Gustave



O coração de Harry batia descontrolado, não conseguia se concentrar nas lições, muito menos na conversa de Rony, mais uma vez seus pensamentos se perdiam nos cabelos e nos olhos negros de Sophia Neveu. Mal podia esperar pelo que ouviria a noite, sabia que o que ela diria, certamente não passaria da metade do que ele gostaria de saber, mas estava ansioso, até agora a chave de muitas coisas que aconteceram no decorrer das aulas pareciam estar ligadas a toda a história sobre as três feiticeiras bretãs e a Sophia. O sonho estranho, a musica escrita no teto do salão, o fato de Harry não ter sido atacado dês das férias de verão, tudo estava interligado por uma linha altamente quebrável, ela.



- Harry...Harry, você está me ouvindo? – a voz de Rony interrompeu seus pensamentos.

- O que?

- Cara! Ultimamente você anda nas nuvens, acorda! Temos que terminar isso até o jantar ou a Hermione vai dar mais um discurso sobre as conseqüências de não cumprir horários – Rony estava irritado, o que raramente acontecia.

- Não dá, enquanto eu não souber o que a Sophia vai dizer.... não consigo pensar em outra coisa, ela não sai da minha cabeça!

- Não vou dizer mais nada, já cansei de avisá-lo Harry, essa garota é problema. – Rony guardou os pergaminhos em sua mochila e subiu as escadas rumo ao dormitório, lançando um olhar decepcionado para Harry.

-

“Ele não entende, talvez nunca entenda” disse para si mesmo, estava cansado das críticas de seus amigos com relação á Sophia, eles não a conheciam, nunca se quer conversaram com ela, não tinham o direito de julgá-la.

Durante o jantar Harry não trocou uma palavra com ninguém na mesa da Grinfinória, mas todos lançavam olhares perturbados a ele, mesmo sem encarar ninguém, ele os sentia. Correu os olhos pelo salão á procura de Sophia, ela não estava lá. De repente, sentiu alguém puxando seu braço, era uma garotinha do primeiro ano da Sonserina.

- Aquela moça me pediu para entregar-lhe esse bilhete – e apontou para um vulto que o observava das sombras, encostado à porta para o saguão, ele sabia de quem se tratava.

- Obrigado – agradeceu e pegou o bilhete da mão da garotinha, era breve e escrito em uma letra arrastada e difícil de entender.

Dizia apenas.



A desgraça dos abençoados soará quando a ultima badalada anunciar meia noite. Não saia de seu dormitório esta noite de jeito algum, avise Dumbledore agora mesmo, eles irão ao pântano para pegar o pequeno Gustave, já sabem dos nossos segredos. Se descobrirem a rosa, será o fim.



Olhou novamente para onde vira Sophia há alguns segundos atrás, ela não se encontrava mais lá. Depois do jantar, explicou tudo para Rony e Hermione, não reagiram bem, mas concordaram em acompanhá-lo até a sala de Dumbledore para mostrar-lhe o bilhete.

- O que os trás até aqui? – Dumbledore perguntou lançando um olhar de malicia na direção de Harry por trás de seus óculos de meia-lua, certamente ele sabia do que se tratava.

- Recebi esse bilhete durante o jantar, creio que o senhor deve ler – entregou o papel ao diretor que o leu com atenção.

- Harry, volte para a sala comunal e não saia de lá, Hogwrts não é mais um lugar seguro, apesar de Voldemort não ter-nos atacado diretamente, está conseguindo passar as mensagens que quer através de Sophia. E isso não é um bom sinal.

- O que! Mas....mas ela...

- Calma Harry, ela não sabe, faz apenas o que considera adequando para manter seu segredo a salvo, mas creio que isso não será mais possível. – Harry fez menção de perguntar, mas foi repreendido – Não adianta me perguntar nada sobre ela, sei menos do que você.

- Mas quem é Gustave? O senhor sabe professor, claro que sabe.

- Gustave é o nome do bebê que ela mencionou enquanto delirava noite passada.

- Desculpe ser grossa professor, mas não posso deixar de notar que essa Sophia, talvez não seja uma boa pessoa. – Disse Hermione constrangida devido ao olhar confuso de Harry.

- Ela é como qualquer um de nós, possui um lado bom e um lado ruim, a diferença é que o lado bom de Sophia se foi há muito tempo.



O diretor mirava o nada, perdido em pensamentos, e Harry passou a imaginar até que ponto Dumbledore sabia sobre os segredos de Sophia, aquilo estava ficando cada dia mais complicado.

Decidiu obedecer Dumbledore, e não saiu de seu dormitório para encontrar-se com ela, sabia que logo descobriria tudo, só não fazia idéia de quanto tempo demoraria.



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