Algumas coisas nunca mudam



Segunda semana de Fevereiro



Passando por um dos corredores das masmorras enquanto voltava de sua aula de Poções, Harry sentiu seu corpo ser puxado com força pela gravata tão rápido que não conseguiu distinguir quem o fizera.

- Me devolva a chave, Potter – Só deu-se conta de quem era quando ela o afastou.

- Que....que chave?

- Não se faça de idiota, eu sei muito bem que foi você que roubou a chave que estava no canteiro de rosas – Harry nunca havia visto-a tão irritada.

- Hei garota, é melhor você largar o Harry – Disse Hermione ríspida, que vinha com Rony logo atrás dele.

- E é melhor você calar a boca menina, minha conversa não é com você – Sophia respondeu e, para a surpresa de Harry e Rony, Hermione se calou sustentando um olhar de ódio e rancor – Já perguntei e não quero ter que repetir Potter, onde está a minha chave?

- E porque você acha que eu a devolveria pra você – Sussurrou Harry encarando-a com triunfo.

- Porque sem mim você nunca saberá o que ela abre. – ela respondeu levantando uma das sobrancelhas com sarcasmo

- O que eu terei em troca? – por fim desistiu de jogar, Sophia era essencial para que ele descobrisse a utilidade da chave, separados nenhum dos dois chegaria a algum lugar.

- Me encontre hoje à noite no terraço ás 23:00 e você saberá – disse apreensiva respirando fundo – venha sozinho.

Deu as costas e seguiu seu caminho. Rony e Hermione se voltaram para ele surpresos.

- Você por acaso perdeu o juízo, Harry? Depois de tudo que ela lhe fez? – começou Hermione quase gritando.

- Dessa vez é diferente, sem ela nunca descobriremos para que serve a chave, precisamos dela – justificou Harry.

- Disso sabemos, mas você precisa mesmo se encontrar com ela no terraço, à noite e sozinho? – disse Rony.

- Será que você podiam parar de se meter, eu vou e pronto! – disse Harry irritado, jogou a mochila novamente nas costas e saiu andando rumo ao saguão.



No restante do dia e durante as refeições dirigiu pouco a palavra aos dois, por mais que eles estivessem certos em se preocupar, Harry não suportava ouvi-los contradizer algo referente a ele e Sophia. Mal se concentrou nas aulas e sentiu sem estomago afundar cada vez mais até sair sorrateiramente da sala comunal da Grinfinória debaixo de sua capa da Invisibilidade. Os corredores estavam frios e os uivos causados pelo vento forte que soprava lá fora o causaram calafrios. Mantinha a varinha a mão por garantia. Parou em frente à porta do terraço, tirou a capa, tomou um fôlego exagerado e com as mãos tremendo abriu a porta com cuidado.



Em pé, escorada numa das paredes com os compridos cabelos ao vento e olhando para o lago, lá estava ela. Parecia tão serena, ele tentou imagina-la grávida, segurando nos braços o filho que ela dizia ter, os fatos simplesmente não faziam sentido algum quando a olhava, era uma pessoa completamente diferente do que sua imagem denunciava. Harry pigarreou alto para que ela notasse sua presença, sentiu seu estomago afundar.



- Por que você faz isso comigo? – perguntou quando ela se aproximou dele, com seus olhos negros sem nada demonstrar.

- Isso o que? – perguntou como nada tivesse acontecido entre os dois e fossem apenas estranhos.

- Me trata como um qualquer, mas sempre acaba fazendo comigo mais do que você espera. – Disse sentindo um calor inevitável no baixo ventre, estavam frente a frete, Harry pegou pela cintura e puxou para perto de si num desejo incontrolável.

- Porque toda a vez que você me toca... – ela passou as mãos por seus cabelos, os corpos juntos - ...eu perco a razão



Sentia novamente o sabor quente dos lábios dela, suas mãos segurando-o avidamente por debaixo da capa, não mais do que dois corpos colados e ardentes. Harry desceu as mãos devagar pelas costas dela, puxando-a ainda mais para perto de si, uma pontada forte no baixo ventre e um calor embriagante pelo resto de seu corpo eram tudo que ele sentia enquanto a língua dela invadia sua boca explorando todos os cantos, deixando fagulhas em chamas por onde passava e seus lábios macios e carnudos movendo-se em sintonia com os dele. Depois de mais de cinco minutos entre beijos Harry desceu seus lábios pelo pescoço dela beijando e mordiscando cada pedacinho da pele macia dela, uma força maior e até agora escondida dentro dele o dominava,só parou quando finamente sentiu a gola da camisa de Sophia. Ecararam-se longamente, os dois estavam claramente abalados e literalmente pegando fogo.



- Essa não é a resposta que eu esperava, é melhor ainda – e lhe sorriu abertamente.

- Tenho certeza que sim, onde estávamos mesmo...você ia me devolver a minha chave. – Disse ela passando as mãos pelos bolsos internos da capa de Harry procurando a chave e ao mesmo tempo o enfeitiçando com o simples toque de suas mãos.

- Se você prometer me mostrar pra que ela serve – disse Harry malicioso, sentia-se mais feliz naquele momento do que no mês inteiro que passou longe dela.

- Mostro sim, vamos indo então. – puxou-o pela mão para fora do terraço.





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