui neste papel. Sete garrafas: três contêm veneno, duas vinho, uma nos ajudará a passar a salvo pelas chamas negras, e uma nos levará de volta através das chamas roxas.


— Mas como vamos saber qual delas beber?


– Resolvendo as pistas? – tentou Remus.


— Me dê um minuto.


Hermione leu o papel diversas vezes. Depois passou em revista a fila de garrafas, para cima e para baixo, resmungando de si para si e apontando para as garrafas. Finalmente, bateu palmas.


– MIONE IS FUCK! – gritaram a maioria.


— Já sei. A garrafa menor nos fará atravessar as chamas negras, rumo à Pedra.


Harry mirou a garrafinha.


— Ali só tem o suficiente para um de nós. Não chega a ter um gole.


Eles se entreolharam.


— Qual é a que a fará voltar pelas chamas roxas?


Hermione apontou para uma garrafa arredondada na ponta direita da fila.


— Você bebe essa — disse Harry — Agora, escute, volte e recolha o Rony, apanhe vassouras na câmara das chaves aladas, elas levarão vocês para fora do alçapão e por cima de Fofo. Vão direto ao Corujal e mandem Edwiges a Dumbledore, precisamos dele. Talvez eu possa segurar Snape por algum tempo, mas não sou páreo para ele.


Snape sorriu vitorioso, mas Harry resolveu ignorar.


— Mas Harrye se Você-Sabe-Quem estiver com ele?


— Bom... tive sorte uma vez, não tive? — falou Harry indicando a cicatriz — Talvez tenha sorte outra vez.


– Há há Harry, muito engraçado, brincar com a vida assim, eu morro de rir – disse Lily emburrada.


Harry deu um beijo na bochecha da mãe, e ela suavizou um pouco.


A boca de Hermione estremeceu e ela correu de repente para Harry e o abraçou.


Os olhos de Rony faiscaram de ciúmes.


— Hermione...


— Harry você é um grande bruxo, sabia?


– Ele é meu filho, CLARO que ele é um grande bruxo. – disse James, o ignorado.


— Não sou tão bom quanto você — disse Harry, muito sem graça, quando ela o largou.


— Eu! Livros! E inteligência! Há coisas mais importantes, amizade e bravura e, ah, Harry tenha cuidado!


— Você bebe primeiro — disse Harry — Você tem certeza de qual é qual, não tem?


— Positivo.


– Merlin ajude que ela tenha razão – disse Frank.


– Ela tem. – disse Remus convicto. Mione corou, de novo.


Ela tomou um demorado gole da garrafa arredondada na ponta e estremeceu.


— Não é veneno? — perguntou Harry ansioso.''


Algumas risadas sem graças.


–- Valeu a preocupação, Harry. – riu Mione.


''— Não... mas parece gelo.


— Vai logo antes que o efeito passe.


– Nossa! Me chuta pra fora também! – brincou Hermione.


— Boa sorte... cuide-se...


— VAI!''


–- Sim, Hermione, vá logo. – murmurou Lily, sorrindo amavelmente para a garota.


''Hermione virou-se e passou direto pelas chamas roxas.


– Viu? Ela é muito inteligente – disse Remus.


Rony com ciúmes? Impressão de quem via.


Harry tomou fôlego e apanhou a garrafa menor de todas. Virou-se para encarar as chamas negras.


— Aqui vou eu — disse e esvaziou a garrafinha de um gole só.


Era na verdade como se o gelo estivesse invadindo seu corpo. Ele deixou a garrafa na mesa e avançou, enchendo-se de coragem, viu as chamas negras lamberem seu corpo, mas não as sentiu, por um instante não viu nada a não ser as chamas negras, então viu que estava do outro lado, na última câmara.


Silêncio.


...


...


...


– LÊ LOGO ESSA PORRA SNAPE! – gritou Sírius.


– Era só pra deixar o suspense. – disse Snape dando de ombros.


Havia alguém lá, mas não era Snape.


– RÁ! – gritou ele, vitorioso.


Tampouco Voldemort.''


– Oi?


– Quê?


– Como?


– Quem lê agora? – cortou Harry.


– O último! – disse Gina com os olhos brilhando.


– Por que a emoção ruiva? – perguntou Frank.


– No segundo eu devo aparecer mais – sorriu ela, e alguns riram.


– Ok, eu leio – disse Harry.

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