Juntando as Peças
Duas semanas depois
Entrou na sala comunal da Grinfinória carregando a pilha de deveres de casa deixados pela Professora Mc.Gonnagal, Rony e Hermione vinham logo atrás dele. Jogou a mochila e os pergaminhos sobre uma mesa perto da janela.
- Se terminarmos isso até amanhã vai ser uma grade sorte, nunca vi nada tão difícil – reclamou Rony largando a mochila ao lado da cadeira e sentando-se.
- Dessa vez você tem razão Rony – concordou Hermione, aqueles deveres eram difíceis até mesmo para ela.
Depois de fazer metade dos pergaminhos e com a consciência mais aliviada, Harry subiu até o dormitório masculino apanhar alguns livros que faltavam para terminar o restante. Olhou com espanto para sua cama, havia uma carta ali, o que era estranho já que Edwiges não tinha lhe entregado nada a semana inteira.
Pegou-a, não havia remetente, abriu o envelope com curiosidade.
“Caro Harry,
Encontre-me agora mesmo na torre norte, na câmara ao lado da sala de adivinhação.
Lupin”
Arregalou os olhos ao acabar de ler aquilo, dês de que horas a carta estava ali? E o que Lupin fazia em Hogwarts? Mil perguntar passaram por sua cabeça, e o único jeito de descobrir suas respostas era indo até lá. Poderia ser uma armadilha, poderia ser algo importante, nada importava, sua curiosidade havia tomado o controle.
Pegou sua varinha e guardou-a no bolso interno de suas vestes, desceu as escadas correndo, passou voando pela sala comunal, Rony e Hermione não o haviam visto.
Haviam poucos alunos pelos corredores, estava quase na hora do toque de recolher, Harry não podia ser visto. Subiu as escadas rumo á torre norte, olhou para a porta lateral próxima á sala de adivinhação, hesitou por um instante e abriu-a.
Era uma sala escura, haviam apenas uma mesa e duas cadeiras velhas, o restante eram apenas estantes repletas de livros empoeirados. Num canto, lendo um pequeno livro de capa vermelha comida pelas traças, estava Lupin.
- Olá Harry, á quanto tempo! – disse vindo na direção de Harry, mas nem se quer o abraçara.
- Há quanto tempo está aqui Lupin?
- Alguns dias, vim a pedido de Dumbledore, creio que temos algumas pistas, por isso chamei-o aqui. – Indicou a Harry uma das cadeiras e sentou-se na outra, seus olhos perderam o brilho inicial e tornaram-se tensos – Tem tido algum sonho com Voldemort ou alguma visão, qualquer coisa desse tipo?
- Sim, á umas duas semanas, foi realmente muito estranho – respondeu lembrando-se de seu pesadelo.
- Consegue lembrar-se de como foi, ou do que ouviu?
- Lembro-me apenas das palavras “Olá rei dos meus pesadelos, escolha o caminho negro, pequeno tolo. Quanto menos eu ouço, menos você fala, durma com os anjos, chame o passado e peça ajuda”.
- Tem certeza de que é apenas isso? – Lupin engoliu em seco, parecia mais tenso ainda.
- Sim, por que? O senhor sabe o que quer dizer? – perguntou Harry curioso.
- Não Harry, eu não sei. Não foi apenas você que sonhou com essa profecia.
- Então é uma profecia, mas....eu destruí a profecia...quando, quando – disse sentindo um desespero crescente dentro de si, as lembranças de sua ultima noite na Seção de Mistérios do Ministério da Magia voltando à tona.
- Acalme-se Harry, esta trata-se de outra profecia, então não temos a mínima idéia do que ela significa, sabemos apenas que foi escrita por Orddu, Orwen e Orgoch.
- Orddu, Orwen e quem? – perguntou Harry sem entender o que ele dizia.
- Orddu, Orwen e Orgoch, três feiticeiras muito famosas. Não se sabe onde vivem atualmente e se ainda existem, suas profecias são muito conhecidas e em sua maioria, foram escritas á mais de mil anos atrás. Dumbledore está procurando feito um louco, saber o que esta quer dizer. Até agora, temos conhecimento de que três pessoas tiveram um sonho semelhante ao seu, Voldemort, Dumbledore e uma garota a Sonserina chamada Sophia Neveu. Achamos que ela é descendente indireta de alguma delas.
- Sophi....Sophia Neveu? – gaguejou, não sabia o que dizer, estava muito surpreso, e o rosto de Sophia lhe veio á mente, o que ela tinha a ver com tudo aquilo?
- Sim, por acaso você a conhece? – perguntou Lupin notando o quanto Harry estava pasmo.
- Não, não a conheço – mentiu, Lupin lançou-lhe um olhar desconfiado, mas Harry conseguiu enganá-lo.
Não sabia o porque, mas de alguma maneira não queria que ninguém soubesse de seu encontro com Sophia, se contasse aquilo só levaria á mais perguntas e á respostas embaraçosas.
- Por enquanto a Ordem não tem conseguido capturar um só comensal, e aqueles que estão em Azkaban conseguiram escapar, o Ministério não tem mais controle nenhum, só não entendemos porque não fizeram nada contra você, Harry, alguma coisa está muito errada. Se souber de algo ou se tiver outro sonho, por favor procure por mim ou Dumbledore, não podemos nos arriscar a perder uma só informação. Não conte a ninguém sobre o que conversamos. E tome cuidado, não quero você sozinho pela escola durante a noite. Os tempos estão mudando.
- Vou tomar cuidado sim – disse despedindo-se de Lupin.
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