Planos decisivos
Harry caminhava com o coração nas mãos. Mesmo debaixo de sua capa da invisibilidade sentia a chuva fria molhar suas vestes, lhe causando calafrios. Não estava muito longe do carvalho onde encontraria Nickolas, e a julgar pelo que via a distancia, ele estava encostado ao tronco brincando com um cordão.
Aproximou-se o suficiente para poder analisa-lo antes de tirar a capa, não sabia se era realmente seguro. Era um jovem alto e esguio, de cabelos castanho-claros até os ombros, olhos azuis amendoados, profundos e cansados, num rosto fino e pálido (lindo ta, mas o harry nauh vai achar isso neh) vestia calças jeans e um comprido casaco preto, em uma das mãos segurava um pingente que Harry achou muito familiar, igual ao que havia comprado para Sophia de Natal. Tirou a capa, quando viu Nickolas levantou.
- Sou Nickolas Ogden, é um prazer conhece-lo, Harry Potter – estendeu a mão.
- O que você quer? – Disse Harry sem rodeios, perto dele Harry se sentia diminuído, talvez pelo fato de estar em frente ao pai do filho da garota que ele ama – fale logo.
- É simples, você sabe porque Voldemort quer tanto matar o meu filho, e presumo que também saiba para onde ele levou Sophia, mas sem mim você jamais a encontrará – disse ele sério.
- E como você tem tanta certeza disso? – perguntou com uma certa arrogância.
- Você por acaso sabe onde fica a mansão dos Neveu? Já conseguiu um jeito de sair do país? Tem a chave usada para abrir o portal do pântano? – disse ele em tom de deboche – Você precisa de mim e eu preciso de você Potter.
- E qual é o seu plano?
- Saímos amanhã á noite, ao chegarmos em Paris encontramos Grace Kelly Neveu.
- E quem é esta mulher?
- A mãe de Sophia, ela está do nosso lado. Como eu estava dizendo, ela nos ajudará a entrar na mansão e nos mostrará onde a esconderam, depois disso você já sabe o que fazer. – Terminou com um sorriso – e quando voltarmos para a Inglaterra você volta para Hogwarts.
- E a Sophia?
- Irá comigo para um lugar seguro.
- Nunca! Eu a quero em Hogwarts – Gritou Harry forçando Nickolas contra árvore, sua raiva crescia.
- Não seja tolo Potter, Hogwarts não é mais segura, e mesmo se fosse você acha realmente que era preferiria ficar com você a fugir comigo? – disse ele soltando-se com facilidade das mãos de Harry, sorriu em triunfo ao notar os olhos de Harry umedecerem e uma expressão triste se acentuar em sua face.
- O que preciso levar? – perguntou, seu ego não podia interferir agora.
- Algumas roupas, varinha, capa, e o que tiver de útil para combate – disse Nickolas secamente.
- Certo, a que horas?
- Meia noite, na orla da floresta.
Harry lhe deu as costas, vestiu a capa da invisibilidade e saiu, sentia o olhar triunfante dele o seguindo até o castelo, sentia-se um medíocre, um perdedor. Ao entrar no dormitório, parou por um instante observando Rony, que estava sentado em sua cama escrevendo. Tirou a capa e sentou-se ao lado do amigo.
- Onde você estava? – perguntou Rony intrigado.
- Dando uma volta – respondeu secamente.
- Olha Harry, desculpe por não termos contado nada sobre o que a Hermione fez, estávamos apenas tentado ajuda-lo...- Harry o interrompeu
- Eu...eu entendo – disse, a voz carregada e amarga. Abraçou Rony forte, que parecia não estar entendendo – desculpe pelas coisas que eu disse ou por qualquer coisa que eu fiz que possa ter te magoado – desvencilhou-se e o encarou sorrindo – você é meu melhor amigo, cara.
- O mesmo pra você Harry – disse sorrindo.
Harry se levantou e colocou o pijama, quando deitou-se em sua cama ouviu Rony abrir o dossel.
- Você não estava só dando uma volta, o que é dessa vez?
- Por que isso agora? – perguntou Harry tentando evitar uma resposta concreta.
- Porque você está estranho, me abraçou como se fosse uma despedida, que diabos você está pensando em fazer, Harry?
- Nada Rony, eu estava no terraço pensando nela só isso – mentiu, aparentemente Rony acreditou e voltou para sua cama.
Era um longo corredor escuro todo em madeira, apenas algumas velas iluminavam sua extensão. Andou devagar até uma porta aparecer no final do corredor, com as mãos tremendo a abriu. Era um quarto grande e bem iluminado, no centro uma cama de colunas em madeira escura e trabalhada, não havia nenhuma janela. Virou os olhos pelo aposento, mas não havia ninguém ali. Em uma das paredes, quase escondida, se encontrava uma porta com a metade da altura da outra pela qual entrara. Começou a andar na sua direção, mas a cada passo que dava a porta se distanciava, tentou correr mas não a alcançava, voltou-se para a porta por onde entrara, também não conseguia chegar até ela.
- Harry!...Hei Harry, acorda – Aos poucos a visão embaçada do rosto de Dino apareceu.
- O que...o que aconteceu? – perguntou atordoado colocando os óculos.
- Você está atrasado para o café da manhã – disse Dino rindo.
Harry pulou da cama e colocou as vestes da escola, jogou a mochila nas costas e desceu para o movimentado e barulhento Grande Salão.
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